Edição V. 10, Ed. 15 - 27/04/2010

As eleições e o Estado

Na conjuntura eleitoral que se abre com a definição das candidaturas para a Presidência da República, começa a emergir com grande força a discussão sobre o papel do Estado. A exposição do tema certamente crescerá na medida em que a campanha eleitoral avance, tornando-se assim uma questão central nas opções que cabem à cidadania fazer pelo seu decisivo voto em outubro próximo. Este não é, obviamente, um debate novo, mas vale a pergunta: está bem colocado, de modo a favorecer a quem, em última instância, mais poderia beneficiar-se dele, ou seja, o cidadão-eleitor?

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Em cima do cangote de Deus

Um homem atravessava o deserto. Sempre que olhava para trás, percebia que, junto às suas pegadas, aparecia sempre outro par, como se uma presença invisível o acompanhasse. O homem se sentia confortado sempre que via as misteriosas pegadas. Seu medo dos estranhos perigos do deserto, das ameaças do mundo, dos riscos da vida dissolvia-se, porque ele sabia, em seu íntimo, que Deus caminhava com ele. Um belo dia, enquanto atravessava o deserto mais uma vez, o homem caiu em desgraça. Olhou para trás e ficou profundamente abalado ao perceber que só havia, atrás dele, as suas próprias pegadas. Em pânico, cortado pelo estranho desespero e pelo sentimento desconcertante de orfandade, gritou para o céu: “Senhor! Como Você pôde me abandonar em um momento tão difícil!?!”. Repentinamente, uma voz respondeu: “Eu não te abandonei seu idiota, eu estou te carregando!”.

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Ler uma canção, escutar um poema

O dicionário Houaiss define o termo “poesia” como uma composição em versos, geralmente com associações harmoniosas de palavras, ritmos e imagens. A definição se aproxima muito do que chamamos de canção, uma vez que harmonia rítmica e de palavras nos remete à poesia musicada. A relação entre poesia e música sempre foi íntima, quase complementar. Na Grécia antiga, a composição poética feita para ser cantada, seja por uma voz ou por coro, era chamada de lírica, porque era geralmente acompanhada por uma lira. O termo “lírico” acabou por se tornar um sinônimo da expressão de sentimentos ou pensamentos íntimos, ao contrário da narrativa, que expressa uma história. É claro que essas definições se misturam, uma vez que uma narrativa pode ser lírica (como a história de Riobaldo, em Grande sertão: veredas, ou a poesia narrativa de Morte e vida severina). O lirismo, se associado ao sentimento poético, pode ser encontrado em canções, poemas, na prosa ou mesmo em textos teatrais. Baudelaire, Guimarães Rosa, Raduan Nassar e vários outros autores escreveram textos em formato de prosa, sem métrica, rima ou mesmo ritmo, mas utilizando a função poética da língua para trazer lirismo (isto é, poesia) a esses textos. Assim, expressar o eu lírico do personagem é uma forma de trazer poesia à narrativa, o que não necessariamente faz dessa narrativa escrita um poema.

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A pressa é amiga da perfeição

É possível que provérbios até então intocados por razões variadas – dentre elas o receio de topar de frente com anos de enraizada tradição popular – possam ser reavaliados e, de tal feita, encontrar novas perspectivas a seu respeito, haja vista que as muitas transformações sofridas até então, sobretudo no campo profissional, demandam novos e fundamentais ajustes. “A pressa é inimiga da perfeição”, por exemplo, já não traduz verdadeiramente a estatura acerca dos resultados que se pode obter na vida organizacional contemporânea. Entende-se, pois, que tal máxima encontra-se ultrapassada na prática laboral. Ao contrário, verificando o polo oposto de tal dito é que se alcança o seu inusitado entendimento. Rapidez e qualidade precisam andar de mãos dadas. É uma exigência do mercado e um compromisso pessoal do desenvolvimento do trabalhador para consigo mesmo.

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Mais sobre o problema da Liberdade da Vontade

No presente texto vamos continuar a discussão iniciada em O problema da Liberdade da Vontade, segundo Benson Mates. Esse pesquisador analisa a visão de outros filósofos sobre esse problema e tenta ver até que ponto o agente pode ou não ser responsabilizado moralmente pelos seus atos.

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