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Como fazer para que o aprendizado seja ativo e não passivo
Profª Maria do Carmo Rezende Procaci Santiago
Nada é impossível. Tudo depende da maneira, do método empregado de conduzir, de orientar seus alunos, reinventando e criando novos mecanismos de aprendizagem em sala de aula para desenvolver cidadãos com outro olhar, mais apurado, sobre a Educação. Propostas que envolvam, principalmente, a pesquisa em sala de aula são muito bem-vindas. Ou seja, situações que promoverão o questionamento e a construção de novos argumentos pelos alunos, contribuindo assim para a criação de cidadãos mais conscientes e que, além de "sujeitos" de seu aprendizado, enxerguem a Educação como um todo, o que implica em fazer relações entre disciplinas e temas abordados em aula.
É importante que os alunos comecem a pensar de forma integrada, fazendo relações entre os conteúdos vistos em sala para consolidar seu conhecimento. O docente deve refletir sobre as novas abordagens do mundo moderno, sobre a revolução do ensino, dando espaço e liberdade para que os estudantes sejam mais ativos. Seminários, debates, estudos de casos e até tribunais de júri são algumas das novas pedagogias que, nos últimos tempos, têm invadido as salas de aula.
O professor vai adaptar cada assunto à realidade de seus alunos, trabalhando, então, de formas variadas um mesmo tema. Contextualizar, usar a criatividade e deixar a posição de autoridade máxima. Para conseguir prender o interesse dos alunos, hoje em dia, é preciso estar adaptado às mudanças tecnológicas e atento à vida dos estudantes. Isso não só porque eles têm a Internet como meio de pesquisa - o que deslocou o docente como centro único do saber -, como também porque eles têm cada vez mais interesse de que o conhecimento adquirido seja aplicável à realidade que os cerca.
Desse modo, a teoria tem que estar, como nunca, estritamente ligada à prática. O panorama da relação professor/aluno mudou completamente. A relação dos dois não é só pedagógica, mas também social, profissional e afetiva. Essa relação pedagógica não é mais um campo para a homogeneização. Hoje, há muitas diferenças sociais, portanto os alunos são heterogêneos. E os professores têm que estar preparados para analisar esses novos valores na sociedade. Não tem jeito de ficar parado no tempo e no espaço.
A importância dos projetos
Já mencionei, em outro artigo, a importância de trabalhar com projetos. Enfatizando mais, a pedagogia de projetos de aprendizagem procura evitar que a aprendizagem se torne algo passivo, desinteressante, abrindo o maior espaço possível para o envolvimento ativo do aluno, não só na concepção e na elaboração dos seus projetos de aprendizagem, mas também na sua implementação e avaliação, pois esse envolvimento não só o motiva, por estar relacionado com seus interesses, como torna a sua aprendizagem ativa e significativa. A pedagogia de projetos de aprendizagem procura, assim, estabelecer uma estreita relação entre a aprendizagem que acontece na escola e a vida e a experiência do aluno, reconstituindo o vínculo entre seus processos cognitivos e seus processos vitais.
E, como diz Paulo Freire: "precisamos muito mais preparar o aluno para saber perguntar do que para saber dar respostas".
Publicado em 22/05/2006
Publicado em 23 de maio de 2006
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