Edição V. 10, Ed. 1 - 12/01/2010
Bachelard e a ciência contemporânea
Em fins do século XIX e início do XX, a história das ciências teve uma influência marcadamente positivista. Tal corrente fortaleceu a crença de que através do uso da razão o homem conseguiria dominar completamente a natureza. É inegável que grandes descobertas foram feitas; entretanto, junto a elas, grandes danos sofreu a natureza. Não só danos externos. Internamente viu-se ruir as estruturas do edifício científico; tal abalo foi causado pelas novas teorias científicas que contradiziam o caráter objetivo e incontestável da razão, mostrando que a crença na verdade absoluta e na razão universal tinha seus alicerces fincados em solos movediços.
Leia este artigoClaudio Willer
Os poemas e os comentários que aqui vão foram publicados há 42 anos, pela Massao Ohno, editora de São Paulo que desempenhou papel renovador ao privilegiar a poesia e a beleza em suas edições. Anotações para um apocalipse de Claudio Willer, é uma brochura simples (56 páginas no formato 17,5 cm por 12,5 cm) e um livro complexo, um soco no cérebro, uma pancada daquelas que remexe tudo que organizamos, se não for repelida por um sólido elmo dotado de viseira inexpugnável. Composto por Anotações para um apocalipse — poemas e As fronteiras e dimensões do grito — manifesto, tem uma unidade indissolúvel. Também a introdução de Roberto Piva manifesta a mesma essência libertária que as palavras de Willer.
Leia este artigoDesigualdade ou emancipação?
Partindo de uma experiência insólita em sua longa carreira de pedagogo, Joseph Jacotot, professor francês do início do século XIX, apercebeu-se de que o processo de aprendizagem pode não consistir naquilo em que o senso comum e a teoria então vigente (e vigente até hoje, temos que reconhecer) haviam consagrado. O que Rancière denomina “aventura intelectual” aconteceu-lhe quando, exilado por motivos políticos nos Países-Baixos, Jacotot ocupava o posto de leitor de literatura francesa em meio período. Ignorando o holandês, o mestre não teria como responder às dúvidas de seus alunos sem que alguma coisa em comum o ligasse a eles como canal de comunicação eficiente o bastante. Esse canal se apresentou sob a forma de um livro – o Telêmaco, em edição bilíngue publicada em Bruxelas. Por meio de um intérprete, ele indicou o livro aos estudantes, recomendando que aprendessem, com o auxílio da tradução, o texto francês.
Leia este artigoCortázar e o texto político
Como autoexilado em Paris e observador da sociedade argentina em particular e da latino-americana em geral, Julio Cortázar desenvolveu um meio próprio de escrever politicamente. Desde a primeira publicação de seus contos, no livro Bestiário (1951), ele já demonstrava sofrer influência da literatura fantástica e extravasar pela escrita sua visão particular do mundo, ao mesmo tempo que declarava suas posições socialistas. Sem fazer política panfletária, pelo menos em textos ficcionais, o argentino nascido em Bruxelas conseguia denunciar ao resto do mundo as desigualdades e atrocidades acontecidas na América Latina, mas também anunciava as esperanças revolucionárias que surgiam.
Leia este artigoAtenção: Submissão de trabalhos
A revista Educação Pública está aberta para submissão de trabalhos. Algumas normas foram reformuladas. Por favor, leia com atenção antes de enviar seus trabalhos.
É importante ressaltar que daremos prioridade à publicação de artigos e relatos que falem das experiências dos professores com as aulas a distância durante a pandemia e de trabalhos que tratem de temas ou relatem experiências relevantes para a Educação Básica no Brasil.
Educação e pandemia
Educação: Tem o poder de transformar
O Centro de Estudos “O bem viver e a resiliência dos povos indígenas no cuidado com a Amazônia"
recebeu os representantes dos povos indígenas
- Iolanda Pereira da Silva, do Povo Macuxi;
- Michel Oliveira Baré Tikuna, do Povo Baré e Tikuna;
- e o procurador da República Marco Antônio Delfino de Almeida;
- e o coordenador do Programa Rio Negro do Instituto Socioambiental, Marcos Wesley de Oliveira.
Caminho para a liberdade
"A educação é o ponto em que decidimos se amamos o mundo o bastante para assumirmos a responsabilidade por ele."
Hannah Arendt (1906-1975).
Educadores brasileiros
Dermeval Saviani

"A educação é uma atividade que supõe a heterogeneidade no ponto de partida e a homogeneidade no ponto de chegada."