A atuação do orientador educacional frente à indisciplina escolar

Biébele Abreu Corrêa

Especialista em Orientação Educacional (Farese)

O presente artigo apresenta uma discussão acerca da atuação do orientador educacional em relação à indisciplina escolar. É notório que a indisciplina vem se fazendo presente cada vez mais na sala de aula e nas áreas internas às instituições escolares, sendo um problema que assola a aprendizagem do aluno e a relação entre ele e o professor, ou seja, as relações intrapessoais que são estabelecidas no contexto escolar.

A indisciplina escolar sempre existiu; é manifestada de inúmeras formas e envolve todos que compõem a instituição, mas, devido às transformações tecnológicas, culturais, socioeconômicas e no contexto familiar que vêm surgindo na sociedade nos dias atuais, tem-se percebido uma série de comportamentos indisciplinares nos alunos e vem se tornando um grande desafio para os profissionais da Educação ao ter que lidar com os educandos que não possuem limites e não respeitam os princípios estabelecidos pelas escolas. O orientador educacional possui papel importante nesse cenário, devendo ouvir, dialogar, buscar estratégias e soluções juntamente com o professor e com os familiares dos alunos, a fim de resolver tal problema.

A temática proposta é de grande relevância para a educação escolar e para os pais e responsáveis, uma vez que o comportamento indisciplinado do aluno interfere tanto na aprendizagem escolar quanto desencadeia conflitos nas relações sociais e familiares. Nessa perspectiva, o trabalho apresenta a seguinte problemática: quais fatores estão contribuindo para a indisciplina escolar? Como o orientador pode interferir positivamente para combater a indisciplina no contexto escolar e promover relações saudáveis baseadas no respeito e no diálogo entre os indivíduos?

Por considerar o ambiente escolar um espaço de aprendizagem, mas também diversificado e com inúmeros desafios e dificuldades a serem enfrentados diariamente, entende-se que a indisciplina na escola é um problema que deve ser combatido e que prejudica o processo de aprendizagem do educando. A atuação do orientador educacional vai, de fato, contribuir para atenuar a indisciplina ocorrida na sala de aula?

O projeto tem como objetivo geral compreender a indisciplina no contexto escolar, analisando como a atuação do orientador educacional pode intervir frente ao comportamento inadequado de alguns alunos. Os objetivos específicos buscam identificar as causas da indisciplina escolar e analisar o papel do orientador educacional diante das estratégias aplicadas para o enfrentamento dessa problemática.

Este trabalho justifica-se por diversificadas experiências vivenciadas no meu dia a dia como educadora e por reconhecer que a indisciplina é um tema muito relevante para a educação, sendo um grande desafio a ser vencido pelos professores e por toda a equipe pedagógica. É fundamental, nesse âmbito, levar em consideração os aspectos políticos, familiares, emocionais e sociais. Compreende-se que a indisciplina atualmente é um dos maiores problemas que vêm afetando a aprendizagem do aluno e suas relações sociais.

O projeto foi elaborado por meio de levantamento bibliográfico e leitura de artigos científicos, teses e obras de diversos autores, como Aquino (1996; 2003), Vasconcellos (1993; 1994; 2010) e Grinspun (2006; 2008), entre outros, destacando de forma crítica tudo que envolve a problemática, o conceito, as causas e as soluções para combater a indisciplina escolar e ter um ambiente educacional tranquilo e agradável.

Desenvolvimento

A sociedade vem sofrendo grandes transformações, principalmente no contexto familiar e tecnológico, ocasionando mudanças comportamentais nos indivíduos. Tais alterações acabam se refletindo de forma direta no contexto educacional, onde muitos alunos têm apresentado condutas indisciplinadas no ambiente escolar, como descumprimento de normas estabelecidas pelas instituições e pelos professores em sala de aula, prejudicando a aprendizagem do educando. Segundo Tomelin (2007, p. 31), “a indisciplina é vista como algo que foge à normalidade esperada na instituição escolar”.

De acordo com Garcia (1999), a indisciplina vem se tornando um problema cada vez mais frequente na escola e um desafio para professores, orientadores e gestores, uma vez que compromete as relações interpessoais estabelecidas no ambiente escolar, gerando um relacionamento conflituoso, estressante e inseguro tanto para o aluno quando para o docente. Para Simon (2009),

as expressões de indisciplina, na maioria das vezes, são consideradas como um comportamento inadequado entendido como um sinal de rebeldia, intransigência, falta de educação e desrespeito pelas autoridades, agitação, capazes de atrapalhar as atividades em sala de aula. Esta noção está atrelada ao entendimento de indisciplina em um determinado momento histórico, em um contexto e por determinadas pessoas (Simon, 2009, p. 46).

De acordo com Oliveira (2005), o comportamento indisciplinar do educando ocasiona sérios problemas na sua vida acadêmica, prejudicando o processo de ensino-aprendizagem, uma vez que “ele não aproveitará quase nada dos conteúdos ministrados durante as aulas, pois o barulho e a movimentação impedem qualquer trabalho reprodutivo” (Oliveira, 2005, p. 21).

Assim como o contexto social, a escola e os alunos também vêm se modificando, pois passam a absorver novos paradigmas. Nessas condições, o conceito de indisciplina vai além de comportamentos inadequados na escola; é necessário rever e ampliar essa concepção obsoleta, abrangendo aspectos que antes não eram considerados. Segundo Garcia (1999, p. 103), a “indisciplina escolar apresenta, atualmente, expressões diferentes, é mais complexa e ‘criativa’ e parece aos professores cada vez mais difícil de equacionar e resolver de um modo efetivo”. O autor completa ainda: o “problema de comportamento precisa ser superado e assim devemos considerar outras dimensões além da comportamental, para englobar os diversos aspectos psicossociais envolvidos neste fenômeno” (Garcia, 1999, p. 102).

O conceito de indisciplina apresenta uma complexidade que precisa ser considerada. Um entendimento suficientemente amplo do conceito de indisciplina escolar precisa integrar diversos aspectos. É preciso, por exemplo, superar a noção arcaica de indisciplina como algo restrito à dimensão comportamental (Garcia, 1999, p. 6).

As inúmeras e intensas mudanças de padrões de comportamento, valores, culturas têm influenciado diretamente os hábitos e condutas das pessoas; isso pode ser sentido já na infância, pois as crianças estão criando mais autonomia e consequentemente se tornando mais desobedientes. Para Rego (1996), a indisciplina está associada às transformações que o meio social vem sofrendo, uma vez que ela não é estática, ou seja, ela pode se alterar de acordo com o tempo, com as concepções de princípios e nas distintas instituições.

Nessas circunstâncias, a escola, por ser um ambiente heterogêneo, que recebe uma diversidade de alunos com características pessoais e personalidades distintas, acaba refletindo de forma direta a desobediência, o que acarreta a indisciplina no ambiente escolar. Para os professores, esse problema é muito sério e visto como um dos maiores obstáculos enfrentados pela instituição escolar, pois coloca à prova a autoridade do docente em sala de aula, além de atrapalhar a aprendizagem dos alunos. Para Vasconcellos (2010, p. 19), “um dos dificultadores do enfrentamento da problemática disciplinar é que o educador não dispõe de uma concepção, de um método, de uma ferramenta eficiente”.

Compreende-se que as escolas possuem normas, diretrizes que devem ser seguidas tanto pelos docentes quanto pelos alunos. Essas regras são fundamentais para garantir seu bom funcionamento e o convívio social harmonioso. Dessa forma, na sala de aula o professor é a principal autoridade; ele vai ditar as regras e impor limites estabelecidos pelas instituições. Porém muitas vezes ele não sabe utilizar essa autoridade ou faz uso dela de forma inapropriada, reprendendo e punindo com castigo o aluno indisciplinado de acordo com a pedagogia tradicional (em que o autoritarismo predominava). Segundo Benette e Costa,

é comum ainda no atual contexto alguns educadores trazerem para a realidade regras utilizadas há muito tempo oriundas de pedagogias tradicionais, lugar onde o professor é visto como o detentor do saber e aos alunos cabe somente ouvir e fazer o que está sendo transmitido; muitas dessas regras foram continuamente trazidas para a sala de aula e permanecem até hoje em nossas escolas (Benette; Costa, 1999, p. 4).

Desse modo, a conduta inadequada do educador é uma das causas que acabam gerando indisciplina na sala de aula. Segundo Abou (2004), no decorrer da formação acadêmica os professores, além de ser preparados para trabalhar os conteúdos curriculares e o planejamento, deveriam ser orientados e capacitados a lidar com a indisciplina escolar e com o desrespeito por parte dos alunos, uma vez que a má preparação desse profissional influencia na disciplina do educando. Os docentes necessitam de formação completa para uma efetiva prática pedagógica.

A indisciplina escolar pode apresentar outras causas; dentre as principais, pode-se citar influência familiar e condições socioeconômicas. De acordo com Garcia (1999), a indisciplina pode ter sua origem fora do ambiente escolar (fatores externos) ou dentro dele (fatores internos). Para o autor,

entre os primeiros vamos encontrar, por exemplo, a influência hoje exercida pelos meios de comunicação, a violência social e o ambiente familiar. As causas encontradas no interior da escola, por sua vez, incluem o ambiente escolar e as condições de ensino-aprendizagem, os modos de relacionamento humano, o perfil dos alunos e sua capacidade de se adaptar aos esquemas da escola. Assim, na própria relação entre professores e alunos habitam motivos para a indisciplina, e as formas de intervenção disciplinar que os professores praticam podem reforçar ou mesmo gerar modos de indisciplina (Garcia, 1999, p. 104).

Para Vasconcellos (1993), as causas da indisciplina escolar podem surgir a partir de um conjunto de diferentes fatores, como família, sociedade, escola, professor e aluno, que devem ser vistos de forma entrelaçada e não fragmentada. Assim, tais fatores são os responsáveis por interferir no mau comportamento dos indivíduos, levando-os a conflitos que comprometem a dinâmica do relacionamento interpessoal no ambiente escolar.

Segundo Rego (1996, p. 97),

a família, entendida como o primeiro contexto de socialização, exerce, indubitavelmente, grande influência sobre a criança e o adolescente. A atitude dos pais e suas práticas de criação e educação são aspectos que interferem no desenvolvimento individual e, consequentemente, influenciam o comportamento da criança na escola.

De acordo com esse autor, é na família que ocorre o primeiro contato social do indivíduo. Ao nascer, a criança é introduzida em um ambiente onde os pais e/ou responsáveis são incumbidos de cuidar física e emocionalmente dos pequenos, além de transmitir valores morais, culturais e normas para esse indivíduo. Assim, o ambiente doméstico desempenha papel significativo e muitas vezes decisivo na vida da criança, uma vez que os familiares são considerados uma referência para a criança construir conceitos e crenças, entre outros princípios. Aquino (1996, p. 96) afirma que “é impossível negar, a importância e o impacto que a educação familiar tem (do ponto de vista cognitivo, afetivo e moral) sobre o indivíduo”.

Segundo Ricotta (1990), existem vários problemas no contexto familiar que são responsáveis por prejudicar o desenvolvimento da aprendizagem do aluno e por interferir negativamente no comportamento indisciplinado dessas crianças. Para o autor,

os problemas mais observados no ambiente familiar e que podem interferir na aprendizagem são: separação dos pais e formação de novas famílias; morte ou doença grave; superproteção (filho único); situação de abandono por necessidade de trabalho dos pais; interferência de outros familiares (principalmente avós) na educação dos filhos, entre outros (Ricotta, 1990, p. 42).

Nesse cenário, para Weil (1984), a crise familiar, a carência de afeto e de normas que a criança está vivenciando levam ao surgimento de sintomas indisciplinares, ou seja, esses comportamentos inadequados são demostrados no espaço escolar em forma de desobediência e agressividade. Para a criança, isso é uma forma de expressar seus sentimentos, suas angústias e de apelar por atenção. Assim, esses sinais vêm a ser uma manifestação de algo que direta ou indiretamente está atingindo os aspectos psicológicos, emocionais e cognitivos da formação da criança. Para Aquino (2003, p. 8), “a indisciplina nasce também através da falta de afetividade, do resgate de valores”.

A criação oferecida pelos pais aos filhos pode acarretar consequências devastadoras para o crescimento da criança. É necessário haver controle em relação à autoridade e à tolerância. Impor limites de forma extremamente autoritária e violenta ou dar liberdade de modo exagerado e abrandando situações que devem ser corrigidas pelos familiares nem sempre são o caminho. É fundamental que os pais estabeleçam regras e normas que devem ser seguidas pelas crianças, mas com consciência de exercer a autoridade de pai/mãe, uma vez que a disciplina não se faz com autoritarismo, mas sim com a construção de uma autoridade baseada nas relações afetivas e no respeito mútuo. Para Santos (2002, p. 46),

a ausência de limites, instituída na educação familiar por pais demasiadamente tolerantes, fecunda consequências desastrosas, produzindo crianças indisciplinadas, extremamente agressivas, insolentes, rebeldes; por conseguinte, vivem sempre em conflitos internos, demonstram insegurança em tudo que realizam, crescem ampliando paralelamente sentimentos nada plausíveis, como o egoísmo e a intolerância, pois estão sempre convictos de que as pessoas que os rodeiam, que mantêm contato independentemente de que seja sua mãe ou não, estarão à sua disposição para satisfazer suas necessidades.

Considerando a problemática da indisciplina em questão, segundo Garcia (1994) a orientação educacional acaba sendo um trabalho valioso e muito importante para combater a indisciplina, visto que ela analisa e organiza um planejamento voltado para as dificuldades e o aconselhamento das ações praticadas pelo educando, ajudando-o a enfrentar e superar obstáculos que afetam o desenvolvimento de suas potencialidades.

Segundo Pimentel (1976), o trabalho do orientador diante da indisciplina não se deve restringir apenas dentro da escola; é preciso ir além desses muros, é necessário conhecer os hábitos dos alunos e seus familiares, promovendo acompanhamento e monitoração desses educandos, a fim de planejar soluções para corrigir o problema e favorecer a aprendizagem do discente.

Nessas circunstâncias, o orientador educacional deve considerar a realidade social e as necessidades do educando, estabelecendo comunicação com esses alunos. Assim, o diálogo é uma das principais formas de analisar a origem dessa problemática, compreendendo o que pode estar levando esses educandos a agir de maneira indisciplinada no espaço escolar e, consequentemente, refletindo de forma negativa na aprendizagem e na sua formação pessoal.

Vasconcellos (1994, p. 50) afirma que “é preciso saber ouvir e compreender a mensagem que se esconde por trás do comportamento manifesto como indisciplina”, ou seja, o orientador educacional deve ter um olhar observador e reflexivo diante das manifestações inadequadas de comportamento dos alunos, pois a postura imprópria de alguns educandos pode revelar algum transtorno psicológico ou algum problema domiciliar que esteja acarretando a indisciplina escolar, como convivência conflituosa entre os pais e os filhos, desestruturação familiar, excesso de autoridade ou ausência de limites impostos pelas famílias.

Segundo Garcia (1994), o orientador educacional deve trabalhar junto com o educador promovendo ações reflexivas, buscando compreender e resolver conflitos e dificuldades de aprendizagem que surgem no decorrer do processo educacional da criança. Dessa forma, esse profissional deve sempre desenvolver ações de orientação com os alunos, familiares e toda a equipe escolar, a fim de garantir o sucesso do desenvolvimento integral do aluno. Para Grinspun (2008, p. 88),

o orientador atua junto com os demais professores da escola, participando de um projeto coletivo, de uma formação de um homem coletivo, procurando identificar as questões das relações de poder, das resistências dentro e fora da escola e do como e do porquê dever agir juntos em prol de uma educação transformadora e, especialmente, junto aos alunos no desenvolvimento do que caracteriza sua subjetividade.

Para Grinspun (2006), em virtude do processo de modificações que a sociedade vem vivenciando, é fundamental que o orientador educacional proporcione aos alunos uma leitura crítica de mundo, conscientizando-os sobre suas responsabilidades, fazendo com que eles analisem se seus comportamentos e atitudes estão adequados, ou seja, possibilitando ao educando crescimento e amadurecimento como ser humano. Esse profissional deve sempre buscar o desenvolvimento individual do educando, contribuindo para a sua atuação ativa no meio social.

Observa-se que o orientador educacional é fundamental para buscar soluções cabíveis para o enfrentamento de comportamentos inapropriados dentro da sala de aula. Promover ações como acompanhamento e reuniões que proporcionem a escola e os familiares dos alunos a andar juntos é primordial para promover melhorias nas relações sociais, coletivas e na aprendizagem do aluno. De acordo com Loffredi (1976, p. 67), “o orientador é um especialista em relações interpessoais, e sua maior contribuição deve ser estimular as relações entre pessoas, nas comunidades onde vivem e nas instituições sociais”. Martins (1984) complementa que

a orientação educacional é um sistema que se dá através da relação de ajuda entre orientador, aluno e demais segmentos da escola; resultado de uma relação entre pessoas, realizada de maneira organizada que acaba por despertar no educando oportunidades para amadurecer, fazer escolhas, se autoconhecer e assumir responsabilidades (Martins, 1984, p. 97).

É preciso que o orientador educacional promova um trabalho pedagógico voltado para a formação integral do aluno, elaborando proposta que inclua toda a equipe pedagógica e os pais/responsáveis, visando trabalhar a socialização, a confiança, a construção da disciplina, do respeito ao próximo, desenvolvendo atividades para minimizar os conflitos existentes na sala de aula, recuperando as normas e os limites impostos no ambiente escolar. Essas ações são fundamentais para obter um ambiente mais agradável e tranquilo.

Conclusão

Este estudo possibilitou mostrar que a indisciplina escolar está cada vez mais presente na sala de aula, sendo um grande desafio a ser enfrentado por toda a comunidade escolar. O comportamento inadequado dos alunos acaba gerando muitos transtornos tanto no espaço escolar quanto na vida pessoal e acadêmica deles, uma vez que prejudica a aprendizagem e os relacionamentos interpessoais. Nessas condições, o orientador educacional acaba sendo um profissional importantíssimo para ajudar a combater a indisciplina escolar; ele desenvolve ações de orientação, reflexão e acompanhamento com os alunos, professores e familiares, a fim de combater atitudes indisciplinares no ambiente escolar.

Diante disso, os objetivos propostos foram alcançados, visto que o trabalho apresentou as possíveis causas da indisciplina na sala de aula, apontando que o comportamento inadequado de muitos alunos pode ser ocasionado por diversos fatores, como a atuação inadequada de alguns professores, demonstrando alto grau de autoritarismo na sala de aula, as condições socioeconômicas e a influência da família são algumas das causas dessa problemática. Além disso, foram analisadas a atuação e a contribuição do orientador educacional perante o planejamento de estratégias aplicadas no combate à indisciplina, ajudando a resolver conflitos existentes no espaço escolar, ou seja, desenvolvendo um trabalho com docentes e com pais e responsáveis voltado para a disciplina dos alunos, o resgate de valores, a socialização e o respeito ao próximo, promovendo a formação de sujeitos conscientes.

Diante deste estudo, percebe-se o quanto a presença do orientador educacional é fundamental no ambiente escolar, pois esse profissional tem seu foco voltado ao desenvolvimento dos alunos, trabalhando dificuldades e comportamentos inadequados que afetam a aprendizagem do educando, uma vez que o orientador possui uma visão mais ampla e ao mesmo tempo sensível das incidências de indisciplina na escola.

Enfim, espera-se que este projeto possa proporcionar contribuições significativas para os profissionais da Educação, mostrando que a indisciplina é algo preocupante e concreta nas instituições de ensino e interfere no rendimento escolar do educando. Cabe ao orientador educacional buscar caminhos para resolver esse problema que requer compreender as condutas inadequadas dos alunos. Vale salientar que a escola é constituída por diversos sujeitos com caraterísticas particulares; dessa forma, se faz necessário que educadores e orientadores respeitem essas diversidades e proporcionem estratégias que estabeleçam parâmetros e regras que devem ser seguidas por todos os alunos.

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Publicado em 12 de março de 2024

Como citar este artigo (ABNT)

CORRÊA, Biébele Abreu. A atuação do orientador educacional frente à indisciplina escolar. Revista Educação Pública, Rio de Janeiro, v. 24, nº 8, 12 de março de 2024. Disponível em: https://educacaopublica.cecierj.edu.br/artigos/24/8/a-atuacao-do-orientador-educacional-frente-a-indisciplina-escolar

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