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Formação docente: a partir do estágio supervisionado
Formação de ProfessoresEste artigo objetiva fomentar as questões que tangem às estruturas, observações e práticas desenvolvidas a partir da disciplina de Estágio Supervisionado, no curso de licenciatura plena em Pedagogia. O estágio pode ser caracterizado como uma relação entre o processo de ensino e de aprendizagem que permeia as questões acadêmicas, práticas, produção de relatórios e regência de aulas, realizado nas diversas modalidades de ensino formal e não formal. Para a redação deste texto, recorreu-se à pesquisa de revisão da literatura e aos enfoques de regulamentos, resoluções, normativas e legislações que perpassam a formação docente inicial. Por meio da análise bibliográfica, os resultados indicam que a grade curricular do curso de Pedagogia está em ampla sintonia nas questões de teoria e prática e atinge diretamente a formação docente. Portanto, o estágio é uma das etapas a serem cumpridas durante a formação inicial, e é justamente nesse espaço que o educador compreende o que é o locus da aprendizagem educacional.
Ensino de Biologia para estudantes com TEA: os professores e as políticas públicas
Educação Especial e Inclusiva, Educação Infantil e Formação de ProfessoresEste artigo discute o papel do professor de Biologia no ensino de estudantes com transtorno do espectro autista (TEA), de acordo com as legislações que garantem os direitos desses estudantes. A inclusão deles requer preparação adequada dos professores para lidar com as especificidades. É importante que o professor compreenda as características do TEA para adaptar o processo de ensino de acordo com as suas necessidades individuais. O papel do professor de Biologia é fundamental para a aprendizagem desses estudantes, pois ele é o responsável por criar um ambiente de aprendizagem acolhedor e inclusivo.
O papel dos organismos supranacionais na construção de uma concepção de mundo - o caso do Brasil e de Portugal
A internacionalização da economia, compreendida como internacionalização do processo produtivo e, portanto, da tecnologia, envolve a internacionalização do trabalho e seu correlato, a educação. Marx e Engels (2004) apontam para a internacionalização do conhecimento como processo concreto, decorrente da natureza tendencial do capitalismo de se expandir globalmente em busca de novos mercados, o que engendra certo tipo de universalização da interdependência das nações na “produção intelectual”.
A relação de leitura e Educação no Brasil: uma breve análise histórica
História da EducaçãoEste artigo apresenta a trajetória histórica da relação entre o ato de ler e a Educação no Brasil, verificando a sequência de acontecimentos pertinentes a essa relação desde a organização do ensino formal no país. A temática se demonstra relevante, uma vez que a prática da leitura é considerada como atividade de cunho imperativo para a apropriação cultural e a formação plena do cidadão. É possível sugestionar que este levantamento engendra questionamentos acerca dessa simbiose e faculta provocações para reanálises do tema, com contextualizações adequadas entre cada acontecimento e a realidade em que estava inserido.
Leitora por acidente
Pensemos no velho dilema sobre o que determina indivíduo, a genética ou o ambiente. Qual desses dois fatores é mais influente? A hereditariedade é transmitida pelos progenitores às células do sexo que vão formar o novo indivíduo. O ambiente é tudo aquilo que cerca tal indivíduo. E o meio diz respeito tanto aos fatores físicos quanto aos fatores sociais em que o indivíduo está inserido. Mas, longe de entrarmos em uma profunda – e interminável – discussão acerca das teorias inatistas, comportamentalistas ou interacionistas, fiquemos só nos interessantes exemplos fornecidos pela literatura, pelo cinema e, quiçá, pelo cotidiano a respeito da influência que o meio exerce sobre o homem.
Entrevista com Raimundo
Há anos aquele homem está ali, sentado e escrevendo, rodeado de plásticos e garrafas, numa ilha entre as pistas da Avenida Pedroso de Moraes, na esquina com a Praça Ernani Braga, no bairro do Alto de Pinheiros, em São Paulo. Vestido com um gorro e uma capa de plástico preto, sua figura não é das mais convidativas, mas logo no primeiro contato Raimundo Arruda Sobrinho, que chama a si mesmo de “Condicionado”, mostra ser íntegro, paciente e até cavalheiro, como poucos restam hoje.
A interpretação de Umberto Eco
Umberto Eco se preocupa com o exagero da interpretação que ocorre na leitura. Seria apenas mais uma preocupação filosófica neste vasto mundo de questionamentos se a interpretação de textos não fosse um dos pontos mais polêmicos entre leitores e acadêmicos, entre alunos e professores. Quando o pensador italiano, ao estudar a dialética entre o direito do texto e o direito do intérprete, diz considerar este último exagerado, pode querer dizer que existe um limite para a interpretação. E, se existe, qual será?
Destino e livre-arbítrio em Frankenstein
Mary Wollstonecraft Shelley (1797 - 1851) era a única filha de dois escritores, na Inglaterra, mas sua mãe morreu poucos dias depois de seu nascimento. Ela se casou com o poeta Percy Shelley e viveu entre os românticos - incluindo seu amigo e poeta, Lord Byron - e outros literatos. Ainda em 1816, ela começou a escrever Frankenstein. A influência do Romantismo sobre esse trabalho pode ser encontrada principalmente no subjetivismo (Victor Frankenstein questionando seus próprios atos; a luta da criatura pela sobrevivência), e no inconformismo (o próprio ato de Victor Frankenstein de criar vida) presentes na texto. Essas características estão resumidas nas ideias de Jean Jacques Rousseau, grande influência no Romantismo. Levando-se em consideração uma de suas frases mais conhecidas - "o homem nasce livre, e em toda parte encontra-se acorrentado" (Contrato Social, 1762) - deve-se admitir o potencial libertário do pensamento romântico. No entanto, deve-se considerar também o lado pessimista desta ideia: se o homem é potencialmente livre em si mesmo, essa liberdade é restrita.
Dilma Rousseff e a Educação via pharmakós da mídia brasileira
Cidadania e ComportamentoUma pátria educadora deve primar por se reinventar eticamente, participar da política, tornar as pessoas mais responsáveis; mas a mídia, que não incorpora essas ideias, está sendo a principal entidade educacional do país.
A Lei de Proteção ao Patrimônio Genético
Artigo publicado na revista Ciência e Cultura (SBPC), nº 3, jul/ago/set 2003