O impacto das aulas de Educação Física no processo de inclusão e desenvolvimento dos alunos com transtorno do espectro autista

Washington Luís Cardoso Alegre

Mestre em Novas Tecnologias Digitais na Educação (UniCarioca), professor de Educação Física nas redes municipais de Resende e de Mangaratiba

Rosa Lidice de Moraes Valim

Doutora em Psicossociologia (Eicos/UFRJ), docente do Mestrado Profissional em Novas Tecnologias Digitais na Educação da UniCarioca

Verônica Eloi de Almeida

Pós-doutoranda em Políticas Públicas e Formação Humana (UERJ), doutora em Sociologia (PPGSA/UFRJ), docente do Mestrado Profissional em Novas Tecnologias Digitais na Educação da UniCarioca

De acordo com Sassaki (2006), a inclusão é um processo que visa garantir a participação plena e efetiva de todos os alunos na sociedade, incluindo aqueles que possuem alguma deficiência ou neurodivergência. Por conta da complexidade do tema do autismo, tanto nas áreas da Saúde quanto na Educação, os estudos sobre Transtorno do Espectro Autista (TEA) tornam-se cada vez mais necessários (Braga; Braga, 2024). Judy Singer (1999), ao utilizar a expressão “neurodiversidade”, refere-se às condições neurológicas diferentes do “padrão”. Para Alencar, Barbosa e Gomes (2022, p. 2128),

pode-se entender como pessoas neurodivergentes: autistas, pessoas com transtorno de déficit de atenção e hiperatividade (TDAH), pessoas com altas habilidades/superdotação (AH/SD), dentre outras. Os demais indivíduos, ou seja, aqueles com o funcionamento cerebral considerado “típico” são denominados “neurotípicos”.

Diante disso, é importante observar que pessoas neurodivergentes não devem ser vistas sob a perspectiva da falta ou inadequação, mas como variações da possibilidade de ser e estar no mundo, com as quais a sociedade como um todo, e, especialmente, os professores de Educação Física, podem aprender a lidar. A inclusão de alunos neurodivergentes nas aulas de Educação Física pode trazer benefícios significativos para a saúde e o bem-estar, mas é necessário tomar medidas para minimizar quaisquer riscos ou impactos negativos que a inclusão possa gerar para esses estudantes. A pesquisa nessa área pode ajudar a identificar as melhores práticas e estratégias para garantir a inclusão efetiva. Por isso, este artigo tem como objetivo apresentar reflexões a respeito do papel das aulas de Educação Física na inclusão de alunos com TEA nos anos iniciais do Ensino Fundamental.

McDonnell, O’Connor e Smith (2018) realizaram uma revisão sistemática da literatura e encontraram evidências de que as aulas de Educação Física podem ter um impacto positivo na saúde física e mental de crianças com autismo. Van der Ploeg et al. (2004) destacam que a atividade física pode contribuir para a melhoria da qualidade de vida de crianças com Deficiência Intelectual (DI). Todavia, existem também riscos envolvidos na inclusão de alunos neurodivergentes nas aulas de Educação Física, sendo fundamental evitar situações que possam ser estressantes ou ameaçadoras. É essencial que os professores estejam preparados para trabalhar com esses alunos, adaptando suas estratégias de ensino para atender às necessidades individuais de cada um.

David L. Gallahue, em seu livro Understanding Motor Development: Infants, Children, Adolescents, Adults (1998), discute amplamente como a Educação Física pode ser adaptada para atender às necessidades de desenvolvimento de todos os alunos, incluindo aqueles com necessidades especiais. Ele enfatiza a importância de um ambiente inclusivo que não apenas promova o desenvolvimento físico, mas também apoie o crescimento social e cognitivo. Dessa forma, é crucial que escolas e professores de Educação Física estejam cientes das necessidades dos alunos neurodivergentes e preparados para fornecer o suporte adequado, garantindo sua inclusão e desenvolvimento.

Metodologia

Com o objetivo de identificar produções científicas que abordam a inclusão de alunos com TEA no contexto da Educação Física escolar, foi realizada uma revisão sistemática a partir de uma busca na base de dados do Google Acadêmico, ferramenta de acesso amplo a publicações acadêmicas de diferentes instituições e revistas científicas. A estratégia de busca envolveu a utilização dos seguintes descritores, combinados pelo operador booleano “AND”: “inclusão escolar”; “alunos com TEA”; “Educação Física para alunos com TEA”. Essa combinação visou garantir que os estudos selecionados abordassem de forma simultânea os três eixos temáticos da pesquisa: inclusão escolar, TEA e Educação Física.

Além dos descritores, foram adotados os seguintes critérios na estratégia de busca: artigos publicados entre 2016 e 2022, em língua portuguesa. Foram excluídos artigos que não tratassem diretamente da inclusão de alunos com TEA nas aulas de Educação Física, assim como artigos publicados antes de 2016 ou após 2022. Cinco artigos foram encontrados e estão elencados no Quadro 1.

Quadro 1 : Síntese dos resultados obtidos na base de dados Google Acadêmico

Base

Conjunto de descritores

Títulos

Autores

Ano de publicação

Google Acadêmico

“Inclusão escolar" and "alunos com TEA" and "educação física para alunos com TEA"

Educação Física escolar e suas contribuições para alunos com transtorno do espectro autista

ZIEMBA; REIS

2022

01

Google Acadêmico

“Inclusão escolar" and "alunos com TEA" and "Educação Física para alunos com TEA"

Inclusão de crianças autistas nas aulas de Educação Física

OLIVEIRA; SOUSA

2021

02

Google Acadêmico

“Inclusão escolar" and "alunos com TEA" and "Educação Física para alunos com TEA"

A atuação do professor de Educação Física em relação à inclusão escolar de alunos com Transtorno do Espectro Autista (TEA)

SOARES

2021

03

Google Acadêmico

“Inclusão escolar" and "alunos com TEA" and "Educação Física para alunos com TEA"

Contribuição da Educação Física para o desenvolvimento motor e social do aluno com transtorno do espectro do autismo

SILVA; PREFEITO; TOLOI

2019

04

Google Acadêmico

“Inclusão escolar" and "alunos com TEA" and "Educação Física para alunos com TEA"

Crianças com transtorno do espectro do autismo (TEA) no ensino regular através da Educação Física

CANTALICIO

2016

05

Total: 5

O Quadro 1 apresenta informações referentes aos artigos selecionados na revisão sistemática. De acordo com Khan et al. (2003), a revisão sistemática proporciona a fundamentação e a pesquisa a partir de outros estudos que abordam a mesma questão. Por meio desse método, é possível identificar também possíveis lacunas nas pesquisas. A seguir, serão apresentadas as análises dos artigos encontrados.

Educação Física escolar e suas contribuições para alunos com TEA

O estudo de Mariluci Ferreira Ziemba e Mariana Silva dos Reis (2022) explora a importância da Educação Física escolar para o desenvolvimento de alunos com TEA, enfatizando como as atividades físicas podem desempenhar um papel crucial na inclusão e no avanço desses estudantes em diversas áreas do desenvolvimento humano. A pesquisa se apoia em fundamentações teóricas que mostram a interação entre as práticas educacionais e as políticas públicas que promovem a inclusão desses alunos. A inclusão de atividades físicas no currículo escolar é essencial não apenas para o desenvolvimento motor, mas também para o crescimento cognitivo, social e emocional das crianças com TEA. Hollerbusch (2001) destaca que as atividades físicas estruturadas não apenas auxiliam no desenvolvimento psicomotor, como também promovem melhorias significativas na interação social e na comunicação desses alunos. De maneira similar, Rosadas e Magro (2005) apontam os benefícios multifacetados dessas atividades para o desenvolvimento psicomotor, social e afetivo.

Dentro das práticas pedagógicas, a psicomotricidade se destaca como uma abordagem eficaz na Educação Física para a inclusão de alunos com TEA. Segundo Seabra (2012), essa abordagem integra os domínios motor, intelectual e afetivo, facilitando uma educação mais completa. Campão e Cecconello (2008) argumentam que jogos e atividades lúdicas são ferramentas poderosas para o desenvolvimento integral dos alunos, promovendo um ambiente de aprendizado e interação social enriquecedor.

As políticas públicas também têm papel fundamental na garantia de uma educação inclusiva para esses estudantes. Desde a promulgação da Declaração de Salamanca (Unesco, 1994) até a adoção da Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência (Brasil, 2015), o país tem avançado em sua legislação para assegurar que alunos com TEA tenham as mesmas oportunidades educacionais que os demais estudantes. Essas leis são essenciais para criar um sistema educacional que respeite e atenda às necessidades de todos os alunos, como enfatizado na Política Nacional de Proteção dos Direitos da Pessoa com Transtorno do Espectro do Autista – Lei nº 12.764/2012, conhecida como Lei Berenice Piana (Brasil, 2012).

A relevância da Educação Física para alunos com TEA é destacada por Rosadas e Magro (2005), que evidenciam os benefícios psicomotores, sociais e afetivos que a disciplina pode proporcionar. Segundo Hollerbusch (2001), a Educação Física tem impacto profundo em vários aspectos do desenvolvimento de uma criança autista, oferecendo um campo fértil para habilidades essenciais que vão além da prática da disciplina, estendendo-se à vida cotidiana e à interação social.

Além dos benefícios imediatos, como a melhora na coordenação motora e nas habilidades cognitivas, a Educação Física promove a inclusão social dos estudantes. As políticas públicas, como a Lei Berenice Piana (Brasil, 2012), são fundamentais ao reconhecer indivíduos com TEA como pessoas com deficiência, garantindo seus direitos à educação e à inclusão social. Essas políticas asseguram que as necessidades desses alunos sejam efetivamente atendidas dentro do sistema educacional.

Ziemba e Reis (2022) reforçam a importância da disciplina para a inclusão e o desenvolvimento integral dos alunos com TEA, destacando a necessidade de abordagens pedagógicas adaptativas e de uma infraestrutura de suporte legislativo robusta que facilite a inclusão.

Inclusão de crianças autistas nas aulas de Educação Física

Em seu artigo, Larissa de Lima Oliveira e Francisco José Fornari Sousa (2021) abordam as intricadas dimensões da inclusão de alunos com TEA nas aulas de Educação Física. O estudo destaca a importância de os educadores reconhecerem o grau específico do transtorno de cada aluno para desenvolver atividades que sejam inclusivas e eficazes na promoção do desenvolvimento integral dos estudantes.

A pesquisa utiliza uma metodologia descritiva e diagnóstica, focada em uma amostra de professores das redes estadual e municipal de Otacílio Costa, em Santa Catarina. A coleta de dados foi realizada por meio de questionários eletrônicos, e as respostas indicam que, apesar da sólida formação acadêmica dos professores, que inclui especializações e experiência variando de 8 a 25 anos, há desafios significativos na inclusão efetiva de alunos com TEA, principalmente relacionados à interação, à adequação das atividades e ao planejamento necessário para atender às necessidades específicas desses alunos.

A análise dos dados revela que todos os professores já tiveram experiências de ensino com alunos com TEA, mas muitos se sentem inseguros ou despreparados para lidar com as particularidades desses estudantes. Esse ponto evidencia uma lacuna importante na formação inicial e continuada dos professores em relação às práticas de Educação Física inclusiva.

Os autores citam estudiosos como Severo (2007), que define o TEA como um “transtorno de espectro”, afetando indivíduos de maneiras variadas e em diferentes graus. Essa caracterização reforça a necessidade de abordagens personalizadas na Educação Física. Oliveira e Sousa (2021) enfatizam que a formação acadêmica inicial não é suficiente para preparar os professores para os desafios da educação inclusiva. Eles defendem a formação continuada focada em práticas adaptativas e inclusivas, capazes de equipar os educadores com as habilidades necessárias para transformar as aulas de Educação Física em espaços de aprendizado acessíveis e enriquecedores para todos os alunos.

O estudo não apenas ressalta os desafios enfrentados pelos educadores, mas também serve como um apelo à ação para o desenvolvimento de políticas e práticas educacionais que garantam a inclusão efetiva e respeitosa dos alunos, independentemente de suas capacidades individuais. É um chamado à reflexão e à ação para que a Educação Física cumpra seu papel integral na formação dos estudantes, proporcionando um ambiente que valorize as diferenças e promova o desenvolvimento holístico.

No contexto da inclusão de crianças autistas nas aulas de Educação Física, um marco teórico robusto e fontes acadêmicas bem fundamentadas são essenciais para uma compreensão profunda e uma intervenção eficaz. A pesquisa realizada por Oliveira e Sousa (2021) aborda a necessidade crucial de os professores de Educação Física serem capacitados para identificar o grau de TEA de seus alunos, a fim de planejar e executar atividades verdadeiramente inclusivas e eficazes.

O estudo destaca a importância da formação continuada, pois a formação inicial muitas vezes não é suficiente para preparar os educadores para os desafios específicos encontrados ao trabalhar com alunos com TEA. Além disso, os Parâmetros Curriculares Nacionais (Brasil, 1997) oferecem uma direção valiosa ao apontar que a educação deve evitar a exclusão e promover a interação e a inclusão de todos os alunos, especialmente os com deficiência. As dificuldades na interação e inclusão, assim como a necessidade de planejamento adequado, são desafios comuns enfrentados pelos professores, como mostrado na pesquisa de Oliveira e Sousa (2021).

A inclusão efetiva de alunos com TEA também exige uma abordagem cuidadosa na seleção de metodologias de ensino. A abordagem construtivista, por exemplo, permite que os alunos construam conhecimento por meio da interação direta com o ambiente, o que pode ser particularmente benéfico para alunos com TEA, que frequentemente precisam de engajamento concreto para facilitar a aprendizagem (Chakur, 2002).

A pesquisa ilustra a importância da preparação adequada dos professores de Educação Física para trabalhar eficazmente com alunos com TEA, enfatizando a necessidade de um compromisso contínuo com a educação especializada e a adaptação das práticas pedagógicas para atender às necessidades de todos os alunos.

A atuação do professor de Educação Física em relação à inclusão escolar de alunos com transtorno do espectro autista (TEA)

A monografia apresentada por Andreline Lima Soares na Universidade Federal de Alagoas, em 2021, sob orientação da professora doutora Marily Oliveira Barbosa, foca na crucial questão da inclusão escolar de alunos com TEA no contexto da Educação Física. A pesquisa investiga as estratégias pedagógicas que os professores de Educação Física podem adotar para facilitar a inclusão desses alunos nas atividades propostas, um tema de significativa relevância social e educacional.

Por intermédio de uma metodologia qualitativa e do modelo de estudo de caso, Soares (2021) explorou as práticas em aulas de Educação Física. A investigação utilizou entrevistas semiestruturadas e observações diretas das aulas, permitindo uma compreensão mais profunda das práticas pedagógicas e das percepções dos professores frente aos desafios da inclusão.

Os resultados da pesquisa indicam uma discrepância notável entre a teoria inclusiva e sua prática efetiva. Embora exista um discurso consolidado sobre a importância da inclusão, muitos professores enfrentam desafios significativos no uso de recursos pedagógicos adaptados e na modificação de suas metodologias para atender às necessidades dos alunos com TEA. Esse cenário sugere uma falta de preparo específico e de recursos fundamentais para a implementação eficaz da inclusão.

A pesquisa destaca três temas principais: a experiência dos professores no ensino de Educação Física para alunos com TEA; as práticas e estratégias pedagógicas adotadas; e a percepção dos educadores sobre a proposta de inclusão. Esses temas são essenciais para entender as complexidades da Educação Física inclusiva e sublinham a necessidade urgente de formação continuada para os professores, que deve abranger conhecimentos específicos sobre o TEA e estratégias de ensino adaptativas e inclusivas.

Soares (2021) conclui que é essencial que os professores de Educação Física revisem suas metodologias e busquem constantemente novas formas de engajamento. Estas devem considerar as particularidades de cada aluno, promovendo um ambiente de aprendizagem que valorize a diversidade e otimize o potencial de todos os estudantes, independentemente de suas condições neurológicas. A pesquisa de Soares (2021) é um chamado à ação para que os sistemas educacionais não apenas reconheçam a necessidade de inclusão, mas também implementem práticas eficazes que integrem todos os alunos. O objetivo é oferecer igualdade de oportunidades para aprender e crescer em um ambiente educacional acolhedor e adaptativo.

A inclusão escolar de alunos com TEA na Educação Física demanda uma abordagem pedagógica que priorize práticas inclusivas e adaptadas, fundamentadas em um marco teórico e em práticas baseadas em evidências. A análise das estratégias pedagógicas utilizadas pelos professores de Educação Física, como descrito por Soares (2021), aponta para a necessidade de formação continuada e especializada para os docentes envolvidos.

De acordo com estudos como os de Rodrigues e Porta (2018) e Fiorini (2011), o professor de Educação Física desempenha um papel crucial na promoção da inclusão, sendo essencial que esteja bem preparado e informado sobre as características e necessidades dos alunos com TEA. A falta de preparo pode levar a práticas pedagógicas inadequadas, que não apenas falham em atender às necessidades desses alunos, mas também podem excluí-los ou marginalizá-los ainda mais no contexto escolar.

A legislação brasileira, como a Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência (Brasil, 2015) e a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (Brasil, 1996), reforça o direito à educação inclusiva, destacando a importância da adaptação dos ambientes educacionais para atender a todos os alunos, independentemente de suas condições físicas ou psicológicas. Esse marco legal serve como guia para as práticas inclusivas, incentivando as instituições educacionais a criarem um ambiente que promova a igualdade de oportunidades para todos.

Além disso, a Base Nacional Comum Curricular (BNCC) (Brasil, 2017) orienta os currículos das escolas, estabelecendo competências e habilidades que devem ser desenvolvidas em todos os alunos. No contexto da Educação Física, isso inclui adaptar as aulas para garantir a participação ativa de alunos com TEA, utilizando estratégias como simplificação de instruções, uso de materiais adaptados e organização de atividades que promovam tanto o desenvolvimento físico quanto social.

A inclusão efetiva de alunos com TEA nas aulas de Educação Física exige uma abordagem holística que combine formação adequada dos professores, adaptações curriculares baseadas nas necessidades individuais dos alunos e um compromisso com os princípios da educação inclusiva. Isso permitirá não apenas a melhoria da qualidade da educação oferecida, mas também promoverá um ambiente de respeito e valorização das diferenças.

Contribuição da Educação Física para o desenvolvimento motor e social do aluno com transtorno do espectro autista (TEA)

No artigo elaborado por Isabela Carolina Pinheiro da Silva, Carina Regina Prefeito e Gabriela Galucci Toloi (2019), do Centro Universitário de Adamantina, São Paulo, apresenta-se um estudo inovador focado no desenvolvimento motor e social de alunos com TEA, por meio de intervenções específicas em Educação Física. O estudo, que se destaca no contexto da Educação Inclusiva, constitui uma contribuição significativa para o campo educacional, demonstrando como a Educação Física pode ser um vetor crucial para a inclusão e o desenvolvimento integral dos alunos com necessidades especiais.

O artigo foi meticulosamente projetado para avaliar a eficácia das intervenções motoras e sociais em alunos do Ensino Fundamental de uma cidade do interior de São Paulo, utilizando uma série de testes padronizados para medir progressos significativos nas habilidades dos alunos. Os dados coletados por meio de testes do Manual de Avaliação Motora (Rosa Neto, 2002) forneceram uma base sólida para análises subsequentes, permitindo uma avaliação mais precisa dos impactos na psicomotricidade. A metodologia aplicada, que envolveu a repetição de testes após as intervenções, confirmou que as atividades de psicomotricidade não apenas melhoram o desenvolvimento motor, mas também facilitam avanços notáveis no comportamento social dos alunos com TEA.

A pesquisa reafirma a literatura existente, que apoia a importância da Educação Física para alunos com deficiências, como destacado por Maranhão e Souza (2012), que enfatizam os benefícios multifacetados da atividade física regular. A inclusão de atividades físicas adaptadas é essencial, não apenas para o desenvolvimento motor, mas também como meio de melhorar a interação social e a inclusão dos alunos com TEA. O estudo de Silva, Prefeito e Toloi (2019) ilustra como intervenções direcionadas facilitam a inclusão desses alunos em escolas regulares.

Esse estudo evidencia a capacidade das escolas de adaptar seu currículo e práticas pedagógicas para atender às necessidades de todos os alunos, demonstrando a viabilidade e a necessidade de práticas educacionais inclusivas que respeitem e valorizem a diversidade. As implicações do estudo são vastas, sugerindo que os sistemas escolares considerem ajustes similares em suas abordagens pedagógicas, garantindo que todos os alunos, independentemente de suas capacidades, possam se beneficiar de uma educação que promova tanto o desenvolvimento acadêmico quanto social.

O marco teórico do artigo se apoia na Declaração Universal de Direitos Humanos (ONU, 1948) e na Declaração de Salamanca (Unesco, 1994), que reforçam o direito à Educação Inclusiva e adaptada às necessidades de cada aluno, independentemente de suas condições individuais. As autoras enfatizam que a prática da Educação Física na escola não apenas promove a inclusão, mas também contribui significativamente para a melhoria do desenvolvimento motor e social, proporcionando aos alunos com TEA a oportunidade de aprimorar suas habilidades de interação social e coordenação motora.

Em conclusão, o trabalho de Silva, Prefeito e Toloi (2019) contribui de maneira significativa para o entendimento de como práticas pedagógicas específicas na Educação Física podem ser adaptadas para melhor atender às necessidades de alunos com TEA, destacando a importância da inclusão e da adaptação curricular em ambientes de aprendizagem diversificados. O estudo é particularmente relevante por demonstrar, por meio de dados empíricos, que intervenções direcionadas na área da Educação Física podem resultar em melhorias notáveis nas competências motoras e sociais dos alunos com TEA, contribuindo para a construção de um ambiente escolar mais inclusivo e acolhedor para todos.

Crianças com transtorno do espectro autista (TEA) no ensino regular através da Educação Física

No artigo de Monique Aparecida Silva Cantalicio (2016), apresentado ao Centro Universitário do Sul de Minas (UNIS/MG), a inclusão de crianças com TEA em ambientes educacionais regulares é discutida com atenção especial ao papel significativo da Educação Física. O documento detalha o autismo como uma desordem neurofisiológica que se manifesta desde o início do desenvolvimento, impactando primordialmente as habilidades de comunicação e interação social do indivíduo.

Cantalicio (2016) descreve o autismo por meio de suas manifestações comportamentais, que incluem dificuldades substanciais na comunicação e interação social, juntamente com comportamentos repetitivos e restritivos. A autora enfatiza a importância do diagnóstico precoce, dado que os sintomas podem variar enormemente entre os indivíduos afetados, influenciando diretamente a escolha e a eficácia das intervenções pedagógicas e terapêuticas aplicadas.

Um ponto central do artigo é o valor da Educação Física como instrumento para a inclusão dessas crianças. Cantalicio (2016) argumenta que as atividades físicas, quando adaptadas e bem estruturadas, não apenas melhoram as habilidades motoras e cognitivas, mas também são cruciais para a socialização e inclusão efetiva das crianças com TEA em ambientes de ensino regular. A autora apresenta a Educação Física como um espaço no qual essas crianças podem praticar habilidades sociais de maneira controlada, o que é vital para sua qualidade de vida.

Metodologicamente, a pesquisa é caracterizada como bibliográfica e utiliza o método hipotético-dedutivo para explorar e analisar as intervenções propostas na literatura existente sobre a inserção de crianças com TEA por meio da Educação Física. Além disso, Cantalicio (2016) ressalta a importância das estratégias de ensino estruturado, que fornecem um ambiente de aprendizado previsível e podem ajudar a reduzir a ansiedade frequentemente experimentada por crianças com TEA em situações novas ou desconhecidas.

O artigo também aborda os desafios associados à inclusão de crianças com TEA, apontando a falta de preparação adequada e de recursos em muitas escolas. A autora chama atenção para a necessidade urgente de melhorar a capacitação de educadores e outros profissionais, a fim de sensibilizá-los e equipá-los melhor para atender às necessidades dessas crianças.

Cantalicio (2016) reitera a necessidade de um ambiente educacional inclusivo que se adapte às necessidades dos alunos com TEA, apelando para uma maior conscientização sobre o autismo e a implementação de práticas pedagógicas inclusivas que não apenas acomodem, mas também valorizem as diferenças individuais. O documento conclui enfatizando o papel crucial da Educação Física no desenvolvimento integral e na inclusão de crianças com TEA no sistema educacional regular.

A integração de crianças com TEA em ambientes educacionais regulares não é apenas uma obrigação legal, sob a égide da Constituição Federal de 1988, que assegura educação de qualidade para todos os cidadãos, mas também uma oportunidade para enriquecer nosso tecido social e educacional. A pesquisa e prática pedagógica contemporâneas destacam a importância de compreender e adaptar as abordagens educacionais para incluir efetivamente esses alunos, cujas necessidades são tanto complexas quanto profundamente mal compreendidas.

Desde a descrição pioneira de Leo Kanner, em 1943, que identificou o autismo como uma condição marcada por "um isolamento extremo desde o início da vida e um desejo obsessivo pela preservação da mesmice", a compreensão do TEA evoluiu significativamente (Volkmar; Hubner; Halpern, 2010). Essa evolução teórica reflete uma mudança de visões estigmatizantes para abordagens mais holísticas e empáticas, reconhecendo as capacidades e desafios únicos desses indivíduos.

A inclusão escolar vai além da mera presença física na sala de aula: ela exige uma verdadeira integração, que pode ser alcançada somente através de um comprometimento com práticas pedagógicas inclusivas e adaptadas. Mantoan (2015) ressalta que a inclusão "é a nossa capacidade de entender e reconhecer o outro e assim ter o privilégio de conviver e compartilhar com pessoas diferentes de nós". Esse é o cerne da educação inclusiva: não apenas coexistir, mas engajar-se ativamente com a diversidade humana.

Por fim, a implementação eficaz da inclusão de alunos com TEA exige uma colaboração contínua entre educadores, famílias e especialistas, além de uma formação adequada dos professores para atender às necessidades específicas desses alunos. A pesquisa em Educação Física e autismo não apenas ilumina caminhos para a inclusão efetiva, mas também desafia as comunidades escolares a transformar princípios inclusivos em práticas diárias. Portanto, a Educação Física não é apenas uma disciplina curricular, mas uma ferramenta vital de inclusão, oferecendo estratégias significativas para integrar crianças com TEA no panorama educacional mais amplo.

Discussões

Se, por um lado, a quantidade de artigos encontrados nesta revisão sistemática é pequena, por outro, os próprios autores reforçam a necessidade de construção de um marco teórico mais abrangente sobre o assunto, ao mesmo tempo em que salientam a urgência da formação de professores de Educação Física voltados para a inclusão. Por isso, trabalhos como os coletados neste artigo podem contribuir para começar a mudar esse cenário, quebrando o ciclo de ausência de pesquisas e colaborando para a formação de professores.

Analisando a riqueza de informações fornecidas pelos artigos, é evidente que a inclusão de alunos com TEA nas aulas de Educação Física representa um desafio significativo, mas também uma oportunidade única para o desenvolvimento dos alunos. Por meio de uma abordagem pedagógica inclusiva, que respeite as particularidades de cada aluno, é possível oferecer uma educação mais rica e diversificada.

As fontes analisadas sugerem que as aulas de Educação Física podem ter um impacto significativo no processo de inclusão e desenvolvimento dos alunos neurodivergentes:

  1. melhora da coordenação motora – as aulas de Educação Física oferecem oportunidade para os alunos desenvolverem habilidades motoras finas e grossas, equilíbrio, flexibilidade, força e resistência;
  2. melhora do comportamento social – as aulas proporcionam interação em grupo, ajudando a desenvolver habilidades de comunicação, cooperação e trabalho em equipe;
  3. aumento da autoestima – a melhoria das habilidades físicas e sociais pode elevar a autoestima e a confiança dos alunos;
  4. a inclusão efetiva de alunos com TEA nas aulas de Educação Física exige uma abordagem holística.

A Educação Física escolar desempenha um papel crucial na aprendizagem e no desenvolvimento de alunos com TEA, promovendo melhora da coordenação motora e do comportamento social. Ziemba e Reis (2022) revelam que os alunos com TEA que participam das aulas de Educação Física mostram progressos em seu desenvolvimento motor, cognitivo, social e afetivo, evidenciando a relevância da inclusão efetiva desses alunos nas atividades escolares regulares.

Além disso, as aulas de Educação Física também atuam em prol da autoestima dos alunos com TEA. Quando trabalhada de forma inclusiva, a Educação Física contribui para a promoção da integração social, do desenvolvimento motor e da autoestima desses alunos (Carvalho, 2006).

Conforme destacado por Ziemba e Reis (2022), é importante que as aulas sejam estruturadas de maneira a minimizar a ansiedade dos alunos, com rotinas previsíveis e adaptações que facilitem a aprendizagem e a integração. A Educação Física, portanto, deve ser vista não apenas como oportunidade para a prática de exercícios físicos, mas também como meio de desenvolvimento social e emocional.

Em suma, os artigos em conjunto sugerem que a Educação Física pode e deve ser um vetor de inclusão, desenvolvimento e integração para alunos com TEA. Evidenciam que, quando devidamente apoiados por políticas públicas adequadas e com o respaldo de uma formação contínua e específica para professores, os programas de Educação Física podem transformar significativamente a experiência educacional dos alunos, promovendo não apenas a inclusão, mas também a celebração das diferenças no ambiente escolar.

Enquanto os artigos examinados abordam com profundidade a integração de alunos com TEA nas aulas de Educação Física, algumas lacunas significativas ainda permanecem, as quais, se abordadas, poderiam enriquecer substancialmente a discussão e a prática pedagógica na área.

Primeiramente, é notável a ausência de feedback detalhado por parte dos próprios alunos com TEA. De acordo com Adriana Godoi (2013, p. 27), a inclusão de suas perspectivas e experiências poderia oferecer insights preciosos sobre o que efetivamente “funciona para eles em termos de inclusão e métodos de ensino”, além de como vivenciam as adaptações feitas em seu benefício.

Além disso, César Augusto Nunes (2017) discute a necessidade de acompanhamento a longo prazo das práticas de Educação Física inclusivas, para avaliar como tais práticas impactam o desenvolvimento dos alunos ao longo do tempo.

Célia Regina Rossi (2015) acredita que a interdisciplinaridade é fundamental para a Educação Inclusiva. Segundo a autora, um plano educacional mais integrado para alunos com TEA pode ser mais completo e eficaz ao incorporar áreas como apoio psicológico, terapia ocupacional, fonoaudiologia e Educação Física.

Ademais, embora os textos mencionem a necessidade de treinamento para professores, há falta de especificidade sobre como esses programas devem ser estruturados. Detalhar modelos específicos de formação continuada, que incluam estratégias práticas e teóricas para a inclusão efetiva de alunos com TEA, seria extremamente benéfico. Antônio Carlos da Silva (2016) reconhece a importância de detalhar tais programas, enfatizando estratégias teóricas e práticas voltadas à inclusão.

De modo geral, os textos informam sobre a necessidade de treinamento dos professores, mas há falta de detalhamento sobre o que as formações continuadas devem contemplar em termos de práticas inclusivas para alunos com TEA (Silva, 2016).

Além disso, Mantoan (2015) acredita que estratégias de avaliação adaptadas e a participação de pais e cuidadores no processo educativo são cruciais. A autora discute formas de avaliação adaptáveis e a importância da cooperação entre escolas e famílias para o sucesso da inclusão.

Essas questões, se abordadas, não apenas aprofundariam o conhecimento existente, mas também aprimorariam as práticas de inclusão, tornando-as mais eficazes e significativas para os alunos com TEA.

Considerações finais

Este artigo objetivou apresentar reflexões bibliográficas sobre o papel das aulas de Educação Física na inclusão de alunos com TEA nos anos iniciais do Ensino Fundamental, por meio de uma revisão sistemática da literatura. Os impactos da Educação Física para esses alunos destacam benefícios significativos tanto no desenvolvimento motor quanto no social, promovendo um ambiente mais inclusivo e acolhedor.

Um dos principais benefícios observados é a melhoria das competências motoras. Atividades físicas adaptadas e bem estruturadas são essenciais para o desenvolvimento da coordenação motora, do equilíbrio e das habilidades físicas gerais dos alunos. Além do desenvolvimento motor, a Educação Física desempenha um papel crucial na socialização e inclusão social de alunos com TEA.

No entanto, a inclusão efetiva de alunos com TEA nas aulas de Educação Física requer preparação adequada dos professores. A falta de formação específica e de recursos adaptados constitui uma barreira significativa para a inclusão. É fundamental que os docentes recebam capacitação contínua e especializada para implementar estratégias pedagógicas inclusivas que atendam às necessidades individuais desses alunos. Alguns estudos indicam que a formação docente sensível à inclusão é essencial para criar um ambiente de aprendizado positivo e acolhedor.

Por isso, as políticas públicas desempenham um papel fundamental na promoção da inclusão de alunos com TEA. Leis como a Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência (Brasil, 2015) e a Declaração de Salamanca (Unesco, 1994) reforçam a importância de garantir que todos os alunos tenham acesso a uma educação de qualidade, adaptada às suas necessidades. A implementação dessas políticas é vital para assegurar que os direitos educacionais dos alunos com TEA sejam respeitados e promovidos.

A Educação Física pode facilitar a inclusão, o desenvolvimento e a integração de alunos com TEA. Essa disciplina tem o potencial de transformar a experiência educacional desses estudantes, ajudando-os a desenvolver habilidades motoras e sociais, sobretudo quando apoiada por políticas públicas adequadas e pela formação contínua dos professores.

Referências

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BRAGA, T. C. N.; BRAGA, E. dos S. de O. Transtorno do espectro autista: perfil das produções científicas na revista Educação Pública. Revista Educação Pública, Rio de Janeiro, v. 24, nº 14, 30 abr. 2024. Disponível em: https://educacaopublica.cecierj.edu.br/artigos/24/14/transtorno-do-espectro-autista-perfil-das-producoes-cientificas-na-revista-educacao-publica.

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Publicado em 08 de outubro de 2025

Como citar este artigo (ABNT)

ALEGRE, Washington Luís Cardoso; VALIM, Rosa Lidice de Moraes; ALMEIDA, Verônica Eloi de. O impacto das aulas de Educação Física no processo de inclusão e desenvolvimento dos alunos com transtorno do espectro autista. Revista Educação Pública, Rio de Janeiro, v. 25, nº 38, 8 de outubro de 2025. Disponível em: https://educacaopublica.cecierj.edu.br/artigos/25/38/o-impacto-das-aulas-de-educacao-fisica-no-processo-de-inclusao-e-desenvolvimento-dos-alunos-com-transtorno-do-espectro-autista

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