Edição V. 7, Ed. 27 - 10/07/2007

Fui à lousa e desenhei um esqueleto - Algum de vocês sabe o que isto? - Eu sei! Gritou um menino de olhar vivo. - Que é? - Sombração.

Na verdade, o que se tem exercitado, ao longo de tantos e tantos anos, não é nada mais do que uma prática desastrada de medir somente, ao invés de avaliar. Mede-se com dados pouco merecedores de crédito e, quantas vezes, não se aceita o consenso de uma frágil reunião do conselho de classe, porque a vaidade e o narcisismo onipotente manifestam-se, embaçando o olhar pedagógico.

Depois que os pais conseguiram matricular e vestir seus filhos, comprando inclusive uniforme de ginástica, também obrigatório e padronizado, esquecido por nós na reportagem passada, depois, enfim, que os pobres-diabos conseguiram passar o primeiro susto, pensam que tudo ficará em paz até o pagamento da segunda quota, marcado para dois meses ou dois meses e meio depois, no máximo... Doce ilusão! Ainda lia outra carta escondida na manga dos proprietários da cultura nacional: os livros e cadernos.

Não que aquele papelzinho de “telefones úteis” tenha ficado obsoleto, há certas situações em que ele é a única solução. Mas é inegável que seus irmãos virtuais, os “sites úteis”, vêm ganhando cada vez mais espaço. Para saber o número de algum estabelecimento, por exemplo, o oneroso 102 ou, para os mais econômicos, as pesadas páginas amarelas (ultimamente amplamente utilizadas como base de monitores) perdem para os sites de busca, na medida em que estes fornecem rapidamente as informações que gastaríamos um tempão no telefone para obter.

Reunir todo o conhecimento humano em um livro é um sonho antigo, tão antigo quanto, pelo menos, Aristóteles (384-322 AC) e o mais "recente" Plínio, o velho (23-79 DC). Esse livro, a enciclopédia, assumiu a forma que conhecemos hoje no século XVIII, mais precisamente, em 1728.