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Para ler, saborosamente, em diversas linguagens
Pierre Levy
A invasão dos caramujos
O fato até que daria um bom título de filme B: O ataque dos caramujos africanos. A sinopse também seria perfeita: seres hermafroditas que transmitem doenças, contaminam lavouras inteiras, legumes, verduras, o solo e a água, alimentam-se de plantas ornamentais, culturas de subsistência e até de seus próprios semelhantes. Mas infelizmente não se trata da versão nacional dos Gremlins, aqueles bichinhos que aterrorizavam a meninada nos anos 80. São os achatina fulica, mais conhecidos como caramujos africanos. E não tem nada de ficção.
Feira de ciências mobiliza professores de colégio em São Gonçalo
Desde sua inauguração, no dia 15 de junho, e até seu encerramento, dia 17, foi um sucesso a Feira de Ciências Integradas. O evento foi organizado pela Fundação Cecierj, tem o apoio da Faperj e parcerias com a Secretaria de Estado de Educação e da Prefeitura de São Gonçalo.
Entre cobras, sapos e lagartos.....e milhões de anos de evolução!
Certa vez, depois de dizer que participaria de um congresso brasileiro de herpetologia, minhas sobrinhas – Ana Carolina e Maria Fernanda, de 11 e 8 anos – me perguntaram o que era isso. Logo depois de explicar que tal evento é uma reunião entre pessoas que estudam anfíbios e répteis, detalhando que o primeiro grupo abriga todos os sapos, rãs e pererecas e o segundo, todos os lagartos, crocodilos, cobras e tartarugas, ouvi: “Credo... cobras, sapos e lagartos!”, combinado com os rostos com feições de nojo das meninas. A reação – ou opinião – da Carol e da Fernanda é bem comum; as pessoas geralmente propagam uma imagem asquerosa, perigosa ou maléfica desses animais em desenhos animados, filmes ou lendas. Entretanto, quando os vemos por outro prisma, estudados pela herpetologia, começamos a ver quão interessante eles são – começando pela sua história evolutiva.
Bens comuns e bem viver
A crise climática, de algum modo percebida pelas mais diferentes pessoas a partir de seu cotidiano, virou senso comum. Com isso, vivemos um daqueles momentos raros da história humana em que é possível instaurar um debate sobre os próprios fundamentos do nosso modo de vida. Basta extrair do senso comum o bom senso transformador, no exato sentido que lhe deu Gramsci falando da constituição de movimentos irresistíveis de transformação com capacidade de conquista de hegemonia na sociedade – reconhecimento e convencimento político e cultural da legitimidade e justeza da causa por amplos setores no interior da sociedade civil, o berço da cidadania.
Fórmulas de restaurante
Num domingo desses, meu sobrinho deu, sem querer, um exemplo que todo professor gostaria de presenciar.
Carta aberta da Articulação de Organizações de Mulheres Negras Brasileiras para Sua Excelência, Sra. Dilma Rousseff, presidenta da República
Excelentíssima Senhora presidenta Dilma Rousseff,
A teoria das supercordas
A mecânica que rege o comportamento do universo parece não se importar com o que nós humanos estipulamos como leis. Com efeito, a Lei da Gravitação de Newton, tida como fundamental até os idos de 1920, se transformou em caso particular quando Einstein formulou sua Teoria Geral da Relatividade. Hoje se cogita a possibilidade da teoria de Einstein ser um pormenor dentro da teoria das supercordas. Assim, como aconteceu com a teoria da relatividade, que aos poucos foi sendo digerida pela comunidade científica, surgindo descobertas espetaculares, como a predição da existência dos buracos de minhoca, ao que tudo indica, a teoria das supercordas parece seguir o mesmo caminho. A teoria das cordas e posteriormente chamada de supercordas ao englobar novas teorias, surgiu na década de 1960 quando cientistas, estudando o comportamento das partículas nos aceleradores, chegaram à conclusão que não se tratava de pontos como até então se imaginava, mas sim, de cordas vibráteis. As cordas seriam então os elementos básicos que formavam a matéria e todas as partículas conhecidas seriam o mesmo tipo de cordas, porém vibrando numa frequência diferente, o que lhes conferia suas propriedades específicas.
A superioridade do belo artístico sobre o belo natural em Hegel
A filosofia da arte de Hegel tem como um dos pressupostos a relação do homem com a natureza. Apesar de, inicialmente, tal relação ser algo externo, é através da modificação da natureza pelo homem que ele toma consciência de si. É nesse ato que fica impressa sua subjetividade. Ao modificar a natureza com fins artísticos, ela, que antes era algo estranho, exterior a ele, passa e lhe pertencer. Tais alterações são criações do sujeito, são tiradas de seu interior e colocadas no objeto; sendo assim, fazem parte dele. Ao ver essas modificações materializadas no objeto, é como se visse a si próprio refletido.
Triste fim de um jovem poeta
Mário de Sá-Carneiro