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Juan Ramón Jiménez (1881-1958)
Cláudia Dias Sampaio
Tradução de Cláudia Dias Sampaio
Além do diálogo com o Modernismo, o início da atividade poética do espanhol Juan Ramón Jimenez, que em 1956 recebeu o Prêmio Nobel de Literatura, foi marcado pela aproximação com o Simbolismo francês e com o Romantismo alemão. O poeta deixou sua terra natal – Moguer, Huelva – em consequência da guerra civil espanhola (1936-1939) e viveu nos Estados Unidos, Argentina, Cuba e Porto Rico. O poema “Me palpita el corazón” integra seu livro Estío, de 1915.
Palpita meu coração
Juan Ramón Jiménez
Palpita meu coração,
assustado de teu amor,
como um pássaro agitado
do tiro do caçador.
Quer desaparecer,
cantar na fé
de seu viver, quer ser
qualquer coisa que não é.
Em cada esconderijo está
pior; a felicidade,
precoce sangrar
como um rio, se vai...
Sem remanso nem flor
no caminho de volta. Para teu amor
agora todo é meu coração!
Me palpita el corazón
Juan Ramón Jiménez
Me palpita el corazón,
asustado de tu amor,
cómo un pájaro temblón
del tiro del cazador.
Quiere desaparecer,
quiere cantar en la fe
de su vivir, quiere ser
cualquier cosa que no es.
En cada escondite está
peor; la felicidad,
anticipado sangrar,
como un río, se le va...
Ya no hay remanso ni flor
que no hayan sido rincón
de su huir. Para tu amor
¡ya todo es mi corazón!
Clique aqui para conhecer mais sobre Juan Ramón Jimenez ou sobre o Prêmio Nobel de Literatura (em inglês).
Publicado em 19 de agosto de 2008
Publicado em 19 de agosto de 2008
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