Promovendo a inclusão no Ensino Fundamental: o ensino da Arte como ferramenta para alunos com transtorno do espectro autista (TEA)

Anderson Huguenin do Vale

Bacharel em Engenharia Ambiental e Sanitária (Unifeso) e em Engenharia Ambiental (The University of Adelaide), licenciado em Matemática (Fafit), especialista em Educação Especial e Inovação Tecnológica (UFRRJ)

Bruno Cruz da Silva

Bacharel em Farmácia (Unifeso), licenciado em Matemática (UNIRIO), especialista em Educação Especial e Inovação Tecnológica (UFRRJ)

Carla Tosto Campos

Bacharel em Design de Moda (UVA; IZA), licenciada em Artes Visuais (UCAM), especialista em Metodologia do Ensino das Artes (Uninter) e em Educação Especial e Inovação Tecnológica (UFRRJ)

Vanessa Canuto Coelho

Mestra em Educação (UFRRJ), professora tutora do Curso de Especialização em Educação Especial e Inovação Tecnológica (UFRRJ)

A inclusão educacional é um modelo que busca garantir o acesso e a participação de todos os alunos, independentemente de suas condições físicas, sensoriais, intelectuais, sociais e culturais. Nesse sentido é fundamental desenvolver um processo educacional cuidadoso e estruturado, levando em consideração as necessidades individuais de cada aluno. O presente trabalho tem como foco a aplicação de um objeto/produto educacional, a Oficina da Cor: explorando as Possibilidades Artísticas no Ensino Fundamental, cujo foco é trabalhar com todos os alunos em integração, principalmente, junto às crianças autistas e/ou com outros transtornos/deficiências, considerando suas características individuais e necessidades específicas.

A oficina foi estruturada para ser realizada no Colégio Municipal Odette Penna Muniz, em Nova Friburgo, região serrada do Rio de Janeiro. Seu público-alvo são os alunos do segundo segmento do Ensino Fundamental, entre eles, alunos/crianças autistas, com baixa visão, deficiência intelectual, superdotadas e síndrome de Down.

A oficina foi elaborada com o objetivo de fomentar a apreciação e a compreensão das diferentes linguagens artísticas no contexto do currículo de Arte. Fundamenta-se a arte como linguagem(ns) que promove(m) a interação crítica dos alunos com a complexidade do mundo, o respeito às diferenças e o diálogo, contribuindo para a formação de cidadãos conscientes e culturalmente engajados.

É importante destacar que as crianças autistas possuem necessidades específicas para o aprendizado da arte, portanto, ao planejar a oficina, foi imprescindível considerar estratégias e recursos pedagógicos que as atendessem, promovendo a sua participação de modo inclusivo.

Como educadores, esperamos que o ambiente inclusivo e acolhedor da escola promova o desenvolvimento artístico, social e emocional dos alunos, contribuindo para a formação humana.

Características do espectro autista

O TEA é um transtorno do neurodesenvolvimento caracterizado pelo prejuízo persistente na comunicação social e na interação social, com padrões restritos e repetitivos de comportamentos, interesses, atividades e grande variação no seu grau de intensidade - presentes precocemente no indivíduo (APA, 2014).

Em 1911, o psiquiatra suíço Paul Eugen Bleuler introduziu o termo "autismo" para descrever um sintoma específico da esquizofrenia, caracterizado pelo “desligamento da realidade combinado com a predominância relativa ou absoluta da vida interior” (Bleuler, 2005 apud Durval, 2011).

O autismo começou a ser descrito clinicamente pela primeira vez pelo psiquiatra austríaco Leo Kranner, por meio do trabalho As perturbações autísticas do contato afetivo (Kanner, 1943). Ele observou onze crianças que apresentavam comportamentos comuns, como um extremo isolamento, desde o início da vida.

Segundo Aarons e Gittens (1992), as principais características que definem o indivíduo autista são resumidas por: incapacidades de se relacionar com outros indivíduos, atrasos na fala, utilização da linguagem verbal de forma não comunicativa, ecolalia, jogo repetitivo e estereotipado, manutenção de sameness, boa memória de repetição e aparência normal.

Os autistas são diferentes, pois nem todos apresentam as mesmas características e, dificilmente, algum apresenta todas elas. Por isso há a dificuldade em fechar um diagnóstico de TEA. O autismo não tem cura e uma intervenção precoce é de suma importância para amenizar os sintomas apresentados. Pode ser categorizado em três níveis distintos de severidade, baseados na assistência necessária para o desempenho das atividades diárias do indivíduo: nível 1 - requer assistência; nível 2 - requer assistência considerável; nível 3 - requer assistência significativa (Lord; Bishop, 2015; APA, 2014).

Diagnóstico e avaliação

Não é fácil fechar um diagnóstico de transtorno do espectro autista, pois algumas crianças manifestam os sintomas nos primeiros dias de vida, mas a maioria desses sintomas só são aparentes entre o 12° mês e o 24°. A média de idade para se fechar um diagnóstico de TEA está entre 4 e 5 anos de idade (Cardoso et al., 2019) o que se revela problemático, pois a intervenção precoce é fundamental, conforme o Manual de Orientação acerca do TEA, produzido pela Sociedade Brasileira de Pediatria.

Dessa forma, o diagnóstico do TEA deve ser realizado o quanto antes, assim que se percebem os principais sintomas. Deve-se começar por uma boa anamnese. Informações que são fornecidas pelos pais desde a gestação até o parto são muito importantes. Profissionais como pediatras, fonoaudiólogos e neuropediatras também contribuem para um diagnóstico precoce do transtorno (Cardoso et al., 2019). Quanto mais cedo ele for feito, mais prontamente a intervenção pode ser aplicada, resultando em melhores progressos.

Educação Inclusiva

A Educação Inclusiva dos alunos com TEA precisa da participação dos familiares, dos professores e da escola, além de uma equipe interdisciplinar, com psicólogos, fonoaudiólogos, terapeutas ocupacionais, psicopedagogos, assistentes sociais, fisioterapeutas, educadores físicos (Cardoso et al., 2019).  

Art. 205. A educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho (Brasil, 1988, p. 123).

A partir da Constituição, o Brasil estabelece a legalização do direito à educação inclusiva, assegurando que estudantes com deficiência recebam atendimento educacional especializado, de preferência, no ambiente regular de ensino (Barroso, 2002).

Os alunos com TEA podem ter como característica o isolamento social, o que dificulta o trabalho do docente, mas ele precisa usar mecanismos para que os alunos participem das aulas juntamente com os demais, realizando as mesmas atividades propostas (Núcleo de Acessibilidade Pedagógica, 2020).

Por meio da Política Nacional de Educação Especial, com enfoque na educação inclusiva, deve-se “assegurar a inclusão escolar de alunos com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades/superdotação” (Brasil, 2008, p. 15). Ao levar em consideração que o TEA é uma das condições que fazem parte dos transtornos globais do desenvolvimento é possível notar uma clara ênfase na importância da inclusão desses indivíduos.

Sensibilização e aceitação

Atualmente, a educação de crianças com deficiências e transtornos se dá na perspectiva inclusiva. No entanto, ainda representa um desafio para os profissionais envolvidos nesse trabalho (Ferreira, 2013). Quando se aborda o tema do autismo, frequentemente ele está associado à ideia de uma pessoa incapaz de se comunicar e de se socializar. Especialistas do campo afirmam que as pessoas autistas têm sim a capacidade de levar uma vida funcional e produtiva dentro de suas características (Laskoski; Silva; Sousa, 2017).

No ambiente escolar, Laskoski, Silva e Sousa (2017) afirmam a necessidade de professores que acolham a diversidade e estejam atualizados em relação à legislação vigente. A formação dos educadores é considerada essencial para que tenham conhecimento das necessidades das crianças autistas. É importante que os profissionais trabalhem com respeito às limitações dessas crianças, fornecendo métodos de aprendizagem que as atendam.

Transição para a vida adulta

Como educadores, temos que ter em mente que estamos preparando os alunos para seguirem suas vidas pós-escola. A transição de indivíduos com autismo para a idade adulta e os desafios que enfrentarão, ainda são temas pouco explorados pela academia. A articulação entre saúde e educação é fundamental para quebrar estigmas e rótulos associados ao autismo, bem como para promover a busca por autonomia e inclusão social desse indivíduo. Isso requer uma abordagem interdisciplinar, por meio da qual profissionais das áreas de saúde e educação trabalhem em conjunto para atenderem às necessidades dos indivíduos com TEA (Bertan, 2018).

Estudos afirmam que a fase de transição para a vida adulta é uma das mais difíceis, mas a escola pode fornecer suporte ajudando os estudantes autistas a explorarem opções de carreira, treinarem habilidades profissionais e acessarem serviços de apoio. Além disso, ao promover a inclusão e o respeito à diversidade, a escola contribui para a formação de uma sociedade menos excludente, aberta às necessidades das pessoas autistas, desempenhando um papel crucial na transição dessa criança/adolescente para a vida adulta, com a oferta de suportes educacionais, sociais e emocionais necessários ao seu pleno desenvolvimento (Alves, 2021).

Desenho Universal de Aprendizagem

O Desenho Universal para Aprendizagem (DUA) é uma abordagem desenvolvida pelo grupo fundador do Center of Applied Special Technology (CAST), cujo objetivo é tornar a educação mais justa e eficaz. Inicialmente, o foco do grupo era entender e aplicar tecnologias para a educação de crianças com deficiência, mas posteriormente eles passaram a focar na deficiência das escolas como um todo (Borges; Schmidt, 2021).

O DUA baseia-se em pesquisas em educação e neurociência, aproveitando a flexibilidade que a tecnologia proporciona. Ele busca o desenvolvimento de práticas pedagógicas que permitam o acesso ao currículo, considerando a diversidade da sala de aula e garantindo que todos os alunos, independentemente de suas condições, tenham sucesso na aprendizagem. De acordo com a concepção do DUA, o currículo é compreendido como metas de aprendizado, meios de avaliação, métodos de ensino e materiais. Segundo Borges e Schmidt (2021), a abordagem prioriza o estabelecimento de redes de aprendizagem, como redes afetivas (que envolvem motivação e envolvimento emocional), redes de reconhecimento (que transformam informações em conhecimento utilizável) e redes estratégicas (que envolvem o planejamento e a organização intencional das ações).

Abordagens utilizando a arte

Segundo Mosquera e Teixeira (2010), a arte pode ser uma ferramenta valiosa no processo de educação de pessoas com autismo, ajudando a desenvolver habilidades de comunicação, expressão emocional, interação social e criatividade. É importante adequar as abordagens artísticas e educacionais de acordo com as necessidades específicas de cada indivíduo, fomentando uma abordagem inclusiva, pautada no desenvolvimento das habilidades e dos talentos desses indivíduos.

De acordo com Cardoso, Sousa e Oliveira (2021), a arte é uma alternativa prazerosa, eficiente e necessária no contexto da educação de crianças com TEA. Por meio da arte-educação é possível trabalhar em práticas educativas considerando as características individuais de cada criança com TEA, como:

  • Artes visuais: explorar diferentes modalidades artísticas visuais, como desenho, pintura, colagem, modelagem, etc. para desenvolver a percepção espacial, estimular a expressão criativa e promover a interação social.
  • Artes musicais: utilizar canções, melodias, sons e ritmos para sensibilizar as crianças, estimulando a percepção sensorial, a expressão emocional e a interação social.
  • Arte da palavra: valorizar a expressão oral, escrita e desenhada como formas de representação e comunicação, estimulando a linguagem e a criatividade das crianças.
  • Arte da representação: permitir que as crianças desenvolvam habilidades de representação e expressão com atividades teatrais, dramatizações e brincadeiras simbólicas, possibilitando a experimentação de diferentes papéis e situações.

Percurso metodológico

O plano educacional individualizado (PEI) é um documento educacional que busca garantir o acesso e a participação de todos os alunos, independentemente de suas condições físicas, sensoriais, intelectuais, sociais e culturais. Por sua concepção, todos os alunos têm o direito à inclusão em um ambiente educacional que valorize a diversidade, respeitando as suas diferenças individuais (Camargo et al., 2020). Desse modo, um processo educacional para fins de inclusão deve ser elaborado de forma cuidadosa e estruturada, levando em consideração essas especificidades dos sujeitos.

Em primeiro lugar, é fundamental identificar essas especificidades (Camargo et al., 2020). Isso inclui envolver a sua identificação como necessidade educacional especial, como deficiência física ou mental, como transtorno de aprendizagem, entre outras/outros. É importante conhecer cada aluno para que se possa pensar e construir estratégias que o atendam (Silva et al., 2023).

Em seguida, é necessário desenvolver um PEI para cada aluno. Nele, deve-se incluir objetivos específicos, estratégias de ensino, recursos e uma possível avaliação. Silva et al. (2023) destacam a importância do envolvimento dos responsáveis nesse processo, devendo ser informados a respeito tanto das questões específicas educacionais de seus filhos como a respeito das estratégias a serem utilizadas no processo de ensino-aprendizagem.

Além disso, é importante fornecer recursos adequados para atender às necessidades educacionais dos alunos, como equipamentos adaptados, tecnologia assistiva, materiais pedagógicos sob a perspectiva do DUA e recursos humanos especializados (Camargo et al., 2020). Os professores devem receber treinamento e capacitação para trabalharem com esses alunos e aprenderem a utilizar as estratégias e os recursos (Silva et al., 2023).

É importante fomentar e criar um ambiente integrado e inclusivo na escola, onde todos os alunos se sintam valorizados e respeitados. Isso pode ser alcançado por meio de políticas e práticas escolares. Deve-se, também, avaliar regularmente o progresso desse alunos a fim de fazer ajustes no processo educacional, conforme necessário, garantindo que suas demandas sejam atendidas de maneira eficaz (Camargo et al., 2020).

Ao seguir esses passos, é possível desenvolver um processo educacional para fins de inclusão (Silva et al., 2023) por meio de uma abordagem cuidadosa e atenta. Com isso, pensou-se na fundamentação da Oficina da Cor: Explorando as Possibilidades Artísticas no Ensino Fundamental. Seu objetivo está em promover a apreciação e a compreensão das diferentes linguagens artísticas, especialmente das artes visuais no contexto do currículo de arte para o Ensino Fundamental. Por meio dessa oficina, os alunos têm a oportunidade de criar, ler, produzir, construir, exteriorizar e refletir acerca das formas artísticas, desenvolvendo sua sensibilidade, intuição, pensamento, emoções e expressões pessoais.

Sua concepção parte da arte como uma linguagem que promove a interação crítica dos alunos em relação à complexidade do mundo, além do respeito às diferenças e do diálogo entre diferentes culturas. Essa concepção alinha-se com as diretrizes estabelecidas pela Base Nacional Comum Curricular (BNCC). A base propõe que as linguagens artísticas sejam abordadas em seis dimensões do conhecimento: criação, crítica, estesia, expressão, fruição e reflexão. Essas dimensões proporcionam aos alunos a oportunidade de explorar e vivenciar diferentes aspectos da experiência artística, desde o fazer artístico até à reflexão crítica (Brasil, 2018).

A oficina foi pensada para ser realizada em uma escola municipal em Nova Friburgo, no Rio de Janeiro, tendo como público-alvo todos os alunos do segundo segmento do Ensino Fundamental do período da tarde. Dentre eles, alunos com baixa visão, deficientes visuais, alunos com deficiência intelectual, superdotados e síndrome de Down. A oficina foi aplicada durante a aula de artes que acontece semanalmente.

Ao iniciar um processo educacional para uma pessoa com deficiência, incluindo estudantes com autismo, é de grande importância que o professor da sala regular, do atendimento educacional especializado (AEE) e da equipe escolar tenham acesso a informações detalhadas do comportamento e das características dos discentes. Isso contribui significativamente para o planejamento e para a implementação de práticas educacionais mais adequadas.

Destaca-se que alunos com TEA trazem especificidades em relação ao ensino da arte, pois têm características relacionadas à comunicação, à linguagem, à sensibilidade sensorial, à estrutura e previsibilidade, à flexibilidade e adaptação, à interação social e colaboração, à inclusão e aceitação (Rezende, 2019). Portanto, ao planejar e desenvolver a Oficina da Cor, recursos pedagógicos foram considerados para atender ao público-alvo, promovendo a sua participação e o seu aprendizado.

O professor de Educação Artística desempenha papel central no planejamento e na execução da oficina, mostrando-se familiarizado com as características do transtorno e com conhecimento dos métodos pedagógicos.

Os profissionais de apoio ou acompanhantes, como terapeutas ocupacionais, psicólogos, psicopedagogos ou educadores especiais, também precisam garantir suporte individualizado e específico aos alunos com TEA, os auxiliando durante a oficina quanto à comunicação, às habilidades sociais, sensoriais e comportamentais, de modo que todos possam participar ativamente das propostas. A coordenação pedagógica organiza e supervisiona a oficina, como um apoio ao professor e aos demais profissionais, colaborando na seleção de materiais e instrumentos adaptados, além de contribuir na avaliação do processo. A participação da família deve dar continuidade ao aprendizado desses alunos, sendo convidados a participarem da oficina tanto para compartilharem de informações e orientações, como para receberem suporte emocional.

Dessa forma integrada, a Oficina da Cor pode se tornar uma experiência inclusiva enriquecedora que permita o engajamento cultural dos alunos do Fundamental.

Mais uma vez, considera-se que, para operacionalizar o PEI de alunos com TEA, é necessário levar em consideração as suas necessidades mais específicas. Esses alunos precisam ser identificados a partir de uma avaliação detalhada de suas habilidades e dificuldades, o que incluirá uma observação direta, com entrevistas aos familiares e avaliações formais.

Com base nisso podem ser definidas as metas e os objetivos específicos do PEI, adaptando-se os materiais didáticos utilizados/disponíveis para torná-los mais acessíveis ao aluno. Como se trata de uma oficina de arte com foco em artes visuais, muitas imagens e vídeos são utilizados, assim como outras tecnologias assistivas igualmente relevantes.

Com estratégias de ensino diferenciadas, adéqua-se o processo de ensino-aprendizagem às necessidades do aluno. Com esse fim, usam-se jogos educativos, atividades práticas e discussões em grupo. Também, para promover a interação social do aluno, há atividades em grupo e jogos cooperativos.

Para que o PEI seja efetivo, deve-se estabelecer a parceria escola/ família/ profissionais. Assim, todos devem contribuir para o sucesso do aluno, desenvolvendo estratégias para que ele supere as suas dificuldades.

Objeto/produto educacional

A primeira etapa da oficina consiste em dois encontros realizados no pátio da escola, transformado em um Ateliê a Céu Aberto. Nesse ambiente, os alunos são convidados a explorar e a experimentar os elementos ao seu redor, utilizando-os como inspiração para criar obras de arte. Durante essa etapa é estimulado o desenvolvimento das inteligências espaciais e corporais-cinestésicas, além da naturalística, uma vez que os alunos são encorajados a observar a natureza, compreendendo a influência das cores, da luz, da sombra e da organização espacial em suas percepções do mundo (Gardner, 1995).

Para viabilizar essa experiência artística, são disponibilizados diversos materiais, como folhas de papel celofane coloridas, papel, sucata, papelão, fita crepe, fita adesiva, tesoura, caneta e lápis. O papel celofane por si só é um recurso muito versátil, pois quando sobreposto à luz revela novas cores pela transparência. Além disso, trata-se de um material acessível, de fácil manuseio e resistente à umidade, tornando-se adequado para o uso em áreas externas, como pátios e jardins.

A proposta do ateliê é uma estratégia de ensino que pode trazer muitos benefícios para alunos com TEA no processo de ensino-aprendizagem da arte. Nessa modalidade, se oferece uma oportunidade para que os alunos experimentarem diferentes texturas, cores, formas e materiais, estimulando seus sentidos e habilidades sensoriais. Além disso, as manifestações artísticas advindas da proposta de ação podem ajudar a desenvolver a capacidade de concentração e de atenção dos alunos.

Por meio da realização de atividades artísticas, como as propostas aqui, os alunos com TEA também podem aprender habilidades sociais importantes, como compartilhar materiais, trabalhar em grupo e respeitar as ideias dos outros. Essa aprendizagem social pode ser um aspecto fundamental para o desenvolvimento dessas crianças, ajudando-os a melhorar a interação com os colegas e a se adaptar melhor ao ambiente escolar (Silva et al., 2023). Do mesmo modo, a arte pode ajudar também a estimular a criatividade, a expressão, a comunicação, o aprendizado social e a imaginação de todos os estudantes, o que pode ser importante para o desenvolvimento da autoestima e da autoconfiança.

No terceiro encontro, os alunos são conduzidos à sala de aula para um momento de pesquisa, análise e reflexão sobre a influência da cor na arte e no cotidiano. Nessa outra etapa, são apresentados aos alunos, além dos trabalhos de artes visuais, obras de outras linguagens artísticas, como música, poesia e cinema. Essa abordagem multidisciplinar amplia o repertório cultural dos alunos e estimula a descoberta de novas possibilidades criativas relacionadas ao uso da cor.

Aqui, é importante indicar que, de acordo com Laureano, Bernardi e Cordenonsi (2020), tanto a abordagem interdisciplinar quanto a multidisciplinar são formas de abordagens que envolvem a colaboração entre diferentes disciplinas ou áreas do conhecimento. No entanto, existem algumas diferenças importantes entre elas.

A abordagem multidisciplinar envolve a colaboração entre diferentes disciplinas ou áreas do conhecimento, mas cada uma dessas disciplinas trabalha de forma independente, sem uma integração total entre elas. Cada disciplina contribui com seus próprios métodos e perspectivas para a solução de um problema ou questão, mas essas contribuições permanecem separadas e não se relacionam de forma sistemática (Courinha, 2019).

Por outro lado, a abordagem interdisciplinar envolve a colaboração entre diferentes disciplinas ou áreas do conhecimento com o objetivo de integrar seus métodos e perspectivas para resolver um problema ou questão. Nessa abordagem, as disciplinas trabalham juntas em uma abordagem integrada, com diferentes perspectivas e metodologias, a fim de obter uma compreensão mais completa e holística (Cruz, 2020).

Além dessas abordagens, existe ainda uma terceira: a transdisciplinar. Ela busca superar os limites das próprias disciplinas, indo além delas (Courinha, 2019; Laureano; Bernardi; Cordenonsi, 2020). Essa colaboração ocorre não apenas entre diferentes áreas do conhecimento, mas também com indivíduos e grupos externos, como comunidades, organizações, entre outras (Courinha, 2019). Ou seja, a abordagem transdisciplinar busca integrar diferentes conhecimentos e práticas, não se concentrando apenas em resolver problemas ou questões específicas, mas criando novas formas de conhecimento que permitem uma compreensão mais ampla e profunda do mundo. Ela promove uma abordagem reflexiva e crítica que questiona os pressupostos e as limitações das próprias disciplinas (Cruz, 2020).

Desse modo, enquanto a abordagem multidisciplinar mantém as disciplinas separadas, a abordagem interdisciplinar integra as disciplinas e a abordagem transdisciplinar busca superar as limitações das próprias disciplinas, integrando diferentes conhecimentos e práticas para abordar problemas complexos e sistêmicos.

No quarto e último encontro, os alunos são convidados a organizar seus trabalhos em uma exposição que pode ser realizada no pátio ou em outra área externa da escola. Essa etapa da exposição permite que os alunos compartilhem suas produções artísticas com toda a comunidade escolar, promovendo a comunicação de conhecimento subjetivo por meio da apreciação e interpretação das obras. A participação dos alunos como criadores, audiência, críticos e intérpretes é incentivada, proporcionando-lhes uma experiência completa no processo artístico (Gardner, 1995).

Ao criar esse ambiente de aprendizagem com base no DUA, é possível atender a uma ampla variedade de estilos de aprendizagem, capacidades e necessidades especiais. Sua abordagem educacional busca atender às necessidades de aprendizagem de todos os alunos, incluindo aqueles com deficiências, transtornos de aprendizagem, diferenças culturais e linguísticas, etc. propondo o desenvolvimento de métodos de ensino flexíveis e adaptáveis para que os alunos possam acessar e participar do conteúdo de aprendizagem de várias maneiras diferentes (Böck; Gesser; Nuernberg, 2020).

O DUA é baseado em três princípios fundamentais: representação, ação e expressão e engajamento (Góes; Costa, 2022). O princípio da representação se refere à oferta de informações em diferentes formatos e meios, para que possam ser compreendidas por todos os alunos, independentemente de suas habilidades, preferências ou limitações. Isso significa que os professores devem apresentar o conteúdo de aprendizagem de maneiras variadas, utilizando recursos visuais, auditivos, táteis etc., para torná-lo mais acessível e compreensível. Dessa forma, os alunos podem escolher o formato que melhor se adapta às suas necessidades e preferências de aprendizagem, permitindo que todos possam acessar o conteúdo efetivamente, promovendo oportunidades mais igualitárias de aprendizado e desenvolvimento (Góes; Costa, 2022).

O princípio da ação e expressão se refere à oferta de diferentes formas para os alunos demonstrarem o seu conhecimento e habilidades, permitindo que eles possam expressar o seu aprendizado de maneiras diversas e adequadas às suas habilidades e preferências. Isso significa que, em vez de limitar as formas de avaliação padrão, como em provas escritas, os professores devem oferecer diversas alternativas para que os alunos possam demonstrar suas habilidades e conhecimentos por meio de apresentações orais, ensaios, projetos artísticos, debates, vídeos etc. (Böck; Gesser; Nuernberg, 2020). Esse princípio oferece mais ocasiões para que todos os alunos demonstrem seu aprendizado de maneira efetiva e significativa, além de promover a igualdade de oportunidades e a inclusão educacional (Góes; Costa, 2022).

O princípio do engajamento se refere à criação de oportunidades para que os alunos se envolvam no conteúdo de aprendizagem por meio de estratégias que os conectem a ele de maneiras significativas. Para isso, os professores devem buscar estratégias que permitam criar um ambiente de aprendizagem envolvente e interessante, capaz de despertar a curiosidade e o interesse dos alunos, o que pode aumentar a motivação e a participação dos alunos (Góes; Costa, 2022).

Em vista disso, podemos observar que os professores podem construir ambientes de aprendizagem inclusivos, que atendam às necessidades individuais de cada aluno e promovam o sucesso acadêmico e social de todos (Böck; Gesser; Nuernberg, 2020).

Figura 1: Linhas

Fonte: Arquivo pessoal.

Resultados e resultados esperados

Visando proporcionar uma experiência artística enriquecedora para todos os alunos, com destaque para aqueles que possuem TEA, a Oficina da Cor busca o desenvolvimento de habilidades e competências variadas, com o intuito de promover o crescimento pessoal e acadêmico dos participantes.

Diversas expectativas estão relacionadas à aplicação dessa oficina. Primeiramente, estimular o desenvolvimento das inteligências espaciais e corporais-cinestésicas, assim como a naturalística. Isso ocorre por meio da exploração e experimentação dos elementos do ambiente no contexto do Ateliê a Céu Aberto, com atividades que promoverão a maior percepção e compreensão do mundo ao redor.

Além disso, a oficina estimula a expressão e comunicação dos alunos, tendo em vista as dificuldades frequentes nesses aspectos, como a interação social e a comunicação verbal. Por meio das atividades artísticas propostas, busca-se estimular a expressão criativa, oferecendo um espaço para que os participantes se comuniquem de maneira mais efetiva.

Outro aspecto importante é o estímulo dos sentidos e o desenvolvimento das habilidades sensoriais dos alunos. A experimentação de diferentes texturas, cores, formas e materiais permite que os participantes explorem e apreciem os estímulos sensoriais de forma diversificada, contribuindo para o desenvolvimento dessas habilidades sensoriais.

A oficina também visa ao desenvolvimento da capacidade de concentração e atenção dos alunos com atividades artísticas que requerem foco e concentração. Busca-se, assim, exercitar essas habilidades, o que pode gerar um melhor desempenho não apenas nas atividades artísticas, mas em outras áreas acadêmicas e na vida cotidiana dos participantes.

A estimulação à imaginação dos alunos é um aspecto fundamental da oficina. Com as atividades artísticas e o incentivo à expressão criativa, busca-se fortalecer a autoestima e a confiança dos participantes em suas habilidades e na capacidade de se comunicar.

No fomento ao aprendizado social, a oficina incentiva os participantes a compartilharem materiais, trabalharem em grupo e a respeitarem as ideias dos outros, desenvolvendo habilidades sociais importantes para a interação em diferentes contextos. Assim, se espera uma melhora na interação social com os colegas, favorecendo à adaptação ao ambiente escolar e promovendo relações mais harmoniosas e colaborativas.

Um aspecto importante é proporcionar um espaço seguro e acolhedor para que os alunos possam se expressar e interagir. Esse ambiente propício ao desenvolvimento pessoal e acadêmico dos participantes é essencial para que eles se sintam confortáveis em compartilhar suas ideias e trabalhos artísticos.

Os resultados esperados da oficina são dessa diversidade, refletindo em uma maior percepção e compreensão de mundo, assim como contribuindo para o seu crescimento pessoal e acadêmico para que alcancem seu pleno potencial e tenham sucesso em sua trajetória educacional.

Considerações finais

O transtorno do espectro autista é um transtorno do desenvolvimento global que tem estado cada vez mais em evidência. Estima-se que em alguns anos o número de pessoas com TEA será exponencialmente maior e a sociedade precisa estar preparada para atendê-las.

A inclusão escolar de pessoas com TEA é um grande desafio para todos: professores, alunos e família. O papel da escola é fundamental na inclusão social desses alunos, mas para que isso aconteça é necessária a preparação.

Sabemos do enorme desafio que é a incluir crianças com TEA e outras deficiências e transtornos, pois especialmente alunos com TEA trazem muitas características semelhantes e diferenças bastante evidentes, dificultando não só o diagnóstico mais também a intervenção. Há ainda níveis distintos de severidade de acordo com a assistência, pois também são diferentes em suas necessidades de aprendizado.

O produto sugerido, Oficina da Cor: Explorando as Possibilidades Artísticas no Ensino Fundamental, é bastante pertinente. Com ele, esperamos resultados relevantes para a escolarização dos alunos e, consequentemente, o favorecimento da inclusão escolar e social.

A oficina contribuirá para o processo de ensino-aprendizagem dos alunos com TEA, não somente em Artes, mas também nas demais disciplinas. Por meio desse produto pedagógico esperamos que, mesmo com as dificuldades de interação social e comunicação verbal, os alunos com TEA desenvolvam habilidades sensoriais, compreendam o trabalho em grupos e interajam com outros alunos que não possuem necessidades especiais. É muito importante que todas as crianças compreendam as diferenças e aprendam a respeitá-las. A inclusão, portanto, é um direto de todas as crianças e um dever de todos os pais que precisam orientar seus filhos a respeito  das diferenças e da importância de se respeitar os colegas.

Acreditamos que a oficina estimulará o desenvolvimento dos alunos com TEA, por ser uma atividade com grande engajamento e fora do modelo padrão de sala de aula, algo diferente do que estão acostumados. Com certeza, uma atividade para a diversão dos alunos que aprendem no processo.

Referências

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BÖCK, G. L. K.; GESSER, M.; NUERNBERG, A. H. O Desenho Universal para Aprendizagem como um princípio do cuidado. Revista Educação, Artes e Inclusão, v. 16, n° 2, p. 361-380, 2020. Disponível em: https://periodicos.ufsm.br/educacaoespecial/article/view/34504. Acesso em: 26 maio 2023.

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Publicado em 12 de fevereiro de 2025

Como citar este artigo (ABNT)

VALE, Anderson Huguenin do; SILVA, Bruno Cruz da; CAMPOS, Carla Tosto; COELHO, Vanessa Canuto. Promovendo a inclusão no Ensino Fundamental: o ensino da Arte como ferramenta para alunos com transtorno do espectro autista (TEA). Revista Educação Pública, Rio de Janeiro, v. 25, nº 6, 12 de fevereiro de 2025. Disponível em: https://educacaopublica.cecierj.edu.br/artigos/25/6/promovendo-a-inclusao-no-ensino-fundamental-o-ensino-da-arte-como-ferramenta-para-alunos-com-transtorno-do-espectro-autista-tea

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