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A criatividade dos preguiçosos
A preguiça, talvez o mais light dos sete pecados capitais, não parece ser um estado de todo ruim. Ironicamente, muitos trabalhos são feitos com vista a ampliar os momentos de repouso, sedentarismo e inatividade do ser humano. Não precisa ser um bom observador para perceber que parte considerável das invenções do mundo tem como objetivo diminuir nosso esforço físico e mental. Muitas dessas criações já estão tão entranhadas em nosso cotidiano que parecem que sempre estiveram em nossas vidas.
Em defesa das cotas
Desde a sua adoção, no início dos anos 2000, a lei estadual das cotas para negros e pardos e estudantes das redes públicas de ensino no Rio de Janeiro vem gerando polêmica. Os que se colocam contra elas acusam tal sistema de institucionalizar o racismo, ao distinguir etnias por leis; outros consideram tal medida “assistencialista”. Há ainda os que afirmam que a falha está no critério de autodeclaração, uma vez que tal ação pode abrir precedentes para que as pessoas ajam de má-fé, ao afirmar ser negras ou pardas sem o ser. O mesmo pode dar-se em relação às cotas baseadas em critérios econômicos, como ocorreu recentemente quando um estudante fraudou o sistema de cotas sociais para entrar no vestibular de Medicina da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj).
Meio Ambiente: basta de ceder!
Instituído pela ONU em 1972, na Conferência de Estocolmo, o dia 5 de junho é celebrado no mundo todo como Dia do Meio Ambiente. Será que temos algo a comemorar? Nestes 42 anos, a destruição ambiental no mundo só aumentou, apesar dos crescentes alertas. Só estamos ganhando em estudos, cada vez mais qualificados, e se difunde certa consciência dos riscos que significa estarmos ultrapassando vários limites dos sistemas ecológicos interdependentes que regulam a integridade do planeta Terra e da vida nele. Ao menos se instaura, mesmo devagar, a concepção de que é impossível pensar o econômico e social sem o ambiental e vice-versa: o ambiental sem sociedades e economias. Estamos diante da emergência, no seio da cidadania, de um mundo de consciência socioambiental e lutas sociais por justiça socioambiental com grande potencial diante do sistema predador que temos.
As cantigas medievais, com os recursos de hoje em dia
A Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa acaba de lançar o portal Cantigas Medievais Galego-Portuguesas. É uma base de dados que apresenta as cantigas que estão presentes nos cancioneiros galego-portugueses, as imagens dos manuscritos e a música – tanto a medieval quanto as versões ou composições originais contemporâneas que tomam como ponto de partida os textos das dessas cantigas.
O ser ótico: a falta de ampliação da percepção nos leva ao cárcere da cognição
O ser humano é um ser visual. Essa afirmação se baseia no que Santaella (2012) diz, no início de sua obra, e que confirma a conhecida frase popular "quem vê cara, não vê coração". Somos propelidos a pensar, criar pressupostos, julgar e gerar hipóteses a partir do contato visual com o mundo, seus fenômenos e acontecimentos.
Lendas e contos na cultura popular: a Lenda do Batatão
Folclore e Datas ImportantesAs lendas e os contos possuem uma poética oral muito importante no que se refere ao caráter sonoro; é um conhecimento externalizado pelos povos de forma rítmica, com sensibilidade poética, domínio e propriedade do saber. Essa arte narrativa é uma forma artesanal de comunicação, pois o narrador molda, lapida o seu contar de acordo com seus ouvintes e a intenção/interação nesse processo. Na busca da oralidade na transmissão dos contos, foi resgatada a lenda do Batatão, já que é bastante conhecida na localidade, principalmente pelo público infantil, que a conhece por meio das narrativas propagadas pelos familiares.
As libertadoras paredes das bibliotecas
Dia desses um amigo contou-me da sua visita à recém-inaugurada Biblioteca Parque Estadual, no Centro do Rio de Janeiro; o comentário dele foi simples: “você tem que conhecer”. Ele, que geralmente tem um senso crítico aguçado diante das coisas que são apresentadas como maravilhosas e não passam de mera maquiagem, pareceu ter gostado do local.
O texto visual, afinal, o que é?
O que é um texto? Apesar de ser um pergunta bastante simples, muitas pessoas podem se atrapalhar para respondê-la. Em outras palavras, ao se depararem com essa indagação, muitas pessoas não conseguiriam responder. Isso é algo bastante comum. Nas práticas corriqueiras do dia a dia, constantemente fazemos uso de diversas palavras, como conhecimento, educação, ideologia etc. No entanto, em alguns casos, não sabemos apresentar a definição de algumas delas. Tal situação acontece com a palavra “texto”.
Educação, muito além do ABCD
Quando estou dirigindo, sempre dou preferência para as rádios de notícia; é um habito antigo que gosto de conservar. Mas outro dia fui pego de surpresa, na Rádio CBN, por uma entrevista do economista Gustavo Ioschpe. Para ele, o problema da educação não é dinheiro e sim qualidade; segundo Ioschpe, o Brasil já está passando da hora de mudar o foco dessa conversa e ter um olhar mais crítico sobre três pilares: a formação do professor, as indicações dos gestores escolares e o aproveitamento do tempo em sala de aula.
Cultura, folclore e os saberes tradicionais
Folclore e Datas ImportantesA transmissão oral, tida como um acontecimento lembrado, tem que ser revivida e incorporada, de maneira que essa transmissão se transforme numa história viva. O conto, devido ao seu caráter repetitivo, e mesmo retratando o passado, fala de um presente permanente. As lendas e os contos possuem uma poética oral muito importante no que se refere às suas características sonoras, que são conduzidas pela voz e pela enunciação. É um conhecimento externalizado pelos povos tradicionais de forma rítmica, com sensibilidade poética, domínio e propriedade, a fim de valorizar o saber transmitido entre eles.