Edição V. 7, Ed. 1 - 03/01/2007

Mário Quintana

Quando preparo esta mensagem, caminho por um declive. A lógica (observar para onde se caminha) puxa meu olhar para baixo, mas lá não há horizonte, só o fundo da depressão. Já é noite, as cores se esvaíram, primeiro na penumbra, depois nas trevas. O olhar é atraído para o leve lilás que ainda persiste acima das montanhas. Quer luz, quer cores.

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Ação Griô: Cultura e Comunicação...

Cultura tem muito a ver com comunicação. Cultura é um mundo de significados, é um código simbólico construído socialmente, isto é, em grupo, e compartilhado por todos os seus integrantes. Cultura é construção.  Griô. Saberes. Comunicação. Construção: CULTURA!

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João Antônio: escritor, jornalista e...malandro

João Antônio, mais conhecido como o autor de Malagueta, Perus e Bacanaço, seu livro de estreia publicado em 1963 - vencedor de dois prêmios Jabuti - fez da rua a casa de seus muitos malandros, personagens de seus livros.  Diz ele: "É da rua que eu gosto, espetáculo humano e rico, movimento colorido, encantador, surpreendente. É na rua que as coisas coletivas costumam acontecer". Seus personagens andam a pé, atravessam bairros inteiros, frequentemente a Lapa e Copacabana, pensando e sentindo a cidade enquanto andam.

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Fronteiras

Se queres ousar, pensa, pode ser diferente, podemos demolir as estradas para não atrapalhar os baobás, podemos criar tecnologias para distribuir prazer, podemos parar de demarcar fronteiras quando imaginamos, quando intuimos, quando desejamos, quando oferecemos. Podemos parar de demarcar fronteiras entre o que somos e o que queremos ser, entre o que somos e o que somos obrigados a ser, entre o que somos e o que pretendemos ser, entre o que somos e o que as negras, os mendigos, as bichas e as putas são. Podemos parar de demarcar fronteiras que custam sangue e se fazem pondo desprezo de um lado e medo de outro. Podemos até parar de demarcar fronteiras antes que demarquemos a fronteira da vida e fiquemos fora dela. Se precisas ousar, ousa mais, pode ser diferente, podemos deixar a terra crescer frutos de todo porte, não pensar que ela é nossa geladeira quente, e a cada dia comer coisas diferentes. Podemos parar de ver o mundo com as cores dos mapas. Podemos parar de demarcar fronteiras entre o que fazemos e o que nos faz fazer, entre o que fazemos e o que fica feito depois que fazemos, entre o que fazemos e o que somos capazes de fazer, entre o que fazemos e o que fazem as indigentes, os pobre caducos, as moribundas. Podemos parar de demarcar fronteiras que custam sangue e se fazem pondo certezas de um lado e indiferença de outro. Podemos até parar de demarcar fronteiras antes que demarquemos a fronteira da vida e fiquemos fora dela. Se gostas de ousar, inventa, pode ser diferente, podemos abandonar as instituições financeiras aos fungos, podemos dar títulos de propriedade às paineiras, podemos viver em cidades do tamanho de nossos passos. Podemos parar de procurar trigo no joio. Podemos parar de demarcar fronteiras entre o que gostamos e o que deveríamos gostar, entre o que gostamos e o que pensamos gostar, entre o que gostamos e o que fingimos gostar, entre o que gostamos e o que os outros tem que aprender a gostar; do que gostam as miseráveis, as amantes excluídas, os asilados. Podemos parar de demarcar fronteiras que custam sangue e se fazem pondo ordem de um lado e violência de outro. Podemos até parar de demarcar fronteiras antes que demarquemos a fronteira da vida e fiquemos fora dela.

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De Pepinos e abacaxis

Sobre a sinonímia entre uma cucurbitácea e uma bromeliácea

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