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Capoeira e educação libertária para formação de sujeitos autônomos – as práticas de ensino nas rodas de rua do RJ
O ensino da Capoeira como ferramenta educacional foi amplamente difundido a partir da década de 1990, da creche à universidade em todo o território nacional. Entretanto, é associado a uma visão restrita que considera apenas os aspectos motores, musicais e artísticos da prática. O papel libertário histórico da Capoeira é geralmente negligenciado. O trabalho visa caracterizar a Capoeira como prática educativa transformadora no desenvolvimento da autonomia. São analisadas experiências educativas espontâneas em rodas de Capoeira desenvolvidas nas ruas. Os conceitos de autonomia, autoritarismo, liberdade e disciplina em nível político, social e individual são aqui enxergados em sentido amplo e relacionados diretamente com as teorias de educação libertária. Nesse sentido, tendo em vista a pluralidade de visões acerca do tema, recorri aos estudos de Michael Alexandrovich Bakunin, Alexander Sutherland Neill, Paulo Freire, Maurício Mogika e Silvio Gallo, entre outros. Concluo apresentando como a Capoeira se legitima em poderosa ferramenta pedagógica para uma educação democrática.
Resoluções de problemas matemáticos na Base Nacional Comum Curricular (BNCC)
Matemática, Avaliação e Formação de ProfessoresNeste trabalho é apresentado o resultado de uma pesquisa que examina as orientações do uso da resolução de problemas no documento Base Nacional Comum Curricular (BNCC) na área de Matemática para os anos finais do Ensino Fundamental. Foram adotados como referencial Soares e Pinto, Romanatto, Vale, Pimentel e Barbosa e Pontes, que trabalham com a abordagem de resolução de problemas e seus principais aspectos no ensino da Matemática. O delineamento metodológico se constitui de pesquisa qualitativa sob referencial bibliográfico, com caráter documental, tendo por base a BNCC.
Ações e recomendações do Banco Mundial a Portugal e ao Brasil, na condição de “partido político”, em torno da internacionalização da educação e do conhecimento
A ciência e a tecnologia, em suas múltiplas dimensões – seja em sua componente ideológica, seja em seu caráter fetichista ou, ainda, como mito da modernidade – vêm sendo caracterizadas pelos organismos supranacionais por um certo determinismo que tem na organização da produção e na gestão da força de trabalho o resultado de um imperativo tecnológico. Invoca-se o debate sobre a transição, quer para uma sociedade do conhecimento, quer para uma sociedade coesa, igualitária e democrática, cujo motor estaria na produção de ciência, tecnologia e, particularmente, de inovação. Quanto maior a inovação, maiores as transformações econômicas e sociais.
Novos paradigmas e saúde
A ciência clássico-moderna tem uma dupla origem. Do final do século XII, quando a obra de Aristóteles chegou ao ocidente via filósofos árabes interpretados pelos escolásticos, até Copérnico, a ciência se baseava nos escritos de Aristóteles. Este, propunha uma ciência do universal, e não do particular e, para isso, um método lógico de demonstração de verdades universais e necessárias, enfatizando no entanto a importância da pesquisa experimental e da investigação da natureza.
Resenha do livro "Recursos audiovisuais nas aulas de História"
História e Formação de ProfessoresEste texto é uma resenha do livro Recursos audiovisuais nas aulas de História, de Antonio Fontoura, publicado em 2018, pela editora InterSaberes. O livro procura mostrar como produtos culturais audiovisuais podem ser usados em situações de aprendizado de maneira mais efetiva, utilizando uma perspectiva histórica atual (pós-moderna, pode-se dizer) de construção ativa de conhecimento. A construção de interpretações com base em fontes históricas pode acontecer de forma individual, mas essa construção fica muito mais rica quando há o cruzamento de olhares diferentes sobre o mesmo objeto.
Os contos de fadas no Ensino Fundamental: uma proposta piagetiana
Educação Infantil, Formação de Professores e Vivências de Sala de AulaInserido na interface situada entre a Pedagogia e a Literatura e tendo como fundamento científico o estudo da Psicogênese de Piaget, este artigo é uma proposta de ensino de modelos de convivência em grupo e de respeito ao próximo por meio dos contos de fadas clássicos. Seu público-alvo são alunos da Educação Infantil e da primeira fase do Ensino Fundamental. Arquétipos do Bem e do Mal, as personagens dos contos de fadas sempre estiveram no imaginário das crianças e, portanto, podem converter-se em um recurso de ensino-aprendizagem de valores morais, cidadania e respeito ao próximo bastante acessível.
Legislação educacional: um estudo sobre a Resolução nº 08/07 Câmara de Educação Básica - CEB, do Conselho Estadual de Educação (CEE-AL)
Política EducacionalO presente trabalho realiza análise acerca da Resolução CEB-AL nº 08/07, que regulamenta a implantação do Ensino Fundamental de nove anos, e promove mudanças em diversos aspectos, principalmente no que se refere à forma de promoção dos alunos. O texto da Resolução demonstra preocupação em evitar a distorção idade-série e propõe formas de acompanhamento para aqueles alunos que são promovidos e têm dificuldade de aprendizagem. Entretanto, verificou-se que ela não é cumprida de forma integral e que, ao mesmo tempo que beneficia o alunado, compromete – se não total, pelo menos parcialmente – o processo de ensino e aprendizagem.
Ditadura, medo e política
Lembrar e, mais até, descobrir a verdade são uma necessidade da vida humana. Afinal, somos sujeitos de história; queiramos ou não, é nossa sina como humanos. Trata-se de agir e no agir significar, seja pelo objetivo que buscamos, seja pelas convicções que nos movem ao agir. Conscientemente, nada escapa ao crivo ético que carregamos dentro de nós, ao menos quando sabemos que somos responsáveis pelo que fazemos ou deixamos de fazer. Ou, ainda pior, pelo que aceitamos fazer o que outros nos impõem de algum modo.
Inclusão educacional de autistas em escolas militares de Minas Gerais
Educação Especial e Inclusiva e Política EducacionalO Estado brasileiro tem o dever e o compromisso de assegurar a todos os brasileiros o acesso à educação, sendo a educação um direito social. Porém, mesmo com diretrizes específicas, como a instituição da Política Nacional de Proteção dos Direitos da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista, a inclusão da pessoa autista na educação formal não é observada de forma plena em muitas escolas do país e há poucos estudos sobre a inclusão desses alunos nas escolas militares do país. Este artigo propõe a análise e discussão do processo de inclusão dos alunos autistas das unidades do Colégio Tiradentes da Polícia Militar de Minas Gerais (CTPM). Aplicou-se um questionário com perguntas objetivas sobre essa temática a gestores e professores das unidades da instituição. É conclusivo que há a necessidade de um programa de formação para professores e gestores e investimento em infraestrutura e pessoal para uma equipe multidisciplinar especializada. O artigo contribui para a maturidade do trabalho de inclusão do autista nas escolas militares do estado e do país.
Contaminantes emergentes na água
Saúde, Biologia e Biociências, Química, Formação de Professores e Vivências de Sala de AulaEste artigo foi fruto do trabalho de quatorze professores inscritos no curso online Sustentabilidade no Contexto da Química, oferecido pela Diretoria de Extensão da Fundação Cecierj em 2012. Um dos tópicos tratou de contaminantes emergentes na água. O trabalho realizado pela professora mediadora resultou na edição deste artigo, cujas informações podem ser veiculadas por professores de Química, Engenharia Química e Ciências em suas aulas; cada tópico pode ser ponto der partida para aprofundamento sobre velhos e novos contaminantes.