Este trabalho foi recuperado de uma versão anterior da revista Educação Pública. Por isso, talvez você encontre nele algum problema de formatação ou links defeituosos. Se for o caso, por favor, escreva para nosso email (educacaopublica@cecierj.edu.br) para providenciarmos o reparo.
Ética e consciência ambiental
Rômulo Lima Meira
Professor de Geografia do CEFET - BA
Segundo os dicionários, a palavra ética se refere a tudo aquilo que ajuda o indivíduo a tornar o meio onde vive mais saudável e harmonioso; ou seja, a ética seria um conjunto de princípios voltados para a prática, cujo objetivo é delimitar as ações humanas.
A ética existe como referência para os seres humanos em sociedade, de modo tal que a sociedade possa se tornar cada vez mais humana e responsável por seus atos.
A falta de ética e a frágil presença do exercício da cidadania em nosso país dificultam o desenvolvimento adequado da sociedade e da ciência atual, prejudicando o ser humano que nela vive.
Esquece-se, muitas vezes, que a boa conduta é o princípio fundamental do verdadeiro exercício da cidadania; infelizmente, em nosso país há uma deterioração moral muito acelerada por parte do cidadão, nas mais diversas situações.
Em relação às questões ambientais, vejo ocorrer na ciência uma falsa ética ecológica, já que a maior parte do que os cientistas estão pesquisando e construindo não preserva a natureza, mas a destrói.
O meio ambiente é algo dinâmico e complexo; tem sido alvo de conhecimentos e técnicas aplicadas a uma interdisciplinaridade que atrai as ciências para explorá-lo de forma mercantilista e individualista. Sendo assim, não sou contra as pesquisas, mas que a ciência invista em uma sociedade que busca o direito de viver bem. Aqui entra o papel da ética como ciência do comportamento correto do homem, que é parte integrante da grande natureza.
A sociedade precisa usar os recursos naturais para viver, sobretudo se preocupando como consumir adequadamente sem prejudicar o ambiente de onde foram extraídos os recursos.
Infelizmente, os cidadãos estão longe do ideal de sustentabilidade e conservação, pois, como garantir que a retirada de certas espécies de madeira na Amazônia assegura o equilíbrio dos animais que ali habitam, se não se sabe como a floresta responde à ausência das espécies utilizadas?
Na realidade, as empresas que possuem licença para extrair madeira já estão comprando mais áreas, pois percebem que as áreas manejadas anteriormente não se recuperaram e não possuem potencial econômico.
Temos que nos disciplinar mais diante dos problemas ambientais; no entanto, algumas pessoas acreditam que essa disciplina é, em si mesma, um dom. Acredito que disciplina se aprende. No caso do meio ambiente, buscando compatibilidade entre o progresso tecnológico e a preservação ambiental.
Quando se faz um trabalho educacional e científico, que desperta a curiosidade e os bons sentimentos das pessoas, mostrando-lhes alternativas esperançosas para uma vida mais sadia e feliz, surge o resultado que mudará a mentalidade da atual sociedade moderna.
Publicado em 29 de abril de 2008
Publicado em 29 de abril de 2008
Novidades por e-mail
Para receber nossas atualizações semanais, basta você se inscrever em nosso mailing
Este artigo ainda não recebeu nenhum comentário
Deixe seu comentárioEste artigo e os seus comentários não refletem necessariamente a opinião da revista Educação Pública ou da Fundação Cecierj.