Sentido para a vida: a escola também é lugar do brincar
Maria Rosenilda Pires Ferreira
Doutoranda e mestra em Educação Escolar (PPGEEProf/UNIR), professora do AEE na Secretaria Municipal de Educação de Ji-Paraná/RO, integrante do Grupo de Estudos Interdisciplinares em Educação, História e Memória (Mnemos)
Jussara Santos Pimenta
Doutora e pós-doutora em Educação (ProPEd/UERJ), professora adjunta do curso de Pedagogia, do Departamento de Ciências da Educação da Universidade Federal de Rondônia - Câmpus Porto Velho
É na brincadeira que ela encontra sentido para a vida, é nela que as coisas se transformam e são construídas de muitos modos e repetidas tantas vezes quanto a criança quiser.
Sabemos que o brincar está presente na vida dos seres humanos desde sempre, “bem antes das primeiras pesquisas sobre o assunto: desde a Antiguidade e ao longo do tempo histórico, nas diversas regiões geográficas, há evidências de que o homem sempre brincou” (Friedmann, 2012, p. 19). Brincar é diversão, alegria, interação, animação; é viajar no universo cheio de alegrias e encantos.
Este texto trata de uma proposta que foi destinada ao brincar e cujo objetivo principal foi desenvolver uma sequência de brincadeiras e brinquedos que de maneira lúdica despertasse nas crianças a imaginação, a criatividade e o faz-de-conta, proporcionasse a elas momentos de lazer e interação no espaço da escola. É preciso pensar na criança como um ser que tem seus direitos, suas vontades, imaginação, e que possui gostos e anseios próprios, ou seja, como um ser que pensa, que é capaz e que pode realizar muitas coisas usando sua imaginação.
Para este relato de experiência dialogamos com autores como Kohan (2010), Kramer (2003) e Kishimoto (2011), que contribuem para o entendimento sobre o brincar e seu valor para a infância, buscando trazer um brincar sem precisar estar ligado a algo que precisa aprender ou é obrigatório, ou seja, não é brincar para aprender uma sequência numérica ou uma lista de animais com pelos. Essa concepção sobre o brincar modifica o olhar sobre o brincante e a brincadeira. É uma maneira de dizer à criança “você precisa brincar e brincando você já está aprendendo, escola é também lugar de brincar sem cobranças, brincar por diversão, pelo simples prazer de brincar”. É preciso que haja o entendimento, nas nossas escolas, de uma infância que não esteja atrelada apenas ao que o adulto quer ensinar.
A escola deveria estar menos preocupada em ensinar coisas aos outros do que em ajudar a encontrar o lugar onde o pensar do outro possa se fortalecer a si próprio, para que possa aprender por si o que ninguém pode lhe ensinar; a escola deveria estar mais atenta a deixar que a infância se faça a si própria em vez de pretender fazer da infância algo predeterminado, diferente do que ela é (Kohan, 2010, p. 131).
É preciso ser afetado por esse brincar, pois é brincando que também despertamos a criança que vive em nós, adultos, e nos faz reviver a infância. A escola apresenta à criança coisas prontas, que não foi a criança que escolheu, afinal. Nessa fase escolar, ainda é infância, tempo de brincar e de ser criança, e é nos momentos de brincar que a criança mais aprende. Trouxemos para serem vividos os rastros de uma infância tão, tão longe que parece ainda ter sido tão perto. É no brincar que a criança desenvolve as habilidades de sonhar, imaginar, criar e recriar, pois uma simples cadeira torna-se um carro, um avião; uma bolha de sabão é um objeto voador e assim ela imagina e dá asas à sua imaginação.
A infância não é apenas, ou sobretudo, uma etapa da vida, algo que transcorre num tempo cronológico e, sucedendo, supera-se. Ela habita, sem ser percebida, toda palavra como sua condição, como uma sombra, como um resto, como uma diferença não percebida (Kohan, 2010, p. 133).
Durante o brincar, a criança se expressa, interage e fantasia seu brincar por meio do faz-de-conta. Algumas vezes precisamos entrar nesse universo e deixar que pareça real esse momento, pois essa imaginação contribui para o surgimento de diferentes ideias, imaginação e criatividade.
Metodologia
O brincar e os brinquedos contribuem com as interações, com o desenvolvimento da imaginação e do faz-de-conta, com as habilidades motoras e cognitivas. Brincar é diversão e criação; deve fazer parte do cotidiano da criança.
Utilizamos na realização da sequência didática diferentes brinquedos e brincadeiras que fazem parte da vivência das crianças, outros que as crianças não conhecem e que trazem um resgate dessas brincadeiras antigas, de diferentes culturas, como a indígena, ribeirinhos e quilombola, que contribuem com as interações e o desenvolvimento das crianças no processo de construção de novos saberes.
Quando as situações lúdicas são intencionalmente criadas pelo adulto com vistas a estimular certos tipos de aprendizagem, surge a dimensão educativa. Desde que mantidas as condições para a expressão do jogo, ou seja, a ação intencional da criança para o brincar, o educador está potencializando as situações de aprendizagem (Kishimoto, 2011, p. 41).
Para realizar as brincadeiras, utilizamos o espaço da escola, onde fizemos as brincadeiras e a confecção dos brinquedos durante uma semana no período de 1 hora e 30 minutos. Esse intervalo de tempo foi suficiente para realizar diversas brincadeiras e para que as crianças pudessem brincar, dando oportunidade para as interações com seus pares.
Como recursos utilizamos: cordas, giz para fazer amarelinha, caixas de papelão, peças de lego, elástico, TNT, papel-cartão, garrafa plástica, bambolê, panelinhas, fogão de caixa, massinha de modelar, pedacinhos de madeira, água, detergente, animais de plástico e outros objetos que foram utilizados no faz-de-conta. Foram utilizados vídeos e fotos para fazer o registro da realização das brincadeiras e da construção da peteca, que é um brinquedo de origem indígena que foi usado em nossas brincadeiras.
Durante o brincar, a criança desenvolve novos saberes, por meio das brincadeiras, nas interações com os outros e consigo mesmo, expõe seus sentimentos e sua imaginação. “A intervenção intencional baseada na observação das brincadeiras das crianças, oferecendo-lhes material adequado, assim como um espaço estruturado para brincar, permite o enriquecimento das competências imaginativas, criativas e organizacionais infantis” (Brasil, 1998). Uma etapa da sequência foi a construção de uma projeção do brincar com diferentes espaços e brinquedos, em que as crianças em grupos brincaram em cada espaço que foi montado no chão do pátio, sem regras, apenas direcionando os grupos para cada contexto. Todas as brincadeiras e brinquedos confeccionados foram feitos com as crianças e a intervenção dos professores que acompanharam o desenvolvimento dessa sequência de brincadeiras; o resultado de todo o processo foi observado e relatado por meio de fotografias e anotações. Estas foram as etapas da sequência sobre o brincar desenvolvida com as crianças do primeiro ano B da Escola Dinalmir, no município de Ji-Paraná/RO:
1ª Etapa – Roda de conversa para explicar sobre as brincadeiras e brinquedos que foram realizadas durante a semana. Ouvir das crianças a brincadeira preferida, falar das brincadeiras mais antigas, das brincadeiras indígenas, dos brinquedos que íamos construir.
Brincar do rabo do gato – colar em cada criança um rabinho de papel, os colegas tentam arrancar o rabo do gato. O vencedor será aquele que ficar até o final sem deixar tirar o rabinho. Acompanhar a brincadeira com cantigas de roda: “A linda rosa juvenil”, “Atirei o pau no gato”, “De abóbora faz melão”, “Fui na Espanha buscar o meu chapéu” etc.
2ª Etapa - Pula corda, cabo de guerra, solta bolhas (confeccionado com garrafas plásticas), coelho fora da toca. Dança da cadeira.
3ª Etapa – Contextos do brincar: peças de Lego, massinha, casinha com bonecas, pedacinhos de madeira, animais, carrinhos.
4ª Etapa – Amarelinha, pular elástico, lenço atrás, confecção de peteca.
5ª Etapa – Trem, caixas de papelão para imitar carrinhos, pega-pega, terra e água (riscar no chão o nome terra e água, quando falar terra todos pulam na terra, quando falar água todos pulam na água, quem for pulando no nome contrário ao que o professor falar sai da brincadeira).
Quando oferecemos atividades construtivas, estamos pensando no ser que está se desenvolvendo; por isso, pensamos no melhor. “Reconhecemos o que é específico da infância: seu poder de imaginação, a fantasia, a criação, a brincadeira entendida como experiência de cultura. Crianças são cidadãs, pessoas detentoras de direitos, que produzem cultura e são nela produzidas” (Kramer, 2003, p. 15). As crianças possuem potencial, são capazes de construir diferentes estratégias e valores, basta serem desafiadas e oferecidos os recursos necessários e oportunizar o brincar.
Análise e comentário do conteúdo
Quem já brincou por brincar? Sem cobranças, sem vencedor, apenas mergulhar no universo da brincadeira e do brincar, deixar que a brincadeira contagie, nos faça leves, nesse momento mágico, que nos faz rir, gargalhar, nos afeta pelo simples gesto de brincar, brincar e brincar. Quando eu era criança, me comportava como criança; depois que virei adulto, a criança que fui ainda vive em mim; muito do que vivemos na infância ainda nos afeta.
A brincadeira é a vida da criança e uma forma gostosa para ela movimentar-se e ser independente. Brincando, a criança desenvolve os sentidos, adquire habilidades para usar as mãos e o corpo, reconhece objetos e suas características, textura, forma, tamanho, cor e som. Brincando, a criança entra em contato com o ambiente, relaciona-se com o outro, desenvolve o físico, a mente, a autoestima, a afetividade, torna-se ativa e curiosa (Brasil,1998, p. 10).
É preciso observar o quanto a criança aprende durante as brincadeiras. E não precisa dizer que, ao empilhar um bloco lógico ela está brincando e imaginando ser um engenheiro, construtor; que ao fazer comidinhas de faz-de-conta está brincando de ser um profissional do ramo da Gastronomia; que, ao cuidar de uma boneca, quem sabe está imaginando ser um médico, uma enfermeira, uma babá. Com as brincadeiras aprendemos a desenvolver habilidades que muitas vezes a escola não ensina, ainda que a brincadeira não tenha a intencionalidade de simular uma atividade que poderá ser executada na fase adulta.
Durante as brincadeiras desenvolvidas com os educandos do primeiro ano B da Escola Dinalmir, tivemos momentos de conversas para ouvir o que as crianças tinham para falar sobre o momento que estávamos vivenciando e como estavam se sentindo com relação às brincadeiras que foram propostas durante toda a semana. Cada um tinha uma explicação sobre as propostas e o que mais gostaram, por que brincar é mesmo muito divertido, traz satisfação e animação. Falas das crianças durante o brincar:
Hoje você vai chamar para brincar?
Eu posso escolher a brincadeira?
Quero ser o primeiro!
Peguei o rabo do gato, era o Victor. Vou pegar mais.
Por que não fazemos a brincadeira de soltar bolhas?
Outra vez (rsrsrsrs)? Eu gosto dessa brincadeira. Essa brincadeira de bolhas é muito divertida, ver as bolhas subir e estourar as bolhas, é legal.
Eu não canso de soltar bolhas!
É a que eu mais gostei, vamos de novo?
Oba! Quem vai pegar minhas bolhas?
Olha aquela bolha!
Lá no alto!
Quem fez?
Eu, eu, foi eu... (todos tinham feito aquela bolha que subiu bem alto).
Quero mais sabão, soltei muitas bolhas.
Esse dia foi o que brinquei mais na escola, as brincadeiras são legais, e eu gosto de brincar de pega-pega, de formar castelo com pecinhas de madeira e pecinhas (blocos lógicos) e de soltar bolhas.
E assim a interação das crianças foi mostrada nas falas, nos sorrisos e até no silêncio para ver quem soltava a bolha maior e mais colorida, quem pegava primeiro o colega, quem conseguia deixar o lenço sem ser notado pelo amigo, quem conseguia pular corda e quem conseguia pular amarelinha. As brincadeiras de roda foram uma novidade para todos, pois vieram da Educação Infantil, que foi toda no período da pandemia da covid-19, as crianças não tiveram contato com colegas e professores. Por isso, nessa fase a criança quer brincar, interagir com os colegas e soltar a imaginação. Elas não conheciam a brincadeira da Linda Rosa Juvenil; foram muitas risadas e as meninas queriam ser a rosa, apenas uma quis ser a bruxinha, acharam divertida a brincadeira.
Brincando, a criança desenvolve a imaginação, fundamenta afetos, explora habilidades e, na medida em que assume múltiplos papéis, fecunda competências cognitivas e interativas. Brincar favorece a autoestima, a interação com os seus pares e, sobretudo, a linguagem interrogativa, propiciando situações de aprendizagem que desafiam seus saberes estabelecidos e destes fazem elementos para novos esquemas de cognição (Antunes, 2012, p. 45).
É preciso pensar o brincar como um modo diferente, em que diferentes possibilidades poderão acontecer. É nesse momento que a criança brinca, que desenvolve habilidades que não estavam dentro de nossas intencionalidades; não organizamos o brincar com o intuito de ter benefícios, de anotar o que foi desenvolvido durante essa ou aquela brincadeira. Com certeza as habilidades alcançadas foram mais satisfatórias do que se tivesse sido feita uma relação de habilidades que seriam observadas ou se para cada brincadeira fosse cobrado um conteúdo de aprendizagem. “As crianças viram as coisas pelo avesso e, assim, revelam a possibilidade de criar. Uma cadeira de cabeça para baixo se torna barco, foguete, navio, trem, caminhão. Aprendemos, assim, com as crianças, que é possível mudar o rumo estabelecido das coisas” (Kramer, 2003, p. 15). Por isso, a importância do brincar.
Foi possível deixar essas afirmações e embarcar junto com as crianças, deixando nos envolver apenas pelo brincar. Durante o tempo reservado para realização do brincar, só era permitido criar, imaginar, e cada um deixava sua imaginação fluir, pois não é preciso muito para perceber o quanto as crianças são capazes de criar e transformar, vivendo seu faz-de-conta.
No brinquedo, no entanto, os objetos perdem a sua força determinadora. A criança vê um objeto, mas age de maneira diferente em relação àquilo que vê. Assim, é alcançada uma condição em que a criança começa a agir independente daquilo que vê. [...] O brinquedo fornece um estágio de transição nessa direção sempre que um objeto (um cabo de vassoura, por exemplo) torna-se o pivô dessa separação (no caso, a separação entre significado “cavalo” do cavalo real) (Vygotsky, 2007, p. 114-115).
Segundo Vygotsky (2007), durante o brincar, muitas vezes a criança transforma um brinquedo em outro, uma peça de Lego vira um animal, vira uma panelinha para fazer comidinha de faz-de-conta, independentemente do que vê ou do brinquedo com que está brincando, e assim o imaginar vai se transformando e dando vida às cores, aos objetos e tudo se transforma no mundo da fantasia, em que o que interessa é o brincar.
Nossas brincadeiras aconteceram no pátio da escola, e é no pátio mesmo que devemos brincar. Quando o pátio da escola será transformado no espaço do brincar? Como vamos brincar em meio as mesas, cadeiras, banquinhos, gente que vem e gente que vai? Quando não tem espaço para brincar, nós improvisamos, pois sabemos que brincar é fundamental trazer alegria e contribui com a imaginação. Ao brincar, usamos todo o corpo, é como se o corpo falasse. E quantas vezes já ouvimos a frase “Aqui não é Educação Infantil?”. E quem disse que só se brinca na Educação Infantil? Brincar não tem idade, as crianças precisam brincar. A escola é um lugar onde as brincadeiras precisam acontecer.
A escola reproduz essa regulação, o modelo fabril. Desse modo, foram instituídos na escola os cronogramas, horários que, em vez de organizar o coletivo, têm caráter controlador. Observam-se rotinas, sirenes e tempo cronometrado para o recreio. Institui-se, dessa forma, o tempo da produtividade. Assim, o tempo da brincadeira, das descobertas, da experiência, muitas vezes, é banido da escola e considerado perda de tempo (Araújo; Costa; Frota, 2021, p. 17).
Brincar não é perder tempo, é ganhar. A criança que brinca interage melhor, desenvolve a percepção, a concentração, a imaginação e contribui no desenvolvimento de diferentes habilidades.
O pátio da escola ao qual estou me referindo é um espaço com cobertura no formato de um chapéu. É um excelente espaço, se não estivesse cheio de cadeiras, banquinhos e mesas, onde é servido o lanche da escola; ou seja, é o refeitório. O espaço fica reduzido e quase não dá para se locomover sem esbarrar nos objetos e nas pessoas que passam por ali. Mesmo com tão pouco espaço coberto, organizamos e fizemos as brincadeiras que estavam em nossa proposta, empurra daqui, tira dali, deixamos um espaço livre. O importante é brincar, mesmo tendo apenas um pequeno espaço; foi esse que usamos para realizar as brincadeiras. Por outro lado, temos um amplo espaço gramado; seria ideal para brincar, se não fosse o Sol com seus raios tão quentes que não conseguimos ficar expostos – e ainda com crianças de seis e sete anos. Como moramos numa região de clima muito quente, não foi possível realizar as atividades no espaço naquele horário.
Considerações finais
Pensando na criança como ser que é capaz de desenvolver diferentes habilidades, foi realizada esta proposta com o objetivo de desenvolver uma sequência de brincadeiras e brinquedos de maneira lúdica e que despertasse nas crianças a imaginação, a criatividade e o faz-de-conta, proporcionando a elas momentos de lazer e interação no espaço da escola. “Crianças são cidadãs, pessoas detentoras de direitos, que produzem cultura e são nela produzidas” (Kramer, 2003, p. 15). É assim que percebemos as crianças durante o brincar, a boniteza das suas risadas, das falas, dos momentos de silêncio e na interação com seus pares.
Compreendemos que brincar é o que as crianças precisam na infância; muitas vezes estamos apenas preocupados em passar conteúdos e esquecemos que é no brincar que surgem as descobertas, a imaginação se solta e a criança viaja no universo apenas do brincar, sem cobrança ou para aprender algo específico. Vimos nas falas das crianças que elas querem mesmo é brincar; não importa o espaço, se adequado ou não, o brincar acontece. As brincadeiras, mesmo não sendo do convívio das crianças, elas aproveitaram, participaram, acharam divertido conhecer outras maneiras divertidas de brincar, e nós, adultos, também observamos as formas diferentes de brincar das crianças e como elas brincam.
Se queremos ver crianças felizes, é importante que proporcionemos a elas momentos destinados ao brincar; coisas simples como um “solta-bolhas” feito de garrafas plásticas já as deixam felizes, e elas também constroem suas brincadeiras com os objetos que lhes foram proporcionados, ou seja, reconstroem suas brincadeiras.
Esta proposta contribuiu para que o espaço da escola se abrisse para o brincar, uma vez que compreendemos que a infância precisa ser permeada de brinquedos e brincadeiras para que a criança possa se desenvolver de maneira lúdica; afinal, nós, adultos, somos os responsáveis por construir esse espaço do brincar em nossas escolas. Crianças brincando e felizes aprendem muito mais.
Referências
ARAÚJO, Janice Débora de Alencar Batista; COSTA, Rebeka Rodrigues Alves da; FROTA, Ana Maria Monte Coelho. De chrónos à aión - onde habitam os tempos da infância? Childhood & Philosophy, Rio de Janeiro, v. 17, p. 1-24, maio 2020. Disponível em: http://educa.fcc.org.br/pdf/childphilo/v17/1984-5987-childphilo-17-e56866.pdf. Acesso em: 27 abr. 2024.
ANTUNES, Celso. Educação Infantil: prioridade imprescindível. Petrópolis: Vozes, 2012.
ARIÈS, P. História social da criança e da família. Rio de Janeiro: LTC, 1981.
BRASIL. Ministério da Educação. Ensino Fundamental de nove anos: orientações para a inclusão da criança de seis anos de idade. Brasília: MEC/SEB, 2007. Disponível em: http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/Ensfund/ensifund9anobasefinal.pdf. Acesso em: 27 abr. 2024.
BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular: documento preliminar. Brasília: MEC/SEB, 2017. Disponível em: http://basenacionalcomum.mec.gov.br/images/BNCC_publicacao.pdf Acesso em: 22 maio 2019.
BRASIL. Ministério da Educação e do Desporto. Resolução CEB, de 04 de abril de 1999. Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil. Diário Oficial da União, Brasília, 5 de abril de 2009.
BRASIL. Ministério da Educação e do Desporto. Secretaria de Educação Fundamental. Referencial Curricular para a Educação Infantil: Brincar. Brasília: MEC/SEF, 1998.
FRIEDMANN, Adriana. O brincar na Educação Infantil: observação, adequação e inclusão. São Paulo: Moderna, 2012.
KISHIMOTO, Tizuco (org.). O brincar e suas teorias. São Paulo: Cengage Learning, 2011.
KOHAN, Walter Omar. Vida e morte da infância, entre o humano e o inumano. Educação & Realidade, v. 35, nº 3, p. 125-138, set./dez. 2010.
KRAMER, Sônia. A política do pré-escolar no Brasil: a arte do disfarce. São Paulo: Cortez, 2003.
VYGOTSKY, Lev Semenovich. O papel do brinquedo no desenvolvimento. In: VYGOTSKY, Lev Semenovich. A formação social da mente: o desenvolvimento dos processos psicológicos superiores. 7ª ed. São Paulo: Martins Fontes, 2007. p. 108-124.
Publicado em 17 de dezembro de 2024
Como citar este artigo (ABNT)
FERREIRA, Maria Rosenilda Pires; PIMENTA, Jussara Santos. Sentido para a vida: a escola também é lugar do brincar. Revista Educação Pública, Rio de Janeiro, v. 24, nº 46, 17 de dezembro de 2024. Disponível em: https://educacaopublica.cecierj.edu.br/artigos/24/46/sentido-para-a-vida-a-escola-tambem-e-lugar-do-brincar
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