Ensino de Língua Portuguesa no Proeja: uma experiência no estágio curricular
Isabel de Oliveira e Silva Monguilhott
Professora associada da UFSC
Ignes Regina Gonçalves
Licencianda do Curso de Letras - Língua Portuguesa (UFSC)
Nicolle Pogere
Licencianda do Curso de Letras - Língua Portuguesa (UFSC)
Considerações iniciais
No decorrer do percurso de formação em licenciatura no Curso de Letras (Língua Portuguesa e Literaturas), passa-se por diversos desafios – seja na Teoria Literária, nos pormenores das gramáticas ou nas metodologias – que nos preparam para um objetivo final: a docência. Não à toa, ao longo desse período, todos os desafios que possam surgir em sala de aula devem ser considerados, para a valorização do contexto do aluno, entendendo-o como protagonista de seu aprendizado. Todos esses aspectos devem ser levados em conta e colocados em prática durante o estágio obrigatório curricular de docência.
Neste relato, apresentamos a experiência vivenciada no estágio curricular obrigatório do curso de Letras Língua Portuguesa e Literaturas da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), com foco no contexto de estágio, no projeto docente e na docência vivenciada. O estágio, tanto de observação das aulas do professor responsável pela turma, quanto de docência, no qual as professoras-estagiárias assumiram a turma, foi realizado no componente curricular Comunicação 2, em uma turma do Programa Nacional de Integração da Educação Profissional com a Educação Básica na Modalidade de Educação de Jovens e Adultos (Proeja) oferecido em uma escola da rede federal de ensino de Santa Catarina.
Analisando o planejamento do componente curricular realizado pelo professor responsável pela turma, o Projeto Pedagógico do Curso e o referencial teórico que será abordado ao longo do texto, elaborou-se o projeto de docência Ensino de abordagens narrativas no contexto da Educação de Jovens e Adultos. Sob a orientação da professora doutora Isabel de Oliveira e Silva Monguilhott, o projeto norteou as práticas e escolhas pedagógicas durante todo o período de estágio.
No total, foram observadas 20 aulas da docente e 20 aulas ministradas pelas professoras-estagiárias no período de 1º de setembro até 9 de outubro de 2023, para uma turma de treze alunos com perfil diversificado. A partir da observação das aulas e da análise do perfil da turma, foi elaborado um planejamento composto de um projeto docente (com introdução, justificativa, objetivos, referencial teórico, metodologia e recursos) e dos planos de aula, juntamente com os materiais didático-pedagógicos a serem trabalhados e as atividades elaboradas.
Nas seções seguintes serão apresentados mais precisamente o contexto da sala de aula, a base teórica e a escolha metodológica das aulas, os eixos abordados, os planos e suas motivações e a análise final da experiência docente.
O contexto singular do Proeja
O Proeja reúne alunos de idades variadas, com o propósito de elevar sua escolaridade básica e, ao mesmo tempo, exercer uma profissão em um campo de estudo escolhido por eles. As turmas são divididas de acordo com o campo profissional escolhido; a turma da prática de docência em questão é o Ensino Médio integrado ao Curso Técnico em Panificação.
Assim, se por um lado o Proeja reúne esses alunos em um objetivo comum, por outro, também reúne alunos das mais variadas idades, o que pode tornar a preparação das aulas ainda mais complexa do que seria em outro contexto. No caso específico da turma em que foi exercida a experiência docente aqui relatada, ainda havia a presença de dois alunos estrangeiros.
A turma em questão era composta por treze alunos, sendo nove mulheres, dentre elas, uma estrangeira; quatro homens, dentre eles, um estrangeiro. A faixa etária dos alunos variava entre 20 a 50 anos. Nessa diversidade, tanto de nacionalidade quanto de idade, naturalmente, havia ofícios e motivações diferentes, resultando em uma experiência ainda mais desafiadora e, também, enriquecedora.
Em termos das práticas de ensino de Língua Portuguesa a serem trabalhadas, de acordo com o planejamento do professor, o eixo da prática de leitura foi privilegiado, pois, para o período do estágio, estava previsto o trabalho com a narrativa literária. Os eixos da oralidade, escrita e análise linguística foram trabalhados relacionados ao eixo da leitura.
A Língua Portuguesa foi uma matéria considerada complexa tanto por grande parte dos alunos quanto pelos alunos estrangeiros. Contudo, a presença destes rendeu comparações de como são algumas estruturas na sua língua materna, neste caso, língua francesa e crioulo haitiano. A presença dessas reflexões contribuiu para o aprendizado dos demais alunos e para o entendimento de como cada língua em si possui suas próprias complexidades e características, o que desmistifica mitos, como o de que a Língua Portuguesa é uma das mais difíceis do mundo.
Outro aspecto desse contexto salientado pelo professor é que a presença dos alunos nem sempre é constante. Sendo assim, foi recomendado que, no planejamento organizado, não fossem previstas aulas que retomassem as anteriores diretamente, que tivessem começo e fim em si mesmas, adaptando-as à realidade de presença flutuante de muitos estudantes. Neste sentido, organizou-se uma sequência de aulas em que fosse possível o diálogo entre os estudos da narrativa literária e que ainda possibilitasse a compreensão das conexões entre conteúdos.
Sobre o projeto docente Abordagens Narrativas
A escolha da temática Abordagens Narrativas deu-se de acordo com o planejamento prévio do professor responsável pela turma, que concedeu às estagiárias total liberdade para o desenvolvimento das aulas, escolha dos textos norteadores e formulação das atividades avaliativas.
O planejamento do professor responsável trazia os estudos da narrativa com foco na linguagem literária, uma pesquisa sobre autores africanos de Língua Portuguesa e uma produção textual escrita partindo da leitura de Missa do Galo e suas variações. Os conteúdos e atividades previstos, em sequência e organizados por semana, eram linguagem conotativa e denotativa, figuras de linguagem, pesquisa sobre autores africanos de Língua Portuguesa, técnicas da narrativa, contos, o conto Missa do Galo, em específico, e suas variações. Parte desses conteúdos já tinha sido ministra pelo professor e, portanto, vista pelas estagiárias no período de observação do estágio. Assim, chegada a hora de ministrar as aulas, as professoras tinham que lecionar a partir do tema técnicas da narrativa.
Nesse sentido, o projeto de docência Ensino de abordagens narrativas no contexto da Educação de Jovens e Adultos foi desenvolvido com o objetivo de trabalhar a narrativa literária de maneira articulada às vivências dos estudantes em questão. O perfil da turma, como já foi aqui apresentado, colaborou para uma escolha mais objetiva dos textos que seriam trabalhados em sala de aula.
Em relação ao material selecionado para as aulas, foram escolhidos textos curtos (de acordo com Geraldi, 1984), vídeos e músicas com diferentes abordagens narrativas, pensando em aproximar a literatura lida em sala de aula com a literatura que se conhece fora dela. Com isso, o projeto de docência alinhou-se ao que busca também o projeto pedagógico de curso do sistema de ensino em questão, o qual se propõe a “oferecer Educação para Jovens e Adultos baseada na construção do conhecimento, direcionada à resolução de problemas e à autonomia, que promova a reflexão permanente sobre a prática interdisciplinar e contextualizada” (IFSC, 2018, p. 4).
A seguir, apresentamos um quadro com as atividades previstas no planejamento de estágio para as 20 horas/aula na turma do Proeja.
Quadro 1: S íntese das atividades de estágio em Língua Portuguesa no Proeja
Datas | Horas/Aula | Tema | Atividades | Textos trabalhados |
11 set. | 4 | Tipos de discurso | - Leitura dos textos propostos e escuta das músicas selecionadas - Discussão dos temas - Identificação dos discursos direto, indireto e indireto livre nos textos apresentados - Atividade para sistematização do conteúdo. | - Diário de um detento - Racionais MC’s (1997) - Maria de Vila Matilde - Elza Soares (2015) - Trecho de A hora da estrela - Clarice Lispector (1977) - Trecho de Vidas secas - Graciliano Ramos (1938) - Conto Ei, Ardoca - Conceição Evaristo (2014) |
18 set. | 4 | Estrutura e técnicas da narrativa | - Leitura dos textos propostos, escuta das músicas selecionadas, visualização dos vídeos selecionados - Discussão dos temas - Identificação de diferentes técnicas/abordagens narrativas - Atividade para sistematização do conteúdo. | - Conto Minha prima está na cidade - Natália Borges Polesso (2015) - Trecho de flashback do filme Ratatouille, da Pixar Animation Studios (2007) - The One Monica Gets a Roomate - episódio 1 da temporada 1 da série Friends - Warner Bros. Pictures (1994) - Eu me lembro - Clarice Falcão (2013) - Eduardo e Mônica - Legião Urbana (1986) |
25 set. | 4 | Introdução ao conto de Machado de Assis | - Leitura do conto Um apólogo, de Machado de Assis - Apresentação do autor e sua identidade, sua importância para a literatura brasileira - Produção textual - uma nova versão de Um Apólogo, a partir da perspectiva de mundo de objetos do dia a dia dos alunos. | - Um apólogo - Machado de Assis (1885) |
02 out. | 4 | O conto Missa do Galo e suas variações | - Leitura da versão original de Machado e a variação de Lygia - Produção textual escrita de uma variação do conto Missa do Galo. | - Missa do Galo - Machado de Assis (1893) - Missa do Galo - Lygia Fagundes Telles (1977) |
09 out. | 4 | Retomada de conceitos e confraternização final | - Leitura do texto proposto e recapitulação dos conceitos abordados em todas as aulas, construindo mapas mentais no quadro. | - Conto Olhos D’água - Conceição Evaristo (2014) |
Considerando as propostas previstas no cronograma da disciplina de Comunicação 2, a leitura foi o eixo privilegiado para o segundo semestre de 2023, por isso o projeto das professoras-estagiárias privilegiou essa prática. A abordagem partiu de textos curtos, para se adequar, inicialmente, ao contexto da Educação de Jovens e Adultos (EJA), que tem como objetivo formar leitores ativos e também estar alinhada ao processo de formação de novos textos que partirão dos alunos.
Considera-se a interpretação textual como o primeiro passo para “romper a forma pela qual os alunos interpretam a realidade” (Geraldi, 1999, p. 54); assim, criam-se novos textos a partir da sua experiência de leitura. Esses novos textos criados podem ser vistos como uma transformação do texto, ou escrita e reescrita, para a prática consciente do leitor.
Na perspectiva de Freire (2001), tais textos são leituras que se tornam mais críticas, que abordam diferentes compreensões do mundo e que ultrapassam os limites da decodificação: a leitura, portanto, não é apenas a "leitura" da "leitura” anterior do mundo (Freire, 2001). O processo dialógico da leitura (relação entre autor e leitor) é reconhecido por Geraldi em Portos de Passagem (1997), no qual afirma que as mãos da leitura não são amarradas e “se o fossem, a leitura seria reconhecimento de sentidos e não produção de sentidos” (Geraldi, 1997, p. 166).
Embora o planejamento do professor regente previsse leituras mais teóricas e complexas, considerando os aspectos destacados por Geraldi e Freire, bem como as anotações feitas ao longo do período de observação e as respostas dos alunos a um questionário aplicado durante esse período, elaborado pelas professoras-estagiárias para traçar o perfil da turma, optou-se por alterar todos os textos, exceto Missa do Galo e suas variações. Reforça-se aqui que a escolha dos textos não se deu ao acaso. Ao trabalhar com produções textuais de Racionais MC’s, Elza Soares, Conceição Evaristo e, mais ao fim do planejamento, Machado de Assis, foi abordada também a questão racial. Já ocorriam discussões ricas e construtivas em sala de aula, e trazer textos e autores que representam a causa foi importante para a identificação de muitos alunos. Ainda mais importante, foi levantar a questão do embranquecimento de Machado de Assis por parte do cânone e da mídia, fato que era desconhecido por muitos estudantes, assim como é por grande parte dos brasileiros.
Todas as aulas seguiram uma abordagem similar, com entrega de textos, leituras, discussões, apresentação dos autores e o principal: construção em conjunto dos conhecimentos abordados, levando em consideração que "ensinar não é transferir conhecimento, mas criar as possibilidades para sua própria produção ou a sua construção" (Freire, 2003, p. 47). A partir de perguntas pré-elaboradas e interpretações e inferências dos alunos, todos os conceitos que estavam propostos para serem abordados foram efetuados por meio de esquemas realizados no quadro branco. As aulas sobre tipos de discurso e elementos da narrativa seguiram essa abordagem. Ao fim, foi realizada uma atividade de discussão dos conceitos apresentados e, quando necessário, reforço desses conceitos.
Tratando-se das aulas Introdução ao Conto de Machado de Assis e ‘Missa do Galo’ e suas variações, esse modelo de proposta pedagógica finalizou-se com uma avaliação escrita, na qual os alunos tiveram que criar personagens e breves situações com elementos que fazem parte do dia a dia deles. A proposta da avaliação da aula de Introdução ao Conto de Machado de Assis foi criar um texto similar ao conto Um apólogo, substituindo os personagens linha e agulha por personagens do cotidiano. Muitos utilizaram os utensílios de cozinha e panificação com que lidam no dia a dia, e, ao compartilharem seus textos em voz alta com a turma ao fim da atividade, mostraram-se entusiasmados com os textos dos colegas, identificando nos próprios textos situações em comum que vivem em sua rotina.
A abordagem de proposta escrita baseou-se na concepção de prática de escrita de Geraldi (1997), que visa uma escrita para além da escola. Em acordo, o autor aponta as condições necessárias para a produção de um texto: que se tenha o que dizer; se tenha uma razão para dizer o que se tem a dizer; se tenha para quem dizer; assuma-se como locutor de um texto, ponderando a responsabilidade do que se diz. Diferente da redação, considerada artificial e modelar, o autor toma a produção de textos como uma prática mais autoral, para que o aluno se veja como autor do próprio discurso, e o professor como seu interlocutor. Mais uma vez, é importante ressaltar que a escrita no ambiente escolar não deve ser pensada apenas para a circulação interna, mas que as produções ultrapassem esse limite e, portanto, sejam concebidas como processo, e não como produto.
Uma reflexão sobre a experiência de docência no Proeja
A primeira experiência formal de docência no Proeja mostrou-se complexa. Como não houve imposição de limitações pelo professor-supervisor, pudemos dialogar, nas aulas de Comunicação 2, com as vivências dos estudantes, partindo do perfil deles, traçado no período de observação. Para isso, a orientação da professora da disciplina foi fundamental para a realização do estágio de docência, assim como a supervisão do professor e suas observações, colaboraram para uma visão mais ampla de sala de aula, com sugestões de propostas, inclusive, para próximos planejamentos. O professor-supervisor ressaltou o quanto as escolhas tomadas pelas estagiárias, que diferem das adotadas usualmente por ele, puderam proporcionar um novo olhar quanto às abordagens do docente, que vem atuando na rede federal de ensino há mais de dez anos.
Para além das escolhas adotadas no planejamento, notou-se que o contexto em sala pode ser imprevisível e não esquemático, diferente do que se planeja. Durante a docência, foi preciso adaptar as aulas com inclusão/mudança de atividades, acréscimo de textos, entre outros. Isso se deu tanto para atender às necessidades dos estudantes presentes, quanto para o debate sobre textos, compreensão dos conceitos e discussões proveitosas partindo de relatos dos estudantes. Em relação às atividades propostas, percebeu-se o empenho ultrapassando o desejo de adquirir notas de avaliação, demonstrando interesse genuíno de compreender as diferentes abordagens narrativas. Esse interesse teve começou a surgir, principalmente, a partir dos estudantes estrangeiros, que enfrentavam a barreira linguística na linguagem literária.
No que se refere à avaliação da experiência de estágio realizada pelos alunos da turma, no término da experiência, percebemos que poderíamos ter selecionado textos ainda mais curtos. Observamos nas leituras dos contos o cansaço, visto que muitos afirmaram não manter um hábito de leitura fora de sala de aula, além de as aulas acontecerem ao final de um dia de trabalho. Nesse sentido, é visto que, para futuras aulas ministradas na Educação de Jovens e Adultos, a seleção de textos seja ainda mais minuciosa, e que possibilite trazer ainda mais produções textuais multimidiáticas, já que os alunos apontaram no formulário a preferência por aulas com músicas. Foram proporcionados, por meio das diferentes perspectivas textuais que foram levadas, momentos de conhecimento favoráveis aos estudos da narrativa e suas técnicas. Isso foi demonstrado no entusiasmo dos alunos ao partilharem suas histórias e se relacionarem com a condição sócio-histórica dos textos abordados.
Por fim, a experiência docente foi bastante produtiva e de muito aprendizado, com uma aproximação e identificação entre alunos da turma e professoras-estagiárias, e com uma abertura para conhecer melhor suas realidades, o que facilitou as adaptações realizadas no planejamento.
Em geral, ter a primeira experiência docente formalmente reconhecida no contexto de uma turma de Proeja foi mais enriquecedora para a formação docente do que o imaginado inicialmente, visto que se tratou de uma prática docente em um contexto bastante diferente das práticas comuns em estágios, que geralmente não ocorrem em situações como essa. Com isso, acreditamos também que tornar essa realidade mais frequente nas disciplinas de estágio contribuirá para a construção de professores ainda mais críticos e preparados para desafios tão grandes ou maiores que os de turmas regulares.
Referências
FREIRE, P. A importância do ato de ler: em três artigos que se completam. 42ª ed. São Paulo: Cortez, 2001.
FREIRE, P. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. São Paulo: Paz e Terra, 2003.
GERALDI, J. W. O texto na sala de aula. Cascavel: Assoeste, 1984.
GERALDI, J. W. O texto na sala de aula. 3ª ed. São Paulo: Ática, 1999.
GERALDI, J. W. Portos de passagem. 4ª ed. São Paulo: Martins Fontes, 1997.
INSTITUTO FEDERAL DE SANTA CATARINA (IFSC). Projeto pedagógico de curso Técnico em Panificação - Proeja. Florianópolis: IFSC, 2018.
MARTINAND, J. La question de la référence en didactique du curriculum. Investigações em Ensino de Ciências, v. 8, nº 2, p.125-130, 2003.
Publicado em 09 de julho de 2025
Como citar este artigo (ABNT)
MONGUILHOTT, Isabel de Oliveira e Silva; GONÇALVES, Ignes Regina; POGERE, Nicolle. Ensino de Língua Portuguesa no Proeja: uma experiência no estágio curricular. Revista Educação Pública, Rio de Janeiro, v. 25, nº 25, 9 de julho de 2025. Disponível em: https://educacaopublica.cecierj.edu.br/artigos/25/25/ensino-de-lingua-portuguesa-no-proeja-uma-experiencia-no-estagio-curricular
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