Edição V. 9, Ed. 42 - 10/11/2009

Música e Sociedade

A árdua tarefa de escrever sobre algo já tão amplamente discutido pela sociedade nos leva antes a refletir um pouco sobre o significado e o real valor da arte – e, de maneira especial, sobre a música – no atual contexto sócio-político-cultural, não apenas como parte de um exercício acadêmico, nem de maneira classista ou emotiva, mas de forma crítica, de modo a depositar esperanças em um futuro estético melhor do que aquele em que se encontra a grande maioria da música que é veiculada no mundo, com amplos reflexos no Brasil. Se, por um lado, os esforços de instituições, da intelectualidade ou daqueles que de alguma forma estão comprometidos com o desenvolvimento dos sentidos, da percepção humana e do fazer-pensar artístico e cultural tornam-se cada vez mais necessários frente à banalização e superficialidade sonora que chega a ser constrangedora, por outro lado organizações altamente estruturadas com interesses quase exclusivamente mercantilistas, dispondo de poderosos meios de comunicação de massa, realizam-se como produtoras e promotoras de uma música que nada mais tem a ver com arte, mas com entretenimento e comércio. Para fazer frente a imposições que chegam a ser um novo tipo de totalitarismo cultural – e criar condições para que alguma mudança possa ocorrer –, faz-se necessária uma reflexão sobre a atual situação da cultura como um todo, pois a música se insere em um contexto mais amplo como um dos itens mais vulneráveis dentro do sistema de bens e serviços produzidos pela sociedade moderna.

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Mudar mentalidades e práticas: um imperativo

A crise climática é a consequência mais evidente, mais imediata e mais ameaçadora do modelo industrial, produtivista e consumista em que se baseia a nossa economia e o modo de vida que levamos. Não se trata de algo conjuntural, mas de esgotamento de um sistema que tem como motor o ter e o acumular, ou seja, um desenvolvimento que tem como pressuposto básico o crescer, crescer mais, sem parar, sem respeitar limites naturais, tudo para concentrar riquezas. Como condição para desenvolver, não importa a destruição ambiental que possa provocar, nem que a geração de riqueza seja, ao mesmo tempo, geração de pobreza, exclusão social, desigualdades de todo tipo. O aquecimento global e a crise do clima são, por isso, expressões de uma inviabilidade intrínseca desse desenvolvimento. Tanto de um ponto de vista ambiental como social, não dá para tornar sustentável tal desenvolvimento. Não importa o lugar que ocupamos neste planeta único e finito, o fato é que precisamos mudar. Esse é, hoje, um imperativo ético, de vida; está em questão a integridade da vida e de sua visceral relação com o meio ambiente, e, portanto, da humanidade inteira.

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Considerações sobre o romance de formação

Pretendemos com este texto apresentar algumas considerações sobre o “romance de formação” (do original no alemão Bildungsroman) como gênero literário e como percurso filosófico e pedagógico. O termo formação (Bildung), na língua alemã, é carregado de sentidos relacionados à ideia de imagem (Bild) e de forma, apresentando-se como um processo educativo que visa dar uma forma ao ser humano, conforme uma imagem ideal que dele se estabelece.

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Um olhar poético sobre o educar: da habitação à morte

Educar é morar, residir permanentemente no devir de um caminho de apropriação. Nesse sentido, educar não é dizer como, mas apontar a partir de uma existência o metamorfosear entre externo e interno: consumação.

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A vida dos animais

Em A vida dos animais, J. M. Coetzee, Prêmio Nobel de Literatura de 2003, envolve-nos em um tema caro, pelo menos para a minha geração. Já longe dos anos 60 do século passado, comemos toda espécie de animais considerados puros para o consumo humano sem pensar, ou pelo menos sem avaliar, nas circunstâncias de sua morte. Comer carne de vaca está longe de ser considerado falta de delicadeza; para nós, pelo menos os não-vegetarianos, é extremamente normal. Mas e quanto aos coelhinhos? Não há demora em presenciar um suspiro um pouco mais longo ou uma recusa aberta quando se trata de animais pequenos que nos lembram o ser quando vivo: codornas, coelhos, rãs no menu servido sem cerimônia.

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