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A morte de Machado de Assis por Euclides da Cunha e Rui Barbosa
Alexandre Rodrigues Alves
Quebrando, de certa forma, seu compromisso com a imortalidade, Machado de Assis morreu em 29 de setembro de 1908, quando a Academia Brasileira de Letras ainda tomava fôlego para alcançar o futuro. Segundo diziam, morreu em consequência das saudades que sentia de Carolina, sua mulher, morta quatro anos antes, cuja ausência fizera muito mal à saúde do escritor. Dia 1° de agosto ele comparecera a uma última reunião da ABL, e ainda na véspera de seu desaparecimento passeou pela cidade com José Veríssimo. Mas nem o convívio com os amigos nem o trabalho intelectual foram capazes de reverter o triste rumo dos acontecimentos.
O velório teve lugar primeiro em sua casa, no Cosme Velho. Euclides da Cunha, jornalista e romancista, eleito para a ABL em 1903, conta em seu artigo A última visita como foram os momentos finais em volta do mestre.
A partir das 19h30min, o velório passou para o Silogeu, a então sede da Academia. Admiradores, autoridades políticas e acadêmicos juntaram-se para as homenagens, que seguiram até as 16h do dia seguinte, quando começou o enterro.
Junto ao caixão, Rui Barbosa, o orador supremo da época, escalado como porta-voz da ABL, deu sua definição de Machado de Assis:
Trecho elaborado a partir do livro 110 anos da Academia Brasileira de Letras, com texto de Rodrigo Lacerda.
Publicado em 30 de setembro de 2008.
Publicado em 30 de setembro de 2008
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