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Aprendizado individual e aprendizado social: da interdisciplinaridade à metacognição na formação do sujeito
Formação de ProfessoresO aprendizado acontece quando a pessoa interage com o ambiente à sua volta, incluindo seus similares. O processo de aprendizagem é dialético e contínuo, interdisciplinar. E quanto mais interações a pessoa tiver, maior será a amplitude desse processo. Eventos negativos provocam entraves e traumas que podem durar o resto da vida.
Identidade docente: a formação de professores como requisito imprescindível para a qualidade da educação
Formação de ProfessoresO presente trabalho busca refletir sobre a importância da formação continuada de professores para a qualidade da educação. A prática docente requer saberes para que o processo pedagógico seja permanentemente significativo. Logo, pensar a formação continuada é pensar na qualidade do ensino, na associação entre teoria e prática, que servirá de subsídio para o exercício crítico, pois a formação é imprescindível para a melhoria da prática docente diante dos desafios existentes na educação.
Juventude angustiada: família e escola são a esperança
Uma pesquisa da Universidade Estadual Paulista (Unesp) com 880 jovens carentes matriculados nas escolas públicas de Belo Horizonte-MG comprova o que se sabe de forma empírica: a família, os amigos e a escola são, para essa geração angustiada, a luz no fim do túnel e a chance de um futuro melhor. Esse é o tema da reportagem de Glória Tupinambás e Ingrid Furtado publicada em 12 de junho de 2008 no Estado de Minas.
A maçã de Martim - I
Lá estava ela, entre tantas outras, radiante, e Luana já nem lembrava qual tinha sido a última vez que sua língua e dentes mergulharam naquele instante vermelho. De trás da barraca, de toldo padrão como o das outras – numa quase fotografia de feira antiga –, um homem se movimentava inquieto.
Os meninos da minha escola me pareciam maus
Os meninos da minha escola me pareciam maus. Mas eram de uma maldade que eu tinha que chamar normal. Eles não tinham paciência e detestavam tudo que era diferente. Parecia impossível falar com eles, impossível arrancar-lhes o desprezo. E eu me espantava de ver que eles, mesmo assim maus, não hesitavam nunca. Tinham umas certezas automáticas, mas intangíveis. E me disseram que essas eram as certezas normais. Por muitos anos, tentei concluir o que eles concluíram com poucos anos. Tentei concluir, que todos eram normais ou inúteis. Que o que os outros dizem vale mais do que o que eu imagino. Que quem não faz como os outros, não merece fazer em paz. Que aquilo que cada um tinha era seu, sagradamente seu. Nunca concluí nada disto. (Como é possível, eu pensava, que houvesse tanta lei da selva em uma escola?) Hoje eu me pergunto: onde estão os meninos maus da minha escola? Eles estão tomando as decisões em nome de muitos outros e quase todos eles ainda acham que o que tem, é deles, sagradamente deles. Eles continuam normais e, escondidos assim, parece que continuam maus. (Como é possível, eu penso, que quem nunca teve que sonhar decida pelos outros?)
Sem fundamento - crítica acadêmica e crítica intuitiva
O quadro à frente do casal observador é o famoso Beijo, de Gustav Klimt. Os dois se abraçam um pouco mais, com um sorriso apaixonado de quem se identifica com o casal traçado pelo pintor. Os termos “lindo”, “sublime”, “felicidade” saem das bocas do casal. Impressões apaixonadas. Até chegar o guia oficial do museu, que explica a um grupo de japoneses (em inglês) o uso do ouro, a influência dos mosaicos bizantinos, a perspectiva e o erotismo. Ao casal, interessaria o erotismo, mas eles já haviam saído de perto daquele sujeito chato.
"Esclevendo" números espelhados
Lembro-me de quando minha filha tinha dois anos e estávamos com uma amiga que tem dois filhos. Ela é uma dessas supermães que sabem tudo sobre crianças, conhecem cada etapa do crescimento melhor do que qualquer pediatra, os nomes das vacinas, as fases cognitivas etc. Eis que ela escutou minha filha falar "Cinderela" e achou inusitado o fato dela não trocar o "r" pelo "l", uma vez que é comum nessa fase às crianças se referirem à princesinha do sapato de cristal como "Cindelela". Fui pesquisar e vi que, de fato, diversos fonoaudiólogos dizem ser normal a troca desses fonemas – conhecida como transtorno fonológico – até quatro anos, pois o fonema "r" é normalmente um dos últimos a ser adquirido pelos pequenos.
A Estrela Bailarina
Falam as más línguas que Nietzsche teria dito uma vez: “Eu não acredito em um deus que não dance”. Não posso atestar se ele realmente disse isso, porque não lembro de ter lido em nenhum livro e, como eu tenho essa doença que alguns chamam de “literofilia crônica” (dizem que é hereditário), só acredito naquilo que eu leio. Mas, para não me indispor com quem me disse a frase (não é bom se indispor com as pessoas, você sabe disso, não é?), vou tomá-la como verdadeira.
Excesso de alunos em sala de aula não combina com qualidade educacional
Atualmente, há uma busca pela qualidade na área educacional, e várias pessoas incluem nos seus discursos esta questão. O Brasil está em uma campanha de ter todas as crianças dentro da escola, mas não podemos esquecer de que elas não devem estudar em unidades sem estrutura, ou colocadas como "a toque de caixa". Não é assim que teremos qualidade educacional: tendo excesso de alunos em sala, dificultando a participação dos alunos, gerando atrasos no desenvolvimento escolar.
Pequena história das festas juninas
A festa junina tradicional pode dar a entender que sua origem é brasileira: as quadrilhas francesas foram adaptadas às nossas músicas regionais, as roupas de caipira são típicas do nosso Jeca Tatu e as comidas (ah! as comidas...) têm como base o milho e o aipim, além da deliciosa mistura de rapadura com amendoim – nosso mui amado pé de moleque. Mas essa cultura rural retratada nas festas de junho acontece justamente porque muitos dos nossos primeiros imigrantes (italianos, portugueses, espanhóis) trabalhavam na lavoura, e foram eles que trouxeram a comemoração para o Brasil. Como nossos principais colonizadores, a maior influência vem dos portugueses, que chamavam a festa de “joanina”, em homenagem a São João.