Repensando o ensino de História a partir de abordagens interdisciplinares e micro-históricas
Lucas Barroso Rego
Mestrando em História Social (PPGHIS/UFRJ), licenciado em História (UCAM), bacharelando em História (UFRJ)
Luan Ferreira da Silva Paz
Graduado em História pela Universidade Estadual da Paraíba (UEPB)
Ednaldo Barbosa dos Santos
Graduado em História pela Universidade Estadual da Paraíba (UEPB)
Igor Cardoso Silva
Graduando em História pela Universidade Estadual da Paraíba (UEPB)
A interdisciplinaridade tem se destacado como uma abordagem fundamental no ensino contemporâneo, proporcionando uma compreensão mais ampla e integrada dos diversos campos do conhecimento. Nesse contexto, impera a necessidade de metodologias que fomentem uma análise detalhada e minuciosa de eventos e narrativas individuais que são negligenciadas por uma narrativa hegemônica e estrutural entre os alunos.
Por natureza, a construção da História é moldada por uma multiplicidade de experiências individuais e coletivas. No fazer historiográfico, a micro-história surgiu recentemente como uma ferramenta metodológica poderosa, a partir de uma abordagem flexível e abrangente nas ciências humanas, destacando a importância da análise de elementos sutis, como os sentidos e a intuição do observador em relação ao mundo.
Devido ao seu caráter disruptivo e popular, o uso dessa metodologia carrega diversas possibilidades pedagógicas. Ao adotar uma abordagem que destaca elementos sutis e experiências individuais negligenciadas pela narrativa hegemônica, seria possível incentivar o desenvolvimento de habilidades analíticas e críticas mais refinadas. Por meio da micro-história, também seria possível ter a oportunidade de explorar não apenas os grandes eventos e figuras históricas, mas também as histórias e perspectivas das pessoas comuns, o que contribui para uma visão mais completa e inclusiva do passado.
Além disso, ao integrar a micro-história, de forma interdisciplinar, haveria o estímulo a fazer conexões entre diferentes áreas do conhecimento, promovendo uma compreensão mais ampla e integrada da História e da sociedade em sua totalidade. Assim, a utilização da micro-história como uma ferramenta pedagógica interdisciplinar poderia aparecer, por exemplo, como uma possível ferramenta docente para uma participação mais ativa e crítica dos alunos na sociedade contemporânea.
No entanto, é importante ressaltar que, embora a interdisciplinaridade e a micro-história ofereçam abordagens promissoras para o ensino contemporâneo, ainda é comum encontrar práticas educacionais que se baseiam em uma visão de história teleológica, linear e positivista. Essa abordagem tradicional tende a enfatizar apenas os grandes eventos e as figuras históricas proeminentes, assim como as narrativas que se encaixam em um determinado arcabouço ideológico.
Como resultado, experiências individuais, vozes marginalizadas e histórias subalternas são negligenciadas ou distorcidas, limitando a compreensão dos alunos acerca da diversidade e da complexidade da experiência humana ao longo do tempo. Portanto, é fundamental que o uso da micro-história possa ser refletido como ferramenta interdisciplinar nas práticas educacionais, a fim de superar essas limitações, proporcionando uma educação mais inclusiva, crítica e reflexiva.
Diante desse contexto, este trabalho se propõe a explorar a interdisciplinaridade por meio da micro-história em sala de aula, buscando contribuir com estratégias pedagógicas que possam enriquecer o entendimento dos estudantes da complexidade da construção histórica e social na prática.
Fundamentação teórica
Desde tempos remotos até os dias atuais, percebe-se que pequenos vestígios de eventos não diretamente presenciados por um observador desempenham papel crucial na reconstrução da história de determinada realidade. Nessa perspectiva, o método indiciário propicia uma abordagem flexível e abrangente nas Ciências Humanas, destacando a importância da análise de elementos sutis, como os sentidos e a intuição do observador em relação ao mundo (Ginzburg, 1989).
Nessa direção, as narrativas subterrâneas, aquelas relegadas ao silêncio e à marginalização pela História oficial, encontram sua expressão nesses pequenos detalhes das vivências de indivíduos subjugados ao longo do tempo. Compreender e analisar essas narrativas e seus portadores emerge como um passo fundamental para desvelar lacunas e distorções da narrativa hegemônica. Nesse sentido, a trajetória de vida é valorizada na historiografia como um caminho viável para esse processo analítico.
Assim como a própria marcha da História, uma trajetória individual não segue uma linha lógica, coerente, linear ou teleológica. Ela está repleta de encruzilhadas, surpresas e eventos que deixam marcas singulares e variadas na vida de cada pessoa. Narrar essa trajetória significa percorrer fragmentos dos eventos que compõem essa existência situada em amplos contextos temporais, sociais, econômicos e culturais (Bourdieu, 1996).
Nessa ótica, a trajetória de um indivíduo adquire relevância crucial ao tornar-se um elemento formador da sociedade e não apenas um mero produto dela. Sua memória ganha importância historiográfica, a partir de suas experiências pessoais, anseios, sofrimentos e traumas delineados durante a própria singularidade de sua identidade social (Ferreira, 1997).
Na esteira da virada biográfica da historiografia recente, a investigação das vidas individuais está entrelaçada aos amplos panoramas sociais, políticos e culturais em que estão inseridas. Assim, os contextos abrangentes (econômicos, culturais, institucionais, legais) moldam as decisões pragmáticas que impactam toda uma sociedade em escala micro ou macro. Essa abordagem permite reconstruir a complexidade, a multiplicidade e a diversidade das experiências individuais e sociais ao longo do tempo (Ginzburg, 1989).
Nesse contexto, a micro-história se apresenta como uma abordagem metodológica frutífera no campo historiográfico. Ela parte do pressuposto de que uma escala específica de observação gera efeitos e estratégias de conhecimentos distintos, influenciando significativamente no conteúdo e na estrutura daquilo que é estudado e analisado historicamente (Revel, 1998).
Dessa forma, a proposta da micro-história é enriquecer a análise social, focalizando comportamentos individuais, relações interpessoais, experiências sociais e formação de identidades. Assim, adota-se uma perspectiva local em que as diferenças entre categorias externas e internas são mais nítidas. Por meio da análise de comportamentos individuais busca-se reconstruir as formas de agregação e associação social.
De acordo com essa abordagem, a escolha do indivíduo como objeto de estudo não é vista como oposta ao estudo do social. Ao contrário, busca-se uma compreensão mais aprofundada do contexto social, seguindo a trajetória de um destino específico, seja de um indivíduo ou de um grupo. Com ele, a diversidade de espaços e tempos revela a complexidade das relações sociais (Revel, 1998).
Os caminhos abertos por essa perspectiva conduziram à chamada de uma "nova" história política, social e cultural, cujas fronteiras são fluidas e permeáveis. Trata-se de uma história mais próxima dos seus protagonistas e sujeitos na qual os processos sociais adquirem uma dimensão mais humanizada, uma história capaz de dar vida e contexto aos acontecimentos, entendendo que eles não ocorrem de forma natural, mas são o resultado das ações de indivíduos reais, sejam esses indivíduos das elites ou do povo (Gomes, 1998).
Essa abordagem disruptiva incentiva, portanto, o questionamento das narrativas dominantes, ao passo que valoriza as histórias de grupos marginalizados e indivíduos não representados nas histórias oficiais, uma mudança metodológica consolidada nos centros acadêmicos brasileiros que precisa fazer diferença desde a Educação Básica, em outras disciplinas além da História. Chegou a hora da "nova" História adentrar às salas de aula brasileiras. Assim, ela enriquecerá o entendimento dos estudantes acerca da complexidade da construção histórica e social a partir de seus próprios agentes.
Percurso metodológico
A partir desse objetivo, o presente artigo traz um trabalho reflexivo de natureza pragmática em prol da reunião de dados e da construção de estratégias pedagógicas. Para isso, foi realizada uma investigação qualitativa (Aires, 2011) baseada em estudos de caso (Yin, 2005) observados pela prática docente dos autores, com a finalidade de reunir contribuições e táticas para o uso interdisciplinar da micro-história em sala de aula.
A presente reflexão é estruturada a partir da indução. Esse método de abordagem é uma das estratégias utilizadas na pesquisa científica, com o objetivo de estabelecer as bases lógicas de uma investigação. Nesse método, parte-se de casos particulares observados. A partir deles, busca-se estabelecer generalizações ou leis mais amplas. Dessa forma, a investigação vem da observação empírica, por meio de um processo de indução com o qual se procura estabelecer relações entre os fenômenos estudados.
Para que o método de abordagem indutivo fosse eficaz, realizaram-se algumas observações de casos particulares sob os quais as observações foram registradas de forma sistemática pelos autores. Em seguida, foi realizada uma análise dos dados coletados, identificando padrões ou regularidades generalizadas para casos mais amplos. Desse modo, o método de abordagem indutivo forneceu as bases lógicas para o estabelecimento das estratégias pedagógicas da presente reflexão, permitindo que elas pudessem ser implementadas empiricamente e refinadas ao longo do tempo.
Micro-história na prática: o uso pedagógico de biografias em sala de aula
Ao longo do tempo, a macro-história ganhou notoriedade e prestígio por abordar fatos e longas mudanças que marcaram épocas, por meio de documentos, biografias e instituições que apontavam a história passada pelos macros acontecimentos, fortalecendo a ideia do conceito geral a partir de uma narrativa tradicional. Esse modo de narrar incomodou historiadores como Carlo Ginzburg, Edoardo Grendi e Giovanni Levi, entre outros. Precisamente na década de 70, na Itália, eles criaram o conceito de micro-história, a fim de analisar minuciosamente, por formas individuais, as subjetividades, reduzindo as margens de análises, incorporando o micro, as pessoas, as culturas e fazendo ecoar a voz da sociedade excluída da macro-história, uma possibilidade de entender o outro lado da moeda e o propósito da micro-história, entendida com os objetivos de "analisar situações, especificar ações individuais, acontecimentos precisos, redes capilares de relações, mas sem perder de vista a realidade mais global" (Pesavento, 2000, p. 214).
Sem dúvida, a macro-história ainda é muito credibilizada e utilizada como forma tradicional de se entender como tudo aconteceu, o que dá base a várias fontes de conhecimentos nas Ciências Humanas e Biológicas. Porém, hoje, há um grande avanço de conteúdos, trabalhos e pesquisas de historiadores que apostaram na micro-história e conseguiram grandes resultados que fazem com que seja possível colocar em prática uma nova forma de analisar e de compreender a história. Já é possível falar que não é anormal usar a micro-história quando se trata de abordar algum conteúdo, sem estar mais preso à tradição do macro, feitos alcançados graças à ousadia de historiadores como Jacques Revel (2000) – que apontava para a neutralidade de macro-historiadores quando eles estavam presos a suas formas de ver e compreender o mundo e generalizavam o ser e o estar de pessoas que também faziam parte dos acontecimentos como fontes de toda uma história.
Hoje, com a possibilidade de trabalhar a História sem estar preso à individualidade da forma de se abordar os fatos, pode-se apontar uma conectividade da introdução da micro-história em outras disciplinas. Áreas como as Ciências Humanas e Biológicas podem ser conectadas a partir da discussão de posicionamentos e argumentos de documentos e biografias que trazem a segurança, a credibilidade e a humanização histórica. Seus usos confrontam a história dos grandes fatos, acontecimentos, afirmações, legados, documentos e certificados que relega as subjetividades para um segundo plano.
As Ciências Humanas abrangem diversas disciplinas em que o ser humano se torna o grande centro dos estudos. Nada mais justo que a introdução da micro-história, tendo em vista que os caminhos dessas disciplinas abrangem ações do indivíduo, sejam elas acerca de pontos de vista políticos, religiosos, econômicos, entre outros, fazendo-se necessário o entendimento do posicionamento da pessoa acerca do que está sendo abordado. Ecoar a voz e dar a oportunidade de um posicionamento faz parte do fazer da micro-história. Porém, essa introdução só poderá ser credibilizada e aceita mediante à seriedade que o historiador deve ter em suas pesquisas e de seu compromisso na análise das fontes de conhecimentos que passeiam em disciplinas importantes como a Geografia, a Filosofia, a Biologia, a Arte e até a própria História. Não há como fugir da participação e de todas as subjetividades escondidas no próprio ser humano que viveu algum acontecimento e tem na mente, na voz e no conhecimento vivido a sua forma de observação dos fatos.
Outro grande desafio da micro-história é a sua aceitação quando o assunto é a Ciência Biológica. Trata-se do estudo de compreensão da vida existente no planeta, seja da fauna, da flora ou do ser humano. Diante da complexidade do entendimento de como toda a vida surgiu e existe, as considerações do indivíduo somam-se ao poder do vestígio que credibiliza o seu surgimento, seu meio e seu fim. Nessa complexidade, entendem-se os posicionamentos, como afirma Ricoeur (2010, p. 168-171):
nada na vida real tem valor de começo narrativo, [...] meu nascimento e, com mais razão, o ato pelo qual fui concebido, pertencem mais a história dos outros que a mim mesmo quanto a minha morte, só será um fim narrado na narrativa daqueles que sobrevivem a mim.
Do conhecimento da fauna, da flora e até mesmo da narrativa da vida humana, a micro-história está presente e é fato que sua introdução à Ciência Biológica já é uma realidade e uma necessidade, uma vez que se trata da narrativa do seu próprio autor e centro do estudo, fazendo valer os conhecimentos adquiridos, as vivências de uma vida e as singularidades que se tornam notórias a partir da iniciativa de conhecer as subjetividades humana.
Nesse contexto, o uso de biografias para o desenvolvimento do ensino-aprendizagem do aluno em sua aplicação em sala de aula pode ser significativo pelo fato de possibilitar o trabalho pedagógico com personagens do passado e dos dias atuais. Por meio, por exemplo, da narração dos textos escritos em cada temporalidade é possível ter acesso à visão de quem o escreveu, o que possibilita uma clareza de linha do tempo de acontecimentos ao aluno. Assim, duas atividades podem ser feitas com o uso de biografias em sala de aula: a realização de entrevistas amparadas metodologicamente na história oral, quando o próprio estudante realiza a produção e a produção de autobiografias.
Em primeiro lugar, a atividade de entrevista pode ser utilizada como um caminho pedagógico para a produção e a análise de biografias em sala de aula. Seu uso facilita a compreensão das encruzilhadas, imprevisibilidades e múltiplas perspectivas que permeiam a História, distanciando-se de uma visão positivista e linear. Porém, essa atividade é confrontada com as dificuldades inerentes à produção de um relato oral, sobretudo devido à relação entre entrevistador e entrevistado. O entrevistador, dotado de um conhecimento importante para o outro, não se lembra de toda a sua história nem consegue trazer informações concretas de sua vida, seja pelo motivo que for. Entretanto, a aplicação dessa atividade pode ser proveitosa para os estudantes, mesmo diante das dificuldades da entrevista. Seu uso traz um acréscimo da habilidade de observação e investigação, além de uma gama de pontos que podem ser vistos antes, durante e após a entrevista. Nesse contexto, Marconi e Lakatos (2003) incluem inúmeros conteúdos a serem investigados em um relato oral, como fatos, opiniões de fatos, sentimentos, planos de ação, condutas atuais ou do passado, motivos conscientes para opiniões e sentimentos. Assim, há muitos pontos que os estudantes podem trabalhar, tanto de modo objetivo como subjetivo, seja na elaboração de roteiros prévios ou na sua posterior análise.
Além dessa atividade, também podem ser trabalhadas as autobiografias. Os próprios alunos podem ser convidados a realizar essa atividade de entrevistador/entrevistado, sendo eles as personagens, contando acerca deles mesmos e se autopercebendo agentes de sua própria história. A culminação da atividade pode ser realizada em sala de aula onde cada aluno, após a autobiografia, pode apresentar sua própria história para os colegas, fazendo com que o outro perceba no relato os objetivos e os propósitos subjetivos convergindo ou divergindo entre si.
Por meio da elaboração, da leitura e da exploração do texto das biografias, há o estímulo da conscientização dos papeis a serem desempenhados pelos interlocutores em sala de aula, bem como sua função social, causas, consequências e ideologias. Além disso, os estudantes podem explorar de maneira adequada e substancial a linguagem, desenvolvendo o gênero discursivo de forma contextualizada e conectando os temas do currículo com suas próprias experiências e vivências. Dessa maneira, tanto o uso das biografias para a análise como a sua produção pode ser benéfico para o ensino-aprendizagem dos estudantes nas Ciências Humanas, nas da Natureza, entre outras.
Considerações finais
Aqui, a interdisciplinaridade – apesar de ser entendida como um conceito que abrange diversas esferas – surge como uma ligação possível do trabalho com a biografia dentro do contexto escolar, uma vez que esse mesmo conceito abre um leque de possibilidades para mudar as metodologias e estratégias empregadas nas salas de aula ao mesclar conhecimentos de diversas áreas. Partimos, assim, da concepção de que é preciso se reinventar em virtude do desinteresse dos discentes de certas abordagens positivistas da História.
É preciso ressaltar que isso não significa que o modelo antigo não forneceu suas contribuições. Ao contrário disso, foi a partir desse modelo que podemos levantar discussões e reflexões acerca da melhor forma de relacionar as diversas áreas do saber e os diversos aspectos de uma mesma área para um melhor processo de ensino-aprendizagem.
Essa estrutura disciplinar abriu espaço a questões a partir das quais chegamos à conclusão de que o modelo interdisciplinar se faz necessário em um momento em que o desinteresse pela lógica conteudista está em crescimento gradual, fazendo-se necessário pensar formas de mudar esse cenário, trazendo para a sala de aula uma nova perspectiva micro-história e o uso da biografia como método nas aulas de História.
Para que os objetivos em sala sejam atingidos é necessário que os professores conheçam novas estratégias pedagógicas para atraírem a atenção dos alunos, fazendo uso de fontes diversificadas, como as próprias biografias. Contudo é necessário refletir acerca do tipo de formação que vem sendo oferecida, ou seja, repensar o modelo de ensino da disciplina de História. Apesar dos avanços metodológicos no campo, ocorre algo bastante comum: como utilizar a biografia como método dentro da sala, tendo em vista que quando se fala em biografia os próprios docentes se sentem desconfortáveis, devido a maioria pertencer a uma época em que o ensino de História se resumia em decorar datas e eventos importantes? Então, o primeiro passo é mudar essa concepção.
Assim, estabelecer um ensino de História interdisciplinar, utilizando-se de métodos como a biografia, pode atrair a atenção desses novos sujeitos, alunos inseridos em uma sociedade tecnológica e imediatista, movida pela informação. Recai sobre os docentes a necessidade de atualização constante a fim de perceberem que a História pautada em decoreba não faz mais sentido.
É importante, portanto, manter essa conversação e as conexões dentro do ensino da História de modo interdisciplinar para que haja uma nova concepção acerca da disciplina nos ambientes escolares. É preciso manter a atenção dos discentes, mesmo em um mundo onde a velocidade e o imediatismo ditem regras. É preciso reconhecer que mudar essa concepção é um trabalho árduo, um trabalho que precisa contar com a ajuda da escola e dos diversos indivíduos envolvidos no processo de ensino-aprendizagem.
Referências
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YIN, R. Estudo de caso: planejamento e métodos. 3ª ed. Porto Alegre: Bookman, 2005.
Publicado em 28 de maio de 2025
Como citar este artigo (ABNT)
REGO, Lucas Barroso; PAZ, Luan Ferreira da Silva; SANTOS, Ednaldo Barbosa dos; SILVA, Igor Cardoso. Repensando o ensino de História a partir de abordagens interdisciplinares e micro-históricas. Revista Educação Pública, Rio de Janeiro, v. 25, nº 19, 28 de maio de 2025. Disponível em: https://educacaopublica.cecierj.edu.br/artigos/25/18/repensando-o-ensino-de-historia-a-partir-de-abordagens-interdisciplinares-e-micro-historicas
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