Edição V. 10, Ed. 29 - 03/08/2010
Um aluno marcante: Ricardo tempos depois
Na semana retrasada, eu vasculhava minhas gavetas procurando um documento quando encontrei dois caderninhos daqueles de fotografias – dos tempos em que se via foto impressa, e não no computador ou na telinha da própria máquina fotográfica. Encontrei várias fotos da turma da Antônia, aluna de quem já escrevi aqui. O que me impressionou, além do grupinho das quatro senhoras que eu havia mencionado (Graça, Nevinha, Inês e Antônia), sempre juntas, foi o Ricardo. Sentado sempre no meio da sala, era procurado pelos colegas o tempo todo.
Leia este artigoClarice Lispector e a Poética do Ovo
Tal pergunta pode num primeiro momento parecer ingênua, mas em seu interior carrega todos os pressupostos determinados enquanto realidade do real, pela lógica do pensamento metafísico. Ou seja, ao optarmos por uma das alternativas excluímos a outra, desconsiderando-a. Esta, lançada no esquecimento, não mais é digna de ser efetivamente re-pensada, pois a afirmação de uma implica necessariamente a anulação das possibilidades da outra. Pois, em verdade, o “ou” expresso na pergunta não nos aponta dois caminhos possíveis, mas apenas um previamente estipulado. Resultado? Resposta dada, conceito criado e, por fim, cristalização do movimento natural de todo o pensamento que, incessantemente, convoca-nos a renascer.
Leia este artigoAntes do jazz
Nossa mente dá significado àquilo que experimentamos. Essa é uma verdade que a gente aprende com o tempo. Minhas experiências com música começaram muito cedo porque um dos locais mais fascinantes da casa de meus pais em Mirassol era a sala de som. Um velho três-em-um Gradiente e um punhado de vinis causaram minhas primeiras e mais fundamentais impressões auditivas, abrindo uma maravilhosa janela no meu cérebro que até hoje não se fechou.
Leia este artigoFonética em sala de aula: um momento de ampliação cultural
No que se refere aos conteúdos de língua portuguesa estudados no ensino médio, certamente a fonética é aquele a que nós, professores, damos menos atenção. Se o cronograma é corrido, se estamos atrasados com a matéria ou se precisamos contar com algumas aulas para revisão, não tenha dúvida; o conteúdo a ser excluído será esse. Isso quando a fonética entra no programa, pois muitas vezes ela é cortada já no plano de aulas.
Leia este artigoAprender a (gostar de) ler
Um dia, a televisão anunciou que ia passar o Sítio do Pica-Pau Amarelo. Perto dos onze anos, Alexandre ficou feliz de saber que o programa tinha dois horários e que, depois da escola, ia poder ver aquela história de que sempre ouvira falar, mas nunca tivera coragem de ler. Eram doze livros comprados pelo pai, com letras grandes e cheios de gravuras, mas que pareciam muita coisa para quem ainda tinha os deveres de casa e os livros da escola. As aventuras em ilhas desertas, o escoteiro Bila e as traquinagens de Tom Sawyer eram histórias que faziam Alexandre gostar de ler e até tentar aprender a datilografar na máquina Olivetti Lettera 32 de sua mãe para poder escrever suas próprias histórias de detetives e mistérios. Mas no dia em que a música de Gilberto Gil começou a tocar na televisão, anunciando a transposição da imaginação de Monteiro Lobato de livro para o audiovisual, ele assistiu ao programa inteiro maravilhado. Ficou impressionado com as imagens daquela menina que dormia na beira de um rio e acabava por mergulhar no reino das Águas Claras, onde sua boneca ganharia vida e voz.
Leia este artigoAtenção: Submissão de trabalhos
A revista Educação Pública está aberta para submissão de trabalhos. Algumas normas foram reformuladas. Por favor, leia com atenção antes de enviar seus trabalhos.
É importante ressaltar que daremos prioridade à publicação de artigos e relatos que falem das experiências dos professores com as aulas a distância durante a pandemia e de trabalhos que tratem de temas ou relatem experiências relevantes para a Educação Básica no Brasil.
Educação e pandemia
Educação: Tem o poder de transformar
O Centro de Estudos “O bem viver e a resiliência dos povos indígenas no cuidado com a Amazônia"
recebeu os representantes dos povos indígenas
- Iolanda Pereira da Silva, do Povo Macuxi;
- Michel Oliveira Baré Tikuna, do Povo Baré e Tikuna;
- e o procurador da República Marco Antônio Delfino de Almeida;
- e o coordenador do Programa Rio Negro do Instituto Socioambiental, Marcos Wesley de Oliveira.
Caminho para a liberdade
"A educação é o ponto em que decidimos se amamos o mundo o bastante para assumirmos a responsabilidade por ele."
Hannah Arendt (1906-1975).
Educadores brasileiros
Dermeval Saviani

"A educação é uma atividade que supõe a heterogeneidade no ponto de partida e a homogeneidade no ponto de chegada."