Caminhos metodológicos para a montagem de rodas de conversa sobre escola e bullying a partir de preliminar de pesquisa

Alexandra Valéria de Carvalho Gomes

Mestra em Novas Tecnologias Digitais na Educação (UniCarioca), professora e agente de leitura da Seeduc/RJ

Rosa L. de M. Valim

Doutora em Psicossociologia (Programa Eicos/UFRJ), professora do Mestrado Profissional de Novas Tecnologias Digitais na Educação na UniCarioca

Regina C. P. de Moraes

Doutora em Engenharia de Sistemas e Computação (Coppe/UFRJ), professora do Mestrado Profissional de Novas Tecnologias Digitais na Educação na UniCarioca

De acordo com a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDBEN 9.394/96) (Brasil, 1996), em seu Art. 12, inciso IX, acrescentado em 2018, as escolas devem promover medidas de prevenção ao bullying ou qualquer forma de violência: “IX – promover medidas de conscientização, de prevenção e de combate a todos os tipos de violência, especialmente a intimidação sistemática (bullying), no âmbito das escolas” (Brasil, 2018). Tendo em vista o exposto, as instituições de ensino precisam criar condições e estratégias para colaborar com uma prática cotidiana de respeito mútuo, nas quais os discentes se sintam confortáveis e parte integrante do processo, e não excluídos por padrões impostos que rotulam pessoas de formas negativas.

Segundo Silva (2010), a partir da década de 1980, pesquisadores na Europa começaram a dar nomenclaturas para determinados comportamentos entre educandos, no que se refere à intimidação sistemática na escola, entre elas o bullying. Essa questão é cada vez mais vivenciada no nosso cotidiano escolar, que pode levar à evasão e até causar danos irreversíveis. Por isso, se faz necessário estarmos alertas, pois situações vividas pelos discentes fora da escola podem ser reproduzidas no cotidiano escolar.

Esta pesquisa justifica-se como relevante para a sociedade, pois, quando interferimos com propostas de prevenção ao bullying e suas várias formas de violência escolar, estamos tentando evitar a exclusão, visando uma educação mais inclusiva e empática.

Este estudo questiona a necessidade de refletir sobre o bullying e suas várias formas de violência presentes no contexto escolar entre adolescentes do Ensino Médio. Em reportagem recente de um jornal de grande circulação do país, obtivemos informações sobre o aumento dos casos de violência escolar gerada também por bullying. No dia 15 de setembro de 2022, o jornal O Dia trouxe relatos diários de agressões de várias formas, ocorridas no primeiro trimestre de 2022, agravando-se com o retorno das aulas presenciais.

Acredita-se que a prevenção e a conscientização são algumas das estratégias que poderiam ajudar a mitigar tal problema, que vem crescendo nas escolas. Todavia, essas estratégias de conscientização e prevenção precisam ser pensadas dentro de seus contextos, ou seja, precisam envolver os atores locais da instituição e os signos e símbolos locais (da escola, do bairro, da cidade), só assim as estratégias terão aderência à realidade do ambiente e apresentarão efetividade. Para além, acredita-se que o uso das novas tecnologias tende a ser um diferencial, haja vista que a geração de discentes hoje no Ensino Médio é considerada nativa digital e tende a ser mais responsiva a ações com suporte digital.

Objetiva-se aqui apresentar dados de uma preliminar de pesquisa que buscou averiguar as condições de possibilidade de realização de rodas de conversa sobre escola e bullying. Tal preliminar ocorreu em uma escola estadual, localizada na zona norte do Rio de Janeiro, no dia 14 de outubro de 2022, a partir de conversa com dois docentes que atuam no Ensino Médio. Os dados derivados da preliminar auxiliaram na modelagem das rodas de conversa.

Apontamentos teóricos sobre escola e bullying

De acordo com Faria e Leão (2009, p. 7),

os estudos históricos e as pesquisas antropológicas demonstram que os conceitos sobre a adolescência são pertinentes às diferentes épocas e às relações culturais estabelecidas entre o grupo ao qual pertence o indivíduo que deixou de ser criança.

O cenário atual, no qual tal clientela está inserida, dialoga significativamente com as novas tecnologias digitais, e a faixa etária dos pares aqui observados responde bem a essas ferramentas, que precisam exercer um papel de auxílio positivo, sendo mais um instrumento, tornando-se, mesmo com todas as dificuldades, suportes que venham a contribuir com ações relevantes para o grupo e que possam surtir efeitos positivos, mesmo que a longo prazo, em nosso ambiente e para além dele.

Como prevê o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), em seu Art. 3º, as oportunidades e facilidades são asseguradas por leis que concedam o desenvolvimento físico, mental, moral, espiritual e social, em condições de liberdade e dignidade, para crianças e adolescentes (Brasil, 1990). O mencionado artigo vem ratificar a relevância da prevenção ao bullying como mais uma forma de garantia de cumprimento ao que está previsto em lei, além de colaborar com ações que promovam o acolhimento, independentemente de religião, gênero, raça e características físicas, sem nenhum tipo de discriminação.

A omissão em relação à prática do bullying, quando observada, pode vir a causar situações terríveis na fase adulta, tanto para quem sofre quanto para quem agride, com consequências negativas estendidas, em suas devidas proporções, à família, escola e sociedade em geral.

Para além, está previsto na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (Lei 9.394/96), em seu Art. 1º, § II, que “a educação escolar deverá vincular-se ao mundo do trabalho e à prática social” (Brasil, 1996). O aprimoramento humano passa por relações entre pares, com o respeito às diferenças, à colaboração e à empatia e tolerância, contribuindo para o desenvolvimento desse processo, vislumbrando o trabalho e a cidadania.

Bullying e suas várias formas de violência e causas

O estudo sobre o bullying teve seu ponto de partida com o escritor Dan Olweus, na década de 1980, que se tornou o primeiro pesquisador do tema. Esses estudos se espalharam para países como Noruega, Canadá, Grã-Bretanha, entre outros.

Fante (2011) é uma das precursoras dos estudos sobre bullying no Brasil e o define como “um comportamento que dá origem a ataques (físicos, psicológicos, sexuais), de forma intencional e repetitiva, contra alguém que, geralmente, não tem condições de se defender” (Fante, 2011, p. 9). Ou seja, são violências constantes no cotidiano escolar que afetam o estudante, aniquilando suas forças, podendo causar marcas profundas em sua trajetória escolar e em sua vida.

O termo bullying tem origem na palavra inglesa bully, que significa “valentão”. O fenômeno bullying é considerado um problema de violência escolar. Mesmo sendo estudado em alguns trabalhos acadêmicos, é um assunto que precisa ser discutido exaustivamente na atualidade.

Para Fante e Prudente (2015), o bullying constitui-se pelos seguintes participantes: agressores, vítimas e espectadores. Para os autores, os agressores são os que praticam o bullying; as vítimas são as que sofrem, com apelidos, xingamentos, isolamentos e humilhações, entre outras formas de atitudes agressivas e repetitivas; os espectadores são os que assistem e não fazem nada, por medo ou por serem coniventes.

A Lei nº 13.185, de 6 de novembro de 2015, em seu Art. 2º, caracteriza o bullying como violências físicas ou psicológicas, como intimidação, ameaças, preconceitos, desprezos, perseguições, entre outras formas de violência.

Os conflitos que acontecem no espaço escolar contam com três situações, a primeira são as testemunhas, alunos que observam os acontecimentos, mas mantêm-se neutros, pois não querem ser a próxima vítima, desse modo, não intervindo nas ações que estão ocorrendo passam a compactuar com as agressões, tornando-se coautores. A segunda situação são os alvos, esses, por sua vez, são perseguidos de forma hostil e por vezes não sabem como se defender, podendo ser professores, alunos e funcionários da escola. Na terceira circunstância, os autores encontram um indivíduo com características específicas, podendo ser a orientação sexual, crença, gênero, físico e raça, sem motivos aparentes, desta maneira, todos passam a ser alvos em potencial (Barbieri; Santos; Avelino, 2021, p. 2).

Pode-se perceber, a partir das considerações feitas pelos autores citados, que se forma uma rede de sofrimento, pois esse ciclo pode se alternar, dependendo da situação e do momento, ou seja, os papéis podem ser trocados entre os participantes, e quem se omite, ou até pratica, pode vir a ser uma próxima vítima, que, por sua vez, pode se tornar agressor ou espectador em outra ocasião.

Deslocamentos paradigmáticos associados à violência escolar entre pares

Segundo Barbieri, Santos e Avelino (2021), casos de violência ganham destaque nos meios de comunicação e estão sendo cada vez mais investigados em trabalhos recentes. As formas de violência podem variar: além das físicas, existem as psicológicas, que precisam ser assinaladas de forma emergencial, sendo, para os autores citados, um reflexo do meio social violento no qual os protagonistas estão inseridos, reproduzindo, em alguns casos, tal condição no convívio escolar. Ainda de acordo com os autores, a família como base tem papel primordial, precisando estar ao lado da escola, formando uma parceria colaborativa de todos os atores envolvidos para intervir em casos de violência escolar, de forma direta ou indireta.

O bullying pode se apresentar de várias formas entre pares, e as redes sociais, sendo muito utilizadas e bem recebidas pelos jovens, podem se tornar um meio para o bullying extrapolar o âmbito escolar (cyberbullying). No Quadro 1 há uma relação das formas, separadas em três categorias, de como o bullying pode se manifestar.

Quadro 1: Tipos de violência, de forma direta ou indireta, entre pares

Violência direta

Violência indireta

Cyberbullying

(por meio da internet)

Apelidos

Agressões físicas

Assédios

Ameaças

Roubos

Ofensas verbais

Expressões e gestos que geram mal-estar

Essas formas são praticadas quatro vezes mais por meninos.

Indiferença

Isolamento

Fofocas

Difamação

Essas formas são praticadas em sua maioria por meninas.

Via e-mail

Mensagens instantâneas

Essas formas tendem a extrapolar os muros da escola.

Fonte: Fante, 2011.

Atualmente, vale salientar que prevenir o bullying, zelando por um convívio afetuoso e respeitoso dentro das escolas, é algo que deve ser buscado, com o outro sendo olhado e acolhido com suas diferenças.

Materiais e métodos

De acordo com a Resolução nº 510/16 do Conselho Nacional de Saúde (Brasil, 2016), etapas preliminares de uma pesquisa são consideradas as atividades que o pesquisador tem que desenvolver para averiguar as condições de possibilidade de realização da pesquisa. Vale ressaltar que essa etapa lida com visões diferenciadas, um enfoque que pode vir a colaborar com a pesquisa ou sua remodelagem. Segundo Valim e Maciel (2018), a preliminar de campo auxilia quanto aos contornos e à viabilidade da pesquisa, por meio de uma sondagem despretensiosa.

Em 14 de outubro de 2022, em conversa informal na sala dos professores, durante o tempo vago entre as aulas, foram ouvidos dois docentes. Esse bate-papo teve duração de 20 minutos cada um. O assunto não foi modelado previamente, e o diálogo aconteceu de maneira fluida, pautado na informalidade e anotado conforme se desenvolvia. A informalidade e todas as reflexões emergiram de maneira tranquila e colaborativa. Aos dois foi feita a mesma pergunta: você já identificou algum caso de bullying? As respostas dos docentes encontram-se apresentadas no Quadro 2.

Importante mencionar que este artigo se vincula a uma dissertação de mestrado, submetida à análise do Comitê de Ética da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO), por meio da Plataforma Brasil – a aprovação foi concedida e está sob o Parecer nº 6.464.947.

Quadro 2: Dados das conversas informais da preliminar de pesquisa

Docente

Informações

Docente 1

Eles acham que é "zoação", não se colocam muitas vezes no lugar do outro. Poderiam ter mais informações, para que eles não insistissem nesse tipo de violência. Deveria ter mais formação para os professores, para lidar com tais situações, até mesmo nas faculdades. Professores não vêm prontos. As universidades deveriam investir em formações que possibilitem ao docente estar preparado, quando surgirem situações de desconforto social.

Docente 2

Não muitos. Eles não têm consciência, falta mais informação. Exemplo: um aluno carente, que faz brincadeiras infantis; os colegas o pegam para colocar apelidos pejorativos, rótulos que abalam sua autoestima. É preciso estar sempre atento e intervindo na situação. Outro exemplo: ao perceberem que um aluno se destaca, alguns o atingem num ponto que julgam fraco, como aparência.

A necessidade de buscar uma ação efetiva e participativa de esclarecimento no que refere ao bullying e como preveni-lo permeou essa conversa informal. Observa-se, nessa preliminar de campo, a necessidade de mais informação e estratégias que visem ampliar a visão sobre o tema. O bullying poderia ser mais discutido, pois trazendo à tona esse assunto estaremos mais atentos face ao cotidiano escolar, intervindo em atitudes violentas, preconceituosas e excludentes. Quando não se questiona tal fenômeno, é possível estar encobrindo fatos existentes.

Resultados e discussão

A preliminar de pesquisa permitiu o confronto com a realidade do campo e foi basilar para a modelagem de adequações ao projeto. A partir da preliminar de pesquisa, definiram-se os assuntos relativos às rodas de conversa que foram posteriormente realizadas, relacionados no Quadro 3.

Quadro 3: Assuntos que foram estruturantes das rodas de conversa

O que é bullying?

Quais as suas possíveis consequências e como prevenir o bullying?

As novas tecnologias digitais como colaboradoras para a prevenção ao bullying.

Três rodas de conversa foram então modeladas, considerando uma série de cuidados éticos – conforme orientações da Resolução nº 510/16, do Conselho Nacional de Saúde. Tais cuidados encontram-se elencados no Quadro 4.

Definiu-se o seguinte critério de inclusão para os participantes: alunos(as) do 3º ano integral do Ensino Médio de escola da rede pública – e seus professores –, bem como integrantes do grêmio estudantil, que lidam diretamente com o corpo discente da escola.

Quadro 4: Cuidados tomados nas rodas de conversa

Cuidados

As conversas foram gravadas mediante autorização dos participantes, quando maiores de idade, e dos responsáveis, quando menores de idade; posteriormente, as gravações foram transcritas.

Realizaram-se a divulgação e a sensibilização oral à turma convidada, bem como a discentes colaboradores e aos que se interessaram em participar; explicações mais específicas foram apresentadas, juntamente com o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE).

Houve entrega do termo de consentimento livre e esclarecido para quem voluntariamente se interessou em participar; os estudantes menores de idade assinaram o termo de assentimento livre e esclarecido (TALE), e seus responsáveis assinaram o termo de consentimento livre e esclarecido (TCLE).

As rodas de conversa foram oferecidas para todos participarem de forma voluntária.

Os diálogos foram realizados também na presença dos professores do Ensino Médio da rede pública alocados no colégio onde foi feita a pesquisa de campo; esses docentes estavam com os alunos no momento da realização das rodas de conversa, como professores colaboradores, inclusive participando da sensibilização e da assinatura do TCLE.

Após assinatura do TALE/TCLE, cada participante recebeu o convite impresso com local (sala de leitura), datas e horários das rodas de conversa.

Para realização das rodas de conversa, o local (sala de leitura) foi previamente verificado, e cadeiras em quantidade suficiente foram disponibilizadas e organizadas em círculo, conforme ilustrado pela Figura 1. Durante os encontros, foram utilizados aparatos tecnológicos, como projetor e celular, e disponibilizados materiais, como papel e caneta, aos participantes – compreendendo que, eventualmente, algumas pessoas gostam de anotar suas ideias antes de verbalizá-las.

Figura 1: Foto da sala de leitura, ambiente arrumado para as rodas de conversa

Fonte: Arquivo dos autores, 2024.

O cuidado com a ambientação ancorou-se em Silva (2020), que menciona a importância do convite para a roda de conversa e da seleção de um ambiente prazeroso, afirmando que tais cuidados contribuem não só para a coleta de dados, mas também para o estabelecimento de um diálogo solidário e real.

Decidiu-se que as perguntas associadas a cada roda seriam expostas (projetadas) durante os encontros. Decidiu-se, também, que o fechamento das três rodas de conversa ocorreria com música. Perguntas, músicas e datas definidas para as rodas foram planejadas e encontram-se apresentadas no Quadro 5.

Quadro 5: Dados referentes às rodas de conversa

Local

Tema

Data

Música

Sala de Leitura

O que é bullying?

30/10/2023

Música: A Paz – Roupa Nova

Sala de Leitura

Quais suas possíveis consequências e como prevenir o bullying?

01/11/2023

Música: A Paz – Roupa Nova

Sala de Leitura

As novas tecnologias digitais como colaboradoras para a prevenção ao bullying.

06/11/2023

Música: Peça Felicidade – Melim

Por fim, é interessante ressaltar que se notou que as músicas promoveram um clima harmonioso, estabilizando o ambiente e as emoções dos presentes.

Conclusões

Este artigo objetivou apresentar dados de uma preliminar de pesquisa, amparada na Resolução nº 510/16 do Conselho Nacional de Saúde (CNS), que buscou averiguar as condições de possibilidade de realização de pesquisa de campo. Tal objetivo foi alcançado, haja vista que os dados da preliminar apresentados acima viabilizaram reflexões, com vistas à:

  1. definição de aspectos práticos inerentes ao campo (como ambientação e organização de estrutura tecnológica – disponibilização das cadeiras em semicírculo, para que todos pudessem se ver e também ver o quadro no qual a pergunta estruturante da roda estava disposta);
  2. modelagem das perguntas a serem realizadas no campo;
  3. definição dos critérios de inclusão dos participantes nas rodas de conversa;
  4. materialização de cuidados em prol do estabelecimento de uma maior conexão e do respeito entre os participantes, durante as rodas (como a escolha de músicas para o fechamento das rodas – visando a “despressurização” pós-roda de conversa).

Os registros da preliminar de pesquisa apresentados pretendem inspirar outros professores a realizarem rodas de conversa sobre bullying no Ensino Médio, de forma cuidadosa, ética e bem-organizada. Urge que tal assunto seja mais debatido nas escolas, com os devidos cuidados éticos e metodológicos, visto que a Lei nº 13.185, de 6 de novembro de 2015, prevê, em seu Art. 4º III, implementar e disseminar campanhas de educação, conscientização e informação.

Uma das competências específicas de Ciências Humanas e Sociais Aplicadas da Base Nacional Comum Curricular (BNCC) (Brasil, 2017) é identificar e combater as diversas formas de injustiça, preconceito e violência, adotando princípios éticos, democráticos, inclusivos e solidários e respeitando os Direitos Humanos. Tal competência se mostra relevante, e são necessários especialistas para atuar conjuntamente em uma rede de prevenção e apoio aos professores – como assistentes sociais, psicólogos e orientadores educacionais –, dando suporte por meio de atendimentos individuais e coletivos, além de infraestrutura adequada e políticas públicas que invistam cada vez mais em tais questões, com o poder público exercendo papel fundamental.

Espera-se que este artigo inspire ações em escolas diversas em prol do respeito às diferenças, empatia e afetividade; espera-se, também, que possa contribuir para uma formação global do estudante, a fim de que posturas positivas extrapolem o ambiente escolar, para que, enquanto sociedade, possamos caminhar rumo a horizontes mais inclusivos e acolhedores.

Referências

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Publicado em 02 de julho de 2025

Como citar este artigo (ABNT)

GOMES, Alexandra Valéria de Carvalho; VALIM, Rosa L. de M.; MORAES, Regina C. P. de. Caminhos metodológicos para a montagem de rodas de conversa sobre escola e bullying a partir de preliminar de pesquisa. Revista Educação Pública, Rio de Janeiro, v. 25, nº 25, 2 de julho de 2025. Disponível em: https://educacaopublica.cecierj.edu.br/artigos/25/24/caminhos-metodologicos-para-a-montagem-de-rodas-de-conversa-sobre-escola-e-bullying-a-partir-de-preliminar-de-pesquisa

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