Biblioteca
Filtrar os artigos
Aprendizagem baseada em problema: uma prática colaborativa na perspectiva da Taxonomia de Bloom
Vivências de Sala de AulaAs práticas pedagógicas têm sofrido diversas transformações, tanto para atender as demandas dos estudantes quanto para agregar a tecnologia em atividades mais colaborativas, em que o educando assume o protagonismo de seu aprendizado. A Taxonomia de Bloom apresenta-se como uma estratégia que visa definir, organizar e avaliar os objetivos de aprendizagem que se pretende alcançar com as atividades propostas. A aprendizagem baseada em problema constitui-se em uma metodologia que promove o desenvolvimento de habilidades necessárias ao processo de ensino-aprendizagem do educando de forma ativa e participativa.
A importância da utilização da música na escola
Vivências de Sala de Aula, Música e Política EducacionalA música é reconhecida como uma modalidade que desenvolve a mente humana e promove o equilíbrio, proporciona um estado agradável de bem-estar, facilitando a concentração e o desenvolvimento do raciocínio, em especial sobre questões reflexivas. Seja qual for a forma de a música auxiliar o ser humano, sua implantação na educação facilita muito o processo de ensino-aprendizagem. Desse modo, os professores da Escola Municipal Padre José Luiz Silva, no município de Pendências/RN, desenvolveram um projeto envolvendo a musicalidade, como meio de interação e desenvolvimento.
O cinema e o debate acerca dos Parâmetros Curriculares Nacionais
As artes sempre estiveram presentes na escola, mas de que maneira? No período entre a Semana de Arte de 1922 e a Reforma Educacional de 1971, a arte ocupava lugar subalterno no então chamado ensino primário e secundário. É significativo, nesse período, como demonstrou Duarte Jr. (2007), a existência da arte nos currículos seguida de adjetivações, como “artes industriais” ou “artes domésticas”. Na primeira disciplina, os alunos (do sexo masculino) aprendiam a confeccionar nas oficinas objetos “úteis”, como estantes, porta-copos, bandejas etc. Na segunda, as alunas eram adestradas nas “artes” culinárias, de bordado, costura etc. As cadeiras de formação musical, também chamadas “canto orfeônico”, continuavam a se restringir ao ensino do Hino Nacional. Todavia, há que se ressaltar a iniciativa de inúmeros educadores e artistas que procuraram, paralelamente ao ensino oficial, fundar e desenvolver as “escolinhas de arte”, nascendo a pioneira em 1948, no Rio de Janeiro, por iniciativa de Augusto Rodrigues. Observou-se ainda a célebre experiência (duramente reprimida) dos ginásios vocacionais, que, coordenados pela professora Maria Nilde Mascellani, deram à arte lugar ao lado das outras disciplinas (Duarte, 2007).
Leitura e escrita de surdos: dificuldades ainda enfrentadas na escolarização
Educação Especial e Inclusiva e Formação de ProfessoresEste trabalho trata da leitura e escrita dos surdos e suas dificuldades desde os primeiros anos da Escola Básica até o Ensino Superior, tem por objetivo aproximar os não deficientes da realidade dos estudantes surdos e mostrar a negligência do governo e das escolas ao não oferecer suporte adequado para essa condição, mantendo a sociedade mal preparada para lidar com os deficientes auditivos.
Juntos pela diversidade: a escola como espaço antirracista
Instituição Escola e Vivências de Sala de AulaEste trabalho socializa experiências desenvolvidas durante a realização de um projeto permanente sobre educação antirracista em uma escola pública municipal localizada em Santa Maria, no Rio Grande do Sul, um estado que, assim como o Brasil de forma geral, apresenta profundas desigualdades sociais e raciais que se refletem diretamente na educação. Apesar de o estado possuir uma forte identidade cultural marcada por tradições regionais, as populações negras e indígenas ainda enfrentam situações de invisibilidade e discriminação nos espaços escolares e sociais.
Xiii, o leite fermentou! Uma proposta de aula prática de Bioquímica para o Ensino Médio
Biologia e BiociênciasNa atualidade, as aulas de Biologia têm sido realizadas por meio do ensino híbrido (aulas presenciais e virtuais). Assim, para torná-las cada vez mais cativantes e facilitar o processo de ensino-aprendizagem dos alunos, propomos uma aula prática com a temática de fermentação láctica de bactérias dentro da área de Bioquímica no Ensino Médio. Utilizando materiais simples e de baixo custo, a realização dessa prática pode facilitar a aprendizagem, despertando a face crítica e a experimentação dos discentes em Ciências.
Entrevista com Manoel Ricardo de Lima, que lança seu 55 começos na 10ª Mostra SESC Cariri de Cultura
55 começos é uma coleção de artigos originalmente escritos para o Vida e Arte do jornal O Povo. Conta um pouco sobre a sua colaboração no jornal e o contexto de criação desses artigos.
Armadilhas de sedução em Meu tio o Iauaretê
A perplexidade perante a questão do conhecimento é um primeiro passo para o desenvolvimento de “um discurso que a alma mantém consigo mesma”, como afirma Sócrates em Teeteto. É fundamental ao filósofo (e à filosofia) que ocorra o espanto, que o homem se torne admirado em relação a si mesmo e ao que existe em torno de si. A partir daí, a descoberta do que ele é e do que ele não é pode ser obtida – e a partir daí a busca de um significado (mesmo que por fim não haja significado) move o homem. É nesse sentido que a perplexidade se torna também fundamental em Meu tio o Iauaretê, conto de João Guimarães Rosa publicado pela primeira vez em 1961. O espanto, nessa história, acontece em dois níveis: de modo diegético, visto que o onceiro Tonico se depara com um desvelamento de si próprio como fundamentação de sua hybris; e de modo interpretativo, na relação leitor-obra, quando a narrativa e as transformações ocorridas tornam o leitor um participante incrédulo da experiência que está vivendo. E a incredulidade é necessária para que haja um não-assentamento das ideias propostas pela obra, uma vez que a construção do conto se baseia justamente na indefinição do que é verdadeiro no discurso do protagonista. Como propõe Heidegger, “a verdade consiste na concordância de uma enunciação com o seu objeto”. A discordância ou dubiedade desse acordo, como ocorre no conto, é uma demonstração da arte como mímesis produtora de uma nova visão da experiência da verdade. Os termos usados por Guimarães Rosa para definir o tio do narrador – Iauaretê ou Jaguaretê – vêm do tupi yaware’te, que significa “onça verdadeira”. A ficção trabalha em sua função mimética e reproduz em narrativa o que o leitor vivencia: o espanto constante com a necessidade de escolher entre o que ele quer acreditar que seja verdade e o que ele prefere entender como mentira. A armadilha foi montada: em meio a falsas intenções e aproximações com a verdade, o leitor se acha seduzido pela obra. Mais uma vez a arte exerce a sedução da mímesis, através do pseudos.
As crianças e o consumo
Nasci em meados dos anos 1970. Não comi fruta da árvore, não peguei bicho de pé, nunca joguei bolinha de gude; meu apartamento não tinha quintal, mas tinha um corredorzinho por onde eu andava de patins em cima do carpete verde (naquele tempo era moda ter carpete). Brincava de pique-esconde na garagem (sem cobertura) do meu prédio. Além dos amiguinhos da rua e da escola, tinha uma turminha no clube chamada “metal e os malucos”. Meu pai era médico e toda semana trazia do hospital resmas e resmas de papel dos eletros, que, depois de riscados, já não tinham serventia. O verso do papel era branquinho e vinha um grudado no outro, o que nos possibilitava fazer desenhos intermináveis em sequência. Meu irmão e eu deitávamos no chão e desenhávamos até cansar. A sensação que tinha ao ver meu pai adentrando em casa com aquele calhamaço era a mesma de quando ganhava um presente novinho da Estrela – a grande fabricante de brinquedos daquela época.
A gestão escolar como instrumento de prevenção da síndrome de Burnout entre educadores
Saúde, Psicologia, Formação de Professores, Instituição Escola e Política EducacionalDentre as muitas e diversificadas atribuições de um diretor escolar está a responsabilidade de gerenciar pessoas. Professores, escriturários da secretaria, merendeiras, funcionários da limpeza, inspetores e zeladores são seres humanos que desempenham diferentes tarefas dentro de uma unidade escolar. Conduzir indivíduos de formações, perfis e personalidades variados de modo a formar um todo, funcionando em sintonia, não é um encargo trivial. O presente artigo oferece informações sobre a atribuição profissional de gerir pessoas.