Edição V. 8, Ed. 18 - 20/05/2008

A musicalidade na obra de João Guimarães Rosa

“Sou precisamente um escritor que cultiva a ideia antiga, porém sempre moderna, de que o som e o sentido de uma palavra pertencem um ao outro. Vão juntos. A música da língua deve expressar o que a lógica da língua obriga a crer”, afirmou João Guimarães Rosa, dialogando com o crítico alemão gunter Lorenz (Rosa, apud Lorenz, 1983, p. 88). As confissões de Rosa a Lorenz evidenciam como o escritor pensava (e sentia) a tensão dinâmica que rege a musicalidade das palavras. O que quer dizer essa musicalidade? Todos os seus significados apresentados pelo Dicionário Houaiss – “caráter, qualidade ou estado do que é musical”; “talento ou sensibilidade para criar ou executar música”; “sensibilidade para apreciar música; conhecimento musical”; “expressão do talento musical de alguém”; e “cadência harmoniosa; ritmo” (Houaiss, 2001) – se mostram oportunos para motivar uma leitura original da obra de Guimarães Rosa.

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O avesso do avesso

Por vezes filosofia e poesia se misturam. Espaço e tempo também. Assim é que o hermético filósofo alemão Friedrich Hegel e o poetinha admirador das belezas tropicais Vinícius de Moraes se encontram. O pensador expõe sua complexa dialética no texto O senhor e o escravo, e o carioca através de sua poesia Operário em construção. Ambos os trabalhos trazem a mesma inversão de valores entre dominador e dominado. Os cenários e personagens é que são diferentes: um trata da relação senhor x escravo, e o outro da relação patrão x operário. Mas a dialética, nesses dois casos, é a mesma: o dominado, ao tomar consciência de si, de sua força e de sua importância, sai desse papel e percebe que, na realidade, o dominador é que depende dele e não ao contrário.

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Ferreira Gullar e o 1968

O livro de poemas A luta corporal (1954) marcou o diálogo mais estreito entre Ferreira Gullar e os movimentos de vanguarda, com a decorrente participação no Concretismo e a posterior criação do Neoconcretismo. Nos anos 60, a produção do poeta foi intensamente afetada pela agitação política daquele período. A busca por uma construção estética mais rigorosa deu lugar a uma linguagem que privilegiava a comunicação direta.

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A pós-escravidão brasileira na era da globalização

Faz-se necessário impor um detido olhar para o mundo, em especial para o final do século XIX, em que fervilharam novidades, invenções e mudanças econômicas e tecnológicas, algumas inclusive que se proliferaram pelo ‘século do não’ (o século XX). Enquanto o Brasil se arrastava com um escravismo retrógrado, com a mão-de-obra obrigatoriamente submetida ao trabalho compulsório – prática absolutamente dissonante do que havia de evolução nas práticas capitalistas mundiais –, a dança do avesso/anverso evoluía em seus largos passos por aqui. A Lei das Ferrovias, de 1844, era o inicio dos reflexos dos novos tempos no mundo. Por aqui as locomotivas causaram verdadeiro impacto.

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