Edição V. 13, Ed. 15 - 30/04/2013
Devemos ver com os olhos livres
Vivemos numa sociedade impregnada de outras sociedades, de outros povos, de outras culturas, de tantos sotaques, de tantas crenças, de tantos contrastes. Somos semelhantes a colchas de retalhos, em que a junção de diferentes pedaços, grandes e pequenos, azuis e amarelos, contribui para formar uma unidade. Somos partes de muitos que vamos juntando e achando que somos nós mesmos, indivíduos individuais. No entanto, vamos clonando gestos, ideias, expressões, maneiras de vestir, falar, e podemos encontrar vários de nós andando por aí, na televisão, em jornais, do outro lado do mundo – e não somente na frente do espelho.
Leia este artigoO jogo sígnico da poética de Arcimboldo
Ao olhar de relance para as telas de Arcimboldo (1527-1593), a surpresa, o estranhamento, o deslocamento são ações instantâneas e extremamentes esperadas. Não há como negar: o olho procura no meio embaralhado dos signos uma pista para entender, uma forma de adentrar os quadros, um caminho a seguir. A preferência por Arcimboldo e o recorte escolhido por nós aconteceram justamente pelo enigma que percorre o processo de significação, algo que ora se apresenta, ora se esconde, se disfarça. A dissimulação tece-lhe o corpo/rosto e estabelece um jogo em que cada voz e cada termo se afiguram como máscaras que, apenas em avaliação, possibilitam ver onde se fia um traço comum. Traço, ele mesmo, nem sempre igual, mas aproximado, seja pela harmonia momentânea (lugar onde os significantes se interseccionam, produzindo uma direção, dado o corte), seja pela ressonância díspar de alguns outros textos, às vezes só identificados quando se para para olhar atentamente, percorrendo e avaliando a tessitura das telas.
Leia este artigoVocê tem medo de quê?
Dia desses, lendo uma matéria sobre formas de lidar com o medo, lembrei-me de um livro emblemático de minha infância que girava em torno deste sentimento (e que agora, décadas depois, faz parte do universo literário de minha filha): Chapeuzinho Amarelo, de Chico Buarque.
Leia este artigoO rigor da educação tradicional: a Sociedade dos Poetas Mortos
Numa oportunidade ímpar de releitura do célebre longa-metragem Sociedade dos Poetas Mortos, de 1989, dirigido por Peter Weir, relembro a célebre atuação de Robin Williams, que leva a navegar por essa comédia dramática, que nos remete a um momento da história da educação elitista norte-americana. Nesse recorte temporal, vislumbramos uma sociedade e uma educação não condizentes com a vitalidade da juventude de seus filhos; ao longo do filme, é possível projetar de forma contextualizada para o nosso país e o momento atual, os problemas e entraves que acorrentam e ancoram o pleno desenvolvimento do sistema educacional.
Leia este artigoSistemas de avaliação – de que valem?
Na época em que eu fazia o 2º grau, os colégios calcavam suas ações de propaganda no número de seus alunos aprovados no vestibular: quantos passaram em Engenharia ou Medicina (os cursos de destaque naquele tempo), quantos foram para universidades públicas, quais os primeiros colocados. Essa era a forma de avaliação dos colégios e cursinhos preparatórios, usada na conquista, pela via da comunicação de massas, de estudantes/clientes para o ano seguinte.
Leia este artigoAtenção: Submissão de trabalhos
A revista Educação Pública está aberta para submissão de trabalhos. Algumas normas foram reformuladas. Por favor, leia com atenção antes de enviar seus trabalhos.
É importante ressaltar que daremos prioridade à publicação de artigos e relatos que falem das experiências dos professores com as aulas a distância durante a pandemia e de trabalhos que tratem de temas ou relatem experiências relevantes para a Educação Básica no Brasil.
Educação e pandemia
Educação: Tem o poder de transformar
O Centro de Estudos “O bem viver e a resiliência dos povos indígenas no cuidado com a Amazônia"
recebeu os representantes dos povos indígenas
- Iolanda Pereira da Silva, do Povo Macuxi;
- Michel Oliveira Baré Tikuna, do Povo Baré e Tikuna;
- e o procurador da República Marco Antônio Delfino de Almeida;
- e o coordenador do Programa Rio Negro do Instituto Socioambiental, Marcos Wesley de Oliveira.
Caminho para a liberdade
"A educação é o ponto em que decidimos se amamos o mundo o bastante para assumirmos a responsabilidade por ele."
Hannah Arendt (1906-1975).
Educadores brasileiros
Dermeval Saviani

"A educação é uma atividade que supõe a heterogeneidade no ponto de partida e a homogeneidade no ponto de chegada."