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ÁFRICA QUE NOS FAZ SONHAR
Árvore genealógica Berço da criação Não ignoro a tua beleza Mas te ergo minha mão
Aos meus queridos alunos do Ciclo de Alfabetização
Hoje, No lugar de um Texto didático, Explicativo,Objetivo, Eu queria escrever um Projeto-Poesia... Um Projeto-Poesia com palavras simples, Como o mel... Para ser lido, não pelas rimas ou pelas sintaxes perfeitas, Como as poesias que líamos nos nossos exercícios escolares Como os projetos que fazemos Curriculares Eu queria ser capaz de fazer estas letras Virarem poesias nas mãos trêmulas dos meus alunos Que eles brincassem com as palavras E com elas inventassem ideias Novas ideias... Na cabeça de quem as pudessem ler. Hoje, amanhã, e de muito depois. Eu queria ser capaz de mudar estes alunos Com meu Projeto-Poesia E que eles transformassem cada letra lida Em gotas de chuva Molhadas de sensibilidade Carregadas de sensações E como nuvem cor de rosa de céu ensolarado Entrasse pelos olhos E, num momento mágico, devagarinho, despertando campos floridos Caíssem como orvalho de seus dedos Na impressão do papel prova concreta do sonho-real Eu queria ser capaz de fazer com que... Pelas páginas de um livro qualquer livro Meus alunos transformassem cada significante Em estrelas de sonho Brilhantes pela imaginação Coloridas pela memória E como massa estelar, via-láctea simbólica, em céu estrelado, entrassem também pelos olhos E, num momento mágico, Despertassem o sono E se transformassem em novas significações. Um jeito novo de ver o velho. Gotas de esperanças Entrem por favor, nestes olhos que leem, Nestes dedos que escrevem Convidem este ser aluno a ser cidadão A redescobrir sua sensibilidade A resgatar sua imaginação e seus sonhos A perceber por todos os seus poros Por todos os sentidos E depois, por trás destes olhos mais sensíveis. Que ele pode... Iluminem também, Gotas , por favor, Este ser humano que vos escreve Também professor, Que só com este olhar, Enriquecido Revigorado Pode pensar em palavra poesia junto a outros seres humanos.
História da EaD
Pelo correio se esperava Algo novo para ler Era o primeiro grande passo Do nosso ensino EaD Veio o rádio e levou Muito mais conhecimento Abrangendo grande público Ouvindo ao mesmo momento Para melhorar o ensino Surgiu então a TV Que além de narrar as lições Mostrava formas de como fazer Hoje com a internet Tudo está facilitado Por mais longe que se possa estar Basta se conectar Que estaremos lado a lado E quem quiser aprender É só ler, e se não entender Deixa no fórum postado É como se fosse um bilhete É como se fosse um recado Que terás um feedback De um professor capacitado
Bom dia!
Caminho às pressas pelas ruas o inverso que trago em mim: verão e inverno convivendo na mesma estação. Depois de tantos anos de urgência refaço o mesmo caminho. Agora, porém, jogando as sementes da vida nova que vejo além da TV. Séries, novelas, filmes, jornais, tudo ficou ultrapassado aqui. O mundo é novo e tem a cara lavada: sua roda é bem gigante e gira ligeiro em perfeita sintonia com minha corrente - a do sangue - que movimenta cabeça, pernas e peito. Alguns gostos são desconhecidos e ainda dou a cara ao tapa, mas não a outra face. Estou aqui e sei de mim, da minha competência e cumplicidade. E se às vezes ainda tento repetições tenho também muita mais satisfação... Não abro a mão para um aperto qualquer: ele tem que ser querido e bem forte. Preciso da energia autônoma! A cibernética seria perfeita para conjugar dois tempos em um só... Mas a perfeição é um fantasma que sempre aparece com o medo de abrir as portas. Os sonhos ainda rolam nas noites de calor como se fossem dois corpos molhados. E ainda é preciso sonhar... Para acreditar que a qualquer momento: o vinagre vai virar vinho, a maçã será repartida, a música será ouvida, o beijo conseguido. o poema entendido. E a alma estará em paz... Rezo, assim, quase todas noites. Não quando vou dormir, mas quando a madrugada já vai alta e num espaço de tempo, que nem sei bem qual é, acordo para dizer, antecipadamente, bom dia!
Fronteiras
Se queres ousar, pensa, pode ser diferente, podemos demolir as estradas para não atrapalhar os baobás, podemos criar tecnologias para distribuir prazer, podemos parar de demarcar fronteiras quando imaginamos, quando intuimos, quando desejamos, quando oferecemos. Podemos parar de demarcar fronteiras entre o que somos e o que queremos ser, entre o que somos e o que somos obrigados a ser, entre o que somos e o que pretendemos ser, entre o que somos e o que as negras, os mendigos, as bichas e as putas são. Podemos parar de demarcar fronteiras que custam sangue e se fazem pondo desprezo de um lado e medo de outro. Podemos até parar de demarcar fronteiras antes que demarquemos a fronteira da vida e fiquemos fora dela. Se precisas ousar, ousa mais, pode ser diferente, podemos deixar a terra crescer frutos de todo porte, não pensar que ela é nossa geladeira quente, e a cada dia comer coisas diferentes. Podemos parar de ver o mundo com as cores dos mapas. Podemos parar de demarcar fronteiras entre o que fazemos e o que nos faz fazer, entre o que fazemos e o que fica feito depois que fazemos, entre o que fazemos e o que somos capazes de fazer, entre o que fazemos e o que fazem as indigentes, os pobre caducos, as moribundas. Podemos parar de demarcar fronteiras que custam sangue e se fazem pondo certezas de um lado e indiferença de outro. Podemos até parar de demarcar fronteiras antes que demarquemos a fronteira da vida e fiquemos fora dela. Se gostas de ousar, inventa, pode ser diferente, podemos abandonar as instituições financeiras aos fungos, podemos dar títulos de propriedade às paineiras, podemos viver em cidades do tamanho de nossos passos. Podemos parar de procurar trigo no joio. Podemos parar de demarcar fronteiras entre o que gostamos e o que deveríamos gostar, entre o que gostamos e o que pensamos gostar, entre o que gostamos e o que fingimos gostar, entre o que gostamos e o que os outros tem que aprender a gostar; do que gostam as miseráveis, as amantes excluídas, os asilados. Podemos parar de demarcar fronteiras que custam sangue e se fazem pondo ordem de um lado e violência de outro. Podemos até parar de demarcar fronteiras antes que demarquemos a fronteira da vida e fiquemos fora dela.
CanalCiência
Há quatro anos no ar, o CanalCiência, do Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia - Ibict - foi criado para divulgar para educadores, estudantes e jornalistas a pesquisa nacional.
Desastre pedagógico
A escola, devagar e na contramão, bateu de frente com a realidade universal. Muitos pularam antes do choque, mas não conseguiram evitar o pior. Os professores de Língua Portuguesa e de Matemática, privilegiados com assento no banco da frente, estão muito machucados. O professor de Português enrolou a Língua e faz análise e orações para não morrer.
Wall Street
O pecado já existia muito antes do pecado de Adão – o pecado mortal de todos nós que pesa em nossos ombros impunemente imune a sofrimentos e a preces.
Perdido na esperança vermelha
Eu sei que sou culpado, não tive a capacidade de assumir a administração de minha vida, não fui capaz de resolver as emoções infantis nem consegui equilibrar-me sobre os obstáculos que herdei da sociedade.