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Sobre pilhas, baterias e óleo
Mariana Cruz
Vida útil
Dicas para simplificar a vida
O que fazer com as pilhas?
Anos atrás, pilhas e baterias não podiam ser jogadas em lixo apropriado, mas muitas pessoas jogavam. Agora que os problemas ambientais chegaram a níveis alarmantes, as pessoas estão mais conscientes. Os fabricantes de pilhas e baterias diminuíram o nível de determinadas substâncias tóxicas em seus produtos e muitos destes já podem ser jogados em lixo comum; ainda assim, as pessoas ficam em dúvida sobre onde depositá-los.
A periculosidade de jogar pilhas e baterias em qualquer lixo decorre da sua constituição: mercúrio, chumbo, cobre, zinco, cádmio, manganês, níquel e lítio, substâncias danosas tanto para a saúde humana como para o meio ambiente, principalmente o chumbo, o mercúrio e o cádmio. O primeiro pode provocar doenças neurológicas; os outros dois podem afetar as condições motoras. Uma forma de reduzir tais males seria a utilização de pilhas alcalinas e baterias recarregáveis, o que naturalmente vem ocorrendo devido ao aumento de aparelhos sem fio, celulares, notebooks e outros objetos da modernidade.
As pilhas fabricadas pelas empresas associadas à Abinee – Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica –, das marcas Duracell, Energizer, Eveready, Kodak, Panasonic, Philips, Rayovac e Varta, podem ser jogadas em lixo comum, pois tais empresas reduziram a quantidade dos metais potencialmente perigosos na maior parte de seus produtos, de acordo com as exigências do artigo 6º da Resolução 257 do CONAMA - Conselho Nacional de Meio Ambiente -, que estabelece um nível máximo dessas substâncias em cada pilha/bateria.
Apesar disso, existem pilhas que não atendem à legislação por conterem, em sua composição, níveis de chumbo, cádmio e mercúrio acima do limite estabelecido. Tanto assim que as empresas alertam para os cuidados que se deve ter com as pilhas e baterias falsificadas ou importadas ilegalmente que, na maioria das vezes, não atendem às especificações corretas. Além desses casos, as pilhas e baterias que devem ser descartadas em lixo especial são aquelas constituídas de:
- níquel-cádmio: utilizadas por alguns celulares, telefones sem fio e alguns aparelhos que usam sistemas recarregáveis.
- chumbo-ácido: utilizadas em veículos (baterias de carro, por exemplo) e pelas indústrias (comercializadas diretamente entre os fabricantes e as indústrias), além de modelos antigos de filmadoras.
- óxido de mercúrio: utilizadas em instrumentos de navegação e aparelhos de instrumentação e controle (são pilhas especiais que não são encontradas no comércio)
Fonte: www.reviverde.org.br/PilhaseBaterias.htm
Para isso, em várias cidades foram instaladas lixeiras especiais, quase sempre com uma abertura pequena para que um transeunte mais acomodado não jogue lixo de outra natureza lá e outros mais "espertos" não retirem as pilhas ali depositadas. Aí surge um problema: a escassez dessas lixeiras próprias para pilhas. Justamente quando se está com a bolsa carregada de pilhas e baterias a tal da lixeirinha nunca aparece. E, como se já tivéssemos cumprido nossa parte apenas pela atitude ecológica, no maior clima de “vale a intenção”, acabamos jogando as baterias e pilhas gastas nos lixos comuns ou então esquecendo-as em alguma gaveta.
Papa-pilhas no Banco Real
A escassez de lixeiras especiais não é mais desculpa para jogar pilhas impróprias em lixos comuns. O Banco Real está servindo como posto de coleta para tais objetos. Suas agências têm agora o Papa-Pilhas, que “papam” não só pilhas como baterias de celulares, câmeras digitais, controles remotos, relógios.
A rede de supermercados Pão de Açúcar também está dando sua contribuição à natureza através da iniciativa de reciclagem de óleo de cozinha.
São ótimos exemplos a serem seguido por outras instituições, pois além de ganharem a simpatia da população pelas louváveis iniciativas, ainda ajudam a preservar o meio ambiente.
Reciclagem de óleo de cozinha no supermercado Pão de Açúcar
Em um artigo anterior da seção Vida útil (“De olho no óleo”), foi discutida a importância da reciclagem do óleo de cozinha, devido ao mal que ele causa aos rios quando é despejado no ralo.
A rede de supermercados Pão de Açúcar, que já recicla outros tipos de lixo, como papel, vidro, plástico e metal, está fazendo o mesmo com o óleo de cozinha. O processo pode não ser tão simples quanto pegar pilhas e colocar no Papa-Pilhas do Banco Real, mas de complicado também não tem nada.
É só deixar o óleo esfriar e colocá-lo em uma garrafa de plástico transparente de 2 litros. Depois é só tampá-la bem e depositar no coletor de lixo marrom das lojas Pão de Açúcar próprio para este fim.
Uma tarefa de todos
São diversas as formas de contribuir para a melhoria da qualidade de vida no planeta, como divulgar tais programas, separar o próprio lixo, sugerir que outras empresas façam trabalhos semelhantes.
Todos agradecem.
Fontes:
Publicado em 4 de dezembro de 2007.
Publicado em 04 de dezembro de 2007
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