Edição V. 12, Ed. 27 - 17/07/2012

Professor confessor

Não sei se sou eu, sei se é meu jeito, signo, a forma como leciono ou se acontece com todos os professores: o que eu sei é que, vira e mexe, um ou outro aluno arruma uma maneira de, ao final da aula, me pegar de surpresa e fazer alguma revelação bombástica a respeito de suas vidas. Com grande parte deles tenho boa relação, mas nada excepcional. Acho que o que facilita esse diálogo deve-se à disciplina que ministro: Filosofia, pois muitas vezes abordamos questões relacionadas a ética, preconceito e liberdade, mesmo tendo pouquíssimo tempo com eles por semana (dois tempos para o terceiro ano e para o primeiro e segundo ano o horário foi reduzido para exíguos 50 minutos semanais, ou seja, até para fazer a chamada é complicado). O fato é que, somente neste último bimestre, três alunas que me pegaram como confessora: uma adolescente grávida e duas vítimas de preconceito por causa de suas opções sexuais.

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Escolas religiosas: Deus seria a explicação até para o que se aprende nos livros?

Ao ouvir falar em escola religiosa, você já se perguntou o que um segmento tem a ver com o outro? Por que a escola precisa ter ligação com a crença religiosa? E mais: por que até hoje as instituições de ensino cuja metodologia está ligada a alguma religião são tidas como as mais sérias, rigorosas e até mesmo de melhor educação para crianças e adolescentes?

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Grandes narrativas - por que sua morte não aconteceu

Em seu tratado sobre o sentimento do sublime, Longino, guiado pela questão do estilo, adverte: “todos que visam à grandeza, para fugir da fraqueza e da aridez, precipitam-se no vício do inchaço”. Esse conselho de quase dois mil anos encaixa-se perfeitamente nos preceitos da literatura dita pós-moderna, em que todo vício de enriquecer a narrativa é condenado. Ao contrário, a narrativa aparece quase sempre errante, árida, débil em relação a qualquer tentativa de definições. E, como seu professor de fé, o filósofo francês Jean-François Lyotard condena a narrativa que prega verdades. Para Lyotard, a realidade e a definição de uma identidade são inalcançáveis, e por isso o que ele chama de “grandes narrativas” ou “metanarrativas” estariam fadadas ao desaparecimento.

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Proteger o filho ou o mundo?

Fazendo minha caminhada matinal pelas ruas perto de casa, observando pais e filhos, concluí que existem, em essência, dois tipos de bolsas para os pais transportar filhos: uma em que o bebê fica voltado para o peito do pai (ou da mãe) e a outra, em que ele fica sentado voltado para a rua, de costas para o pai. Isso vale para os carrinhos, também.

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Projeto politico-pedagógico: a qualidade dos serviços oferecidos

Participantes: Maíra Barcelos De Souza, Manon Miguel Bernardes, Marcelle Martins Costa Do Nascimento, Marcelle Zerbini Autran, Márcia Filgueiras Gonçalves, Márcia Regina Fernandes Pimenta, Margareth De Sales Da Silva, Maria Alice Faria Tavares, Maria Aparecida Da Silva De Almeida, Maria Cristina Conceição Santana, Maria Das Dores Mattos Da Silva Medeiros, Maria De Fátima Oliveira Mathias, Maria Elisabete Dos Santos, Maria Luiza De Aguiar Mattos, Mariléa De Freitas Campos, Mariana Pimentel Santos, Mariana Stephano Barbosa Nepomuceno, Marianna De Andrade Barino, Marcia Alves Santos, Marcela Ferreira Schincaglia, Maria Helena Dos Santos, Maria Elisângela Da Costa Silva, Marilane Rezende Duarte, Marizete Faustino Da Cunha, Michele Pereira Becker, Michelle Ribeiro De Carvalho, Mila De Oliveira Miranda, Nayla Schenka Ribeiro, Neuza Costa Maldonado, Niara Ventura Malheiro, Nilce Bertolino Dos Santos Alves, Nilson Affonso Da Silva, Núbia Melo Raminelli Mendonça, Oscar Da Silva, Ozana Laudelino Miranda De Ornelas, Patrícia Cristina Da Silva Gomes, Patrícia Guimarães Evaristo, Paula Regina Araújo De Azevedo Silva, Paulo Alexandre Alves De Carvalho, Priscilla La Vega, Raphael Ribeiro Novaes, Raquel Uchôa Da Rocha, Raquel Fernandes Bravo, Rita De Cassia Garcia Dias, Rita De Cassia Maria Das Flores, Rosangela Rocha Dos Santos, Roberta Silva Teixieira, Roger Dos Santos Almeida, Rosana Aparecida Da Silva, Rosana Lodi Lourenço, Rosane Narciso Fontes, Rosangela Maria Da Silva Medeiros, Roseli Dos Santos Duarte, Rosemere Mussel Annecchini, Rosilene Dos Santos Garcia, Rudyard Gonlcalves Coutinho, Sandra Da Costa Pessoa, Sandra Ramos Martins, Sergio Luiz Rosendo, Shirley De Oliveira Fernandes, Simone Chaves De Mattos, Simone Matos Bezerra De Lemos, Sonja Hene Pereira Da Silva, Stephane Cardoso Gonçalves, Sucylly Wamberta Miranda Ferreira Leite, Taciane Almeida Dos Santos, Tatiana Csicsay De Mattos, Tatiana Elizabeth Perez Soares, Valeria De Barros Reis, Valeria Machado Dos Santos, Valéria Santana Da Silva Rodrigues, Vanessa Alves De Faria Da Silva, Vanessa Januncio Mesquita, Velâne Pacheco Do Nascimento, Zeimara De Almeida Santos,

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Democracia tensionada

Na América do Sul, de diferentes formas, está perdendo força a onda democratizadora das últimas três décadas, que varreu as ditaduras. A deposição de Lugo, presidente eleito do Paraguai, e as reações dos países membros da Unasul e ainda mais dos membros do Mercosul são o fato mais recente a revelar tal perda de intensidade da democracia. Não estamos mais no período da democracia criativa, instaurado a partir dos anos 1980, que foi tomando conta da região, quando as contradições e disputas políticas levaram a inegáveis conquistas de direitos e práticas democráticas em detrimento de uma dominante cultura autoritária e excludente. Estamos entrando num período de democracias de baixa intensidade política, ritualizadas e com visível perda de substância democratizadora – aquela força que emana da incorporação participativa na política dos dominados, desiguais e excluídos, como sujeitos cidadãos, detentores de direitos. Entramos num período de mais tensões do que avanços, de democracia tensionada pelos velhos autoritarismos e populismos, sem poder transformador.

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