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MPB Cifrantiga

Leonardo Soares Quirino da Silva

Blog põe na rede parte da história da MPB

Imagem da página inicial do site
http://cifrantiga3.blogspot.com

Acostumado a procurar letras de músicas na rede, acabei encontrando um lugar diferente. Normalmente, os sites e blogs limitam-se a dar as letras e, menos comum, essas vêm acompanhadas das cifras. Raríssimos, como o MPB Cifrantiga, oferecem as duas juntas e, de quebra, a história de algumas dessas composições.

Naturalmente, o autor - ou autores -  do blog não apresenta a origem de todas as músicas listadas. Contudo, na seção Cronologia da MPB,  é possível saber algo sobre os sucessos de nossa música popular de 1859 até 1957. O primeiro deles é a modinha Quem Sabe?, parceria de Carlos Gomes - que não compunha só óperas - e Bittencourt Sampaio.  Segundo o blog, essa é uma das peças mais conhecidas que o maestro, ainda estudante, criou para ser cantada nos salões.

Já em 1957, com o rádio e a industria fonográfica funcionando a toda, o blog mostra uma relação de 33 canções - nem todas com letra ou letra e cifra - com link de gravação para se ouvir. Nesta lista, nove composições apresentam um texto de apresentação, entre elas constam A Flor e o espinho, Franqueza, Saudade da Bahia e Vai com jeito.

Mas nem só de letras e de cifras vive o blog. Na seção Artigos diversos sobre MPB há textos sobre Bossa Nova, Carnaval, Jovem Guarda, Quilombo dos Palmares, Rádio, Teatro de Revista e Música Regional.

O MPB Cifrantiga oferece ainda perfis biográficos de autores e interpretes. Há sessões para compositores e cantores que apareceram no século XIX e na primeira metade do XX (Velha Guarda). Mais embaixo é a vez das personalidades da MPB, seguidas pelas da Bossa Nova, da Jovem Guarda, da Música Regional, da seresta, bem como de boleros, de tangos e, por fim, da música internacional, destoada em meio às pérolas da MPB.

Também há uma área para download de material em formato pdf dividida em três partes. Na primeira, encontram-se cópias de livros fora de catalogo, como a autobiografia de Francisco Alves, de 1936, e O Cabrocha (1932), de Jota Efegê, uma coletânea de histórias do carnaval carioca. Também é possível baixar as cifras em formato Adobe com um link para um visualizador e um dicionário de acordes para violão. O primeiro não leva a lugar algum, o segundo leva para um site de fora.

O fato de ser provavelmente trabalho de uma só pessoa explica, em parte, os problemas encontrados no blog. Estes, contudo, não chegam a comprometer a publicação, que vale para professores de música, educação física, língua portuguesa e história. Estes podem ter no MPB Cifrantiga uma fonte alternativa para preparar suas aulas.

Publicado em 20 de março de 2007.

Publicado em 20 de março de 2007

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