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Professor João Alfredo Medeiros
"Alguma coisa só é lixo ou rejeito se você não souber o que fazer com ela". Essa é a receita que o professor João Alfredo Medeiros, do Departamento de Química Analítica da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), dirige aos professores de crianças e jovens. "Os professores têm que transmitir essa ideia. Eles exercem um papel fundamental no combate ao terrível desconhecimento que há em ciência básica, física e química". Desconhecimento esse que tem, a seu ver, uma relação direta com os principais inimigos do meio ambiente: a poluição e o desperdício.
Afetividade na aprendizagem escolar: papel do assistente social sob o olhar da Neurociência
Sociologia e Política EducacionalEste artigo é resultado de pesquisa bibliográfica com abordagem qualitativa de cunho exploratório em que se buscou compreender a importância da afetividade no processo de ensino-aprendizagem sob o olhar da Neurociência. Busca-se entender o funcionamento do sistema nervoso central, sua influência na aprendizagem e de que forma contribui no processo. Para isso, inicia-se busca em fonte primária com revisão bibliográfica em que foram feitos levantamentos, fichamentos das citações relevantes dos autores Henri Wallon, Jean Piaget, Lev Vygotsky e Daniel Goleman, entre outros. Apresenta-se um panorama do debate da importância da afetividade nas relações interpessoais com enfoque nas teorias de Henri Wallon, que se dedicou ao estudo da afetividade, destacando sempre sua importância nas relações interpessoais na sala de aula. Considerava a afetividade um dos aspectos centrais do desenvolvimento humano. O presente artigo trouxe a compreensão da necessidade de termos assistentes sociais nas escolas, pois seu trabalho contribui para a identificação precoce do aluno que apresenta dificuldade escolar e, sob a Neurociência, considera que o conhecimento das funções cerebrais é de suma importância para o desenvolvimento cognitivo saudável. Esse profissional contribui também para a garantia do direito à educação e, quando necessário, o encaminhamento aos serviços sociais e assistenciais.
O salário do professor
Psicologia e Formação de ProfessoresEntre os profissionais da Educação, e por meio da luta sindical, se fala muito da questão do professor quanto a salário, que é muito baixo, que a profissão é desvalorizada, entre outras expressões. Sabemos que muitas pessoas – inclusive professores – costumam desestimular um filho, um sobrinho, um parente ou até um conhecido seu a seguir a profissão. É comum até ouvir que os baixos salários são uma das razões para a Educação do Brasil não caminhar tão bem. Mas existem outros salários que não são pagos em dinheiro. É desse salário que vamos falar.
Tão próximos, tão longes
Investigar e resgatar as identidades culturais remanescentes da América Latina era a proposta da diretora Martina Rupp e sua equipe quando, a bordo de dois fuscas - Mostarda e Azeitona -, percorreram 18 mil quilômetros de Chile, Argentina, Paraguai e Uruguai. A viagem durou 72 dias, mais de 150 entrevistas e 160 horas de gravações.
Dois agrarismos de fim de século
Em pouco mais de um ano, dois eventos alteraram os significados que o MST brasileiro e o neozapatismo do México vinham imprimindo ao imaginário das revoluções do século XX, ainda com apelo entre nós. Esses movimentos rebeldes não só testemunhavam e resistiam ao "fim do campesinato", como Hobsbawn chamara as transformações que remodelaram radicalmente o mundo rural no milênio, mas também, desde a segunda metade da década de 1990, relançavam valores extraídos de grupos agrários, como estímulo para novas militâncias.
Heróis do Brasil profundo: um projeto didático de Língua Portuguesa
Vivências de Sala de Aula, Folclore e Datas Importantes e Língua Portuguesa e LiteraturaEste artigo traz um projeto didático de Língua Portuguesa voltado para estudantes do 3º ano do Ensino Fundamental a fim de proporcionar o conhecimento de lendas e mitos brasileiros, promovendo o reconhecimento de seu valor histórico e cultural e a identificação dos heróis dessas narrativas e de suas virtudes. O projeto tem como foco a realização de uma exposição sobre esses heróis e prevê etapas a serem desenvolvidas, como rodas de contação de histórias, apreciação de materiais audiovisuais, leitura de livros, produção textual, criação de ilustrações e elaboração de uma instalação artística.
Shakespeare em sala de aula
Há algumas semanas percebi certa inquietação em meus alunos durante a aula. Num primeiro momento pensei que teriam prova na aula seguinte ou algum trabalho “valendo nota” para entregar. Sempre que isso acontece, a maioria deles entra em pânico e, à medida que a aula vai se aproximando, vão ficando mais tensos e passam a não prestar mais atenção nas aulas que antecedem; ficam com o livro nos joelhos, estudando disfarçadamente. Como se nós não percebêssemos.
No trono da verdade
A Escolástica foi uma tentativa de unir a Teologia ao pensamento dos filósofos clássicos – principalmente Platão e Aristóteles – feita pelas escolas eclesiásticas e universidades europeias, principalmente entre os séculos IX e XVII. Os escolásticos pretendiam dar embasamento filosófico às verdades reveladas nas Sagradas Escrituras e em outros dogmas cristãos. Naquela época, a mensagem do cristianismo, cada vez mais crescente, pregava a igualdade entre os homens. Tal mudança de mentalidade teve como característica a universalização do cristianismo, facilitado pelo aprendizado da língua grega pelos diversos povos, como judeus, cristãos e palestinos. Tal processo é apenas o ponto alto da expansão desse idioma. Bem antes disso, porém, entre o terceiro e o primeiro século a. C., em Alexandria, foi feita a “Versão do 70”, como ficou conhecida a tradução da Bíblia hebraica para o grego, realizada por setenta e dois rabinos considerados sábios.
Dante Milano, o puro poeta antilírico
De e sobre o poeta Dante Milano, que visitamos como tradutor, vão aqui poemas, referências biográficas e comentários de fontes diversas:
Giovanni Arrighi
Morreu nos Estados Unidos, na cidade de Baltimore, no dia 19 de junho de 2009, o economista italiano Giovanni Arrighi, que foi professor, nos últimos anos de sua vida, na Universidade John Hopkins. Arrighi nasceu em Milão, em 1937, estudou na Universidade de Bocconi, e na década de 1960 participou da geração de cientistas sociais europeus e norte-americanos que trabalharam na África e se dedicaram ao estudo do desenvolvimento econômico em países da periferia capitalista. De volta à Itália, na década de 70, e depois nos Estados Unidos, a partir dos anos 80, Giovanni Arrighi dedicou quase três décadas de sua vida intelectual ao estudo da “crise da hegemonia norte-americana” dos anos 70, e das transformações econômicas e políticas mundiais das décadas seguintes, que passaram pela expansão vertiginosa da China e de grande parte da Ásia e chegaram até a crise financeira de 2008.