Edição V. 10, Ed. 2 - 19/01/2010
Sobre a origem da universidade moderna
Em 1794, o filósofo Immanuel Kant (1724-1804) publicou uma coletânea de textos escritos ao longo de alguns anos ao qual foi dado o nome de Conflito das Faculdades. Esse texto foi o início da reflexão sobre a universidade moderna e o marco para a mudança na determinação de seu sentido. Ele representa essa mudança por se contrapor ao modelo de universidade medieval, constituída pelas três faculdades superiores (Teologia, Direito e Medicina) e a faculdade inferior (a Filosofia). A hierarquia dessa organização refletia uma ordem decorrente das necessidades empíricas percebidas pelo Estado, pois a universidade lhe servia para formar indivíduos que teriam como tarefa simplesmente cumprir seu papel do modo como foi aprendido.
Leia este artigoBiblio - Biblioteca Fácil
A situação é comum: a pessoa entra na biblioteca, mas não sabe muito bem o nome do autor nem da obra. Lembra que tinha uma capa meio vermelha e a palavra “rosa” no título. A bibliotecária sabe exatamente do que o leitor está falando: a primeira edição de O nome da rosa, de Umberto Eco. As associações que a bibliotecária fez em sua cabeça para chegar ao resultado são um mistério e, até alguns anos atrás, era impossível ter uma resposta tão eficiente assim usando um computador. Mas os mecanismos de pesquisa baseados em palavras-chave associadas a poderosos tesauros foram implementados e hoje são serviços comuns na internet. O Google é o melhor exemplo disso: retorna resultados precisos e ainda oferece possíveis correções se a palavra não é comum, mas se assemelha gramaticalmente a outros termos cadastrados.
Leia este artigoEntrevista com Raimundo
Há anos aquele homem está ali, sentado e escrevendo, rodeado de plásticos e garrafas, numa ilha entre as pistas da Avenida Pedroso de Moraes, na esquina com a Praça Ernani Braga, no bairro do Alto de Pinheiros, em São Paulo. Vestido com um gorro e uma capa de plástico preto, sua figura não é das mais convidativas, mas logo no primeiro contato Raimundo Arruda Sobrinho, que chama a si mesmo de “Condicionado”, mostra ser íntegro, paciente e até cavalheiro, como poucos restam hoje.
Leia este artigoEducação e escola: entre a autoridade e o autoritarismo
Um aluno grita com a professora de Matemática, que chora. Outro empurra uma jovem docente de Letras e finge que não viu. Um professor é ameaçado com arma fora da sala. Outro aluno utiliza o celular e, quando advertido, manda o docente calar a boca. Alunos colocam bomba embaixo da mesa do professor e uma aluna bate na docente ainda ingênua. Episódios como estes, infelizmente, passaram a fazer parte de nosso cotidiano escolar. Uma crise cega e silenciosa perpassa as salas de aula. Professores andam com medo e os alunos, por diversos motivos, andam violentos, estressados e desmotivados. Em algum lugar do passado algo mudou e não foi para melhor. Aparentemente, os anos de autoritarismo fizeram grande confusão com o que entendemos “ser autoridade”. O docente já não é o mesmo. Talvez os ventos da década de 1960 ou mesmo os de 1980 fizeram mal a boa parte da saúde espiritual dos discentes em sala de aula. Alunos e alunas andam confundindo as coisas e, diante da sociedade hedonista e do consumo, têm perdido qualquer referência. Provavelmente o fenômeno tem começo na família. O filho, antes cuidado e educado pelo pai e pela mãe, hoje sofre a terceirização da fantástica arte de educar. De duas uma: (1) ou são entregues a babás e à TV ou (2) são despejados em escolhinhas e/ou escolas, as quais há tempos já vêm tomando boa parte do tempo da criança que deveria, por definição, estar com os pais. A escola, nesse caso, tem servido como o depositário de crianças e adolescentes porque os pais simplesmente trabalham. Sem limites na família, o aluno e a aluna encontram outros valores no ambiente escolar e o conflito é iminente.
Leia este artigoAcaso, destino e escolha ou o velho dilema entre o casamento e a aquisição da bicicleta
Imaginemos aquela viagem dos sonhos para uma ilha paradisíaca programada para o final de semana. Os mais pés-no-chão não deixariam se envolver tanto pelo idílio tropical e, objetivos por natureza, tratariam de checar a previsão do tempo. Com sol, tudo bem, com chuva: viagem cancelada. Os tô-nem-aí nem de longe pensariam em acessar o site de serviços meteorológicos: a imprevisibilidade dos acontecimentos serve-lhes de motor. Para eles, literalmente, “não tem tempo ruim”; se fizer sol, tomam banho de mar; se cair um temporal, tomam banho de chuva.
Leia este artigoPesquise em nossa biblioteca
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Seção Divulgação Científica
Conversa Sobre Educação
A série Conversa sobre Educação entrevistou Daniel Salvador, editor chefe da revista eletrônica EAD em Foco, publicada pela Diretoria de Extensão da Fundação Cecierj. A publicação tem como principal finalidade difundir a produção acadêmica de pesquisadores da área de Educação a Distância do Brasil e do exterior. A entrevista está disponível no canal Eureka! Cecierj.
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