Bioquímica da ansiedade: uma intervenção pedagógica

Renata Chastinet Braga

Doutora em Bioquímica, docente da UFC e do IFCE

Karlucy Farias de Sousa

Mestra em Linguística Aplicada, docente da UECE e do IFCE

Kennedy Kelvik Oliveira Caminha

Mestre em Tecnologia de Alimentos (IFCE)

Ana Caroline Cabral Cristino

Mestra em Saúde da Criança e do Adolescente, psicóloga da UECE/IFCE

Sheyla Maria Barreto Amaral

Mestra em Tecnologia em Alimentos, doutoranda em Ciência e Tecnologia de Alimentos (IFCE/UFC)

Nukácia Meyre Silva Araújo

Doutora em Educação, docente da UFC e da UECE

Em 2019, a revista Exame (Galhardi, 2019) fez uma reportagem indicando que a ansiedade é considerada uma epidemia e que o Brasil apresenta 18,6 milhões de pessoas com ansiedade, o maior número do mundo. Em 2020, devido à pandemia pela qual passamos e na qual se incluía, como medida de prevenção, o isolamento social, houve aumento nos índices desse estado emocional, conforme comprova um estudo feito pela Universidade Católica Portuguesa com 619 estudantes em faixa etária média de 20,14 anos (Grupo I) e 20,40 anos (Grupo II). Essa pesquisa indicou durante a pandemia, comparativamente, níveis significativamente mais elevados de depressão, ansiedade e estresse em relação aos que integraram o estudo no período normal (Maia; Dias, 2020). Esses autores ainda sugerem que,

considerando que as alterações rápidas a que os estudantes universitários foram sujeitos, da suspensão das aulas ao decreto do estado de emergência, podem ter desencadeado dificuldades de adaptação e estados emocionais menos positivos, importa explorar as implicações psicológicas dessas circunstâncias (Maia; Dias, 2020 p. 3).

Aliado a essas informações, a Organização Mundial da Saúde (OMS) considera que a adolescência (idade dos 10 aos 19 anos) é um período crítico para aquisição das capacidades socioemocionais que são fundamentais para a saúde e que são a base para o bem-estar da vida adulta (Folha Informativa..., 2018).

Considerando o que foi exposto, é verossímil apontar que a ansiedade é um tema constante na vida dos estudantes: muitos deles convivem com esses distúrbios na família ou possuem tal transtorno. Fernandes e Silveira (2012) indicam que a ansiedade é uma variável importante no contexto educacional, pois influencia o comportamento e o aprendizado dos alunos. No Instituto Federal de Ciência e Tecnologia do Ceará (IFCE), no câmpus Limoeiro do Norte, em conversas com nossos profissionais de Saúde, vimos que vários estudantes apresentam esse distúrbio. A enfermeira do câmpus relata que há casos de distúrbios mentais em cursos de todas as áreas: Tecnologia em Mecatrônica Industrial, Técnicos Integrados em Química e em Eletrotécnica, Tecnologia em Alimentos, bacharelado em Agronomia, bacharelado em Nutrição e na licenciatura em Educação Física. Em seu relato, ficou claro que temos casos em nosso câmpus que já precisam ser encaminhados para a rede de saúde do município, uma vez que são casos em que o psicólogo educacional não é suficiente: os quadros de depressão, ansiedade ou ideação suicida estão instalados e são patologias com necessidade de terapia.

Logo, a inclusão do tema em uma disciplina, além de facilitar a compreensão dela, pode ser uma porta de expressão para o estudante entender o distúrbio e ajudar a si próprio e a outras pessoas. Este projeto de intervenção teve como objetivo principal analisar a viabilidade de abordar o distúrbio da ansiedade de maneira contextualizada com o aprendizado de conceitos de Bioquímica, buscando favorecer a criação de um ambiente informativo e de diálogo. Teríamos ainda como objetivos específicos: a) abordar um tema transversal na aula de Bioquímica; b) identificar fatores bioquímicos associados à ansiedade; c) convidar profissionais da Saúde para debater o tema com os estudantes; d) incluir pais e discentes na discussão desse tema; e) elaborar um material informativo com os estudantes; e f) avaliar o aprendizado dos estudantes em conteúdos de Bioquímica.

Este artigo está dividido em seis seções. Após esta seção introdutória, faremos a fundamentação da nossa proposta por meio de autores e documentos motrizes na Educação Básica. Na terceira seção, descreveremos o percurso metodológico utilizado. Na quarta seção, trataremos dos resultados e discussões; na quinta, apontaremos nossas conclusões. Por fim, na sexta seção, apresentaremos as referências dos textos consultados durante a redação deste trabalho.

Fundamentação teórica

Nesta seção, a contextualização do ensino na área das Ciências será destacada inicialmente e associada aos documentos presentes no Ministério da Educação; por fim, será explicada a escolha do tema de contextualização.

A contextualização do ensino é essencial para seu aprendizado. Silva (2018) destaca que ela está associada a uma vinculação dos conhecimentos, das habilidades e das atitudes com a realidade sociocultural diversa e plural em que nós, brasileiros, estamos inseridos. Essa autora ainda ressalta que as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Básica (DCN), de 2010 (Brasil, 2010) focam nos termos "contextualização" e "interdisciplinaridade".

Ao avaliar as DCN de 2013 (Brasil, 2013), verificamos, na página 34, no item sobre a organização da matriz curricular, que serão observados os critérios:

III - da interdisciplinaridade e da contextualização, que devem ser constantes em todo o currículo, propiciando a interlocução entre os diferentes campos do conhecimento e a transversalidade do conhecimento de diferentes disciplinas, bem como o estudo e o desenvolvimento de projetos referidos a temas concretos da realidade dos estudantes.

Ao longo de todo o texto das DCN, a contextualização dos conteúdos é destacada como fator a ser promovido. Para exemplificar, em sua página 120, encontramos o seguinte trecho: "A literatura sobre currículo avança ao propor que o conhecimento seja contextualizado, permitindo que os alunos estabeleçam relações com suas experiências" (Brasil, 2013). Entendemos que a aproximação de conteúdos com a realidade dos estudantes favorece o aprendizado.

Ainda nessa perspectiva, Ricardo (2003) compara as ideias de Paulo Freire e Gérard Fourez a respeito da contextualização e da problematização. No decorrer do trabalho, o autor encontra pontos de diferenças e constata que, mesmo com pontos de partida distintos, ambos trazem importantes contribuições ao campo da Educação e ao ensino das Ciências. O autor traz também em suas considerações finais que a problematização para ambos os autores está relacionada ao cotidiano do sujeito, mas visa transcender o espaço limitado para outros contextos e em outras situações. Por sua vez, Kato e Kawasaki (2011) trazem a discussão da definição da contextualização, que pode ser vista no Quadro 1.

Quadro 1: Categorias de análise das concepções de contextualização do ensino, contexto de significação e de ocorrência dessas concepções

Categorias de análise

Concepções

Contextos de significação

Documentos ou professores

1) Cotidiano do aluno

Buscar relações com as experiências pessoais e sociais do aluno, a realidade do aluno e a cidadania

Cotidiano do aluno

DCNEM/PCNEM/PCEB/PCNEF/PCEC/MRCC Professores

Buscar relações com o mundo do trabalho

Mundo do trabalho

DCNEM

2) Disciplina(s) escolar(es)

Buscar relações com outras disciplinas (multi, trans ou interdisciplinaridades)

Outras disciplinas escolares

DCNEM/PCNEM/ PCNEF/PCEC Professores

3) Ciência

Buscar relações com a ciência enquanto produto e processo

Universo da ciência

PCNEM/PCEC

Buscar relações com as Ciências Naturais, em especial, as Ciências Biológicas (as teorias evolutivas)

Teorias gerais da Biologia e da ciência

PCEB

4) Ensino

Buscar relações entre conhecimento científico e conhecimento escolar

Conhecimento científico

PCEB

Buscar problematizar e situar o conhecimento escolar em relação a outras formas de conhecimento

Diversas formas de conhecimentos em diferentes contextos

PCNEF/PCEC/ MRCC

5) Contexto histórico, social e cultural

Buscar relações com elementos da cultura

Cultura brasileira e mundial

PCNEM/`CNEF/ PCE Professores

Buscar relações com a história da Ciência

Contexto histórico e social

PCNEM/PCEC

Buscar relações CTS

Ciência, Tecnologia e sociedade

PCNEM/PCNEF/ PCEC

Fonte: Kato; Kawasaki (2011).
Legenda:
DCNEM: Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Médio (Brasil, 1998a).
PCNEM: Parâmetros Curriculares Nacionais para o Ensino Médio (Brasil, 1999).
PCEB: Proposta Curricular para o Ensino de Biologia (São Paulo, 1988).
PCNEF:  Parâmetros Curriculares Nacionais para o Ensino Fundamental (Brasil, 1998b).
PCEC: Proposta Curricular para o Ensino de Ciências e Programas de Saúde (Brasil, 1991).

Considerando as categorias de análises dispostas no Quadro 1, podemos observar que a contextualização proposta no ensino de Bioquímica abrange todas elas, pois, ao abordar o tema ansiedade, envolvemos não só o cotidiano, mas também outros componentes curriculares, como Ciências, conhecimento científico. Além disso, há uma associação com o contexto histórico e social em que estamos vivendo.

No caso específico de Bioquímica, ciência que estuda a química dos organismos vivos, temos uma disciplina obrigatória para a maioria dos cursos das áreas Biológicas e da Saúde, fornecendo conteúdo básico para aplicabilidade na formação de diversos profissionais. Yokaichiya et al. (2004) relatam que consideram a disciplina difícil de ser ministrada dada a complexidade de seus conteúdos, visto que trata de fenômenos micro e macromoleculares difíceis de serem abstraídos e compreendidos, enquanto Cruz e Faria (2017) afirmam que os assuntos são complexos e muitas vezes necessitam de alto grau de abstração, o que pode dificultar o entendimento desse componente curricular.

A ansiedade está associada a respostas bioquímicas do nosso corpo. O comportamento e a presença de neurotransmissores em níveis diferentes dos normais podem aumentar a ansiedade e provocar uma série de reações indesejáveis. Muitos neurotransmissores têm aminoácidos como seus precursores e têm suas estruturas trabalhadas em Bioquímica. Logo, existe facilidade de contextualização e integração entre esses conteúdos.

Tendo em vista a importância desse ramo de conhecimento e seu caráter interdisciplinar, é relevante identificar possíveis pontos críticos no processo de ensino-aprendizagem; seguindo uma linha mais vygotskyana, podemos considerar que a mediação professor-estudante é o processo que caracteriza a relação do homem com o mundo e com a interação social (Berni, 2006). Portanto, cabe ao professor ser mediador desse processo com estratégias que facilitem a aprendizagem.

Nesse cenário, Facci (2004) descreve a mediação como instrumentos que se interpõem entre o sujeito e o objeto de sua atividade em busca de novas aprendizagens e consequente desenvolvimento. Por sua vez, Maia e Dias (2020) destacam o aumento da ansiedade associado à falta de previsibilidade relacionada à pandemia. Se, em 2019, Galhardi (2019) já apresentava os dados da OMS com o Brasil em destaque em número de casos de ansiedade, com a pandemia de 2020 o tópico é ainda mais presente nas casas de todos os brasileiros.

Esse assunto está presente no cotidiano dos estudantes e tem dados alarmantes. Levando em conta a situação de problemas mentais que a sociedade vem sofrendo, antes e principalmente após a pandemia, nossa intervenção pedagógica incluiu o tema ansiedade de forma transversal em um minicurso de extensão. O foco seria não apenas trazer os conteúdos do componente curricular, mas também convidar profissionais da Saúde para a sala de aula virtual e trabalhar com a turma, de maneira especial, o transtorno de ansiedade. Dessa forma, além da contextualização do conteúdo e de sua facilitação do aprendizado, o papel social do docente seria exercido, como defendem Dulz et al. (2017):

Entende-se que é necessário ao professor ir além dos conhecimentos obtidos na formação inicial, tendo em vista que a função docente é construída a partir da prática social da profissão e exige a ampliação dos conhecimentos por meio de ações de formação continuada, apontando elementos para a ressignificação dos espaços escolares e redimensionando os caminhos que conduzem para práticas pedagógicas emancipatórias e transformadoras (Dulz; Grosh; Dresh, 2017).

Voltando à contextualização, ao estudarmos a Base Nacional Comum Curricular (Brasil, 2018) verificamos que

essa orientação induziu à concepção do conhecimento curricular contextualizado pela realidade local, social e individual da escola e do seu alunado, que foi o norte das diretrizes curriculares traçadas pelo Conselho Nacional de Educação (CNE) ao longo da década de 1990, bem como de sua revisão nos anos 2000.

O estudo de forma contextualizada segue no decorrer no documento, associando-o a leis e pareceres, como o Parecer CNE/CEBE nº 7/10 (Brasil, 2010), que o expande, ampliando e organizando o conceito de contextualização como "a inclusão, a valorização das diferenças e o atendimento à pluralidade e à diversidade cultural, resgatando e respeitando as várias manifestações de cada comunidade".

A ciência contextualizada parece ser a forma mais fácil de atingir os jovens. Em seu livro Pedagogia da Autonomia, Paulo Freire (1996) questiona: "por que não estabelecer uma necessária 'intimidade' entre os saberes curriculares fundamentais aos alunos e a experiência social que eles têm como indivíduos?". Portanto, por que não incluir em um assunto técnico um tema transversal tão presente em suas vidas?

Ainda falando das ideias de Paulo Freire e do contexto, na coletânea de Dickmann (2019), Toledo e Spegiorin descrevem:

A preocupação pedagógica, didática e metodológica de Paulo Freire está alicerçada por uma compreensão da atividade educativa como um processo contínuo e dialético de codificação e descodificação de conteúdos, realizado por educadores e educandos em uma situação de ensino-aprendizagem na qual não se deve compreender apenas o texto, visto como conceitos a serem aprendidos, mas a partir do contexto experienciado pelos participantes em sua vida cotidiana.

Se for analisado o trabalho de Robles-Piñero e colaboradores (2020), ao discutir o aspecto intercultural da ciência eles inferem que é necessário reconhecer o conhecimento de sua diversidade, verificando seus aspectos associados à agricultura, à conservação da biodiversidade e à saúde pública. Ademais, avaliando observações clássicas de Paulo Freire até trabalhos recentes, o que se vê é a necessidade de trazer a vida do educando para dentro da escola e, a partir dessa interação, explicar os conceitos técnicos.

Destarte, o ensino de ciências incluindo temas contextualizados é um aspecto que precisa estar cada vez mais claro e presente na escola, e a interface com a saúde psicológica do jovem pode beneficiar não só o aprendizado, mas também a vida desse discente.

Na próxima seção veremos o percurso metodológico desta pesquisa.

Metodologia

Esta pesquisa tem características de intervenção qualiquantitativa, experimental e aplicada. O estudo foi submetido à apreciação do Comitê de Ética em Pesquisa do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará (IFCE) e respeitou a Resolução n°466/12 do Ministério da Saúde, referente a pesquisas envolvendo seres humanos (Brasil, 2012), tendo sua aprovação em 21 de agosto de 2020 sob o número CAAE: 35902520.7.0000.5589.

O trabalho foi dividido em: a) realizar um minicurso e b) aplicar questionários com três grupos distintos: estudantes que fizeram o minicurso e estão regularmente matriculados no Curso Técnico Integrado em Química do IFCE - câmpus Limoeiro do Norte; responsáveis pelos estudantes; e profissionais que atuavam com esses estudantes.

Foram enviadas mensagens eletrônicas para 30 responsáveis por estudantes do 1º e 2º anos do Curso Técnico Integrado em Química para avaliar sua percepção do tema abordado com os estudantes. Esse questionário foi enviado pelo formulário do Google. Ainda foram feitos outros questionários, por meio do mesmo formulário, sobre o tema ansiedade para coletar dados da percepção dos profissionais que trabalham com esses estudantes, sendo trabalhadores dos mais diversos setores do câmpus, como docência, Assistência Estudantil, Coordenação Técnico-Pedagógica, Controle Acadêmico, Protocolo, Coordenação e Diretorias, sendo enviado para um total de 50 profissionais. Por fim, foram feitos questionários para os estudantes participantes do curso, avaliando suas impressões sobre o tema e a abordagem utilizada. Todos os questionários ficaram disponíveis para resposta por quinze dias.

Para viabilizar a intervenção, foi promovido um minicurso de extensão na modalidade remota com o tema "Bioquímica da Ansiedade", que foi amplamente divulgado em mídias sociais. Destaca-se que ele foi idealizado tendo em mente os estudantes do Curso Técnico Integrado de Química do IFCE - Câmpus Limoeiro do Norte e contou com a participação de estudantes de Ensino Médio de outros campi, além de estudantes de cursos de graduação e professores. Para o estudo realizado, apenas os estudantes do Curso de Técnico Integrado em Química do câmpus Limoeiro do Norte foram considerados, uma vez que possuem a disciplina de Bioquímica em sua grade curricular e que os responsáveis e profissionais entrevistados eram do mesmo câmpus. O minicurso foi dividido em quatro módulos: o primeiro é referente a definições de termos associados à ansiedade, incluindo diferenças entre a ansiedade patológica e a ansiedade normal, além da introdução de conceitos bioquímicos como hormônios; o segundo módulo é direcionado para causas e sintomas da ansiedade, incluindo seus efeitos biológicos; o terceiro módulo é voltado para os medicamentos utilizados no controle da ansiedade e sua atuação bioquímica; e o quarto módulo é voltado para a associação entre a alimentação e a ansiedade, incluindo os alimentos e sua atuação no organismo. Durante os módulos, ocorreram atividades assíncronas com disponibilização de vídeos relacionados ao tema e às atividades síncronas, em que foram chamados profissionais da Saúde para dar suas contribuições e pontos de vistas, além de tirar dúvidas dos estudantes. Em cada módulo, foi solicitada a produção de material envolvendo o aprendizado em Bioquímica.

Os dados qualitativos foram avaliados de acordo com as observações durante a produção de materiais, o envolvimento da turma, além das respostas nos questionários. Por sua vez, os dados numéricos foram avaliados em termos percentuais em relação aos participantes.

Na próxima seção, trataremos dos resultados e das discussões desta pesquisa.

Resultados e discussão

Conforme exposto na seção anterior, os resultados foram compilados por questionários, observações de atividades e observação da participação.

Nossos entrevistados responsáveis por alunos do Curso Técnico Integrado em Química foram nove, embora tenham sido enviadas 30 mensagens. Os gráficos referentes à caracterização dos responsáveis (Figura 1) indicam uma amostra 89% feminina, com a maioria dos pais com idade superior a 40 anos (45%) e pelo menos o Ensino Médio completo (67%).

Os profissionais que participaram da pesquisa possuíam composição mais distinta (Figura 2), com uma divisão entre sexos semelhante, uma composição mais jovem (53% na faixa de 30 a 40 anos) e de maior escolaridade (89% com pós-graduação).

Todos os estudantes participantes possuíam idades inferiores a 18 anos. Dos oito estudantes participantes do minicurso, seis tiveram a autorização dos pais para responder ao questionário e assentiram em participar. Dos estudantes participantes, 67% eram meninas e 33% meninos.

Figura 1: Caracterização dos responsáveis dos participantes da pesquisa

Figura 2: Caracterização dos profissionais participantes da pesquisa

Com relação à pergunta "Você conhece os sintomas ou características do transtorno de ansiedade?", os responsáveis e estudantes apresentaram maior segurança em dizer que conheciam muito (área laranja do gráfico), como é possível ver na Figura 3.

Figura 3: Respostas à pergunta: "Você conhece os sintomas ou características do transtorno de ansiedade?

Considerando que os estudantes já haviam terminado o minicurso, é possível que os sintomas tenham sido esclarecidos para eles durante as aulas.

Os responsáveis foram perguntados sobre algum membro da família já ter apresentado características de ansiedade antes e durante o isolamento ocorrido pela pandemia e, em caso de resposta positiva, quais características eram essas. As respostas estão nas Figuras 4 e 5. Antes da pandemia (Figura 4), com a pergunta feita de forma direta, a maioria identificou o distúrbio de ansiedade (75%) na família, que era percebido principalmente nas mudanças de comportamento de maneira geral (56%). Durante a pandemia (Figura 5), ao serem perguntados sobre a intensidade da observação de problemas de ansiedade na família, a maioria percebeu muitas características, com total de 45%. Com relação à apresentação das características, foi observada uma distribuição uniforme.

Figura 4: Respostas dos responsáveis às perguntas sobre aspectos da ansiedade antes da pandemia

Figura 5: Respostas dos responsáveis às perguntas sobre aspectos da ansiedade durante da pandemia

Quando perguntamos aos pais e aos profissionais se eles sabem lidar com problemas associados à ansiedade (Figura 6), a minoria afirmou que sim (11%) e a maioria escolheu a opção parcialmente (67%); os profissionais apresentaram percentual semelhante na opção parcialmente (68%), mas 32% dos profissionais responderam que não sabem lidar com problemas associados à ansiedade.

Figura 6: Respostas à pergunta "Você sabe como lidar com problemas associados à ansiedade?"

Foram apresentados aos pais sintomas de ansiedade listados pela Cartilha de Enfrentamento do Estresse, elaborada pela Pontifícia Universidade Católica (Weide et al., 2020) e perguntado se eles identificavam esses sintomas em seus filhos. Aqueles que indicaram que sim (67%) foram questionados a respeito de acompanhamento psicológico dos filhos. As respostas estão na Figura 7.

Figura 7: Relação dos responsáveis que identificam sintomas de ansiedade em seus filhos e o acompanhamento psicológico deles

Por fim, os responsáveis indicaram os sinais que observavam nos filhos que desencadeavam a ansiedade. As respostas foram diversas, entre "Ainda não sei o que [me] causa gatilhos", a "rotina do dia a dia", "antes de prova", "antes de seminários" e "quando está sobrecarregado". Um responsável destacou que: "A minha filha começou com esse transtorno em época de provas no Ensino Fundamental, precisamente no início do 9º ano". Não houve repetição de respostas, e podem ser identificadas situações diversificadas.

Para conhecer o ponto de vista dos profissionais, foram feitos questionamentos semelhantes em relação aos estudantes do Curso Técnico Integrado em Química do IFCE - Câmpus Limoeiro do Norte e à observação dos professores antes da pandemia. Na Figura 8 estão as respostas dos profissionais. A maioria já percebeu problemas nos estudantes (53%) e outra grande parcela (42%) não tem certeza. Com respeito ao observado, verificam-se mudanças de comportamento em geral. Houve ainda a citação de situações específicas na opção "Outros".

Como outras observações, os profissionais relataram alunos mais reclusos, outros agitados, impacientes ou nervosos, e ainda houve um profissional que verificou um estudante que solicitou a saída da sala de aula "alegando falta de ar e estava suando frio".

Figura 8: Respostas dos profissionais sobre aspectos da ansiedade antes da pandemia

Quando os profissionais foram questionados sobre observações durante a pandemia (Figura 9), como esperado, o percentual de profissionais que não verificou características foi bem maior (passou de 5% para 32%). Com o isolamento, a maioria dos profissionais não consegue observar os sinais característicos, por isso muitos responderam "prefiro não responder" (32%) e "não verifiquei nada" (32%), e as observações daqueles que perceberam sintomas também foram distintas: por exemplo, falou-se sobre o padrão alimentar (5%), não citado anteriormente.

Figura 9: Respostas dos profissionais às perguntas sobre aspectos de ansiedade durante a pandemia

Da mesma forma que os responsáveis, os profissionais receberam informações sobre os sintomas de ansiedade listados pela Cartilha de Enfrentamento do Estresse elaborada pela Pontifícia Universidade Católica (Weide et al., 2020) e, ao serem perguntados sobre a impressão com relação aos estudantes, a metade (50%) observou os sintomas ocasionalmente e 11% de forma frequente (Figura 10).

Figura 10: Respostas dos profissionais após serem informados dos sintomas característicos do transtorno de ansiedade

Os profissionais que responderam de forma positiva foram questionados em que situações perceberam esses sintomas; a maioria destacou o período de avaliações (55%). Outras situações de cobrança ou de realização de seminários também foram indicadas, além de situações cotidianas, aulas teóricas, momentos que envolvem tensão e dificuldade de compreensão de conteúdo.

Um aspecto positivo de ser observado é que, apesar de na Figura 6 os profissionais indicarem não estar preparados para lidar com problemas associados à ansiedade, todos os que observaram o problema entre seus alunos atuaram de alguma forma. Alguns não explicaram como, mas outros apontaram que atuaram conversando, desenvolvendo atividades lúdicas, amenizando a tensão da aula, tentando explicar os instrumentais avaliativos para deixá-los mais confiantes e até mesmo levando o estudante em crise para atendimento médico.

Para os estudantes participantes, o questionário foi dividido em três seções: aspectos de ansiedade, aspectos pedagógicos e o curso. Inicialmente, eles foram questionados se apresentaram características de ansiedade antes da pandemia e durante a pandemia. Dos seis participantes, um indicou que antes e durante a pandemia não apresentava características; os demais 83% indicaram que apresentavam. Com relação ao que foi observado antes e durante a pandemia, está a Figura 11. Destaca-se o aumento de sintomas associados à ansiedade durante a pandemia, como falta de ar ou problemas intestinais.

Figura 11: Respostas dos estudantes sobre o que observavam associado à ansiedade antes e durante a pandemia

Ao serem questionados sobre os agentes causadores da ansiedade, 67% se referiram a períodos anteriores a provas. Outras situações também foram indicadas, como expectativa de entregas, períodos anteriores a viagens, conflitos, assistir a cenas desconfortáveis; houve um que disse "situações aleatórias". Entre os cinco participantes que identificavam em si mesmos sintomas de ansiedade, apenas um tem acompanhamento psicológico de forma ocasional.

Depois dessa verificação, iniciamos a parte pedagógica. Os estudantes foram perguntados quanto à metodologia de ensino utilizada pelos professores do Curso Técnico Integrado do IFCE – Câmpus Limoeiro do Norte.  A maioria achou excelente (67%) e não apresentou sugestões de mudanças (83%). Como os questionários foram aplicados durante o período de isolamento social, os estudantes destacaram em seus comentários o envolvimento e a preocupação dos professores. Além de perceber o esforço feito pelos docentes e, apesar de citar que há preocupação com os estudantes, houve solicitação de melhor adaptação ao Ensino Remoto e a observação de que alguns professores não sabem lidar com problemas (apesar de o entrevistado não ter explicado o tipo de problema, o contexto utilizado sugere problemas relacionados à ansiedade). De qualquer forma, acham o ensino "bom, de qualidade e intuitivo".

Quando foram questionados em relação à metodologia que era mais adequada, cada um dos entrevistados tem uma percepção. Um estudante relatou: "Eu aprendo melhor conversando. Não gosto muito de anotar cada coisa que o professor diz, prefiro entender e tentar explicar [pra] outra pessoa", enquanto outro apontou que "metodologias mais diversificadas, com atividades mais expressivas" são necessárias. Também foram citados debates, slides e aulas de forma dinâmica. O único entrevistado que sugeriu melhoria nas aulas falou em dinamizar mais as aulas.

Em relação à disponibilidade dos professores em responder às dúvidas dos estudantes, a maioria (67%) respondeu que os docentes sempre sanam eventuais dúvidas (Figura 12). Nos comentários, os estudantes indicaram que os professores costumam responder perguntas sempre e se mostram abertos a ajudar nas dificuldades.

Figura 12: Resposta dos estudantes referente à disponibilidade dos professores

Por fim, os estudantes foram interpelados com relação ao curso Bioquímica da Ansiedade. Em resposta à pergunta "Como foi a experiência de trabalhar ansiedade e Bioquímica juntas?", todos os comentários foram positivos. Nas palavras dos estudantes, foi "Interessante", "Foi maravilhoso, a cada aula um aprendizado novo", "Muito boa, aprendi muito e é um tema atual e criativo".

No entanto, a observação que mais chamou a atenção foi: "Foi, de fato, excelente. Mesmo tendo TAG [transtorno de ansiedade generalizado] há um tempo, aprendi coisas que não sabia, além de que é sempre bom discutir o assunto com mais pessoas".

A combinação do tema Bioquímica e ansiedade, além de aplicar uma intervenção pedagógica, tinha o objetivo de criar um ambiente seguro e informativo de discussão do tema. O comentário da estudante sugere que esse objetivo foi atingido.

Ao serem perguntados sobre as atividades propostas durante o curso, a maioria (67%) afirmou que não teve dificuldade em resolver (Figura 13).

Figura 13: Respostas referentes às dificuldades de realização das atividades

Todos os estudantes que participaram da pesquisa concordaram que o conteúdo de ansiedade facilitou a compreensão dos assuntos de Bioquímica e recomendariam essa abordagem para outras turmas. Nos comentários, eles ainda destacaram que facilitou o aprendizado, uniu um tema científico a um tema mais pessoal.

Os motivos para justificar como positiva a utilização dessa abordagem com outros estudantes foram diversos, como tornar a ansiedade menos assustadora, compreender algo presente, facilitar o aprendizado de Bioquímica, conhecer melhor essa doença enquanto estuda Bioquímica. Curiosamente, um participante sugeriu que o assunto deveria fazer parte da grade curricular do curso.

Com relação às atividades realizadas pelos estudantes, verificou-se que eles conseguiram desenvolvê-las com sucesso e demonstraram aprendizado entre os encontros. Por exemplo: no terceiro encontro, no qual foi tratada a ação de medicamentos, os estudantes estavam familiarizados com os nomes e com as funções de neurotransmissores, o que facilitou a compreensão do conteúdo. A participação no chat durante as atividades remotas demonstrou isso. A atividade do último encontro, sobre aspectos ligados à Nutrição, também indicou que os estudantes entenderam a relação da alimentação com fatores que podem diminuir ou aumentar a ansiedade.

Na próxima seção, apresentaremos nossas conclusões sobre o estudo aqui proposto.

Considerações finais

O objetivo geral deste projeto de intervenção foi analisar a viabilidade de abordar o distúrbio da ansiedade de maneira contextualizada com o aprendizado de conceitos de Bioquímica, buscando favorecer a criação de um ambiente informativo e de diálogo. Considerando que essa abordagem apresentou retorno positivo por parte dos estudantes em termos de aceitação de conteúdo e de aprendizado, tendo em vista que os estudantes gostaram da abordagem e indicaram a metodologia para outras turmas, percebemos que atingimos nosso objetivo. Além disso, o aspecto de saúde também foi alcançado, uma vez que os estudantes compartilharam de forma livre suas experiências com a ansiedade.

Nossos resultados sugerem que a utilização de um tema contextualizado e transversal é um procedimento que pode e deve ser adotado para o aprendizado, destacando-se que o debate sobre temas atuais e de saúde devem ser priorizados. Quanto às perspectivas, espera-se, inicialmente, incluir o tema na disciplina de Bioquímica e Biotecnologia do Curso Técnico Integrado em Química do IFCE - Câmpus Limoeiro do Norte. Ressalta-se também a necessidade de intervenções como a apresentada no presente artigo para serem replicadas em mais turmas, assim como a abordagem de outros temas relevantes.

Referências

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Publicado em 04 de junho de 2025

Como citar este artigo (ABNT)

BRAGA, Renata Chastinet; SOUSA, Karlucy Farias de; CAMINHA, Kennedy Kelvik Oliveira; CRISTINO, Ana Caroline Cabral; AMARAL, Sheyla Maria Barreto; ARAÚJO, Nukácia Meyre Silva. Bioquímica da ansiedade: uma intervenção pedagógica. Revista Educação Pública, Rio de Janeiro, v. 25, nº 20, 4 de junho de 2025. Disponível em: https://educacaopublica.cecierj.edu.br/artigos/25/20/bioquimica-da-ansiedade-uma-intervencao-pedagogica

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