Edição V. 10, Ed. 7 - 02/03/2010

Entrevista: Izaura, uma educadora

São Gonçalo do Rio das Pedras é um distrito do Serro, no alto Jequitinhonha, em Minas Gerais. Das várias histórias locais, uma delas conta que algumas crianças brincavam em um terreno quando acharam uma pequena estátua de São Gonçalo. Como ainda não havia igrejas no distrito, decidiram levar a estatueta para uma capela de Milho Verde, a localidade mais próxima. No dia seguinte, encontraram a estátua do santo no mesmo lugar em que a haviam achado da primeira vez. Na segunda tentativa de levar a imagem para a cidade vizinha, notaram pequenas pegadas no chão que a levava de volta a São Gonçalo. Assim, graças à insistência do santo, uma igreja foi erguida em sua homenagem: a Matriz, de 1787, pode ser vista antes de chegar ao vilarejo de cerca de 1.300 habitantes.

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O bem-estar na civilização

Tenho um amigo que, em 2001, foi passar um tempo na Inglaterra. No começo sofreu um pouco para se acostumar com o jeito very polite dos ingleses e o clima frio de lá. Aqui, ele era adepto do estilo “mais-carioca-impossível”: vivia na praia bronzeando-se, jogava capoeira, morava em Santa Teresa e era frequentador das rodas de partido alto que aconteciam na Lapa, no bar do seu Cláudio, no fim dos anos de 1990 (quando o bairro não tinha estourado por completo e ainda guardava um ar underground). Depois de dois ou três meses em solo britânico, porém, acabou por enturmar-se com uns músicos locais. Aprendeu a ser mais disciplinado e pontual nos ensaios e, em troca, ensinou a cadência e o molejo de uma boa batucada brasileira. Foi assim que promoveu, junto com seus novos amigos, um minidesfile de carnaval pelas ruas de Londres. Sentindo-se mais próximo do que nunca da Cidade Maravilhosa, lá pelo meio do trajeto, escolheu um cantinho para se aliviar do excesso de álcool. Um policial o viu e, antes que desse tempo de esvaziar sua bexiga, foi severamente repreendido pela autoridade, que por sorte não o multou nem o prendeu. Por sorte mesmo. De volta ao Brasil, entre as diversas aventuras na terra dos Beatles, contou-me essa façanha. Rimos diante da disparidade. E o tempo passou. Hoje, nove anos depois, vimos neste carnaval dezenas de foliões serem presos pelo que foi motivo de riso tempos atrás. Os infratores defenderam-se falando do número reduzido de banheiros químicos, o que eu, participante ativa dos blocos de rua do carnaval carioca, pude constatar e vivenciar na pele devido à longa espera provocada pelas mais de dez mulheres à minha frente diante de um banheiro químico. Apesar disso, não há como negar que este ano o odor pós-bloco nas ruas foi bem menos desagradável (não chega a ser agradável) do que o dos anos anteriores. Parece que a cidade do Rio de Janeiro, chamada, em uma música, de “cidade da beleza e do caos”, está tentando enfraquecer este segundo adjetivo que lhe cabe. Pela seriedade com que se cumpriu a lei, a tendência é de que nos carnavais vindouros torne-se cada vez mais incomum ver pessoas fazendo xixi pelas ruas.

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Tremor e temor

Por volta das 9h30 da manhã do dia 1º de novembro de 1755, a terra tremeu em Lisboa. Não se sabe ao certo qual foi a magnitude do tremor, mas especula-se que tenha chegado a oito graus na escala Richter.

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Edgar Allan Poe: o fantástico e a culpa

Ao analisar o sentimento de culpa nas obras de Poe, deve-se considerar que o escritor, ao contrário de seus contemporâneos românticos, não seguia o neoplatonismo. A crença, comum em sua época, de que os conceitos de mal e bem tinham origens distintas não é encontrada em suas histórias. O autor parece preferir o conceito de que o homem é o centro de seus sentimentos e de sua racionalidade e, portanto, mal e bem são produtos de uma mesma fonte: o próprio homem. O sobrenatural e o natural (ou o fantástico e a razão) são usados como uma consequência da culpa nos personagens de Edgar Allan Poe.

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Comentando o Flâneur, de Walter Benjamin

Walter Benjamin nasceu em 15 de julho de 1892, em Berlim, Alemanha. Em 1912 iniciou seus estudos em Filosofia, primeiramente em Freiburg e, mais tarde, em Berlim (onde, durante alguns meses, em 1914, assumiu a presidência da União Livre dos Estudantes) e Munique. Concluiu seu doutorado em 1919 na Universidade de Berna, Suíça, com um trabalho intitulado O conceito de crítica de arte no Romantismo alemão. Em 1923 obteve apoio financeiro do pai para redigir sua tese de livre-docência, Origem do drama barroco alemão (1925), que foi recusada pela Universidade de Frankfurt. Nessa época seus principais interlocutores eram Gershom Scholem e Ernst Bloch.

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Sobre o sentido do erudito (Gelehrte): o seu papel na cultura moderna

Segundo o primeiro grande dicionário alemão, dos irmãos Grimm, já no século XV o termo Gelehrt se referia ao indivíduo versado em questões jurídicas, referentes tanto ao conhecimento e julgamento da vida espiritual pensada no sentido religioso quanto a questões mundanas, relacionadas à vida civil, ao domínio do direito. Enquanto substantivação do particípio passado do verbo lehren, que significa “ensinar”, o termo Gelehrt teria o sentido de se referir àquele que foi “ensinado”, ao douto, o erudito, o instruído, disciplinado, perito, homem de ciência. Passando por várias conotações específicas, o Gelehrt já se referiu ao douto em literatura, àquele que sabe o latim ou mesmo àquele que sabe escrever em geral.

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