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A coleta seletiva feita por um seleto coletivo
Mariana Cruz
Vida útil
Dicas para simplificar a vida
“Não adianta nada, dentro do caminhão eles misturam tudo.”
“Você acha que com isso vai salvar o planeta?.”
“Não tenho tempo para ficar separando lixo.”
São desculpas desse tipo que os que têm preguiça de separar o lixo para a coleta seletiva usam para se esquivar de tal tarefa. O trabalho é pequeno, mas a consequência é grandiosa: aderir à coleta seletiva é bom para o meio ambiente; para a pessoa, que cumpre seu papel de cidadão, e para as cooperativas de catadores de lixo, pois existem instituições que recolhem materiais específicos (latas, papéis, óleo de cozinha) e trocam por bens e dinheiro.
Há detalhes que de início podem parecer chatinhos, como ficar atento para distinguir aquilo que é reciclável do que não é e colocar o lixo reciclável em plásticos transparentes para facilitar na hora da separação dos materiais. Mas, com o tempo, você percebe que separar o lixo de casa é bem mais simples do que parece.
Muitos pensam que tal atividade significa meter a mão na massa – digo, no lixo – e ficar revirando porcarias, associando a coleta seletiva a algum tipo de atividade pouco higiênica. Sujeira, aí, só na mente de quem pensa assim. O máximo que se faz é lavar as embalagens de alguns produtos alimentícios e bebidas em geral. Em outros casos, nem precisa dessa limpeza. Basta colocar em um canto separado e, no dia da coleta, levar o saco para o local onde é recolhido o lixo.
Ao ver a página da Comlurb (empresa municipal de limpeza urbana do Rio de Janeiro) sobre coleta seletiva, você fica sabendo que, entre outras coisas, são bem-vindos:
Metais – peças de alumínio, cobre, chumbo, bronze, latas e sucatas metálicas;
Vidros – garrafas, potes e frascos em geral;
Papéis – jornais, revistas, cadernos, livros, papel de escritório e papelão;
Plásticos – garrafas PET, garrafas plásticas, sacos, sacolas.
Mas atenção: isopor não é reciclável; pilhas e baterias devem ser devolvidas ao fabricante ou ao estabelecimento que comercializa tais produtos.
Se em seu prédio ainda não existe sistema da coleta seletiva, que tal falar com o síndico para divulgar entre os moradores, ou falar diretamente com eles? Mesmo que não haja adesão das pessoas, nada impede que você faça a sua parte. Separe seu lixo reciclável e, no dia marcado, coloque-o no local indicado.
É curioso que, após se habituar fazer a separação para a coleta seletiva, sua relação com os objetos descartados modifica-se. Antes tudo era visto como lixo. Depois, quando você vê uma embalagem de papel novinha, uma garrafa de vidro, uma peça de metal jogada em um lixo comum você sente quase uma agressão, similar àquela que provavelmente sente ao ver as pessoas que limpam a calçada jateando água com a mangueira.
Aos poucos as pessoas vão se educando, vendo que coleta seletiva não é coisa de ambientalista xiita, e sim uma atitutde de pessoas preocupadas com o mundo em que vivem. Os famosos três Rs também devem ser lembrados na hora de jogar coisas no lixo: Primeiramente, Reduzir o lixo; depois, Reaproveitar; e só então mandar para a coleta, isto é, Reciclar.
Você pode seguir o exemplo das escolas do município do Rio de Janeiro, levando sua escola a colocar recipientes de cores diferentes que indiquem o tipo de lixo que deve ser colocado em cada um. Aproveite para incentivar os merendeiros a recolher o óleo de cozinha utilizado na escola; os alunos, a trazer de casa o lixo reciclável, a não jogar lixo no chão, a não pichar as paredes...
A cidadania se faz também em pequenas ações, como: realizar coleta seletiva, participar de reunião de condomínio, não desperdiçar água, usar o mínimo de sacolas plásticas na hora das compras, não jogar óleo de cozinha nos ralos nem lixo nas ruas, frequentar a associação de moradores do bairro para tentar solucionar os problemas do local onde mora...
Faça parte desse seleto grupo, desse seleto coletivo.
Sites útil:
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Para obter mais informações sobre esse serviço na cidade do Rio de Janeiro, basta ir ao site da Comlurb. http://www.rio.rj.gov.br/comlurb/
Publicado em 17 de fevereiro de 2009.
Publicado em 17 de fevereiro de 2009
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