Como tornar o ensino da Matemática mais acessível e interessante: práticas pedagógicas em aulas sobre frações

Rodrigo Gomes

Mestrando em Educação (Uniplac), professor da rede estadual de Santa Catarina

Valdir Lamim-Guedes

Doutor em Educação (USP), professor temporário no CEAD/Udesc

O ponto de partida deste trabalho é a ausência de conexão entre o ensino de Matemática e as suas aplicações nas situações cotidianas, o que leva os alunos a questionarem a aplicabilidade dos conteúdos na vida real e em suas futuras profissões. Muitos professores de Matemática são percebidos como rigorosos e excessivamente focados no saber técnico, o que pode dificultar o engajamento dos estudantes na disciplina. Além disso, há uma necessidade urgente de inovação no ensino de Matemática, com a implementação de estratégias pedagógicas que vinculem os conteúdos a situações-problema e ao cotidiano dos alunos, a fim de tornar o aprendizado mais significativo e atraente.

Assim, esta pesquisa busca responder às seguintes questões: por que a inovação no ensino de Matemática é importante tanto para o aluno quanto para o professor? De que maneira as estratégias de ensino, além das aulas expositivas, podem contribuir para o aprendizado dos conteúdos matemáticos?

A justificativa para a pesquisa reside na necessidade de inovar as aulas de Matemática, que, frequentemente, são monótonas e repetitivas, não despertando o interesse nem a compreensão dos alunos. Os professores devem explorar formas diferenciadas de ensino que motivem os estudantes, despertando seu interesse e permitindo-lhes aprender de maneira significativa, para que possam aplicar a Matemática em seu dia a dia.

A inovação educacional é entendida como uma prática institucional situada, que envolve decisões, processos e intervenções, combinando três componentes: a utilização de novos materiais ou tecnologias, o emprego de novas estratégias ou atividades, e a transformação de crenças por parte dos envolvidos nas ações (Oliveira; Courela, 2013). Trata-se de um processo dependente do contexto, ou seja, algo que pode ser inovador para um professor ou escola, mas não para outro.

A importância da Matemática no cotidiano é amplamente reconhecida: ao fazer compras no supermercado, consultar um calendário e contar os dias até determinada data, ou até mesmo ao medir a dosagem de um medicamento. Em todos esses momentos, ainda que sem querer ou sem perceber, estamos vivenciando, praticando e utilizando a Matemática.

Um questionamento presente entre muitos professores é: Como promover uma educação matemática que não obscureça a introdução dos alunos ao pensamento matemático, mas que, ao contrário, os ajude a reconhecer suas habilidades matemáticas e a perceber como a Matemática é aplicada em diversas estruturas tecnológicas, militares, econômicas e políticas? (Skovsmose, 2000).

É importante que o professor faça conexões entre aspectos concretos dos conteúdos abordados, permitindo que os alunos estabeleçam relações teórico-práticas com o que é ensinado. A visualização da aplicação dos conteúdos matemáticos no cotidiano é de suma importância para o aprendizado dos estudantes.

Dessa forma, questionamos: qual a importância de novas estratégias de ensino e práticas pedagógicas no aprendizado da Matemática nos anos finais do Ensino Fundamental? Procuramos refletir sobre a necessidade de utilizar práticas diversificadas e criativas para facilitar a aprendizagem, além de investigar as práticas pedagógicas nas escolas públicas de Lages/SC e suas implicações no processo de ensino-aprendizagem dos alunos.

Acreditamos que esta pesquisa científica estimulará a reflexão sobre o papel do professor e o uso de metodologias e práticas pedagógicas que possam contribuir para a aprendizagem dos alunos da escola pública, promovendo a curiosidade e o prazer de aprender Matemática.

Metodologia

A coleta de dados para este estudo foi realizada por meio de observação sistemática e aplicação de um questionário com perguntas fechadas aos alunos da turma selecionada. A observação sistemática é uma técnica que utiliza instrumentos para a coleta de dados ou fenômenos observados e é realizada em condições controladas para responder a propósitos preestabelecidos (Lakatos; Marconi, 1999). A construção do questionário, por sua vez, exige do pesquisador experiência e critério profissional na formulação das perguntas, visando maximizar as vantagens da ferramenta e minimizar suas possíveis limitações (Rea; Parker, 2000).

As práticas pedagógicas foram planejadas com o objetivo de ensinar frações de forma participativa e ilustrativa, sendo realizadas três aulas durante a parte de regência do estágio docente do curso de Licenciatura em Matemática, em setembro de 2012, com uma turma do 6º ano composta por aproximadamente 28 alunos de uma escola pública na cidade de Lages. Durante as visitas à escola, foram realizadas observações, escuta atenta ao docente e discussões conceituais, incentivando a adoção de práticas pedagógicas criativas e lúdicas, com o intuito de alcançar sucesso na aprendizagem da Matemática, utilizando materiais de fácil acesso.

A análise dos dados coletados foi realizada de forma qualitativa, com os resultados apresentados de maneira descritiva e ilustrados por meio de gráficos.

Resultados e discussão

Iniciamos a primeira ação apresentando aplicações práticas das frações relacionadas ao cotidiano dos alunos. Utilizamos, por exemplo, o conceito de uma barra de chocolate dividida em diferentes partes, fatias de pizza e outros elementos do dia a dia, para ilustrar de forma intuitiva a ideia de frações, como são representadas, simbolizadas e suas possíveis aplicações. Além disso, propusemos que os estudantes realizassem desenhos representativos das frações, com o objetivo de oferecer uma compreensão visual mais clara do conceito.

Para essa atividade, dividimos os estudantes em grupos de quatro integrantes, sendo que cada um ficaria responsável por um desenho específico. O tempo estipulado para a elaboração dos desenhos foi de quatro horas-aula. Durante esse período, os alunos trabalharam juntos, discutindo e planejando as representações das frações dentro de suas equipes. Ao final, foi informado que a avaliação consideraria a participação ativa de cada estudante na elaboração dos desenhos, a organização dos materiais e da sala de aula, bem como o capricho e a qualidade do trabalho final apresentado.

A primeira avaliação consistiu em um trabalho em grupo, de forma ilustrativa (Figura 1), no qual os alunos deveriam criar desenhos que abordassem determinada fração e indicar, respectivamente, o numerador e o denominador. O critério de avaliação, além da representação fracionária, envolveu também o trabalho em equipe, o compromisso de cada integrante, a responsabilidade e a dedicação. O resultado foi gratificante, pois os alunos interagiram, realizaram o trabalho de forma diferenciada e, principalmente, conseguimos alcançar o principal objetivo: mostrar aos alunos a aplicabilidade das frações em situações cotidianas.

Figura 1: Imagens dos desenhos realizados pelos alunos para representar frações

Dando continuidade, abordamos a soma e a subtração de frações, tanto com denominadores iguais quanto diferentes. Em seguida, explicamos o processo de multiplicação e divisão de frações. Para encerrar, elaboramos uma avaliação que incluía questões em que os alunos resolveram problemas envolvendo soma, subtração, multiplicação e divisão de frações, além de questões-problema.

Com a aplicação dos questionários, foi possível avaliar tanto a aprendizagem dos alunos quanto a abordagem pedagógica dos educadores em relação ao conteúdo trabalhado. Esse processo permitiu identificar se as estratégias de ensino diferenciadas foram eficazes.

Gráfico, Gráfico de pizza

Descrição gerada automaticamente

Figura 2: Dados obtidos para a questão "Foi bom aprender este conteúdo?"

Ao questionarmos se foi bom aprender esse conteúdo, observamos que 80% dos alunos consideraram o conteúdo atrativo, enquanto 20% não gostaram da matéria abordada (Figura 2). Essa resposta sugere que os alunos foram capazes de visualizar, de forma progressiva e abrangente, como a disciplina se aplica às situações mais simples e úteis do cotidiano. Como resultado, foi possível despertar o interesse deles, tornando o aprendizado mais significativo. Assim, ao relacionar determinados conteúdos, como as frações, a conhecimentos cotidianos, é possível aumentar o apreço pela disciplina, o que, por sua vez, favorece o processo de ensino-aprendizagem.

Figura 3: Dados obtidos para a questão "Vocês perceberam onde as frações estão presentes no dia a dia?"

Quando questionados se perceberam onde as frações estão presentes no dia a dia, 47% dos alunos responderam que sim, 30% disseram que mais ou menos, e 23% afirmaram que não (Figura 3). Esse resultado indica que a maioria dos alunos conseguiu perceber a aplicabilidade do conteúdo no seu cotidiano, uma vez que grande parte do que foi estudado foi relacionado a situações práticas.

Uma estratégia eficaz para inspirar os estudantes é compreender como eles interagem cotidianamente com o conteúdo curricular em questão. Além disso, é importante proporcionar espaço para que os alunos compartilhem suas experiências no contexto social imediato, aquele influenciado não apenas por ações individuais, mas também pelas dinâmicas sociais em geral. Explorar essas duas perspectivas do conteúdo é fundamental para estimular o interesse dos alunos por uma aprendizagem significativa, ao mesmo tempo em que enriquece a prática docente, tornando-a mais relevante e significativa (Gasparin, 2007).

Os alunos que indicaram ter entendido parcialmente o conteúdo demonstraram ter algumas dificuldades nas operações básicas de Matemática. Já aqueles que não perceberam de imediato a utilidade das frações apresentaram argumentos que refletiam a visão de que não iriam utilizar esse conhecimento no seu dia a dia, como, por exemplo, o cálculo da fração de um chocolate ou o número de pedaços de pizza, que foram alguns dos exemplos discutidos em sala de aula.

Figura 4: Dados obtidos para a questão "Qual foi a maior dificuldade de vocês no conteúdo trabalhado?"

Na questão "Qual foi a maior dificuldade de vocês no conteúdo trabalhado?", observamos que 37% dos alunos relataram maior dificuldade na simplificação, 23% afirmaram não ter enfrentado dificuldades, 20% consideraram encontrar o divisor o maior desafio, e 20% indicaram dificuldades na interpretação (Figura 4). O professor precisa estar atento à diversidade de dificuldades enfrentadas pelos alunos, reconhecendo que eles têm diferentes níveis e tipos de problemas, e que nem sempre o processo de aprendizagem é alcançado de forma uniforme, com sucesso e aprovação para todos.

Figura 5: Dados obtidos para a questão "Vocês gostaram da dinâmica feita para interpretação de frações?"

Na questão "Vocês gostaram da dinâmica feita para interpretação de frações?", 83% dos alunos responderam que sim, 10% não responderam e 7% disseram que não (Figura 5). A maioria dos alunos demonstrou gostar da metodologia aplicada.

O uso do lúdico é uma estratégia eficaz para ensinar os alunos a lidar com situações cotidianas, promovendo a interpretação de problemas, o desenvolvimento do raciocínio, a resolução de dificuldades e até mesmo a humanização no contexto escolar. No entanto, uma parcela dos alunos não respondeu ou não gostou da dinâmica proposta. Esse resultado pode refletir a falta de interesse de alguns alunos em aprender por meio de brincadeiras na sala de aula.

Os professores frequentemente se queixam da falta de interesse dos alunos, o que se manifesta por meio de diversas estratégias de defesa e recusa em participar das atividades escolares. Entre essas estratégias estão os atrasos, as faltas, os comportamentos indisciplinados e até mesmo a evasão escolar (Diniz; Oliveira, 2014/2015).

Figura 6: Dados obtidos para a questão "Qual a opinião de vocês em relação à explicação do conteúdo?"

Ao questionar a opinião dos alunos em relação à explicação do conteúdo, vemos que 73% dos alunos acharam fácil de compreender, enquanto 27% consideraram difícil (Figura 6). Esse resultado indica que a maioria dos alunos entendeu o conteúdo trabalhado, enquanto uma minoria encontrou dificuldades em sua compreensão.

O professor deve procurar formas mais adequadas para a aprendizagem de seus alunos, desenvolvendo métodos atrativos que, além de repassar o conteúdo, promovam o raciocínio e o envolvimento dos estudantes. Durante a atividade, foi possível promover a colaboração entre os alunos, incentivando o pensamento coletivo e a compreensão dos conceitos de fração. Adicionalmente, a atividade contribuiu para desfazer a percepção equivocada de que a Matemática é uma disciplina complicada e difícil, o que, muitas vezes, afeta negativamente a autoestima dos estudantes e sua capacidade de aprendizado.

Ao revisar a literatura sobre o tema, encontramos estudos que abordam diversas práticas pedagógicas em aulas sobre frações. Destacamos, em relação ao conhecimento e às práticas dos professores do Ensino Fundamental, a identificação de fraquezas dos docentes no conhecimento matemático associado ao conceito de fração, bem como em situações de resolução de problemas envolvendo frações (Cardoso; Mamede, 2023). Além disso, o estágio, fundamental para a formação de futuros professores de Matemática, como abordado neste estudo e por Valério (2020), é igualmente importante para cursos de Pedagogia (Menegazzi, 2013; Pereira; Mól; Espírito Santo, 2023).

Também é importante destacar o papel relevante dos recursos didáticos, articulados à mediação do conhecimento. Ferreira e Batalha (2021) ressaltam a importância do professor como mediador do conhecimento matemático, enfatizando a necessidade de práticas pedagógicas que tornem o ensino de frações mais significativo e acessível.

Esses estudos evidenciam a relevância de estratégias pedagógicas inovadoras, como o uso de materiais concretos, jogos educativos, contextualização e diferenciação, para tornar o ensino de frações mais eficaz e interessante, promovendo uma aprendizagem mais significativa e duradoura.

Considerações finais

A distância temporal entre as ações descritas neste trabalho – realizadas em 2012 durante o estágio de docência do primeiro autor, e o ano de 2024, quando ele integra um programa de pós-graduação com projeto de dissertação sobre Educação Matemática Crítica – revela um processo contínuo de formação. Esse processo envolveu especialmente desconforto com a docência da Matemática, essencialmente tradicional. Revisitar as ações desenvolvidas ao longo do estágio reforçou a convicção sobre as escolhas didáticas realizadas naquele momento, agora com um embasamento teórico-prático mais aprofundado.

Este estudo evidenciou a importância da inovação no ensino de Matemática, destacando a necessidade de buscar estratégias pedagógicas que conectem os conteúdos com as situações cotidianas e profissionais dos alunos. É fundamental que os professores adotem abordagens criativas e utilizem materiais de fácil acesso para tornar o aprendizado mais significativo e envolvente.

Além disso, é fundamental que se reflita sobre o papel do professor de Matemática na formação dos alunos, adotando uma abordagem mais humanizada e menos técnica. Acredita-se que este estudo possa contribuir para a transformação do ensino de Matemática, promovendo práticas pedagógicas que estimulem os estudantes e ampliem sua compreensão sobre a importância dessa disciplina, tanto em seu contexto cotidiano quanto em suas trajetórias profissionais e pessoais.

Referências

CARDOSO, Paula; MAMEDE, Ema. Saber e ensinar frações: concepções e práticas de professores do ensino fundamental. Educação e Pesquisa, v. 49, e261007, 2023. DOI: https://doi.org/10.1590/S1678-4634202349261007.

DINIZ, Margareth; OLIVEIRA, Ivonilda Mercês Prado. Reflexões sobre o mal-estar na profissão docente. Educação em Foco, Juiz de Fora, v. 19, nº 3, p. 203-221, nov. 2014/fev. 2015. DOI: https://doi.org/10.1590/S1413-24782023280023.

FERREIRA, Mírian Silva; BATALHA, Jairo Alves. Vivências matemáticas: recursos didáticos no ensino de frações/Mathematical experiences: didactic resources for teaching fractions. Brazilian Journal of Development, v. 7, nº 9, p. 91.474-91.481, 2021. Disponível em: https://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BRJD/article/view/36269. Acesso em: 31 mar. 2024.

GASPARIN, João Luiz. Uma didática para a Pedagogia histórico-crítica. 5ª ed. Campinas: Autores Associados, 2009.

LAKATOS, Eva Maria; MARCONI, Marina de Andrade. Técnicas de pesquisa: planejamento execução de pesquisa, amostragens e técnicas de pesquisa elaboração, análise e interpretação de dados. 4ª ed. São Paulo: Atlas, 1999.

MENEGAZZI, Marlene. O estudo de frações: uma experiência no curso de Pedagogia/The study of fraction: an experience in pedagogy course. Revista Eletrônica de Educação Matemática, v. 8, nº 1, p. 248-265, 2013. Disponível em: http://funes.uniandes.edu.co/25386/1/Menegazzi2013O.pdf. Acesso em: 31 mar. 2024.

OLIVEIRA, Isolina; COURELA, Conceição. Mudança e inovação em Educação: o compromisso dos professores. Interraccões, v. 27, p. 97-117, 2013. DOI: https://doi.org/10.25755/int.3404.

PEREIRA, Ricardo da Silva; MÓL, Antonio Carlos; ESPÍRITO SANTO, André Cotelli do. O ensino de frações nos cursos de Pedagogia: um estudo de caso. Revista Educação Pública, Rio de Janeiro, v. 23, nº 28, 25 jul. 2023. Disponível em: https://educacaopublica.cecierj.edu.br/artigos/23/27/o-ensino-de-fracoes-nos-cursos-de-pedagogia-um-estudo-de-caso. Acesso em: 31 mar. 2024.

REAL, Louis M.; PARKER, Richard A. Metodologia de pesquisa: do planejamento à execução. Trad. Nivaldo Montingelli Jr. São Paulo: Pioneira, 2000.

SKOVSMOSE, Ole. Cenários para investigação. Bolema - Boletim de Educação Matemática, v. 13, nº 14, p. 66-91, 2000. Disponível em: https://www.periodicos.rc.biblioteca.unesp.br/index.php/bolema/article/view/10635. Acesso em: 31 mar. 2024.

VALÉRIO, Barbara Corominas. Formação inicial de professores: propiciando conexões significativas por meio de projetos de estágio. Revista de Educação Matemática - REMat, v. 17, p. e020053, 2020. DOI: https://doi.org/10.37001/remat25269062v17id460.

Publicado em 04 de junho de 2025

Como citar este artigo (ABNT)

GOMES, Rodrigo; LAMIM-GUEDES, Valdir. Como tornar o ensino da Matemática mais acessível e interessante: práticas pedagógicas em aulas sobre frações. Revista Educação Pública, v. 25, nº 20, 4 de junho de 2025. Disponível em: https://educacaopublica.cecierj.edu.br/artigos/25/20/como-tornar-o-ensino-da-matematica-mais-acessivel-e-interessante-praticas-pedagogicas-em-aulas-sobre-fracoes

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