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Primeiras experiências
O primeiro curso que me chamou era assustador! Era muito mais sofisticado, em termos de ambiente, do que o curso em que estudei. Tinha uma videoteca, com filmes originais sem legenda! Tinha assinaturas de revistas americanas de todos os tipos! Eu nunca tinha visto coisas assim antes. Tinha a mesma sensação de parque de diversão. Gostava tanto do ambiente, de estar começando a trabalhar, da sofisticação na decoração e da existência de coffee breaks (foi meu primeiro contato com eles!) que às vezes tinha de me policiar e lembrar que, na verdade, esse era apenas um emprego temporário. Gostar seria como dormir com o inimigo imperialista. As aulas eram para executivos, em sua maioria aulas particulares. Algumas aconteciam nas próprias empresas e outras na sede do curso. Trabalhava-se com coleções de livros feitos para o chamado International English, publicados por editoras de universidades estrangeiras e vendidos no mundo inteiro.
A Cultura do Compromisso
Nós, gestores, trabalhadores e pensadores da cultura estamos com um desafio nas mãos: vivenciar a cultura no seu conceito de cidadania, onde a formação / informação (pilares da criação) geram a ação máxima em nossa condição militante, não perdendo de vista um programa de cultura progressista e transformador, onde a cultura é prioridade, no que diga respeito a sua transversalidade e efetividade.
Psicologia social na escola: relato de uma experiência
Este artigo relata uma experiência de atuação psicológica numa escola particular do município do Rio de Janeiro, ao longo de quatro anos letivos, em que a Psicologia Social foi utilizada como referencial teórico básico. Tem por objetivo discutir as transformações suscitadas naquele ambiente, partindo dos valores, das condições, vontades e projetos dos sujeitos ali presentes, bem como da análise do campo de forças estabelecido.
A oralidade no universo escolar: o gênero seminário em foco
Consoante Nascimento et al (2010), a oralidade consiste em uma ferramenta linguística de sustancial importância tanto no âmbito escolar quanto nas práticas corriqueiras do dia a dia. Em face disso, o trabalho com essa competência linguística é essencial para a escolarização do Português. Contudo, a abordagem desse conteúdo requer uma gama de estratégias de sistematização, conscientização e reflexão (NASCIMENTO et al, 2010). Em outras palavras: o trabalho com a oralidade é algo que exige preparação sistemática atrelada aos propósitos que o docente visa a atingir face a seus alunos. Mas nem sempre tal postura se fez presente na prática pedagógica do ensino de Língua Portuguesa.
O Leibniz de Deleuze – o filósofo do grito
Em 1980, 1986 e 1987, Deleuze ministrou uma série de aulas na Universidade de Vincennes sobre a filosofia de Leibniz, considerado por ele o “primeiro grande filósofo alemão”. Estas seriam as últimas aulas públicas de Deleuze e deram origem ao livro El Leibniz de Deleuze: Exasperación de la filosofia. A primeira delas data de 15 de abril de 1980; trata-se de uma introdução ao fantástico mundo de Leibniz, que, interpretado por Deleuze, torna-se mais fantástico ainda.
Práticas de aventura: relato de experiência em uma escola da Zona Leste de São Paulo
Educação FísicaO presente relato de experiência teve início em 2009, quando os autores se cruzaram no curso de mestrado em Educação Física em São Paulo. Após a conclusão do curso restaram as sementes, plantadas em nosso imaginário e a necessidade de efetivação das práticas pedagógicas.
Arte Clássica e Educação
A importância da arte na formação dos indivíduos parece se apresentar de forma notória, não somente por causa de sua presença nas grades curriculares do ensino regular básico, não só pela abertura e estímulo à imaginação e a potenciais criativos/poéticos que ela pode provocar, nem também só por conta da dificuldade em defini-la – que faz dela uma forma de expressão humana tão peculiar. A arte carrega em sua história uma carga de significado que lhe atribui poderes que remetem a forças presentes no ser humano que são essenciais para constituir sua própria humanidade – o que nos remete à ideia de que nossa humanidade não é algo dado, algo natural, mas algo que precisa ser formado, moldado em conformidade com um ideal de “humanidade”, o que se dá por meio de um processo educativo. Lembrando que, o próprio sentido originário da palavra “alma”, no latim, se refere a um “sopro”, o sopro divino presente em nós, a parte de divindade que reside em nossa natureza terrena, mundana. Não por acaso, na Antiguidade os artistas eram considerados inspirados por entidades divinas, como se fossem possuídos, como se não tivessem, na verdade, plena consciência do que estavam fazendo, da obra que estavam criando. Devido a esse modo de considerá-la, sempre houve aproximação da arte com o próprio espírito religioso; ao pensar nos gregos, por exemplo, em geral as figuras representadas nas esculturas que nos foram legadas eram sempre representações de deuses – obviamente na consideração grega sobre os deuses, os quais tinham forma humana no corpo e na personalidade, só que elevada a níveis muito mais grandiosos, belos e poderosos.
Capacitação para Professores de Português e Matemática a Distância
O que esperar da Educação no Rio de Janeiro? Essa é a grande preocupação de pais, docentes e setores responsáveis pelo ensino no Estado do Rio. E é com o objetivo de contribuir para essa melhoria que acaba de ser colocado em prática o Programa de Formação Continuada de Professores em Língua Portuguesa e Matemática, uma parceria da Secretaria de Estado de Educação do Rio de Janeiro (SEEDUC) com a Fundação Cecierj.
As narrativas literárias na Educação Infantil: com literatura e imaginação podemos mudar o Brasil
Educação Infantil e Formação de ProfessoresA presente pesquisa apresenta, por meio de levantamento bibliográfico, as contribuições das contações de histórias emanadas nos livros literários na socialização dos saberes do contexto escolarizado direcionado à primeira infância, considerando as especificidades que permeiam o grupo. Abramovich (1991), Zilberman (1994), Coelho (1999), dentre outros aportes teóricos, forneceram apontamentos e análises sobre esse fazer pedagógico e seus desdobramentos sociais, cognitivos e linguísticos. Entretanto, para que esse processo se efetive de modo exitoso, o infante, como indicado nas Orientações Curriculares para a Educação Infantil da Rede Municipal de Maceió (2015) e demais documentos legais vigentes, deve estar no centro do fazimento, tendo no professor referência, mediação e sensibilidade para experienciar a literatura de forma convidativa, prazerosa e, sobretudo, desafiadora.
A infância perdida
Se existe um grupo de agentes que definitivamente perdeu com a modernidade foi o conjunto das pessoas que fazem parte da fase do ciclo da vida que denominamos infância. É mais do que lamentável o fenômeno em apreço. Não faz muito tempo que a criança era entendida como o futuro de um país e/ou a possibilidade iminente de dias melhores. Ledo engano: hodiernamente, a infância é tratada como algo qualquer, um adulto em miniatura, um proletariado em potencial, uma projeção ininterrupta dos pais e uma fonte de renda para agentes do mercado.