Educação Ambiental transversal ao ensino de Ciências no Ensino Fundamental em jogos com materiais recicláveis

Rosileuda dos Santos Araújo

Licenciada em Ciências Biológicas (IFAP) e Pedagogia (Unimais)

Nubia Deborah Caramello

Docente (IFAP), doutora em Geografia (Universidade Autônoma de Barcelona), mestra e graduada em Geografia (UNIR)

As Nações Unidas convidam as escolas a se envolverem na construção de uma Agenda de Desenvolvimento Sustentável, considerando, em seu Objetivo de Desenvolvimento Sustentável 4, a Educação de Qualidade como parte desse processo; o presente artigo visa contribuir especificamente para a meta 4.7:

Até 2030, garantir que todos os alunos adquiram conhecimentos e habilidades necessárias para promover o desenvolvimento sustentável, inclusive, entre outros, por meio da educação para o desenvolvimento sustentável e estilos de vida sustentáveis, direitos humanos, igualdade de gênero, promoção de uma cultura de paz e não violência, cidadania global e valorização da diversidade cultural e da contribuição da cultura para o desenvolvimento sustentável (Ipea, 2022).

Nesse aspecto, o presente artigo visa analisar a relevância dos jogos lúdicos para o desenvolvimento das práticas docentes no ensino de Ciências, aplicadas de forma transversal à Educação Ambiental, agregando o uso de materiais recicláveis como instrumento de apoio pedagógico no processo de recomposição da aprendizagem. Justifica-se investigar como o professor relaciona o ensino de Ciências e a Educação Ambiental, uma vez que a abordagem frequentemente demonstra uma visão fragmentada em relação à temática.

De acordo com Amaral (2001, p. 73-93), “a Educação Ambiental pode ser vista como complemento ou alicerce que atua simultaneamente como a estrutura que promove a articulação do ensino de Ciências”. Já Reigota (1998) postula que a Educação Ambiental deve integrar todas as demais disciplinas de forma transversal, considerando a profundidade e diversidade dos processos que reivindicam questionamentos múltiplos, de modo a dialogar com a interdisciplinaridade (Silveira, 2000).

Com isso, buscou-se investigar os eventuais fatores que permeiam os conflitos no processo de aprendizagem no Ensino de Ciências e os desafios enfrentados pelos alunos do Ensino Fundamental I, na Escola Municipal de Educação Básica Santa Lúcia, no município de Laranjal do Jari, Estado do Amapá. As atividades de recomposição de aprendizagem tiveram início em 08 de fevereiro de 2023 e se estenderam até 28 de novembro de 2023, ao final do 4º bimestre do ano letivo.

Este relato tem como objetivo viabilizar reflexões sobre a cognição adquirida e como esse discernimento pode melhorar o desempenho dos alunos e, por consequência, contribuir para seu desenvolvimento. Além disso, é utilizado como instrumento de avaliação formativa na grade curricular da escola e para analisar os potenciais impactos das atividades propostas, de modo a adequar as habilidades e competências referenciadas pela BNCC. Nessa perspectiva, vários autores contribuem de forma significativa para a temática dos jogos didáticos, destacando-se Vygotsky (1988) e Mole (2008), cujas obras sustentam a abordagem deste artigo.

Reflexões didáticas

Já se sabe que a educação está associada à ludicidade e ao jogo, sendo uma das facetas que favorece essa conexão a reflexão sobre falhas, habilidades desenvolvidas e regras. O jogo lúdico traz leveza à percepção dos impactos dos fracassos dos educandos, possibilitando que ampliem autoconfiança, autoestima e autonomia. Diante disso, a ludicidade é uma estratégia que propicia interação entre os participantes, instigando sensações de prazer ao praticá-la e ajudando a reverter o sentimento de fracasso iminente, afinal, o erro faz parte das regras do jogo; sempre haverá um vencedor e um perdedor.

  1. A reposição de aprendizagens constitui a conexão de diversas ações voltadas à recomposição de conhecimentos não alcançados, principalmente em decorrência dos impactos da pandemia. Mesmo que as aulas remotas tenham alcançado a maioria dos estudantes, muitos ficaram sem assistência educacional por fatores como falta de acesso à internet, indisponibilidade de aparelhos digitais (computador, celular etc.), danos psicológicos e dificuldade de familiaridade com as plataformas on-line.
  2. Em agosto de 2021, o Conselho Nacional de Educação (CNE) instituiu, por meio da Resolução nº 2, orientações para medidas seguras no retorno das aulas presenciais, visando regularizar o calendário escolar e assegurar a reposição de aprendizagens (Brasil, 2021).
  3. Na escola em questão, a recomposição de aprendizagem não se limita à recuperação de conteúdos; também se desenvolve o programa Jovens Empreendedores (JEP), oferecido pelo Sebrae em parceria com a Secretaria Municipal de Educação de Laranjal do Jari (Semede). O projeto abrange alunos do 1º ao 9º ano, com obrigatoriedade de participação dos discentes, sustentada pelo consentimento e colaboração das famílias. O tema trabalhado com as turmas do 3º ano foi “brinquedos ecológicos”.
  4. Durante as aulas de recomposição, encontram-se diversas dificuldades, considerando turmas heterogêneas e crianças com necessidades distintas. É perceptível que os alunos regrediram em certos aspectos devido à fragmentação das atividades, conteúdos trabalhados parcialmente e planejamentos diversificados, tornando natural o surgimento de desafios. O tempo insuficiente contribui para que todo o conteúdo seja trabalhado de forma adequada, gerando lacunas e frustração entre os docentes.
  5. Diante dessas divergências, surgiu a ideia de trabalhar com jogos didáticos usando materiais recicláveis, visando integrar projetos por meio da transversalidade da Educação Ambiental, do ensino de Ciências, do programa JEP e da recomposição de aprendizagens, buscando resultados concretos na solução dessa problemática:
  6. Avaliar a conduta dos discentes diante da sugestão dos jogos didáticos em Educação Ambiental aplicada à recomposição;
  7. Aplicar conteúdos teóricos por meio de atividades práticas utilizando os jogos;
  8. Elaborar jogos didáticos com materiais reutilizáveis, alinhando-os à temática dos brinquedos ecológicos.
  9. Portanto, o objetivo é utilizar os jogos didáticos como instrumento estratégico para potencializar o aprendizado e preencher lacunas deixadas pelos longos anos de pandemia. O isolamento social impactou significativamente a educação, e o ensino remoto atingiu apenas parte dos alunos, ampliando desigualdades. Em Laranjal do Jari, essas lacunas foram agravadas pela inundação de 2022, que suspendeu aulas por quatro meses, dificultando ainda mais o acesso ao ensino (Silva; Caramello; Sorato, 2022).
  10. O jogo lúdico estimula o ambiente escolar, favorecendo o desenvolvimento voluntário e produtivo dos alunos, permitindo que o professor amplie suas estratégias de ensino e consolide capacidades cognitivas, apresentando novas possibilidades de aprendizagem de forma divertida e significativa (Brasil, 2006, p. 28). Alves (2001, p. 25) reforça que “o jogo pode consolidar concepção, estimular os alunos, propiciar companheirismo entre colegas, fortalecer o bom senso e estimular a racionalidade, levando-os a descobrir novos conceitos”.
  11. Assim, a recomposição de aprendizagens é necessária para avaliar e acelerar a educação, sendo fundamental a troca de experiências entre professores, o que contribui para a construção de uma educação de qualidade. O programa de recomposição busca oferecer educação fortificada a alunos que tiveram ensino interrompido ou apresentam dificuldades de desenvolvimento de habilidades.
  12. O programa JEP, aliado à criação de brinquedos ecológicos com materiais recicláveis, visa desenvolver autonomia, motivação e preparação para o futuro, trabalhando percepção, criatividade, cooperação e outras habilidades essenciais. As metas das escolas devem priorizar a consolidação de bases sólidas, articulando o trabalho docente e fortalecendo o aprendizado interdisciplinar e socioemocional.
  13. Na aplicação de métodos de investigação, é necessário definir critérios para identificar alunos que demandam atenção especial na recomposição de aprendizagens. Nesse contexto, a Educação Ambiental é estratégica, pois promove o engajamento dos estudantes com seu entorno e consolida a conservação ambiental como parte integrante do conhecimento, gerando diálogos e debates aprofundados (Reigota, 2017, p. 54). A utilização de jogos didáticos é, portanto, essencial para implementar conteúdos práticos de Educação Ambiental, garantindo aprendizagem efetiva e significativa, mesmo diante de barreiras como falta de afinidade ou flexibilidade.

A aprendizagem com crianças deve contemplar a brincadeira e o jogo é um tipo de atividade particularmente poderosa para o exercício da vida social e da atividade construtiva da criança, fazendo-se aumentar a contextualização com o ambiente (Santos Filho, 2007, p .2).

Nesse sentido, busca-se uma reflexão acerca da temática, tornando necessária a troca de experiências entre as turmas, assim como entre os professores, quanto à metodologia aplicada aos recursos didáticos no formato de jogos educativos, incluindo jogos matemáticos, de palavras, de memória e de raciocínio lógico, entre outros. É fundamental refletir minuciosamente sobre a necessidade de se providenciar um ambiente agradável, que respeite as peculiaridades neuropsicológicas básicas da criança como indivíduo ativo e social (Oliveira, 2000, p. 94).

A Educação Ambiental, como temática paralela no ensino de Ciências, iniciou-se recentemente como eixo estruturante que articula o cotidiano nas escolas, devido ao seu nível de aprofundamento, sendo indispensável para a promoção de discussões sobre o papel central da educação na preservação e conscientização do meio ambiente. Nesse sentido, vale ressaltar que a prática do ensino de Ciências associada à Educação Ambiental possibilita às pessoas intervir em prol do desenvolvimento sustentável.

A Educação Ambiental, de alguma forma, traz à sociedade a responsabilidade pela preservação e sustentabilidade do ambiente, incentivando a inserção de temáticas que possam auxiliar no desenvolvimento social e cultural das crianças (Jacobi, 2003, p. 17).

A construção de jogos didáticos torna-se indispensável para o desenvolvimento da temática e para a inserção do conteúdo programático sobre Educação Ambiental nas aulas de Ciências. “Recurso é tudo aquilo que alimenta a atividade do professor, podendo esse ser de diferentes níveis” (Botelho, 2019, p. 24). Por sua vez, Souza (2007, p. 111) enfatiza que “recurso didático é todo material utilizado como auxílio no ensino-aprendizagem do conteúdo proposto, aplicado pelo professor a seus alunos”.

Todavia, esses recursos são apresentados em diversos formatos nos livros didáticos do Ensino Fundamental, visando ao nivelamento do conteúdo. Para tanto, foi elaborado um plano de ação diferenciado, destacando as unidades temáticas, competências e habilidades da Base Nacional Comum Curricular (BNCC), seguindo as orientações das Diretrizes, da LDB e da Constituição Federal.

Os temas principais a serem abordados foram: a poluição no lugar em que se vive (suas diversas formas e impactos); formas de preservação e conservação dos leitos dos rios e sua importância frente aos impactos naturais, como enchentes; crescimento desordenado das cidades; o lixo; e recursos biotecnológicos e sua importância para o reaproveitamento dos resíduos sólidos. Esses temas possuem vínculo direto com a realidade do município de Laranjal do Jari e suas fronteiras.

Ao longo do ano letivo de 2023, desenvolveram-se, com temas atualizados, os modelos de jogos pretendidos. Optou-se por não abordar, neste primeiro momento, a temática pandemia e inundação, considerando que muitas crianças perderam familiares e bens nesses acontecimentos.

Com base nos Parâmetros Curriculares Nacionais (Brasil, 2000), a Educação Ambiental é um meio indispensável para promover atitudes cada vez mais sustentáveis, tendo como foco a sociedade e a natureza, elegendo os jogos didáticos como instrumento insubstituível na elaboração de estratégias mais eficazes para construir um aprendizado concreto, sustentado por uma base teórica consistente. 

Público envolvido

Integrou a presente experiência a turma do 3° C do Ensino Fundamental, turno da tarde, com alunos na faixa etária entre 8 e 10 anos, na Escola Municipal de Ensino Fundamental Santa Lúcia, localizada na cidade de Laranjal do Jari, no estado do Amapá (Figura 1). 

Figura 1: Localização territorial do município de Laranjal do Jari/Amapá   

 Fonte: Silva, Caramello, Silva (2023).

Esses alunos participam do programa Recomposição de Aprendizagem, classificados em polos conforme o nível de aprendizagem: polo 1 – baixo (B), polo 2 – muito baixo (MB), polo 3 – médio (M) e polo 4 – alto (A). São retirados da sala de aula no segundo horário para assistir às aulas de outra professora, ou seja, trocam de polo: alunos do polo 2 vão para o polo 3 para troca de experiências, outro ambiente, outra sala e diferentes metodologias.

No polo 2 foram agregados alunos de níveis distintos, incluindo aqueles que sabem ler e escrever, como os discentes do 3º ao 5º ano, mas que ainda apresentam dificuldades de leitura e escrita. No início, foi um desafio, pois se tratava de uma realidade nova, à qual os alunos não estavam acostumados, estando já adaptados a determinado ambiente e a seus professores.

Assim, “deverão ser incorporados à aula como estratégia metodológica: reportagens, jornais, revistas e conhecimentos gerais da turma” (Aretto; Mercadante, 2003, p. 362). Os jogos didáticos foram elaborados para serem aplicados em atividades relacionadas a Ciências e Sociedade. Partindo dessa premissa, decidiu-se construir os jogos em sala de aula como método prático, associando teoria e prática. Dessa forma, os educandos podem interagir em uma aula dinâmica e leve.

Nesse sentido, é pertinente aplicar durante as atividades alguns jogos lúdicos, confeccionados pelos estudantes com materiais recicláveis, na seguinte ordem: Jogo da Memória, Dominó dos Animais, Jogo de Perguntas e Respostas, Quebra-Cabeça, Jogo da Velha, Roleta Matemática, Boliche de garrafas PET, Xadrez e Basquete Ecológico, buscando complementar etapas que favoreçam o melhor aproveitamento do conteúdo.

O uso de jogos na escola não é novidade, mas essa nova abordagem trouxe uma perspectiva diferente sobre os resultados obtidos. Aplicados em Matemática e outras disciplinas, transformam a sala de aula em um ambiente mais atual de ensino, apresentando novas maneiras de aprendizagem a partir do recurso lúdico-didático.

Para isso, “o aproveitamento de materiais também deve ser levado em conta por se tratar de recursos voltados para a Educação Ambiental, procurando sempre deixar os jogos coloridos e alinhados ao conteúdo proposto” (Kahl et al., 2003, p. 12). Cada jogo, portanto, terá relação direta com o conteúdo estudado.

Os jogos abordarão conteúdos de Ecologia, Geografia, entre outros, envolvendo hábitat, biodiversidade, conservação, fauna e flora, além dos impactos que podem afetar direta ou indiretamente determinada espécie, a relação com o ser humano e as consequências de suas ações.

Dessa forma, os jogos desempenham papel importante na recomposição da aprendizagem, agregando educação ambiental, o pensamento de reutilização de materiais e a relevância para o meio ambiente, enquanto cada atividade é recheada de informações de Ciências, dando ênfase à construção de brinquedos ecológicos pelo programa Jovens Empreendedores (JEP).

Para iniciar o trabalho, foram coletados materiais recicláveis, como copos descartáveis, papelão, garrafas PET, tampinhas de garrafas e palitos de picolé, além de materiais de acabamento como cola, EVA, papel adesivo, bolinhas de pingue-pongue e tinta guache.

Cada jogo foi planejado para despertar no educando o entusiasmo em buscar conhecimento, transformando situações antes consideradas impossíveis em campos de diversão, criando um elo entre autonomia e capacidade de tornar-se um indivíduo capaz de tomar decisões, questionar fatos e encontrar respostas para suas inquietações.

Os jogos podem ser estruturados em três formas de assimilação: exercício, símbolo ou regra”. Nos jogos de exercícios, a forma de assimilação é funcional ou repetitiva, isto é, caracteriza-se pelo prazer da função. A repetição tem por consequência algo muito importante para o desenvolvimento da criança: a formação de hábitos é a principal forma de aprendizado no primeiro ano de vida e se constitui a base para futuras operações mentais (Piaget, 1976, p. 18).

A ideia é envolver o aluno em todo o processo de aprendizagem, tanto na parte teórica quanto na prática, focalizando o preenchimento das lacunas identificadas no aprendizado dos discentes e, consequentemente, incentivando-os à iniciação científica ainda no Ensino Fundamental. Por meio das diversas atividades desenvolvidas em sala de aula, busca-se potencializar os conhecimentos já adquiridos ao longo da vida escolar de cada indivíduo, no contexto do processo de recomposição de aprendizagem. No âmbito escolar, percebe-se que os jogos didáticos vêm ganhando cada vez mais destaque. Diversos autores, educadores e pesquisadores da área da educação incentivam a utilização do jogo, que, por sua vez, intensifica a assimilação do conteúdo pelo indivíduo. Pode-se afirmar, de forma categórica, que os jogos didáticos vêm assumindo uma nova dimensão pedagógica. 

A importância dos jogos de regras, uma reflexão metodológica

De acordo com pesquisas realizadas para a construção deste trabalho, foi possível observar a ampla abrangência do jogo didático, que se destaca desde a primeira infância e se desenvolve principalmente na adolescência, entre os 7 e 12 anos; o efeito do jogo continua influenciando o indivíduo e se perpetua ao longo de toda a vida, por exemplo, nos esportes, no trabalho e no estilo de vida. Por tudo isso, os jogos de regras são aqueles que, em sua prática, estimulam exercícios que contribuem para o desenvolvimento sensório-motor (voleibol, basquete, entre outros) e intelectual (xadrez, dominó, jogo da memória etc.).

O jogo de regras é caracterizado por um conjunto de normas a serem seguidas, tornando-o mais interessante para os participantes, provocando uma sensação contínua de disputa. Sua realização só é possível por ser um instrumento didático e, geralmente, sua aplicação é dirigida.

Dessa forma, o jogo de regras exige colaboração e companheirismo entre os jogadores para cumprir os deveres, conferindo-lhe caráter eminentemente social. Cabe ressaltar que o universo do educando é permeado pelo brincar, e a brincadeira proporcionada pelos jogos é praticada tanto na escola quanto na vida cotidiana: “enquanto a criança brinca, ela opera com significados” (Vygotsky, 1988; Piaget, 1976).

Além disso, é por meio dos jogos que as habilidades são adquiridas e os conhecimentos acumulados ao longo da trajetória, sendo que aprender de forma leve, com ludicidade, é muito mais prazeroso e ainda promove a autonomia dos indivíduos. Salatino e Buckeridge (2016, p. 177-196) discutem a importância de se promover um ensino contextualizado, com significado para os alunos, visando despertar a consciência sobre questões de sustentabilidade.

Resultados e discussões, construção dos jogos

A construção dos jogos ocorreu de forma gradativa, à medida que os conteúdos eram aplicados e desenvolvidos na sala de aula (Figuras de 2 a 7). Os jogos eram elaborados e confeccionados de acordo com o manual do livro do JEP. Dessa forma, hoje as perspectivas em relação aos jogos são diferentes. Ao final do ano letivo, todos os trabalhos desenvolvidos nas escolas foram expostos à comunidade escolar em um evento de culminância. Decidiu-se, então, expandir a iniciativa para além da sala de aula, levando-a à comunidade e atribuindo um custo financeiro simbólico aos materiais confeccionados no formato de jogos educativos, com o objetivo de incentivar os jovens empreendedores.

Figura 2: Apresentação do material didático para a construção dos jogos

Fonte: Araújo (2023): registro do projeto.

Figura 3: Estudos do material para conhecer o procedimento

Fonte: Araújo (2023): registro do projeto.

Figura 4: Coleta de materiais para construção do boliche

Fonte: Araújo (2023): registro do projeto.

Figura 5: Alunos no processo de manuseio do papelão para construção dos dominós e dos demais produtos que foram confeccionados em papelão

Fonte: Araújo (2023): registro do projeto.

Figura 6: Alunos no processo de pintura das garrafas PET

Fonte: Araújo (2023): registro do projeto.

Figura 7: Alunos na execução de alguns jogos

Fonte: Araújo (2023): registro do projeto.

O envolvimento dos estudantes permitiu compreender, na prática, que a intenção pedagógica do professor deve refletir-se na elaboração do ambiente, na organização dos jogos lúdicos e na troca de experiências com os discentes. O educador é, para o aluno, o mestre que o guia; por isso, deve também participar das atividades, demonstrando prazer em realizá-las e estimulando os estudantes a se engajarem nas ações. Perceber a importância do jogo no contexto educativo é essencial para que esse método possa ser aplicado de forma responsável: “no campo da educação procura-se conciliar a liberdade, típica dos jogos, com a orientação própria dos processos educativos” (Kishimoto, 1994, p. 19).

Vinculada ao posicionamento de Kishimoto, foi organizada a sequência didática dos jogos (Quadro 1), seguindo os objetivos e regras apresentados aos estudantes, que foram discutidos com eles para enfatizar a importância de cumpri-los.

Quadro 1: Sequência de jogos criados e seus objetivos

Nome do jogo

Objetivo

Regra

Jogo da Memória

Estimular a atenção e a concentração, reconhecendo e relacionando pares de figuras, desenvolvendo a cognição do aluno. O conteúdo foi relacionado à Ecologia, abordando habitats, impactos que podem afetar a vida de diversas espécies, bem como a relação dessas espécies com o ser humano e suas ações.

Os participantes, em sua vez, viram duas cartas e as deixam à mostra para todos. Se as figuras forem iguais, o participante deve recolher essas cartas e jogar novamente. Se forem diferentes, devem ser viradas novamente, passando a vez ao próximo participante.

Dominó dos Animais

Trabalhar a atenção, a concentração e o desenvolvimento de habilidades lógicas. O jogo também favorece a integração dos alunos em grupo.

O dominó será jogado por uma ou duas duplas, e as peças serão encaixadas à medida que forem aparecendo as figuras. Durante o jogo, surgirão várias figuras, algumas diferentes e outras semelhantes. À medida que aparecerem, os jogadores devem nomear a imagem e, em seguida, encaixar a peça do dominó.

Quebra-cabeça com imagem de animais

Ajuda a exercitar o cérebro, estimulando os neurônios responsáveis por reduzir o estresse. Relacionar e montar quebra-cabeças com as atividades desenvolve a capacidade de resolução de esquemas, fortalecendo os vínculos com a transversalidade da Educação Ambiental no ensino de Ciências. O mesmo jogo apresenta as características e a classificação de animais vertebrados que podem ser encontrados nos rios e nas florestas da Amazônia. O indivíduo aprende e desenvolve habilidades para unir as peças, estimulando o raciocínio lógico.

Será montada uma peça com palitos de picolé e E.V.A. sobre a imagem de um ou mais animais; depois, ela é cortada e embaralhada para dificultar a montagem. Essa atividade oferece uma maneira lúdica e envolvente de solucionar um quebra-cabeça, permitindo que os jogadores se afastem de preocupações ou tensões do dia a dia, proporcionando um período de tranquilidade e foco, enquanto o cérebro trabalha intensamente para encontrar o estado de concentração.

Jogo da velha 

Desenvolver habilidades relacionadas à Matemática e ao raciocínio lógico, desenvolver noções de lateralidade, noção espacial, e coordenação motora.

Foi montado, sobre uma base de papelão revestida de E.V.A., o tabuleiro com fitas adesivas coloridas para traçar as linhas de jogo, e foram selecionadas dez tampinhas de garrafas pet para compor as peças. As regras do jogo são simples: os jogadores se revezam nas jogadas, não apresentando dificuldades significativas, o que torna a atividade agradável. O vencedor desafia o perdedor a responder perguntas sobre meio ambiente.

Roleta Matemática

Explorar o cálculo mental de multiplicação, para desenvolver habilidades matemáticas. Além de auxiliar na memorização da tabuada, o jogo proporciona a socialização.

O jogo deve ser jogado em duplas, alternadamente. O jogador terá as operações indicadas por uma seta, que mostrará se a soma ou a multiplicação deverá ser pontuada na tabela, utilizando tampas de garrafas PET. O jogo terá um tempo definido para responder; caso o jogador não responda dentro desse tempo, perderá a vez.

Boliche de garrafas PET

Perceber que são capazes de aprender por meio da repetição, explorar o que o jogo proporciona. Relacionar o aprendizado da relação número-numeral, com operações matemáticas, noções de espaço, equilíbrio, raciocínio lógico, concentração bem como a ética, entre grupos.

Foi montado um jogo com sete garrafas PET de água mineral, coloridas com tinta guache e uma bola de pingue-pongue. As garrafas conterão uma imagem de algumas espécies relacionada ao conteúdo estudado no processo formativo. O jogo pode ser jogado por uma ou mais duplas, com as peças organizadas, o jogador lança a bola, intenção de que todas sejam atingidas para continuar, caso contrário, passa a vez.

Jogo de xadrez

Fazer com que sejam desenvolvidos o raciocínio lógico e o potencial de concentração do indivíduo, estabelecendo equilíbrio entre o corpo e a mente, e contribuindo para o estudante descubra seu potencial de resolução de problemas.

O jogo é disputado em duplas, e as peças são movimentadas alternadamente em direção ao adversário. O jogador que conseguir levar sua peça com êxito até a extremidade oposta da base vence o jogo. O nível de concentração é aprimorado, assim como o respeito e a convivência.

Jogo de perguntas e respostas

Criar um clima estimulante e interativo entre os grupos, de maneira a promover o desenvolvimento intelectual, emocional e social dos discentes em sala de aula. Essa prática despertará no indivíduo o desejo de assimilação, pois o jogo foi estruturado na base dos elementos da natureza bem como, ar, água, terra.

O jogo pode ser jogado entre duplas ou grupos, o mesmo deve conter perguntas que se relacionam com conteúdo estudos. Ao iniciar o jogo, qualquer um dos componentes poderá responder à pergunta, porém, a dinâmica ocorre sequencialmente em rodízio em que todos possam participar.

Basquete Ecológico

É trabalhar a concentração, o equilíbrio, a interação e o respeito entre os alunos, melhorando assim sua percepção matemática, utilizando como base estrutural o impacto do desmatamento no hábitat natural dos animais silvestres.

O jogo consiste em colocar a bola no cesto da equipe adversária, marcando pontos; caso erre, o jogador responde a uma pergunta. O jogo deve ser realizado em dupla ou em grupo, com o objetivo de trabalhar a socialização, a cooperatividade e outras habilidades entre os discentes.

Fonte: Elaborado a partir do diário de aula.

Portanto, a análise da eficácia dos jogos pode-se ser notada através dos indicadores: frequência na sala de aula, considerando que a motivação para participação das atividades práticas de construção e o jogo propriamente dito levou a um menor índice de falta; e alteração nas notas tanto na disciplina de Ciências, quanto nas demais. No Gráfico 1, podemos observar que considerando apenas a disciplina de Ciências, houve aumento significativo na nota da disciplina: no bimestre referente ao início do projeto, 86% dos estudantes apresentaram nota com pontuação maior que o bimestre anterior.

Gráfico 1: Comportamento das notas da disciplina de Ciências do 3º ano do Ensino Fundamental

Fonte: Diário da turma (2023).

Sendo assim, almeja-se a realização das avaliações periódicas para a obtenção de resultados. O planejamento e a comunicação entre os estudantes atendidos pelo programa devem ser ajustados à elaboração das aulas, ao ambiente em que os encontros serão desenvolvidos, bem como aos materiais necessários. Além disso, é de suma importância a comunicação com as famílias, de modo a potencializar a concordância e o apoio ao programa de recomposição de aprendizagem, estimulando o feedback no contexto do JEP, sob a perspectiva da Educação Ambiental.

É importante considerar que as redes públicas de ensino tiveram um papel essencial com o retorno às aulas presenciais em 2022, buscando recompor as aprendizagens dos estudantes impactados pelo fechamento das escolas durante a pandemia, com o objetivo de inspirar não apenas os alunos, mas também os professores, que também enfrentaram grandes desafios nesse período.

Partindo desse pressuposto, cabe salientar que o engajamento das equipes de gestores, coordenadores, técnicos e professores é fundamental para a elaboração de um plano de ensino voltado para atender às necessidades vigentes. Os planejamentos são flexíveis, visando alcançar os resultados pretendidos.

Em 2022, os resultados do programa de recomposição de aprendizagem foram satisfatórios, considerando o contexto. As metodologias não incluíram jogos didáticos, e o ano letivo iniciou-se com uma turma de 25 alunos, incluindo alguns com especificidades: um aluno com transtorno do espectro autista, outro com baixa visão e um estrangeiro, de origem colombiana, que ainda não possuía habilidade para ler e escrever em português cursivo. Dentre todos os alunos, apenas cinco haviam desenvolvido plenamente as habilidades de leitura e escrita.

Apesar disso, o aproveitamento médio da turma foi de aproximadamente 80%, evidenciando que a maioria dos estudantes conseguiu alcançar os objetivos propostos pelo programa. Esse resultado proporcionou bases para o progresso contínuo na vida escolar dos educandos, promovendo novos significados para a aprendizagem e para a vida social.

Em 2023, os resultados obtidos a partir da pesquisa sobre a aplicação de ferramentas estratégicas e jogos didáticos, aliados à Educação Ambiental e ao processo de recomposição de aprendizagem em conjunto com o JEP, mostraram-se perceptíveis por meio do entusiasmo dos alunos, do rendimento escolar e do aprofundamento do conhecimento sobre ciência, meio ambiente, atitudes sociais e convivência. As atividades lúdicas estimularam a troca de experiências entre pares, promovendo respeito e cooperação, essenciais para o desenvolvimento da didática aplicada na prática.

Nesse sentido, o uso de jogos didáticos como eixo estruturador das aprendizagens fortalece a interação entre alunos, sendo instrumento de aprendizagem competitiva de forma saudável e interativa, conforme observa Schwarz (2006, p. 93), ao enfatizar a importância do jogo para unir os competidores de maneira amigável.

Em 2023, os resultados do projeto foram mais que satisfatórios. No início do ano letivo, a turma era composta por dezoito alunos, dos quais apenas quatro sabiam ler e escrever; a maioria conhecia apenas o alfabeto, mesmo sendo do nível do 3º ano do Ensino Fundamental. Ao final do 2º bimestre, apenas três alunos não haviam desenvolvido completamente as habilidades de leitura e escrita, representando um aproveitamento de 97%, resultado obtido por meio da metodologia diferenciada baseada em jogos didáticos.

De acordo com Campos, Bortoloto e Felício (2003, p. 35), “os jogos didáticos tornam-se aliados no desenvolvimento psicossocial, estabelecendo conexões importantes entre professor e alunos, possibilitando a transmissão do conhecimento de modo mais motivador e dinâmico”. Os jogos propiciam diversas formas de brincadeira, permitindo que os estudantes alcancem objetivos, resolvam problemas, persistam diante das dificuldades e desenvolvam resiliência. Dessa maneira, estimulam a aprendizagem, a cooperação, o respeito mútuo e a superação de barreiras, promovendo a inserção social e a convivência harmoniosa.

Portanto, os autores reforçam a importância da busca por estratégias que colaborem com o aperfeiçoamento do processo de ensino, considerando que vivemos em uma era de intensa competitividade e avanço tecnológico, em que novas metodologias se mostram mais cativantes do que muitas abordagens tradicionais, mesmo que aplicadas por educadores inovadores.

Por fim, os resultados obtidos nas atividades desenvolvidas corroboraram a efetivação de habilidades essenciais, como leitura fluente, expressão escrita e oral, destacando-se a disciplina de Ciências e promovendo o desempenho acadêmico e o respeito entre os discentes.

Considerações finais

E assim chega-se ao entendimento de que a utilização de jogos didáticos como ferramenta é indispensável para o ensino de Educação Ambiental por meio dos conteúdos de Ciências. O manuseio de materiais concretos e o envolvimento na construção de todas as etapas ampliam a interação nos jogos e contribuem para o aperfeiçoamento dos alunos, com foco cultural, emocional e no desempenho. Por sua vez, isso também favorece o crescimento do próprio professor. Da mesma forma, a Recomposição de Aprendizagem forma uma forte aliança capaz de promover o aprendizado, ressignificando e potencializando os saberes. Já o alinhamento dessas vertentes ao programa Jovens Empreendedores (JEP) trouxe, com os jogos, uma metodologia e uma didática apropriadas, oferecendo maior integração entre teoria e prática. O convívio entre os estudantes incentiva e possibilita a todos participarem do processo de recomposição e da aplicação dos jogos didáticos.

Ao final, entende-se que, para compreender as causas e consequências, é necessário adotar formas adequadas de solucionar as dificuldades de aprendizagem, mantendo-se sempre atualizado quanto às informações sobre o assunto. Portanto, cabe ao professor encontrar meios para enfrentar os desafios, repensar suas práticas pedagógicas e manter atenção especial às habilidades pretendidas, que devem ser alcançadas durante o processo formativo.

É preciso analisar as noções matemáticas, a linguagem oral e escrita, explorar a motricidade com base no potencial do educando, sempre considerando a prevenção de futuras dificuldades de aprendizagem. Além disso, é fundamental promover a inclusão, o acolhimento e a empatia, sensibilizando o educando de que o ambiente escolar é um espaço no qual ele poderá se reinventar, com possibilidades de ressignificação intelectual e socioemocional.

Referências 

ALVES, Eva Maria Siqueira. A ludicidade e o ensino da Matemática: uma prática possível. Campinas: Papirus, 2001.

AMARAL, Ivan Amorozino. Educação Ambiental e ensino de Ciências: uma história de controvérsias. Pro-Posições, Campinas, v. 12, nº 1, p. 73-93, 2001.

BOTELHO, Janaína Alves. O recurso livro didático e a BNCC no planejamento de aulas do professor de Matemática do Ensino Fundamental. 223f. Dissertação (Mestrado Profissional em Ensino de Ciências e Matemática) – Centro de Ciências e Tecnologia, Universidade Estadual da Paraíba, João Pessoa, 2019.

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Publicado em 15 de outubro de 2025

Como citar este artigo (ABNT)

ARAÚJO, Rosileuda dos Santos; CARAMELLO, Nubia Deborah. Educação Ambiental transversal ao ensino de Ciências no Ensino Fundamental em jogos com materiais recicláveis. Revista Educação Pública, Rio de Janeiro, v. 25, nº 39, 15 de outubro de 2025. Disponível em: https://educacaopublica.cecierj.edu.br/artigos/25/39/educacao-ambiental-transversal-ao-ensino-de-ciencias-no-ensino-fundamental-em-jogos-com-materiais-reciclaveis

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