Edição V. 24, Ed. 43 - 26/11/2024

Este texto narra o desenvolvimento da atividade de leitura do livro O diário de Anne Frank (2017) em quadrinhos realizada em 2021, no contexto de ensino remoto emergencial, com uma turma de 5º ano do Colégio Pedro II, escola pública federal situada na cidade do Rio de Janeiro. O objetivo principal era proporcionar aos estudantes momentos de trocas referentes às experiências advindas do isolamento social imposto pela pandemia. A experiência foi significativa para o grupo; foi possível observar, ao longo de nossas leituras e diálogos, uma troca de experiências afetiva, com o envolvimento entre pares.

O conhecimento popular está permeado por ações empíricas, repleto de potencialidades para o ensino de ciências. Coletamos e analisamos em domínios on-line obras em português referentes aos saberes populares e relacionamos aos conteúdos de Ciências da Natureza. As obras foram mineradas entre outubro de 2021 e março de 2022 e categorizadas. Observamos que há maior associação entre os saberes e currículos de Biologia e Química; essa temática está sendo mais publicada contemporaneamente, corroborando as legislações referentes à história e cultura afro-brasileira e indígena.

O objetivo do texto é refletir sobre a relação entre docência e pesquisa acadêmica, tomando como exemplo o caso da História. Descreve-se o cenário em que se encontram profissionais recém-formados que ocupam um “não lugar” no mercado de trabalho. Não há espaço nas universidades e, em muitos casos, tampouco nas escolas, inclusive públicas. Se o ambiente escolar vem se tornando hostil à intelectualidade, por não estar estruturado para que os docentes possam aplicar e desenvolver com a devida qualidade o pensamento crítico aprendido em anos de formação, é necessário refletir e apresentar algumas propostas a esse respeito.

O artigo apresenta a visão que estudantes do 3º ano do Ensino Fundamental possuem a respeito de cientistas. Para isso, a docente do Laboratório de Ciências realizou as atividades Você Conhece um Cientista? e Desenhe um Cientista. O grupo considera o cientista um homem branco que faz experimentos no laboratório. A escola, na posição de equipamento de uma sociedade estruturalmente racista e machista, contribui para a manutenção dessa lógica. Assim, é urgente desenvolver alternativas pedagógicas que rompam esse padrão. Acreditamos que o ensino de Ciências é o terreno fértil para esse propósito, colaborando com a Lei nº 10.639/03.

O presente trabalho descreve a aplicação de uma sequência de ensino investigativa sobre o ciclo de vida das borboletas realizada na Educação Infantil. As atividades foram adaptadas com base no estudo de Moraes e utilizadas para coleta de dados. Algumas produções gráficas das crianças foram selecionadas e analisadas com o intuito de evidenciar os conhecimentos adquiridos durante as atividades. É fundamental que as crianças se expressem de forma habitual e natural e que utilizem múltiplas linguagens. O desenho permite que se manifestem vivências subjetivas e se registre aquilo que é significativo.

O objetivo deste estudo foi catalogar e e digitalizar 105 espécimes, conservados no Museu de Zoologia UniSales e disponibilizá-los por uma plataforma web. Foram capturadas até dez imagens em diferentes planos de cada exemplar, evidenciando aspectos anatômicos e morfológicos dos animais, visando o acesso público. O site foi hospedado no GitHub Pages. Além disso, buscou-se compreender a percepção do potencial pedagógico do site do Museu por meio de um questionário quali-quantitativo aplicado a professores de Ciências; os resultados revelam a presença do uso de ferramentas digitais no ensino de Ciências, ressaltando seus benefícios.