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Ensino de qualidade marca o CE Barão de Aiuruoca
Leonardo Soares Quirino da Silva
Resultados do Enem revelam melhor colégio público de Barra Mansa
Com quase 60 anos, o Colégio Estadual Barão de Aiuruoca é a melhor escola pública de ensino médio de Barra Mansa quando se toma o resultado do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) de 2005.
Por isso, 70% dos alunos se qualificam para receber bolsas do ProUni, segundo o diretor-adjunto, professor de história Alexander Ferreira Santos.
Quando se compara os resultados do colégio com as médias nacional, estadual e municipal do Enem, fica claro que os professores da escola tem razão para ficarem orgulhosos. Com correção ou não em função do número de participantes, as médias do colégio ficam acima de todas. Por exemplo: a média total corrigida das escolas públicas do município é de 41,995 e a do colégio é de 48,05.
Os resultados no Enem, naturalmente, refletem o comprometimento do corpo docente com a qualidade de ensino do barão, forma carinhosa como costumam se referir à escola.
Nos últimos 17 anos, estes mesmos professores se esforçaram para recolocar o colégio na posição de destaque em que teve na maior parte de sua história.
História
As origens do colégio remontam ao Grupo Escolar Fagundes Varela, fundado em 1910. Em 1942, a então diretora do Fagundes Varela, professora Jandira Reis de Oliveira, propôs a construção de um novo prédio. As obras terminaram em 1949, quando as novas instalações passaram a abrigar o Grupo Escolar Barão de Aiuruoca. O professor Alexander observou que a inauguração coincidiu com o início de um novo ciclo econômico na cidade, ligado à produção de aço na Companhia Siderúrgica Nacional (CSN).
O nome escolhido prestou homenagem ao fundador da cidade, Custódio Ferreira Leite (1782-1859). Mineiro de São João del Rei, Custódio recebeu o título de barão em 1855 como reconhecimento por suas atividades na região. Além de ter fundado Barra Mansa, o futuro barão difundiu técnicas e mudas para o cultivo do café. Antes de vir para o Médio Vale do Paraíba do Sul, o futuro barão tentou descobrir ouro na região de Aiuruoca, em Minas Gerais, por isso o título.
Entre 1949 e 1974, a escola foi dirigida pela professora Jandira Reis, que ajudou a construir a marca de escola de qualidade. Nas décadas de 1950 e 1960, o barão era o preferido na cidade. A ex-aluna e atual professora de educação física Ângela Cipriani de Freitas contou como a população da cidade via o colégio nessa época:
- Era considerado uma escola particular. Todos os filhinhos de papai queriam estudar aqui. Os melhores professores estavam aqui e as particulares não eram do porte do barão, que era a melhor escola primária da cidade.
Ângela observou ainda que a massificação do ensino, marcada pela abertura do ginásio em 1976, e a redução das verbas para a educação fizeram que a escola entrasse em período de decadência.
Mudança
Essa situação só começou se reverter com a eleição do professor de educação física Jair dos Santos Andrade, em 1989. Jair foi o primeiro diretor eleito da escola. Eleita nesta chapa, a professora de biologia Amélia Rita Miller Martins declarou que, quando assumiram a diretoria, a escola estava em situação difícil:
- Ninguém queria estudar aqui. Faltavam torneiras nos banheiros e carteiras voavam pela janela.
Uma das primeiras providências do grupo eleito foi tentar obter recursos para a reforma da escola. Como não conheciam ninguém na Secretaria de Educação, Amélia conta que a solução foi mandar vários ofícios até conseguir.
Depois da primeira grande reforma desde 1949, segundo Amélia, a percepção da comunidade em relação à escola mudou. A direção conseguiu atrair professores de escolas particulares para trabalhar no barão e os pais começaram a procurar o colégio para inscrever seus filhos a ponto de hoje ser difícil conseguir vaga.
Outras atividades feitas para se integrar a comunidade foram a organização de feiras de ciências, festas juninas e formação de coral, banda e rádio dos alunos.
Jair e sua equipe foram sendo reeleitos sucessivamente até 2004, quando foi escolhido o atual diretor, o professor de geografia Mauro de Paiva Luciano.
Atualmente, segundo Alexander, o colégio tem 197 professores, 2.850 alunos e 26 funcionários. O barão tem turmas de Educação Inicial, de Ensino Fundamental, Médio e de Pós-Médio em contabilidade.
Publicado em 04/07/2006
Publicado em 04 de julho de 2006
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