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Licenciando do Cederj faz análise e propostas para os cursos de formação continuada de professores de Biologia e Ciências
Alexandre Alves
No último dia 23 de junho, Carlos Henrique de Souza Alves, matriculado na Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro (Uenf) e inscrito no Pólo Paracambi da Fundação Cecierj/Consórcio Cederj, apresentou a defesa e teve aprovada sua monografia de conclusão do curso de Licenciatura em Ciências Biológicas, que tem o título Avaliação dos cursos de formação continuada de professores de Biologia e Ciências, com uso de EAD e TICs oferecidos pela Fundação CECIERJ.
Carlos Henrique foi o primeiro aluno do Consórcio Cederj a conquistar uma bolsa de iniciação científica da Faperj. Orientado por Daniel Fábio Salvador, professor doutor associado da Fundação Cecierj, participaram de sua banca os professores doutores Esteban Moreno, também da Fundação Cecierj, e Benjamin Pinto, da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro.
Em sua monografia, Carlos Henrique Alves analisa as disciplinas de Extensão da Fundação Cecierj na área de Biologia e os benefícios advindos da utilização da Educação a Distância e das tecnologias de informação e comunicação (as TICs) na sua elaboração e no seu desenvolvimento, tendo em vista que estão voltados principalmente para atender à formação continuada dos professores, de forma a responder aos desafios que o mundo contemporâneo impõe aos docentes – “cujos saberes e práticas tradicionalmente estabelecidos e disseminados dão sinais inequívocos de esgotamento”, o que demanda constantes “ações de atualização, discussão e troca de experiências para contribuir com a evolução desse profissional”, de modo que o leve a lidar com as informações para compreendê-las, elaborá-las e agir no mundo de forma autônoma.
A análise foi realizada a partir dos dados de inscrição, permanência e aprovação de alunos e da avaliação institucional realizada em 2006 e 2007. Para Carlos Henrique de Souza Alves, esta é uma data-chave, porque marca o momento em que foram implementadas mudanças na concepção dos cursos, voltadas para “um planejamento pedagógico flexível”, de acordo com a realidade dos cursistas, contendo “aulas virtuais interativas, emprego de objetos educacionais multimidiáticos (animações), atividades a distância contextualizadas (...) e incentivo à aprendizagem colaborativa”, além da tutoria on-line.
O aumento da participação efetiva nos cursos, nesse período, sugere que as propostas implementadas foram bem recebidas pelos professores-alunos, mas essa participação não se traduziu em redução das taxas de evasão final.
A pesquisa buscou identificar as disciplinas que os professores ministram quando se inscrevem; destes, 85% têm formação em Ciências Biológicas, mas pouco mais da metade estava lecionando – quase todos nas disciplinas mais relacionadas ao curso (Biologia e Ciências).
A partir das respostas dos cursistas aos questionários, é possível concluir que 80% deles fazem uma avaliação positiva dos cursos, e para isso contribuiu a aplicação de múltiplas alternativas pedagógicas e tecnológicas, levando a um melhor desempenho, “tanto em termos de participação quanto de aprendizado”.
Carlos Henrique de Souza Alves sugere que, para aprimorar os cursos, seja feito um estudo minucioso e individual sobre as técnicas a serem utilizadas nos cursos de atualização de professores em EAD, levando em consideração “o conteúdo, os objetivos de aprendizagem e o público-alvo”. Afinal, o material didático (tanto impresso quanto em meio digital) e as ações pedagógicas devem privilegiar o embasamento conceitual e a construção do aprendizado num formato mais interativo, contextualizado, voltado para a atuação do cursista em sala de aula (presencial ou virtual).
Publicado em 08 de julho de 2008
Publicado em 08 de julho de 2008
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