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Trabalhando com quadrinhos em sala de aula
Eu, que fui criança na década de 1980, não me lembro de ter lido (com permissão do professor) nenhuma revista em quadrinhos em sala de aula. Infelizmente, não tive nenhum professor pioneiro que percebesse as infinitas possibilidades desse material para o trabalho com qualquer disciplina. Ao contrário, se qualquer aluno fosse visto com uma revistinha, ela era “sequestrada” e se exigia a presença dos pais na escola para a devolução. Todos os dias, depois de ir à escola e fazer as lições da cartilha Casinha Feliz, era ao chegar a casa que eu realmente aprendia a ler com os gibis da Turma da Mônica, comprados aos montes por meu pai. Os gibis não foram apenas coadjuvantes na minha formação leitora; foram fundamentais no processo de aquisição da língua e de capital cultural.
O uso de tecnologias assistivas na promoção do desenvolvimento cognitivo de alunos com TEA no ambiente escolar: relato de experiência
História, Educação Especial e Inclusiva e Educação InfantilA proposta do estudo foi analisar se houve aprendizagem por meio do uso do recurso de tecnologias assistivas (TA) nos conteúdos de História. Os participantes da pesquisa foram três alunos portadores de TEA, de uma turma do 6º ano da Escola MEB Embaixador Renato de Mendonça, em 2023, na cidade de Pilar, Alagoas. Com base num estudo de caso e numa abordagem qualitativa, aplicamos o referido recurso e observamos se houve compreensão e consequentemente aprendizado dos conteúdos da disciplina pelos alunos.
Da ideia à culminância: a importância dos processos pedagógicos
Formação de Professores, Instituição Escola, Vivências de Sala de Aula e Educação ArtísticaA prática de realização de trabalhos de projetos com apresentações finais festivas não pode prescindir da atenção e cuidado com as diversas etapas de produção e preparação das atividades de culminância, pois é a melhor forma de orientar as ações dos alunos e dar a eles trilhas, e não trilhos para caminhar rumo ao conhecimento.
"Herança genética: adivinha quem é?": Proposta didática para o ensino-aprendizagem dos mecanismos da hereditariedade
Biologia e BiociênciasA aprendizagem de Biologia e Ciências no Ensino Médio se depara com muitos obstáculos de conteúdo. Os jogos didáticos têm sido elaborados como alternativa lúdica para facilitar a aprendizagem. Com base na vivência da sala de aula e na revisão bibliográfica sobre recursos pedagógicos, este trabalho objetiva desenvolver um jogo como proposta didática na área de Genética, a fim de facilitar a aquisição e a aplicação de conhecimentos e/ou habilidades cognitivas, aumentando o interesse, o senso de responsabilidade e a cooperação entre os/as estudantes. O jogo foi testado no Ensino Médio e, segundo avaliações, contribuiu para o aprendizado.
Utilização de animais de estimação como alternativa de inclusão no processo educacional
Saúde, Biologia e Biociências e Educação Especial e InclusivaA Educação Assistida por Animais (EAA) recomenda o uso de animais como recursos didáticos. O presente trabalho consiste em uma análise desenvolvida com base em levantamento bibliográfico que visa discutir o papel e os benefícios do uso de animais de estimação, como cães, para superar as dificuldades de aprendizagem dos alunos. Levamos em consideração campos de referência composto por diversas áreas de conhecimento (Pedagogia, Psicologia, Medicina Veterinária e Zootecnia) que embasaram o estudo, permitindo destacar os efeitos positivos da Educação Assistida por Animais.
África e Brasil: um diálogo em língua portuguesa e literatura
Língua Portuguesa e LiteraturaCom a implantação da Lei nº 10.639/03, o estudo da cultura e da história africana e indígena vem se desenvolvendo no Brasil; uma proposta ligada à Língua Portuguesa e à Literatura é o estudo de contos africanos, como os de José Luandino Vieira.
Quando o "Ensaio sobre a cegueira" torna-se factual
Escrever muitas vezes é uma urgência. Senti-me com a urgência de escrever sobre um assunto recente. Não sei o quanto o assunto poderá não ser dos mais agradáveis. Mas, diga-se de passagem, de coisas fáceis e agradáveis a mídia brasileira e a mundial andam atoladas até o pescoço. Mas existem coisas de uma urgência tão repentina que aproveitar um espaço para publicação torna-se quase uma obrigação, se por obrigação entendermos um velho exercício de cidadania. Então sigamos. Sigamos sem nos perder, sigamos sem nos esquecer. Principalmente do verbo esquecer e do seu vário campo semântico. Esquecíamos uma caneta, esquecíamos a bicicleta, também esquecíamos uma ou outra data de prova de uma matéria não muito amada. Esquece-se o guarda-chuva, esquece-se o celular. Mas não esquecíamos um filho recém-nascido em nosso carro. Até porque o ar-condicionado era coisa de carro luxuoso demais e porque os vidros não recebiam essa película que mais esconde do que revela (incluam-se, também, ladrões, marginais, políticos corruptos etc. etc.). Mas esquecer pequenos seres humanos, minúsculos serezinhos, isso não era comum. E aí a inevitável pergunta de quem ainda acredita no poder, a esta altura quase mítico, da massa cinzenta: o que está acontecendo com as pessoas? Por que, lembrando o atualíssimo Ensaio sobre a cegueira, uma mãe cegou e não conseguiu ver que seu filho, tão recente neste cada vez mais estranho planeta, estava no mesmo objeto (automóvel, no caso), partilhando da mesma existência daqueles trágicos instantes? Há algo de estranho demais no homem contemporâneo. Parece-me, quero acreditar nisso, que estamos derramando pelas paredes de nossos HDs mentais uma quantidade infinita de informações (vitais, aqui no caso) que não pode ser compactada nos mesmos programas e arquivos de outras informações (trabalhar, apagar a luz, girar a chave do carro, escovar os dentes, pagar o porteiro e tudo que o leitor quiser acrescentar). A vida contemporânea não está cabendo na forma contemporânea de viver. Tragédia para uma mãe, sem dúvida alguma. E que tragédia! E tragédia para todos nós, pois quem será a próxima vítima de um modelo de vida que nos vitima de uma maneira ou de outra? Parece que essa vida está com os dias contados. Só gostaria que essa vida falida não se vingasse contando os nossos dias até uma próxima tragédia. Sejamos contemporâneos... mas sem nos esquecer da cegueira. Ou os ensaios tornar-se-ão mais do que livros e filmes.
Mostra de Astronomia integra alunos dos turnos matutino e noturno
FísicaRealizar uma mostra de estudos de Astronomia no turno da noite de uma escola pública serve como capacitação do aluno como protagonista dos seus estudos e ajuda na valorização de sua participação ativa e sua formação integral como indivíduo.
A Estrela Bailarina
Falam as más línguas que Nietzsche teria dito uma vez: “Eu não acredito em um deus que não dance”. Não posso atestar se ele realmente disse isso, porque não lembro de ter lido em nenhum livro e, como eu tenho essa doença que alguns chamam de “literofilia crônica” (dizem que é hereditário), só acredito naquilo que eu leio. Mas, para não me indispor com quem me disse a frase (não é bom se indispor com as pessoas, você sabe disso, não é?), vou tomá-la como verdadeira.
Em busca do pássaro azul: a importância da liberdade na educação
Educação a Distância, Formação de Professores, Vivências de Sala de Aula e Outras Mais EspecíficasEm meio à pandemia, em um contexto em que o processo de ensino-aprendizagem esteve limitado ao ambiente doméstico e, em alguns casos, ao meio virtual, questionamos como a restrição da liberdade impacta o aprendizado. Nosso objetivo foi estudar, de forma preliminar, a importância da liberdade na educação e refletir sobre o tema com base em informações e referenciais teóricos, numa abordagem multidisciplinar, a fim de colaborar com a construção de conhecimento sobre essa temática que atinge a todos neste momento histórico.