O ensino de Ciências na perspectiva inclusiva: relato de experiência em turma dos anos finais do Ensino Fundamental

Daniella Bezerra Feitoza Barbosa de Souza

Especialista em Ensino de Ciências (IFPE), licenciada em Pedagogia (Fasvipa), professora da rede particular de Pão de Açúcar/AL

José Affonso Tavares Silva

Mestre em Ensino de Ciências e Matemática (UFS), licenciado em Letras - Libras (UFS) e em Pedagogia (Fasvipa), professor assistente da Ufape

A diversidade, corriqueira no ambiente escolar, revela a importância de compreender cada sujeito, suas particularidades e necessidades. Não é mais aceitável pensar a escola como ambiente homogêneo, pois cada aluno é um ser único, com sonhos e objetivos distintos. Principalmente quando se pensa no contexto da inclusão que surgiu na Declaração de Salamanca, oportunizando a todas as pessoas com deficiência as mesmas oportunidades dadas às demais (Rogalski, 2010). Assim sendo, as disciplinas escolares e seu ensino necessitam respeitar as diferenças presentes.

Nesse contexto, o professor que ensina Ciências deve levar em consideração a heterogeneidade da sua sala de aula, pois cada aluno(a) possui diferentes formas de pensar, de aprender, de interagir com os outros. Dessa forma, acredita-se ser necessária a procura por diferentes estratégias de ensino que contribuam para a inclusão dessas diversas realidades e não somente a utilização de uma única maneira, o que muitas vezes se restringe a aulas informativas com uso do livro didático, quadro-negro e exercícios de fixação (Nicola; Paniz, 2016).

O conceito inicial de inclusão, o qual é discutido neste trabalho, baseia-se no que explana Mantoan (2003), situando-a como um novo paradigma educacional, de modo a ultrapassar o antigo, burocrático, sem considerar as diferentes culturas, saberes, formas de aprender e de se comunicar. Ou seja, esse novo paradigma oportuniza um olhar para o outro, as capacidades do ser humano, destacando as suas singularidades, além de mostrar que todos, com ou sem deficiência, são capazes de alcançar seus objetivos pessoais e profissionais.

A prática reflexiva do professor que ensina Ciências é imprescindível, pois ele, diante das diferentes realidades percebidas em sala, repensa o seu planejamento e as estratégias que serão utilizadas (Gomes et al., 2006). Assim, definiu-se como problema deste estudo a seguinte questão: quais estratégias podem ser utilizadas pelo professor de Ciências que contribuam para a aprendizagem de todos os alunos em uma turma inclusiva?

A partir desse pressuposto, esta pesquisa justifica-se por meio da vivência como professora de uma aluna com síndrome de Down incluída em uma sala regular de ensino.  Por esse contato e essa vivência percebeu-se a importância de trabalhar com estratégias diferenciadas que atendessem a todos os alunos, principalmente na disciplina de Ciências, por oportunizar diferentes possibilidades de ensino: aulas de campo, pesquisas, laboratório, experimentação, atividades em grupo.

Conhecer o objeto de pesquisa e possuir experiência com o que se busca aprofundamento é muito importante, pois a escolha dos caminhos que compõem a metodologia torna-se mais fácil. O objetivo deste artigo, que é fruto de um trabalho de conclusão de um curso de especialização em Ensino de Ciências do IFPE em 2018, é descrever a utilização de atividades inclusivas (AI) no ensino de Ciências para a aprendizagem de todos os alunos, com e sem deficiência, em uma turma do 6º ano do Ensino Fundamental.

O artigo se configura em uma pesquisa de abordagem qualitativa, o qual não pretende levantar dados numéricos nem estatísticos sobre determinado objeto de pesquisa, mas compreender os contextos que o cercam, suas implicações e desafios. Além disso, o tipo de pesquisa consiste em um estudo de caso, em que se pretende estudar um caso específico e compreendê-lo em sua totalidade e especificidades.

Diante disso, este artigo contribuiu de forma significativa para compreender que é possível a realização de diferentes estratégias de ensino que atendam a todos os alunos. Com isso, o professor de Ciências traz uma nova perspectiva do ensinar, na qual valoriza o sujeito em suas especificidades e diferenças, uma vez que cada sujeito é um ser único.

Discussões iniciais sobre a inclusão educacional de pessoas com deficiência

As políticas educacionais inclusivas e metodologias mais adequadas ao processo de ensino-aprendizagem de alunos com necessidades educativas especiais devem reforçar uma melhor gestão dos recursos didático-pedagógicos e/ou tecnológicos e devem estar na linha de evolução dos paradigmas educacionais. Sendo assim, devem inscrever-se no que poderemos considerar a transição do paradigma da gestão da integração desses alunos para sua efetiva inclusão em sala de aula (Ropoli, 2010).

De acordo com a cartilha do Censo de 2010, no Brasil, cerca de 24% do total da população têm algum tipo de deficiência, entre elas pessoas que possuem alguma deficiência intelectual, motora ou física (Brasil, 2018). No tocante à educação, as crianças com deficiência incluídas nas escolas regulares precisam receber ensino diferenciado, com qualidade e que atenda às suas especificidades.

A perspectiva da Educação Inclusiva parte do pressuposto de uma educação para todos e todas sem qualquer forma de preconceito, discriminação ou segregação. Alves e Barbosa (2006, p. 15) explanam sobre a inclusão escolar afirmando que

a inclusão escolar, enquanto paradigma educacional, tem como objetivo a construção de uma escola acolhedora, onde não existam critérios ou exigências de natureza alguma, nem mecanismos de seleção ou discriminação para o acesso e a permanência com sucesso de todos os alunos.

Diante disso, infere-se que a escola necessita compreender que cada sujeito, entre aqueles envolvidos no processo educacional, possui especificidades que se diferenciam, uma vez que ela contempla um ambiente heterogêneo, ou seja, há diferentes formas de pensar, de aprender, necessitando, dessa maneira, a prática da aceitação e valorização das diferenças. Além disso, deve perceber no outro a capacidade de desenvolver-se integralmente, procurando desmistificar algumas ideias errôneas, principalmente no que concerne à pessoa com deficiência, colocando-a como incapaz (Souza, 2017).

As ideias criadas ao redor da pessoa com deficiência marcam visões discriminatórias e preconceituosas trazidas, na maioria das vezes, pela sociedade. Há algum tempo, acreditava-se que essas pessoas não podiam participar do espaço escolar, pois não possuíam capacidade ou “faltava” algo para integrar aquelas outras pessoas consideradas capazes ou “completas” (Souza, 2017).

A escola considerada inclusiva requer mudanças práticas e efetivas, principalmente em seu currículo. Essas mudanças se iniciam dentro de cada profissional, isto é, quando se preocupa em pensar no outro, nas atitudes tomadas no dia a dia, nas diferentes estratégias que correspondam às especificidades de cada aluno e possibilitem a participação de todos nas atividades escolares das diferentes disciplinas curriculares, assim como no ambiente favorável ao acesso e permanência dos alunos, além de outras ações que merecem ser repensadas e postas em prática (Ropoli, 2010).

Ensinar Ciências no contexto inclusivo: o repensar da prática docente

O ambiente da sala de aula inclusiva propõe um olhar para o outro, respeitando as especificidades de cada discente. A compreensão de quem é o aluno, os seus desejos e necessidades, é muito importante para favorecer um ensino mais inclusivo.

A compreensão, por exemplo, de que os alunos com síndrome de Down aprendem de maneira diferente dos demais é muito importante. Sua resposta não será imediata a determinados mecanismos devido a sua aprendizagem ser mais prolongada e muitas vezes é fundamental a repetição dos conteúdos estudados (Cintra et al., 2015). A partir desse momento o educador pode observar o desempenho de seu aluno, suas necessidades e seu limite como aprendiz.

A prática do professor, nesse sentido, deve ser repensada para promover um ensino inclusivo, que esteja atenta à diversidade no espaço da sala de aula. Para Reis (2011),

a escola inclusiva deve estar atenta à diversidade e para isso é fundamental uma mudança de atitude de toda a comunidade educativa, principalmente dos professores que estão mais diretamente implicados no processo de ensino-aprendizagem (Reis, 2011, p. 31).

A comunidade educativa, constituída por todos os funcionários da instituição, deve aceitar e respeitar a diversidade de seus alunos como o autor menciona. Nesse instante, o discente se sentirá acolhido e valorizado, principalmente por seu professor, que o verá como alguém capaz de aprender como os demais colegas, independentemente de alguma necessidade educativa especial, pois isso não afeta sua aprendizagem.

Nesse sentido, quem é o aluno com síndrome de Down (SD)? Quais as suas singularidades? A síndrome de Down é uma condição genética reconhecida há muito tempo por John Langdon Down, que estabeleceu uma das causas mais frequentes de deficiência mental (DM), percebendo cerca de 18% do total de deficientes mentais em instituições especializadas (Moreira; El-Hani; Gusmão, 2000). Geralmente, as crianças com síndrome de Down podem ter comprometimento intelectual, necessitando auxílio para seu desenvolvimento.

O ensino de alunos com SD ocorre por meio do reconhecimento das características de cada indivíduo, isto é, a mesma metodologia pode não dar resultados satisfatórios para diferentes crianças com a síndrome (Castro; Pimentel, 2009). Nesse contexto, no que se refere ao processo de alfabetização, espera-se que o docente conheça e respeite os limites de seus alunos, pois

algumas crianças aprendem a ler e a escrever com certa rapidez, outras precisam de um tempo mais longo. Assim, faz-se necessário planejar atividades que estejam adequadas ao tempo de realização desses sujeitos. É preciso ter atenção com as atividades mais prolongadas, não se deve cobrar das crianças com a síndrome um tempo de atenção mais prolongado (Castro; Pimentel, 2009, p. 305-306).

Compreende-se que é necessário respeitar os limites de cada aluno para que a aprendizagem aconteça realmente, pois todo sujeito adquire conhecimento de maneira diferente. Nesse sentido, o planejamento de atividades que contemplem esse limite se torna indispensável em especial à criança com SD; dessa forma, o profissional estará contribuindo para o seu desenvolvimento no contexto da sala de aula.

No que concerne ao ensino de Ciências na perspectiva inclusiva, Mantoan (2003), afirma que o professor precisa sentir-se preparado para a convivência com alunos com deficiência no espaço da sala de aula, buscando metodologias que atendam às suas especificidades, proporcionando crescimento e aprendizado em relação ao conhecimento científico.

No entanto, é possível perceber a dificuldade de alguns profissionais no tocante a inclusão de pessoas com deficiência, como destaca Tessaro (2005), considerando a falta de capacitação um dos fatores que desencadeiam tal contexto. Por outro lado, é crescente a busca em conhecer diferentes estratégias de ensino que possibilitem a participação de todos os alunos e uma aprendizagem significativa.

Uma das possíveis estratégias no ensino de Ciências para alunos com deficiência é o ensino por experimentação, de forma lúdica, uma vez que estabelece uma dinâmica entre teoria e prática (Reginaldo, 2018). É importante salientar que a experimentação deve ser planejada antecipadamente e de acordo com as especificidades do aluno. No caso da criança com síndrome de Down, o manusear, sentir, pegar e cheirar são ações que propõem o desenvolvimento da criança em relação ao conteúdo abordado, o que se deve levar em consideração.

Metodologia

Este relato de experiência é uma pesquisa de abordagem qualitativa, do tipo estudo de caso, pois não se preocupa com os resultados em si, mas com compreender o processo ao qual se conseguiu chegar (Godoy, 1995).  Além disso, ao estudar de forma mais detalhada um caso específico, é possível compreendê-lo em seus diferentes contextos.

O primeiro procedimento metodológico consistiu na aplicação de duas atividades inclusivas (AI) em uma turma do 6º ano do Ensino Fundamental, considerada inclusiva por possuir uma aluna com síndrome de Down. No processo de aplicação das atividades, a pesquisadora sentiu necessidade de descobrir a visão do professor regente da turma e de seu colega que ensina tal disciplina sobre o contexto do ensino de Ciências na perspectiva inclusiva. Assim, o outro passo metodológico foi a aplicação de questionário a esses dois profissionais.

O campo de realização da pesquisa foi uma instituição particular de ensino da cidade de Pão de Açúcar, no sertão alagoano. A escola possui turmas dos anos iniciais do Ensino Fundamental (nos turnos matutino e vespertino), dos anos finais do Ensino Fundamental (no turno vespertino), do Ensino Médio e do Ensino Médio Técnico (Técnico em Enfermagem), ambos no noturno.

A escolha pela escola se deu por ter em turmas dos anos finais do Ensino Fundamental alunos com deficiência na sala regular, o que exigiu da escola adaptação de materiais didático-pedagógicos, além de repensar um novo currículo para o desenvolvimento educacional desses alunos.

Para a escolha dos participantes da pesquisa, foi realizado inicialmente um estudo exploratório em turmas do 6º ao 9º ano do Ensino Fundamental com o intuito de descobrir quais delas possuíam alunos com deficiência. Ao término do levantamento, foi escolhida turma com maior número de alunos com deficiência para realização do estudo de caso.

Tabela 1: Quantitativo de alunos com deficiência na escola campo de pesquisa

Turmas

Total de alunos

Alunos com deficiência

6º ano

25

1

7º ano

30

8º ano

26

1

9º ano

27

De acordo com os dados apresentados na Tabela 1, é possível perceber que somente o 6º e o 8º anos possuem um aluno com deficiência em cada turma. A aluna do 6º ano possui síndrome de Down com grau leve de deficiência intelectual. O estudante do 8º ano utiliza uma língua diferente dos professores por ser surdo, a Língua Brasileira de Sinais (Libras), reconhecida como meio de comunicação da comunidade surda brasileira desde 2002 (Brasil, 2002). Nesse cenário, a escolha pela turma do 6º ano como foco deste estudo aconteceu pela experiência da pesquisadora como docente de alunos com síndrome de Down.

A partir desse contexto, a busca pelos professores que ensinam Ciências nessas turmas teve grande relevância para a coleta de dados, procurando compreender a visão deles sobre o ensino de Ciências em âmbito inclusivo. A escola possui dois docentes que ensinam Ciências nos anos finais do Ensino Fundamental, com formação inicial em áreas afins. Por questões éticas, os profissionais são identificados como PC1 (Professor de Ciências 1) e PC2 (Professor de Ciências 2).

Quadro 1: Caracterização dos professores que ensinam Ciências na escola campo de pesquisa

Professor

Sexo

Idade

Formação Inicial

Formação Continuada

PC1

Masculino

30

Licenciatura em Química

Especialização em Ensino de Química e em Metodologia em Ciências

PC2

Masculino

38

Licenciatura em Química

Os dados apresentados no Quadro 1 mostram que ambos os docentes são do sexo masculino, com formação inicial em Licenciatura em Química. Em relação à formação continuada, o PC1 possui Especialização na sua área de formação inicial e naquela em que trabalha atualmente. O PC2 não apresentou qualquer formação além da inicial. Acreditamos que essa ausência pode ter ocorrido devido ao não entendimento do questionamento, pois a formação continuada não se restringe a cursos de pós-graduação; envolvem palestras, eventos, cursos de extensão na área em que atua.

 As questões apresentadas no questionário aos professores  partiam por contextos referentes à Educação Inclusiva, prática docente e ensino de Ciências. Com nove perguntas abertas, seu objetivo consistiu em compreender a visão dos profissionais no que diz respeito à inclusão, à prática docente na perspectiva inclusiva e ao ensino de Ciências no contexto inclusivo e suas implicações. É importante destacar o prazo que foi estabelecido para entrega do questionário respondido, facilitando o processo de análise.

Resultados e discussão

Os resultados encontrados por meio das duas AI e o questionário aplicado aos docentes possibilitam o entendimento da importância de compreender o todo e as implicações vivenciadas pelos dois professores em sua prática. Assim, na primeira subseção discutimos a aplicação das AI; posteriormente, analisamos os resultados encontrados diante do questionário.

Caminhos do estudo de caso: relatos de experiência diante das atividades inclusivas

No procedimento referente ao estudo de caso após a escolha do campo e dos participantes do estudo, ele aconteceu por etapas, nas quais, inicialmente se realizaram duas AI. O procedimento referente às duas aulas inclusivas aconteceu com a permissão do professor regente de Ciências da turma do 6º ano. Procurando não distanciar do cronograma elaborado pelo profissional, buscou-se dar sequência ao conteúdo programático. Assim, a aula iniciada pelo professor regente da turma discutiu o conceito de DNA através de uma aula expositiva.

Com a concordância da aplicação das atividades, a pesquisadora apresentou à turma a continuação do conteúdo. O objetivo principal consistiu em extrair o DNA da cebola utilizando produtos de uso doméstico (detergente, sal de cozinha e álcool) e mostrar que é possível observá-lo a olho nu. A metodologia desenvolvida foi uma aula dialógica sobre o conteúdo e o experimento com cebola, demonstrando como podemos extrair o DNA de frutas, verduras e plantas.

Ao dar início às aulas foram feitos alguns questionamentos referentes ao que foi estudado anteriormente, com o objetivo de perceber possíveis dificuldades dos alunos em relação ao conteúdo. A pesquisadora pediu que todos os alunos formassem um círculo no pátio da escola, indo além do espaço da sala de aula. Nesse momento, os discentes ficaram entusiasmados e instigados a descobrir o que ela guardava dentro de uma caixa.

Ali havia alguns materiais para a realização de um pequeno experimento de extração e observação de DNA da cebola, como: produtos de uso doméstico (detergente, sal de cozinha e álcool) e utensílios – colher, faca, panela. É importante salientar que o uso de álcool e faca foi devidamente observado e orientado pela investigadora para que não acontecesse nenhum risco à saúde dos adolescentes.

A pesquisadora pediu que os alunos sentassem em dupla para que um ajudasse o outro. No processo de experimentação, a profissional percebeu que a aluna com síndrome de Down interagia normalmente com o seu colega de atividade e com os demais, pois sentia curiosidade em descobrir como os colegas realizaram o experimento.

O papel da pesquisadora como mediadora foi de suma relevância para o desenvolvimento da aula, respondendo aos questionamentos dos alunos, auxiliando no manuseio do material, incentivando os alunos à curiosidade e à experimentação. Acreditamos, nesse sentido, que a mediação docente apresenta resultados significativos ao processo de ensino-aprendizagem de Ciências, principalmente quando utiliza algum instrumento para intervir nesse instante.

Após a experimentação, a pesquisadora, com auxilio da coordenadora, aconselhou alunos e alunas a lavarem as mãos no banheiro antes de voltar à sala de aula. Com a chegada dos alunos à sala, ela fez alguns questionamentos sobre o que eles fizeram no pátio, como: vocês gostaram da aula? Entenderam como é possível extrair DNA de uma cebola? É importante a interação entre vocês? Por quê?

Com esses questionamentos, percebeu-se que a utilização de uma atividade simples de experimentação pode contribuir para o aprendizado e a interação de todos os alunos. No processo de experimentação, conversar, pegar, interagir é muito rico para o desenvolvimento da aluna com SD, uma vez que está sendo vista com o mesmo olhar diante de todos os seus colegas, porém, com especificidades diferentes.

Nesse contexto, acredita-se que o uso de atividades inclusivas na disciplina de Ciências é possível de acontecer. No entanto, há necessidade do profissional de repensar sua prática – às vezes, até sua própria visão de educação –, percebendo o espaço da sala de aula como um ambiente rico em culturas e diferenças, principalmente na forma de aprender e perceber o mundo ao seu redor.

A segunda atividade aconteceu uma semana depois, devido à mudança de conteúdo pelo professor regente. O conteúdo programático dessa atividade foi onda e rádio mudo. Delineou-se como objetivo principal compreender e identificar fenômenos relacionados a ondas sonoras. Seguindo o mesmo procedimento da primeira aula, a pesquisadora assumiu a responsabilidade de seguir o cronograma elaborado pelo professor regente.

Com conversas em roda, vídeos e apresentação de um locutor de uma emissora de rádio local, a aula se tornou dinâmica, instigante e inclusiva. No primeiro momento, a investigadora procurou estabelecer a compreensão dos alunos sobre o conteúdo já abordado. Assim, percebeu-se que alguns deles sentiam dificuldade para entender o som, necessitando uma pequena revisão expositiva.

Após a revisão, a pesquisadora colocou a turma em círculo para que os alunos assistissem a um vídeo sobre o rádio, a importância dele para a sociedade, para a comunicação. Nesse instante, ela aproveitou para falar das pessoas que nascem surdas e interagem com seus semelhantes por meio de uma língua diferente, a Língua Brasileira de Sinais (Libras), citando o exemplo do colega que estuda em outra turma. A pesquisadora fez algumas perguntas e pediu que os alunos respondessem por meio de placas. Aquelas de cor vermelha indicavam falso e as placas de cor verde, verdadeiro.

Nesse momento, o espaço da sala de aula se tornou divertido e desafiador para os alunos, pois eles queriam responder aos questionamentos, mas precisavam refletir antes. No caso da aluna com síndrome de Down o trabalho com cores relacionando ao objetivo pretendido em determinada aula propõe um desenvolvimento mais rápido devido à utilização da percepção visual.

A investigadora convidou um locutor da rádio local para ir à turma do 6º ano para dar uma minipalestra respondendo questões dos alunos. Apesar da vergonha de muitos, alguns fizeram questionamentos referentes ao trabalho do profissional na rádio, às dificuldades dele em relação à onda sonora. A participação, a curiosidade e a interação de todos foram o ponto mais importante nessa atividade.

Diante do exposto, é possível perceber que uma aula simples pode ser adaptada para atender às necessidades de cada aluno, com deficiência ou não. No entanto, acreditamos que o planejamento antes de chegar à escola é de suma importância para oferecer um trabalho de qualidade, mais convidativo e inclusivo, preocupado com o outro ao meu redor.

Questionários aplicados aos docentes que ensinam Ciências: experiências compartilhadas

Os critérios de análise seguem os passos desenvolvidos por Dias e Campos (2013); os autores, em sua pesquisa, elaboraram inicialmente um questionário para os participantes seguindo categorias de acordo com a temática a ser trabalhada. Nesse sentido, no processo de discussão dos resultados, as categorias foram elencadas e as respostas foram sendo debatidas, fazendo relação com a literatura da área.

Entendimento sobre a inclusão escolar

Os questionamentos referentes a essa categoria envolviam a definição, na visão dos professores, de inclusão escolar, o papel do docente no contexto inclusivo e o que eles acreditavam ser importante para acontecer inclusão de forma efetiva. Ambos os docentes definiram a inclusão como o acesso de todos os alunos ao sistema de ensino, seja ele público ou privado.

Essa definição aproxima-se daquela discutida e difundida em âmbito nacional e internacional pela Declaração de Salamanca. De acordo com esse documento, todos os discentes, principalmente aqueles com deficiência, têm direito ao acesso ao conhecimento escolar da mesma forma que qualquer outro aluno (Brasil, 1994), o que implica pensar num currículo diferenciado, acreditando nas potencialidades discentes e respeitando as especificidades.

O PC1 ressalta a importância do papel do professor em âmbito inclusivo intervindo nas atividades que o aluno ainda não tenha autonomia de fazer sozinho. Pela fala do respondente, pode-se compreender que o profissional tem um papel mediador no processo de ensino-aprendizagem. Vygotsky (2007), um dos teóricos mais reconhecidos na área educacional, afirma que os alunos perpassam zonas em seu processo de aprendizagem. Uma delas é a zona de desenvolvimento proximal (ZDP), na qual o aluno necessita da intervenção do professor para internalizar os conceitos e, assim, cria autonomia para realizar ou utilizar tais questões sozinho.

Outro ponto importante que esse teórico deixou para a educação foi o uso de instrumentos mediadores no processo de ensino. De acordo com Vygotsky (2007), o docente pode utilizar instrumentos como forma de atribuir mais significado ao que está ensinando, indo além de uma simples transmissão de conhecimento. No caso de criança com deficiência, acreditamos que um dos instrumentos mediadores possa ser o contexto do lúdico, uma vez que o aluno estará manuseando o objeto, interagindo com alunos e professores, além de ser algo mais divertido (Kishimoto, 1993).

O PC2 afirma que o papel do professor é importante; todavia, necessita de preparação e capacitações frequentes. Destaca-se, na resposta do professor, certa divergência no que concerne à formação, pois, como apresentado na Tabela 1, ele não registra ter feito qualquer tipo de formação continuada. Assim, indaga-se: a procura por novos conhecimentos na área em que atua é relevante? Somente o saber adquirido na formação inicial contribui para um saber-fazer Ciências no contexto inclusivo?

Assumindo as exigências da sociedade do conhecimento, um dos modelos de formação de professores defende o conceito de professor-reflexivo, que considera a reflexão e a investigação sobre a prática docente como necessidades formativas, tornando-se constitutivas das próprias atividades do professor, como condições para o seu desenvolvimento profissional (Pereira et al., 2015, p. 474).

O profissional, quando reflete sobre seu fazer pedagógico, abre novas possibilidades de entendimento profissional. A partir daí, com essa reflexão, compreende que a procura por novos conhecimentos na área na qual atua é de suma importância para um trabalho mais eficaz. No caso da inclusão de pessoas com deficiência, o professor deve estar ciente das diferenças presentes em sala. Assim, pensar o ensino de Ciências em âmbito inclusivo faz com que o profissional reflita sobre sua prática pedagógica, procure novas e diferentes ferramentas para o ensino-aprendizagem de todos os alunos que anseiam pelo conhecimento científico.

As discussões inicialmente levantadas mostram o entendimento dos docentes sobre a inclusão de alunos com deficiência nas aulas de Ciências. Nas primeiras afirmações, é perceptível o entendimento do conceito inclusivo, das dificuldades e dos anseios ressaltados pelos professores e da formação continuada como contribuição para um ensino preocupado com o outro e suas singularidades.

Formação, prática docente e inclusão

As questões referentes a essa categoria debatem se a formação inicial dos participantes da pesquisa discutia o contexto da inclusão, as estratégias metodológicas utilizadas pelos profissionais e os possíveis materiais que a escola disponibiliza para o seu trabalho.

Os respondentes afirmaram que, na formação inicial, aquela vivenciada no curso de Licenciatura em Química, poucos momentos discutiram o contexto da inclusão, mais precisamente na disciplina de Língua Brasileira de Sinais (Libras), pois, de acordo com o Decreto nº 5.626/05, a Libras deve ser incluída como disciplina obrigatória nos cursos de formação de professores, o que inclui a licenciatura em Química (Brasil, 2005). Nesse âmbito, percebe-se que somente o conhecimento vivenciado na licenciatura não é o bastante, pois, apesar de o curso durar quatro anos, pouco se discute sobre a pessoa com deficiência; isso se dá em uma única disciplina.

Nesse sentido, acreditamos que o professor de Ciências, para estar preparado para os desafios enfrentados na sala de aula, precisa compreender que a procura constante por novos e diferentes conhecimentos contribui para um ensino mais reflexivo. De acordo com Toledo (2013, p. 138),

valorizar o professor, seu papel e sua importância é oferecer-lhe, inicialmente, cursos de formação que assumam o seu papel de formar profissionais capazes de agir e refletir sobre as situações de sala de aula, aptos a consolidar suas experiências, aprendendo com elas e constituindo saberes que possam orientá-los nas noções que ainda carecem de saberes docentes que os instrumentalizem.

Nesse cenário, quando perguntados se participaram de formação continuada nos últimos cinco anos, somente o PC1 expressa sua participação no Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa (PNAIC), enquanto o PC2 diz que não participa. Acreditamos, nesse sentido, que o PC1 procura sempre estar atualizado, discutindo questões referentes à educação e ao ensino de Ciências.

Um dos momentos que carecem de atenção pelos professores é o pensar para quem ensinar e o como ensinar; refletir sobre as estratégias metodológicas diante da vasta diferença presente em sala põe em jogo novos olhares mais inclusivos. O questionamento alusivo às estratégias metodológicas utilizadas pelos dois participantes da pesquisa mostra a visão deles de como deve ser o trabalho docente no ensino de Ciências para que abranja o aprendizado de todos os alunos.

De acordo com a reposta do PC1, o profissional utiliza leituras compartilhadas, recursos audiovisuais, exposição de imagens e aulas de campo. O PC2 afirma que utiliza uma metodologia mais visual, com aulas usando PowerPoint e trabalho com imagens. Dentre essas estratégias, aquelas que os professores destacam que favorecem o aprendizado de todos os alunos, incluindo aqueles com deficiência, é o vídeo em PowerPoint e leitura compartilhada com exposição de imagens sobre o conteúdo.

As diferentes maneiras de ensinar certos conteúdos possibilitam desenvolver os melhores caminhos para chegar com mais qualidade ao conhecimento científico. No entanto, quando se pensa na educação de alunos com deficiência, é preciso identificar as especificidades. No caso dos alunos surdos, sua forma de aprender é diferente da do aluno ouvinte porque utiliza um canal comunicativo distinto (Lacerda, 2006). Aprender diferente implica ensinar de forma diferente, quer dizer, um ensino que aproxime as singularidades discentes.

As estratégias utilizadas pelos dois professores participantes da pesquisa condizem com as especificidades da aluna com síndrome de Down do 6º ano e com o aluno surdo incluído na turma do 8º ano. Contudo, outro ponto importante deve ser levado em consideração: o planejamento. Planejar determinadas estratégias com objetivos pedagógicos claros garante um ensino com menos lacunas e não corre o risco de perceber tal contexto como algo fora do âmbito pedagógico (Scarinci; Pacca, 2015).

Em relação aos recursos existentes na escola para o ensino de Ciências, o PC1 usa o laboratório, livro didático e PowerPoint. O PC2 destaca o uso do laboratório de Química, Física e Biologia, além do computador como possíveis estratégias. Sobre o contexto do laboratório de Ciências para alunos surdos, Reis e Batista (2015, p. 5) destacam:

a realização de experimentos nas aulas de Ciências representa um excelente recurso para que o aluno surdo faça a experimentação do conteúdo estudado na sala de aula e, assim, possa relacionar teoria e prática. Dessa forma, o laboratório é uma peça importante, porém nem sempre é usado durante as aulas. Isso pode ser um ponto negativo, pois os alunos gostam de ver sentido naquilo que estão estudando.

O laboratório de Ciências é um ambiente propício a um ensino mais significativo para alunos surdos, pois eles estarão colocando em prática aquilo vivenciado na teoria. Por ter a visão e o tato mais aguçados, o trabalho de forma prática com uso do concreto instiga a aprendizagem discente e abre o leque de conhecimento de diferentes instrumentos científicos, associando teoria à prática.

Nos dias de hoje, a sala de aula é um ambiente considerado heterogêneo, pois há diferentes formas de conceber o mundo. Nesse mesmo ambiente está o professor, profissional que vê nesse cenário a necessidade de diferentes alternativas de ensino voltadas para as singularidades e desejos de cada aluno. Não é algo fácil conseguir adaptar determinada aula à diversidade de aprendizagens presentes, mas o primeiro passo a ser realizado é o despertar para um sistema mais igualitário e inclusivo, sem apresentação de qualquer forma de preconceito ou segregação por parte dos profissionais ou dos próprios colegas de sala.

A busca por informações com o intuito de compreender essa nova perspectiva no campo escolar, a inclusão, começa a desvendar os caminhos que parecem desafiadores, mas possíveis de serem desenvolvidos.

Conclusões

Este artigo apresentou discussões em torno da disciplina de Ciências no contexto inclusivo. Sua questão central foi: quais estratégias podem ser utilizadas pelo professor de Ciências que contribuam para a aprendizagem de todos os alunos em uma turma inclusiva? Pelas respostas dadas por meio das atividades inclusivas e o questionário, conseguimos compreender o caminho percorrido pelos professores e as implicações vivenciadas na prática.

Adaptar determinada aula não é tarefa fácil, pois exige inicialmente conhecer as especificidades das turmas e dos alunos para que depois se pense em um planejamento de acordo com esse contexto. Todavia, as atividades inclusivas propõem um novo olhar à prática docente preocupada com o respeito e a valorização das diferenças em sala de aula, principalmente com alunos com deficiência necessitando da sociedade adaptação às suas singularidades.

A formação inicial e continuada foi destacada em boa parte das discussões, pois acreditamos ser muito importante a qualquer profissional a busca constante pelo conhecimento cientifico, apesar de o PC2 declarar não ter vivenciado qualquer formação nos últimos cinco anos. Uma das alternativas possíveis para tal questão se refere à espera dessa formação por parte da instituição, como se percebeu em sua fala. É necessário que a escola promova cursos, palestras para seus profissionais, mas partir do próprio interesse do professor também é válido, pois a aprendizagem discente está em jogo.

Em relação às estratégias utilizadas pelos professores que ensinam Ciências, com o intuito de contribuir para a aprendizagem de todos os alunos na sala inclusiva, destacaram-se o uso de materiais audiovisuais, as leituras compartilhadas e a frequência ao laboratório. Diante dessas alternativas para promover um ensino mais inclusivo, colocamos em debate a necessidade de um planejamento adequado à especificidade dos alunos, pois tais estratégias não podem perder seu valor pedagógico e precisam respeitar as diferenças.

Na atual conjuntura, a inclusão de alunos com deficiência nas aulas de Ciências é cada vez mais visível. A visibilidade traz à tona a necessidade de preparação da escola e dos profissionais no atendimento a esses alunos. Acreditamos que este artigo contribuiu para despertar novos olhares para os profissionais da Educação, principalmente aqueles que ensinam Ciências, repensando estratégias de ensino mais inclusivo.

Referências

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Publicado em 01 de outubro de 2024

Como citar este artigo (ABNT)

SOUZA, Daniella Bezerra Feitoza Barbosa de; SILVA, José Affonso Tavares. O ensino de Ciências na perspectiva inclusiva: relato de experiência em turma dos anos finais do Ensino Fundamental. Revista Educação Pública, Rio de Janeiro, v. 24, nº 36, 1º de outubro de 2024. Disponível em: https://educacaopublica.cecierj.edu.br/artigos/24/36/o-ensino-de-ciencias-na-perspectiva-inclusiva-relato-de-experiencia-em-turma-dos-anos-finais-do-ensino-fundamental

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