Em tempos de Copa do Mundo

Trabalhando com a Copa do Mundo: mil e uma ideias e atividades

Em meio à overdose de jogos e notícias sobre o futebol veiculadas pela TV nesse período, os alunos poderão treinar a linguagem oral e escrita.

Orientar a classe para que assista a uma das partidas, prestando atenção aos detalhes e anotando as opiniões de amigos e familiares. Como repórteres e comentaristas esportivos, eles contarão aos colegas tudo o que aconteceu durante o jogo. Promover uma mesa-redonda em sala, lançando algumas questões como: o juiz estava certo quando expulsou o jogador? Por quê? Qual foi o gol mais bonito? O que vocês acharam da partida? E outras perguntas mais... Pode-se encerrar a atividade com a produção de textos individuais ou coletivos.

Produzir histórias em quadrinhos sobre um jogo assistido.

Organizar um pequeno dicionário: cada grupo pesquisa sobre a localização, língua, forma de governo, economia e cultura de alguns países participantes da Copa e, em seguida, organizam as informações em forma de verbetes. Junto com o professor de Língua Estrangeira, orientar os alunos para que façam uma lista de termos típicos de futebol (gol, trave etc.) e, depois, procurem os equivalentes em outros idiomas. Com esse material é possível criar cruzadinhas e caça-palavras.

Cartão vermelho: a arbitragem durante uma partida assistida por toda a classe vira tema de discussões mediadas pelo professor.

Trabalhando valores: ética, solidariedade, amizade, respeito. O futebol imita a vida. Como cada jogador em campo, cada pessoa tem seu papel e sua importância. Usar a Copa do Mundo para trabalhar mais ainda os valores humanos e mostrar aos alunos como é mais fácil viver em grupo quando são respeitadas as regras coletivas e as diferenças individuais. Um debate em torno de direitos e deveres também entra em pauta no clima de Copa do Mundo. No campo, os jogadores têm funções específicas e sofrem penalidades, caso as regras sejam violadas. Assim como os atletas, todos temos direitos e deveres. Caso não respeitemos esses códigos, seremos penalizados e sofreremos as consequências dos nossos atos. Através deste trabalho, desenvolvemos a consciência crítica dos alunos, a noção do certo e do errado. Utilizando o jogo do futebol, isso fica muito claro.

Trabalhar com charges: os cartunistas Jal e Gual têm um livro chamado "A história do Futebol no Brasil", por meio do cartum que os adolescentes gostam muito e se identificam com a linguagem.

Na pintura: alguns pintores brasileiros como Cândido Portinari, Rubens Gerchman, José Roberto Aguilar também utilizaram o tema Futebol para representar a cultura brasileira. É um outro caminho também, muito interessante para trabalhar com os alunos o assunto proposto. Francisco Rebolo é um caso pitoresco, pois amava tanto o esporte que se tornou jogador e passou por clubes como São Bento e Corinthians, entre 1917 e 1934, quando pendurou as chuteiras. Em 1936, concluiu a tela também chamada Futebol. Pintura é uma linguagem que podemos trabalhar com qualquer idade e o mais importante é que os alunos criem suas próprias imagens e cada pessoa com seu olhar, sua interpretação sobre elas.

Desenvolver um projeto sobre a Copa do Mundo, dividindo as turmas em grupos e cada grupo pesquisar um dos países participantes, mostrando seus costumes, hábitos, bandeiras, moedas, idioma, comidas típicas etc. Marcar uma data para apresentação e exposição para toda a escola.

Reviver o que acontecia no Brasil quando a seleção conquistou as quatro Copas é um exercício que levará os alunos a colocar a história recente do país em dia. Entrevistar familiares ou conhecidos que tenham acompanhado as quatro Copas. Letras de música ou reportagens publicadas na época também serão um ótimo material. Finalizadas as pesquisas, organizar debates, seminários, exposições dos trabalhos realizados.

Trecho extraído do livro "Brasil, o País do Futebol", de Betty Milan, que pode ser aproveitado com os alunos de várias formas: "O futebol no Brasil não é um esporte. É o jogo da bola, da malícia e do drible. É o jogo que reflete a própria nacionalidade de uma terra dominada pela paixão da bola. No espaço do jogo, o futebol brasileiro é capaz de esquecer o próprio objetivo do gol, convicto de que a virtude sem alegria é uma contradição. Ganhemos a Copa ou não, somos os campeões da paixão despertada pela bola!"

Participe do discutindo sobre este tema!

Publicado em 13 de junho de 2006