Biblioteca
Filtrar os artigos
Educar é criar
Apesar das tentativas de ruptura com o tradicionalismo conservador, a educação – ou, melhor dizendo, o sistema escolar do qual fazemos parte – permanece insatisfatória.
Por que as bolhas de sabão são coloridas?
As ondas luminosas sofrem interferência, assim como dois pulsos criados nas extremidades de uma corda se interferem quando atingem simultaneamente o mesmo ponto. Veja a simulação:
A Teoria da literatura entre nós
O prof. Walnir Chagas, relator do parecer nº 283, aprovado em 19.10.1962, propunha um currículo mínimo para o curso de Letras, composto de "uma parte comum e outra diversificada", incluindo-se a teoria da literatura na segunda; o relator justificava que a teoria não deveria integrar a parte comum, isto é, básica e obrigatória, porque fazê-lo "implicaria admitir improvisações que da autenticidade levariam fatalmente ao descrédito" (Chagas, W.: 1962, 227).
Leitora por acidente
Pensemos no velho dilema sobre o que determina indivíduo, a genética ou o ambiente. Qual desses dois fatores é mais influente? A hereditariedade é transmitida pelos progenitores às células do sexo que vão formar o novo indivíduo. O ambiente é tudo aquilo que cerca tal indivíduo. E o meio diz respeito tanto aos fatores físicos quanto aos fatores sociais em que o indivíduo está inserido. Mas, longe de entrarmos em uma profunda – e interminável – discussão acerca das teorias inatistas, comportamentalistas ou interacionistas, fiquemos só nos interessantes exemplos fornecidos pela literatura, pelo cinema e, quiçá, pelo cotidiano a respeito da influência que o meio exerce sobre o homem.
Aquecimento global: o alarme está acionado
Comentar o tempo, reclamar do verão que não houve, do calor exagerado fora de hora ou da chuva intermitente é coisa corriqueira entre nós, desde os antigos. O clima é algo que nos afeta, mas escapa de nosso controle. E o máximo que fazemos é olhar o céu, reclamar, lamentar ou acompanhar as previsões do tempo nos noticiários de TV. Isso se não somos trabalhadores da agricultura ou desempenhamos outra atividade que dependa do clima, ou ainda, quando não somos nós as vítimas de enchentes, de desabamentos ou da seca. E, mesmo nestes casos, os desastres naturais são entendidos, quase sempre, como condenação divina ou acasos da natureza.
A arte do ator
Todo mundo sabia que Paulo Autran estava perto de morrer. A morte sempre anda com a gente, ela é sempre a última possibilidade de cada uma das infinitas vidas que o tempo trouxe à tona. Mas quando se dobra a esquina dos oitenta, então, a morte acaba se encaixando junto da gente e fica por ali, rondando, se apresentando a cada dia de forma cada vez mais clara. Apesar disso, sem nenhuma “funebridade”, a morte de Paulo Autran abre um buraco na arte brasileira que vai demorar muito a ser fechado. Sabe, nasci em uma família de atores amadores; minha mãe, minha madrinha, meu pai e meu padrasto, todos trabalhavam com teatro e eu acabei absorvendo alguma coisa desse universo.
Ciência versus religião: uma dicotomia manifesta no processo de aprendizagem do educando
A escola, em seu currículo, tem como base os conhecimentos científicos produzidos pela humanidade ao longo do tempo, e suas teorias, registros e fatos passam a integrar os livros didáticos, constituindo assim, os conhecimentos mínimos a serem transmitidos aos educandos para sua formação e preparo para se engajar na sociedade, como indivíduo produtivo e transformador (SCAFF, 2000). No ensino da disciplina de Ciências no Ensino Fundamental II, pelos conhecimentos da natureza e dos fenômenos que nela ocorrem, encontramos uma barreira cultural vinculada aos saberes tradicionais e permeada pelas crenças espirituais incorporadas no alunado, que, inevitavelmente, entram em conflito com os conteúdos da disciplina, principalmente no 7° ano, quando tratamos dos seres vivos: origem da vida na Terra e sua evolução (SERRA, 2012).
Oficinas de redação para estudantes do Ensino Médio (EJA) numa escola pública de Vilhena/RO
Vivências de Sala de Aula e Língua Portuguesa e LiteraturaO presente artigo é fruto de um projeto de redação desenvolvido com alunos da Educação Básica, na modalidade EJA, no segundo semestre de 2021 no Instituto Estadual de Educação Wilson Camargo, no município de Vilhena/RO. Nosso objetivo era dar condições discursivas aos estudantes, matriculados nessa modalidade de ensino, para participarem da redação no Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM). O projeto foi desenvolvido com os terceiros anos, no componente curricular de Língua Portuguesa, em colaboração com o professor desses discentes, durante duas semanas, no horário normal noturno de aula.
Violências nas escolas: desafio para a prática docente?
Neste livro, Stelamaris Rosa Cabral (professora e pós-graduada em Supervisão e Orientação Educacional) e Sônia Lucas (mestranda em Educação, professora de Filosofia e arte-educadora) apresentam questões e reflexões que, no percurso de suas trajetórias, solicitaram seu olhar mais apurado para as “violências nas escolas”.
Sala de aula: "laboratório", e não consultório
Educação Especial e Inclusiva e Formação de ProfessoresEste ensaio é uma contribuição para pensar o diagnóstico no âmbito da Educação Inclusiva. À luz da Sociologia do diagnóstico, compartilhamos inquietações sobre os impactos que os diagnósticos de doenças (ou a ausência deles) têm na formulação de práticas pedagógicas e no próprio desenvolvimento intelectual de uma pessoa rotulada com uma doença, seus familiares e toda a comunidade escolar. Normalmente, a Educação Inclusiva tende a ser interpretada em sentido restrito, a referir-se apenas às pessoas com deficiências. Contudo, é preciso reavaliar nossa compreensão sobre o que seja deficiência, inclusão e Educação Inclusiva. Longe do simplismo, não identificamos como fácil a tarefa de consolidação de uma sala de aula inclusiva; identificamo-la como possível. Portanto, como educadores, confrontarmo-nos com os valores impregnados nesses rótulos é ainda um passo importante rumo à referida consolidação. Uma sala de aula pode ser tomada como um espaço de possibilidades e, como tal, poderá se tornar um espaço para experimentar o impossível, para que possamos reinventar-nos como pessoas e ressignificarmos nossas práticas pedagógicas.