Envelhecimento ativo e formação profissional em Educação Física: experiências em Sobral/CE

Francisco Cavalcante de Alcântara

Mestre em Ensino na Saúde (UECE)

O presente artigo possui como objeto de estudo o campo do envelhecimento ativo e formação profissional em Educação Física em Sobral/CE, com enfoque nos profissionais que atuam em grupos de pessoas em processo de envelhecimento.

Conceitua-se historicamente o envelhecimento como uma fase da vida em que o indivíduo está frágil; trata-se de conceito ultrapassado, das pessoas menos informadas, graças à divulgação de vários estudos na área da Saúde.

A formação de profissionais de Educação Física (PEF) com conhecimentos em envelhecimento ativo já é uma realidade. Nos cursos de Educação Física das universidades brasileiras, públicas e privadas, o interesse pelo tema tem-se constituído objeto de análise que tem favorecido as práticas profissionais cada vez mais recorrentes (Marques et al., 2017).

A relevância desta pesquisa justifica-se pela contribuição para o contexto local no sentido de debater as políticas de formação em Educação Física, compreendendo as práticas de Educação em Saúde desenvolvidas pelos PEF. Nesse sentido, este estudo pode contribuir para futuras ações nos processos de formação dos PEF, à medida que tornará visível o estado da questão sobre os processos formativos. Para tanto, questiona-se: qual a relevância de identificar os PEF que atuam com grupos de envelhecimento ativo? Por que se faz importante descrever o processo formativo dos PEF e sua relação com o envelhecimento ativo? Como programar ações dos profissionais de Educação Física evidenciando a promoção do envelhecimento ativo? Assim, reforça-se a necessidade de pensar a formação dos PEF a partir dos temas envelhecimento, envelhecimento ativo, experiências vivenciadas e da percepção dos sujeitos sobre as práticas, antes dos resultados desta pesquisa.

Metodologia

A pesquisa se classifica como descritiva com abordagem predominantemente qualitativa, que se acompanha de uma análise sobre o que se compreende do ensino dos sabres do campo da formação do profissional de Educação Física que atua com pessoas em processo de envelhecimento no município de Sobral/CE. Os participantes da pesquisa foram PEF atuantes nos grupos de práticas corporais na cidade. A coleta de dados foi realizada em duas etapas e ocorreu de agosto a outubro de 2019.

Segundo Minayo (2014), a análise dos dados na pesquisa qualitativa não visa enumerar ou medir os eventos estudados, não é dependente de um instrumental estatístico; no entanto, parte de questões de interesses amplos que tendem a se definir à medida que a pesquisa se desenvolve.

Para o pesquisador realizar a coleta de dados, foi solicitada autorização institucional junto ao coordenador do curso, por meio da assinatura no Termo de Anuência.

A pesquisa está de acordo com a Resolução nº 466/12 do Conselho Nacional de Saúde; o estudo depende da prévia apreciação do Comitê de Ética em Pesquisa, e só se inicia após sua aprovação.

Resultados e discussão

Os resultados coletados e as respectivas discussões são baseados nos dados e confrontados com a literatura relacionada. O foco se amplia para a interpretação dos dados de forma mais subjetiva e aprofundada. As informações colhidas são organizadas em tópicos, obedecendo à ordem da coleta de dados da pesquisa, predeterminadas no percurso metodológico.

Dessa maneira, conforme exposto na Tabela 1, participaram do estudo nove profissionais de Educação Física, sendo oito egressos do curso de uma IES pública (UVA) e um egresso de uma IES privada (Uninta).

Tabela 1: Caracterização formativa dos participantes - Sobral, 2020

 

F

%

Modalidade de graduação

Licenciatura

02

22,22

Bacharelado

04

44,45

Plena

03

33,33

Sistema de ensino

Público

08

88,89

Privado

01

11,11

Nível de pós-graduação

Especialização

09

100,00

Contexto de atuação anterior

Ensino Fundamental

01

11,11

Outros

08

88,89

Os dados de identificação dos PEF revelam que eles têm formações acadêmicas nas três modalidades; o bacharelado detém o maior percentual de egressos que atuam na área da saúde pública. Constatamos ainda a predominância de os egressos serem de origem da universidade pública, todos com nível de especialização; suas ocupações anteriores eram em outras áreas de atuação da categoria.

A formação acadêmica em Educação Física sempre foi motivo de atenção especial, pois, depois de concluída, acontece a busca por trabalho, situação em que todo o embasamento teórico e prático obtido durante o período da graduação será posto em prática (Santos; Santos; Ferreira, 2018).

No ano de 2018, a Resolução CNE/CES n° 6 trouxe mudanças para a formação em Educação Física, definindo que no curso de bacharelado seriam contemplados conteúdos referentes ao campo de atuação em Saúde; assim, espera-se que o SUS e a saúde coletiva não estejam apenas em disciplinas optativas ou projetos eventuais, mas que componham a grade curricular obrigatória; todavia, vale assinalar que o curso de licenciatura não compreende essa inclusão para a formação em Saúde (Brasil, 2018).

A Universidade Estadual Vale do Acaraú (UVA) e Centro Universitário Inta (Uninta) não se fazem indiferentes a esse quadro, situando-se na vanguarda e fronteira do conhecimento, com objetivos claros e definidos quanto às competências e habilidades que o graduando necessita para sua atuação profissional.

Entretanto, o profissional precisa analisar o mercado de trabalho para saber quais são as suas necessidades e, posteriormente, elaborar um projeto de atuação. O ciclo de envolvimento social abrange vários fatores e interações; entre eles, a escolha e a sua efetiva inserção profissional em um campo de atuação. Esses fatores são de extrema importância para o futuro e estão intrinsecamente relacionados ao sucesso profissional e pessoal de cada um (Gomes; Fraga; Carvalho, 2015, p. 12).

Os participantes expressam, em suas falas, que o trabalho em equipe multiprofissional e o conhecimento de outros saberes na área da Saúde despertam interesses e motivações na área escolhida, além da satisfação, possibilidades e limitações que o mercado de trabalho oferece. Esses são os principais caminhos apontados para o alcance do sucesso de qualquer profissional.

A seguir, serão apresentados os dados empíricos entre as categorias temáticas estabelecidas, com base nos elementos da análise temática proposta por Bardin (2016), conforme mencionado no percurso metodológico. Estabeleceram-se três categorias resultantes da conversão dos discursos dos profissionais entrevistados: Formação profissional em Educação Física; Envelhecimento ativo; e Experiências em Sobral.

Os participantes foram interrogados quanto à sua compreensão de trabalho em grupos de práticas corporais, se eles recomendam esse tipo de trabalho, os conteúdos relevantes na formação, como percebem a inserção no campo da Saúde Pública, as principais atividades desenvolvidas e quais habilidades e competências apontariam como essenciais à formação do PEF.

Categoria 1: Formação em Educação Física

A Educação Física é reconhecida como profissão da Saúde, de acordo com a Resolução do Conselho Nacional de Saúde (CNS) n° 218, de 06 de março de 1997. Entretanto, a formação profissional em Educação Física ainda possui limites e lacunas: conhecimento interdisciplinar; trabalho em equipe multidisciplinar; diálogo com outros campos do conhecimento; mudanças nas matrizes curriculares (Oliveira; Andrade, 2016).

Segundo os PEF, a formação em licenciatura e bacharelado desconsidera alguns conteúdos e disciplinas que fundamentam sua inserção no “dito” mercado de trabalho, uma vez que não os preparam para atuação nos diversos espaços, muito menos na saúde coletiva; eles argumentam:

Na minha graduação, não foi ofertada nenhuma disciplina sobre saúde pública. Sempre busquei me inserir nesse campo de atuação com cursos e programas do governo; minha primeira experiência foi através do PET-Saúde e após fiz cursos voltados à área da Saúde Pública e a Residência Multiprofissional em Saúde da Família (PEF 01).

A formação em Saúde precisa estar orientada para as necessidades em saúde e, deve haver maior valorização no atendimento às subjetividades nas políticas públicas de saúde. Às vezes ressalta-se o quantitativo de consultas para o alcance de metas em saúde sem levar em consideração o significado que determinado atendimento profissional teve para aquela pessoa (Palhoni, 2018, p. 89).

Ainda corroborando as falas anteriores, o PEF 04 relatou que sua formação deveria ter preparado para o mercado de trabalho no campo da Saúde, o que de fato não houve:

Na época da minha graduação, não tivemos nenhuma preparação para atuar no campo da Saúde Pública, mas houve uma grande mudança na matriz curricular que inseriu disciplinas e estágios na saúde coletiva. Sobre a inserção desse profissional, é de extrema importância, pois muito se fala da visão holística e do conceito ampliado de saúde, então se faz necessária uma atuação multiprofissional e interdisciplinar na vida das pessoas (PEF 04).

É pertinente refletir sobre as matrizes curriculares de Educação Física, suas ementas e conteúdos que preparem para atuação na Saúde Pública. Isso implica dizer que

a grade curricular adotada em meu período de graduação apresentou algumas lacunas com relação ao fazer do profissional de Educação Física no âmbito da Saúde. As disciplinas eram centradas em conteúdos voltados à Educação Física escolar. No campo da Saúde, foi possível conhecer um leque de possibilidades para atuação do PEF (atendimentos compartilhados, grupos de prevenção de agravos, grupos operativos, práticas corporais, visitas domiciliares, discussões de casos, saúde mental e ações intersetoriais) (PEF 06).

As práticas unicamente baseadas nos conhecimentos técnico-procedimentais e nos métodos prescritivos não são condizentes com os fundamentos da saúde coletiva e com a integralidade do cuidado e das práticas corporais (Nascimento; Oliveira, 2016, p. 213).

Para romper com os moldes tradicionais e adequar-se às Diretrizes Curriculares Nacionais, é necessária também uma nova organização do currículo na Saúde. Nesse contexto, a formação profissional de Saúde pode ser considerada um desafio. Para atender a essas novas necessidades, os espaços de formação precisam ser democráticos, abertos a debates de ideias, soluções, reflexões e sistematização de sua própria experiência (Silva et al., 2017).

Os modelos de formação dos profissionais de Educação Física vigentes nos cursos de licenciatura e bacharelado estão necessitando de novos rumos, a serem delineados a partir de conhecimentos construídos por meio de pesquisa. Em consonância, temos estas narrativas:

A formação na Educação Física deve considerar conteúdos para além do tecnicismo; sua importância deve ser considerada, porém, deve contemplar/agregar conteúdo de outros núcleos/áreas do saber, como práticas corporais e Saúde Pública; Educação Física e interdisciplinaridade; tecnologias leves; cuidado em Saúde e promoção de Saúde (PEF 07).

A reestruturação dos projetos pedagógicos dos cursos, com um direcionamento mais específico das disciplinas e conteúdos para a formação do PEF capaz de atuar na área da Saúde, significa uma transformação nas práticas futuras dos acadêmicos que passarem por eles (Sobreira, 2015).

As IES precisam disponibilizar, em suas matrizes curriculares, mais disciplinas que tratem de Saúde Pública, de políticas públicas e do trabalho multiprofissional, a fim de agregar ainda mais conhecimento e maior competência aos futuros profissionais de Educação Física (Tavares; Wittizorecki; Molina Neto, 2015).

É urgente que sejam construídas estratégias para a preparação, muito mais do que de um técnico, de um pesquisador, de um sujeito apto à investigação de soluções específicas de seus fazeres, mas também dos saberes compartilhados, em função daqueles que se beneficiarão com sua intervenção (Rocha; Nascimento, 2017).

Categoria 2: Envelhecimento ativo

Sendo o envelhecimento um fenômeno universal e um processo multifatorial que acomete de maneira diferenciada todos os indivíduos, faz-se necessário que, no Brasil, os gestores dos serviços de atenção primária, bem como a equipe de saúde, conheçam a realidade sanitária dessa população (Bara et al., 2015).

Os determinantes do envelhecimento ativo são apontados com enfoque na saúde e bem-estar das pessoas, atentando para a necessidade adicional de avaliação da sua influência durante o curso da vida, a participação contínua nas questões sociais, econômicas, culturais, espirituais e civis, e não simplesmente a capacidade de estar fisicamente ativo, ou de fazer parte da força de trabalho (Costa, 2016).

De acordo com Candido et al. (2018), os progressos sociais, políticos, econômicos e ambientais, bem como o avanço científico em diferentes áreas, têm proporcionado de forma contínua e sustentada melhorias nas condições de vida e saúde das populações da grande maioria dos países, influenciando a expectativa de vida.

Envelhecer é um processo que se dá paulatinamente e sofre interferências de variáveis biológicas e sociais. Analisado sob a ótica das teorias biológicas, o envelhecimento é caracterizado pela degeneração das funções e estruturas orgânicas (Guerra, 2016).

O objetivo principal do envelhecimento ativo é aumentar a expectativa de vida saudável e a qualidade de vida para todas as pessoas que estão envelhecendo, inclusive as que são frágeis, fisicamente incapacitadas e requerem cuidados especiais (OMS, 2015).

Seguindo nas discussões sobre formação e atuação, perguntamos aos entrevistados qual a importância das práticas corporais que eles utilizavam com seus alunos nos grupos e como cada um deles teve embasamento, fundamentação para utilizá-las. As respostas vieram de forma a completar as narrativas anteriores.

O grupo de práticas corporais é importante para as pessoas em processo de envelhecimento porque ajuda e contribui para uma melhor qualidade de vida de forma prática. O meu trabalho favorece além da articulação com a comunidade, a criação de importância do vínculo, pois, se ele não existir, o trabalho torna-se incompleto de uma certa maneira (PEF 05).

Essa forma de encarar o envelhecimento concede aos indivíduos outra percepção das suas capacidades, no que diz respeito ao seu bem-estar físico, social e mental ao longo da vida e permite-lhes participar da sociedade de acordo com suas necessidades, seus interesses e suas capacidades. O envelhecimento ativo protege o indivíduo, proporcionando-lhe segurança e cuidados quando necessário (Pereira; Souza; Vale, 2015).

Sobre as práticas corporais e como são desenvolvidas, temos as seguintes narrativas:

As atividades de práticas corporais são desenvolvidas de acordo com a necessidade do público em caráter preventivo, mas também reabilitador. Como o idoso é acometido pela diminuição de força, massa muscular e equilíbrio, se faz necessário um trabalho dinâmico que proporcione ganhos significativos para reduzir essas perdas. Outra questão necessária é refletir sobre a capacidade funcional do idoso, é identificar atividades básicas que ajudem o idoso nas atividades de vida diária, diminuindo os riscos de quedas, já que é algo bem presente na vida de idosos não ativos (PEF 04).

A Educação Física tem sido tradicionalmente biologicista e segmentária; todavia, ao se aproximar da Saúde Coletiva, vislumbra-se uma nova política fundamentada na democratização da cultura corporal, configurando, assim, as práticas corporais como um direito social enquanto forma de cuidado em Saúde; para tanto, devem estar acessíveis a toda a população (Nascimento; Oliveira, 2016).

As narrativas a seguir relatam as experiências dos PEF nos grupos de práticas corporais, os tipos de atividades desenvolvidas e temas para além das práticas pelas práticas:

Durante a minha atuação nos grupos de práticas corporais, o maior público que participava eram pessoas idosas, realizava com eles atividades de caminhada, ginástica comunitária, dança, jogos recreativos, proporcionando a socialização e autoestima, além das atividades que trabalham movimentos articulares, fortalecimento da musculatura e exercícios de memória. Nesses grupos eram realizados momentos de Educação em Saúde, em que sempre se buscava repassar para eles os cuidados com a saúde (alimentação, hipertensão, diabetes, saúde da mulher e do homem, hanseníase e tuberculose, dentre outros) (PEF 01).

Carvalho e Carvalho (2018) entendem que, no campo da Saúde, as práticas corporais são tecnologias de cuidado e têm aparecido de forma crescente em relatos de iniciativas na atenção básica e na atenção psicossocial.

Quando questionado sobre as estratégias que utiliza nos grupos de práticas corporais e quais habilidades o profissional deve ter para atuar, o PEF 08 respondeu:

É preciso utilizar algumas estratégias para uma melhor atuação do profissional de Educação Física nos grupos de práticas corporais na saúde pública. Minha sugestão é que se precisa de melhor formação para a atuação do profissional de Educação Física na saúde pública, bem como ter um perfil para trabalhar com esse tipo de atividade, utilizando essas três dimensões (conhecimentos, habilidades e atitudes), para ampliar a qualidade da atuação profissional (PEF 08).

É importante que o planejamento das intervenções da Educação Física leve em consideração, além das condições de saúde relacionadas às questões físicas e fisiológicas colhidas tradicionalmente por meio de avaliações antropométricas, as questões referentes às dinâmicas familiar, social, laboral, visando aspectos da vida dos sujeitos (Carvalho, 2016).

Categoria 3: Experiências em Sobral

Na busca de superação do modelo de atenção à saúde, utilizando conceito que considera saúde como qualidade de vida e não como ausência de doença, amplia-se a equipe de profissionais que compõem as equipes do programa de Saúde da Família e integram-se profissionais de áreas do conhecimento afins à saúde: assistente social, terapeuta ocupacional, psicólogo, fitoterapeuta, nutricionista, fisioterapeuta e profissionais de Educação Física (Warschauer, 2017).

Pires et al. (2017) afirmam que o objetivo principal da inclusão de todos esses profissionais é melhorar a qualidade de vida, a promoção de saúde e bem-estar total a todos indistintamente. O profissional de Educação Física desenvolve estratégias de prevenção, promoção e manutenção da saúde, mediante atividades físicas, lúdicas, recreativas, palestras e encontros com todos os grupos populacionais.

A inserção do profissional de Educação Física na EF contribuiu para a construção de um trabalho interdisciplinar nas equipes do PSF a partir do ano 2000; esse profissional, por seus conhecimentos relacionados à pratica regular de atividade física orientada, tornou-se peça fundamental para a obtenção dos objetivos da ESF (Ferraz, 2017).

No campo da Saúde Pública, o principal desafio era subsidiar as novas políticas decorrentes das profundas mudanças implantadas em Sobral, devido ao estabelecimento de um novo projeto político-administrativo para a cidade. O Programa Saúde da Família (PSF) demandava, entre outros aspectos, um modelo de atenção à saúde baseado no compromisso com as diretrizes e os princípios do SUS, elegendo como campo prioritário a atenção básica (Nogueira; Bosi, 2017).

Nessa perspectiva, a formação do profissional de Educação Física passou a ser um desafio em constante transformação para atender a essas novas necessidades. As escolas formadoras UVA e Uninta precisam se constituir como espaço democrático de debates de ideias, soluções, reflexões e sistematização das experiências vivenciadas durante a formação dos seus acadêmicos (Pires et al., 2017).

Nesse sentido, descrevemos as ações mais exitosas dos profissionais de Educação Física na Saúde Pública em Sobral/CE, como as práticas corporais/atividade física, avaliação física e nutricional integrada, Educação Física na organização da saúde mental e o projeto Cuidando da Saúde do Trabalhador da ESF e sua relação com APS.

Dentre as estratégias de práticas corporais e atividade física desenvolvidas sistematicamente nos territórios da ESF, destacam-se a caminhada, a ginástica comunitária e o grupo de convivência (lazer). Essas estratégias têm potencializado a transformação do modelo de atenção à saúde, com ampliação de ambientes de cuidado e de intervenção de profissionais da Educação Física em parceria com os demais membros das equipes (Mendes; Carvalho, 2015).

É pertinente pensar nas ações e intervenções dos profissionais de Educação Física na ESF, pois “as práticas unicamente baseadas nos conhecimentos técnico-procedimentais e nos métodos prescritivos” não são harmônicas com os fundamentos da Saúde Coletiva e com a integralidade do cuidado e das práticas corporais (Nascimento; Oliveira, 2016, p. 213). Tudo isto implica dizer que

as atividades grupais relacionadas às práticas corporais caracterizam-se como ferramentas para o cuidado em saúde por meio das mais diversas manifestações corporais (dança; ginástica; recreação; lazer; lutas e esportes, entre outras). Através do corpo, numa perspectiva integral, busca-se fomentar significados e sentidos nos mais diversos segmentos (escolas; serviços de saúde; projetos sociais e na comunidade em geral). Para além do movimento, buscamos trabalhar com o corpo, conexões que possibilitem refletir sobre a realidade apresentada, promoção de saúde e lazer, socialização e produção de cuidado (PEF 07).

Tais práticas são desenvolvidas com base nas especificidades dos grupos e da situação dos territórios, que se diferenciam em consequência das condições locais como espaços físicos, articulação comunitária, perfil epidemiológico e atuação dos profissionais de Educação Física com o apoio das equipes e da comunidade em geral (Andrade; Oliveira, 2016).

A apropriação do conhecimento das práticas corporais apresenta-se como elemento fundamental para a atuação do profissional de Educação Física, quando descreve acontecimentos a partir do uso dessa tecnologia pedagógica em saúde, no cenário de práticas da categoria, conforme pode-se observar nesta fala:

O trabalho com grupos de práticas corporais fornece benefícios para a população como um todo, pois o principal objetivo é fazer com que a população participe das atividades e se integrem mais com a equipe de profissionais dentro da unidade de saúde (UBS) (PEF 05).

A utilização dessa ferramenta pedagógica pelo PEF é fundamental na consolidação do seu papel perante a sociedade, aprimorando a condição de saúde dos usuários dos serviços da ESF, possibilitando, de acordo com as características locais, melhor adaptação às ações de proteção, prevenção e promoção da saúde, com orientações sobre um estilo de vida e envelhecimento saudável (Andrade; Oliveira, 2016).

O processo de sistematização e estruturação das ações contribuiu para alocação de atividades ou reorganização delas, a partir do que o território dispõe de espaços, sejam públicos, comunitários ou privados. Considerar esse fato significa também ampliar o acesso da população aos serviços específicos da Educação Física e da Nutrição, embora em alguns contextos essa reorganização não seja tão simples devido a problemas sociais complexos, como, por exemplo, a inatividade física e a alimentação inadequada, colocadas nas falas a seguir:

Trabalhamos principalmente a promoção da saúde, buscando o bem-estar dos participantes, através da realização de avaliações físicas e nutricionais, sempre incentivando o autocuidado para que também se responsabilizem pela sua saúde, desmistificando o foco centralizado no apenas no médico e nas medicações, enfatizando a importância do exercício físico e da alimentação adequada para o bom desenvolvimento dos participantes do grupo (PEF 09).

De acordo com Andrade e Oliveira (2016), a experiência com avaliação física e nutricional integrada contribuiu para o conhecimento do PEF e do nutricionista para um melhor atendimento e a identificação do perfil de saúde dos participantes de cada grupo, para o planejamento dos exercícios físicos e alimentares e para a identificação de temas relevantes com a utilização de metodologias participativas e criativas.

O Serviço de Saúde Mental na Atenção Primaria/ESF tem características particulares e requer um conjunto de profissionais com campos de saberes diversos, para além do olhar da Psicologia e da Psiquiatria. O envolvimento da equipe multiprofissional é fundamental para identificar a demanda, diagnosticar, avaliar, compartilhar saberes e práticas para o acompanhamento e os cuidados com as pessoas que convivem com sofrimentos mentais (Furtado et al., 2016).

Com base em uma visão mais ampliada sobre processo saúde-doença das pessoas com sofrimentos mentais e ancorados no princípio da integralidade como norteador das ações da ESF, a equipe multiprofissional de residentes lotada no CSF Alto da Brasília iniciou um processo de reorganização do serviço de saúde mental. Constatou-se a grande quantidade de pessoas que usavam medicação controlada com necessidade de reavaliação dos casos e de organização do serviço para oportunizar um melhor tratamento a essa população (Silva et al., 2017).

Com relação ao conhecimento relacionado ao processo de organização dos cenários para intervenção da Educação Física na saúde mental, o PEF 06 ainda argumenta:

Os grupos de práticas corporais têm um papel importante na vida dos participantes, pois ajuda na promoção de saúde, prevenção de doenças e agravos, além de agir nos aspectos físicos e psicológicos, contribuindo para a melhoria da saúde mental (PEF 06).

Um estudo realizado por Palhoni (2018) apontou o cuidado pessoal referente a alimentação e atividade física como necessidades em saúde; o desejo de manutenção da saúde ou alterações orgânicas no corpo aparecem como “demandas de cuidado” que constituem parte das necessidades em saúde, as quais motivam a busca dos usuários por atendimento nas práticas corporais.

É a partir dos planos de cuidados pactuados entre a equipe multiprofissional e os usuários que o PEF colabora na articulação da rede de práticas corporais do território, nas visitas domiciliares para estimular sua participação nos grupos de atividade física, no acompanhamento daqueles inseridos nos grupos coordenados pela Educação Física e na elaboração de grupos de recreação com enfoque terapêutico (Mallmann et al., 2015).

As reflexões feitas por Oliveira e Cutolo (2015), quando abordam o conceito de interlocução entre as disciplinas dos cursos de formação, se expressam na fala do PEF 01 quando cita:

Na minha graduação, não foi ofertada nenhuma disciplina sobre saúde pública e/ou saúde mental. Não tive nenhuma preparação para atuar nesse campo. Sempre busquei me inserir por meio de cursos e programas na área, considerando ser de extrema importância a construção de conceitos ampliados e de uma visão mais holística da saúde coletiva (PEF 01).

Para Cavalcanti e colaboradores (2016), a experiência evidenciou mais uma possibilidade de intervenção do profissional de Educação Física na ESF, em articulação com a equipe multiprofissional, gerando desafios para aprender a lidar com o sofrimento do outro, buscar e construir conhecimento sobre Educação Física e saúde mental, conhecer os tipos de sofrimentos mentais e sua relação com atividade física e prática corporal, bem como adequar intervenções diante dos contextos que se apresentam na ESF.

O cotidiano dos serviços de saúde apresenta-se como desafio à promoção do cuidado com a saúde dos trabalhadores da ESF. No universo de trabalhadores da APS, encontram-se os agentes comunitários de saúde (ACS), que, não dessemelhante dos demais integrantes da equipe de saúde, apresentam sérios riscos ocupacionais, como exposição ao sol, atuação em espaços insalubres, contato com pessoas com doenças transmissíveis (Furtado et al., 2016).

Seguindo nas discussões sobre os cuidados com a saúde do trabalhador da ESF, o PEF 07 relata:

As práticas corporais, educação em Saúde, multiprofissionalidade, saúde mental, saúde na escola, práticas complementares/integrativas e, principalmente, a saúde do trabalhador devem fazer parte dos cuidados relacionados com a atenção à saúde dos trabalhadores da ESF para que eles possam desenvolver suas atividades laborais com melhor desempenho e menor desgaste (PEF 07).

Diante dessas exposições, surge o grande desafio de aproximar a formação dos PEF com os problemas de saúde dos trabalhadores da ESF visando uma atuação na perspectiva do conceito ampliado de cuidado e de saúde (Abenefs, 2015).

Como avaliam Schuh et al. (2015, p. 33), há um distanciamento entre as estratégias do PEF dentro da saúde pública e sua formação acadêmica. Dessa forma, pode-se pensar na formação e atuação de um PEF voltado para as necessidades da área da Saúde Pública visando a “prevenção, promoção, proteção e reabilitação da saúde no contexto dos determinantes sociais da saúde coletiva ou individual”, com treinamento para atuar nas equipes multidisciplinares.

De acordo com essa linha de intervenção, foi implantado o Projeto Cuidando da Saúde do Trabalhador; partiu-se do interesse das agentes comunitárias de saúde (ACS) visando à concepção de um espaço para fazer atividades de cuidados com saúde, devido ao fato de passarem boa parte do seu tempo no trabalho e em outros afazeres, como familiares e escolares, reduzindo o tempo de cuidar da própria saúde (Palhoni, 2018).

Essa estratégia teve como objetivo implantar na dinâmica do serviço do ACS, um ambiente de cuidado com a sua saúde envolvendo outros profissionais que compõem as equipes da ESF, dentre eles, nutricionista, terapeuta ocupacional, fonoaudiólogo e pedagogo para desenvolvimento e acompanhamento de temáticas pertinentes a saúde ocupacional, alimentação adequada, práticas corporais, lazer e relações interpessoais no ambiente de trabalho, mediante encontros sistemáticos e rodas de diálogos (Oliveira; Cutolo, 2018).

A partir dessa experiência com a saúde do ACS, percebemos alguns avanços, como a efetivação de um espaço de cuidado pactuado por toda equipe de saúde; o envolvimento da equipe multiprofissional com enfoque interdisciplinar na atenção à saúde do ACS e o fortalecimento das relações interpessoais. Os encontros facilitaram a identificação de eventuais agravos e riscos, como estresse e ansiedade, sobrepeso e obesidade (Abenefs, 2015).

Considerações finais

A realização deste estudo revelou que existem ainda muitas fragilidades e desafios para a formação do profissional de Educação Física como profissional atuante na área da saúde, desafios esses que perpassam um maior reconhecimento da profissão na área da Saúde e possibilidades de uma formação mais consistente com relação ao desenvolvimento das competências necessárias para uma melhor atuação.

Sendo marco categórico para traçar os percursos do presente estudo, fica evidente que o objetivo geral, os objetivos específicos e o caminho metodológico percorrido foram eficientes e permitiram-nos elucidar pelos resultados a análise da formação dos PEF inseridos no Serviço de Saúde Pública em Sobral/CE.

Os resultados da pesquisa apontam uma série de situações em que os PEF relataram que a base da construção de suas metodologias deu-se após a formação inicial (graduação) e que as disciplinas relacionadas a Saúde Coletiva foram pouco relevantes.

Constatou-se, com a coleta de dados, a dificuldade de alguns profissionais para definir os tipos de metodologias que utilizam, indicando carência na formação inicial e, por conseguinte, na permanente. Ressaltamos que o profissional deve buscar sua autoformação, mas é durante a graduação que ele deve ter uma base bem sólida para que ela possa direcioná-lo de forma mais efetiva, e essa responsabilidade é da IES.

Dessa forma, espera-se que o desenvolvimento desta pesquisa possa colaborar para a reflexão dos PEF, sobre suas práticas e a influência de uma base bem fundamentada na formação inicial e integral do profissional a ser formado. Almeja-se ainda que esta pesquisa seja o passo inicial para pensar nas reformas curriculares. Por fim, espera-se que este estudo seja base para futuras pesquisas, dissertações e teses que enriqueçam ainda mais essa área de estudo.

Assim, consideramos que os depoimentos dos participantes e a pesquisa na literatura tornaram os resultados do presente estudo robustos e com uma riqueza de detalhes que remete a entender que a temática mostra ser ampla para novas pesquisas e novos entendimentos.

Com isso, novos estudos serão necessários para que a análise das potencialidades da formação em nível superior e a formação do PEF para atuação na área da Saúde fortaleçam as práticas profissionais no serviço de saúde coletiva, de modo que prevaleçam no impacto da atuação do PEF e nos indicadores de saúde de toda a população atendida.

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Publicado em 06 de fevereiro de 2024

Como citar este artigo (ABNT)

ALCÂNTARA, Francisco Cavalcante de. Envelhecimento ativo e formação profissional em Educação Física: experiências em Sobral/CE. Revista Educação Pública, Rio de Janeiro, v. 24, nº 4, 6 de fevereiro de 2024. Disponível em: https://educacaopublica.cecierj.edu.br/artigos/24/4/envelhecimento-ativo-e-formacao-profissional-em-educacao-fisica-experiencias-em-sobralce

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