Edição V. 10, Ed. 4 - 02/02/2010
Monteiro Lobato e o Modernismo: um equívoco
Em dezembro de 1917, no jornal O Estado de S. Paulo, Monteiro Lobato publicava o que seria o início de um mal-entendido entre o autor de Urupês e todo um movimento literário que estava deixando de ser embrionário, o Modernismo. No artigo, denominado "Paranoia ou mistificação?", Lobato dividia a arte de acordo com interpretações pessoais, citando duas espécies de artistas: "os que veem normalmente as coisas e em consequência disso fazem arte pura" e os que "veem anormalmente a natureza, e interpretam-na à luz de teorias efêmeras, sob a sugestão estrábica de escolas rebeldes". Entre os seguidores dessa arte desclassificada, Lobato incluiu Anita Malfatti. Começavam então suas desavenças com um novo movimento artístico no Brasil. Sua concepção da arte se distanciava do Modernismo de tal modo que a "paranoia" usada no título vem da ideia de que a nova arte seria mais sincera em manicômios, já que só poderia ser fruto de uma lógica psicótica. Lobato não deixa de ver qualidades "latentes" nas obras de Malfatti, mas lamenta suas "tendências para uma atitude estética forçada no sentido das extravagâncias" de pintores modernos. Além disso, o autor da crítica ataca também os elogiosos insinceros, aumentando seu número de desafetos.
Leia este artigoGeologia e sociedade
Não sei bem qual é a explicação, mas temos em Geologia inúmeras descobertas/aplicações de materiais que vão sendo gradativamente incorporadas aos conhecimentos empíricos.
Leia este artigoA lógica e outros discursos
O discurso lógico-matemático, ao impor-se na tradição ocidental, tendeu a excluir do seio da linguagem as outras formas de discurso, nomeadamente as que visam a expressão e a persuasão: a retórica, a poética, o mito, a linguagem ordinária.
Leia este artigoÁfrica e africanidades
Durante o ano passado, o músico e escritor Chico Buarque declarou sua repulsa por uma parte da população brasileira que busca suas origens europeias e se esquece de suas origens africanas. De fato, a consulta feita pelo IBGE em 1999 traz 54% de brasileiros declarando-se brancos, enquanto 45% se dizem negros ou pardos. Ou seja, em um país colonizado por europeus que foram buscar a força de trabalho majoritariamente nos escravos africanos, a miscigenação dos dois grupos ainda é um tabu. O compositor de olhos cor de ardósia reclamava do preconceito que tenta esconder uma realidade que deveria ser, ao contrário, comemorada: a influência negra no Brasil é fator essencial para o desenvolvimento da nossa cultura, diversa e ao mesmo tempo abrangente.
Leia este artigoALDEIA? GLOBAL?
Todo teórico que se preza busca uma teoria total, aquela que resolve todos os problemas, superior a tudo o que já foi escrito e pensado até ele. Essa tendência hegeliana – presente em boa parte do pensamento acadêmico – produz generalizações de todos os matizes, bem como afirmações pouco modestas, como a do francês Guy Debord: "O primeiro mérito de uma teoria crítica exata é fazer parecerem ridículas, de imediato, todas as demais". O canadense Marshall McLuhan não é menos pretensioso. De sua pouco sistemática obra pinçam-se aqui e ali frases e expressões que caíram no gosto popular e tornaram-se chavões (do mesmo modo que aconteceu com os termos indústria cultural, simulacro, sociedade do espetáculo etc.).
Leia este artigoRoteiro: modo de fazer
Todo mundo já deve ter ouvido frases do tipo “aquele filme é muito bom, ganhou o Oscar de melhor roteiro!” ou “que história chata... roteiro pobre!...” Mas, afinal, qual é a importância de um roteiro na construção de uma obra cinematográfica ou de mídia digital? O que o faz ser bom ou ruim? Para que serve?
Leia este artigoSeção Divulgação Científica
Educação e pandemia
Pandemia e Educação na imprensa
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Citação
"É melhor construir salas de aula para o Menino do que celas e patíbulos para o Homem."
Eliza Cook (12/1818 – 09/1889)
Educadores e Educadoras
Célestin Freinet

"A democracia de amanhã se prepara na democracia da escola."