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Caçadores de Eclipses

Resolvi observar o eclipse solar do último dia 29 de março de 2006, em Tabatinga, somente por causa do Raul Seixas. Numa música, que nunca me sai da memória, ele dizia: "vocês só vão entender o que eu falei no esperado dia do eclipse". Dizem que quando Raul morreu houve um eclipse. Não sei. Talvez tenha sido um da Lua, ou mesmo um eclipse simbólico para a música brasileira. Sempre achei que Raul Seixas foi uma espécie de Roberto Carlos do mal (na melhor acepção da palavra "mal" e na melhor acepção da expressão "Roberto Carlos", não importando o que ela signifique). Dotado de uma extraordinária capacidade de manter-se entre as classes, Raul se comunicava com o peão e com o doutor com o mesmo tipo de desenvoltura que sorvia, matinalmente, seu copo de vodka com limão nas padarias da vida. Mas o tipo de eclipse que Raul caçava parecia ser bem diferente do tipo que houve em Natal e cercanias no último dia 29.

Mova-Brasil

O título do projeto já é bastante sugestivo. Faz pensar em movimento, em mudança, é um apelo imperativo para que alguém ou algo (no caso, o Brasil) saia da inércia. O mais interessante é que Mova é, de fato, a sigla de um movimento, o Movimento de Alfabetização de Jovens e Adultos, um programa criado pelo educador Paulo Freire, em 1989, quando esteve à frente da Secretaria Municipal de Educação de São Paulo.

Uma avaliação da poluição luminosa em Nova Friburgo

Em 2013, iniciei a orientação de uma Iniciação Científica em nível de Ensino Médio no Colégio Estadual Canadá (CEC), de Nova Friburgo, no Estado do Rio de Janeiro.

Bairro Escola: educação em tempo integral

Uma das razões para que o conselho internacional do Fórum Mundial de Educação escolhesse a cidade de Nova Iguaçu para sediar o seu principal evento, foi o choque causado pela chacina de 30 de março de 2005, que fez 29 vítimas, em apenas um dia, na Baixada Fluminense. Levar para a cidade um evento mundial, como é o Fórum, para discutir o tema "Educação Cidadã, para uma cidade Educadora" objetivava atrair atenção para a Baixada, uma região historicamente esquecida e desprezada. E, esse objetivo, como se viu, foi inteiramente atingido.

Novos Horrores

Data triste a que foi comemorada essa semana. Data sombria. Vinte anos atrás um dos reatores da usina de Chernobyl explodiu espalhando radiação e câncer numa nuvem de morte invisível. Ninguém sabe ao certo o número de vítimas. O horror radioativo é uma novidade da era da revolução científica. Difere substancialmente do horror natural porque sua origem tem a ver com as escolhas humanas.

Educação a distância: quanto mais longe, mais perto

Muito se especula sobre o deslocamento da montanha até Maomé, mas poucos questionam as razões de Maomé não ter ido à montanha. Sabe-se lá se ele não tinha meios de transporte para tal? Se a montanha era de dificílimo acesso? Se Maomé não tinha condições financeiras para arcar com uma viagem até a montanha? Por incrível que pareça, às vezes, o mais viável é mesmo a montanha ir a Maomé, como acontece quando o assunto é educação a distância.

Desligue a TV

A Televisão é um dos mais importantes meios de comunicação. No final do século passado, uma pesquisa apontou a televisão como o objeto mais inventivo do século XX. Não é pouca coisa. Mas o quê de ruim pode causar este meio? Como não se deixar levar por suas apelações e não se transformar em um aficionado ou deixar de fazer outras atividades muito mais importantes para a mente?

Aprendendo com quem estuda

Manhã de terça, dia 26 de abril, no auditório do Colégio Nossa Senhora da Misericórdia, no Andaraí, Rio de Janeiro. Na plateia, cerca de 40 estudantes do 2o e do 3o anos do Ensino Médio atentos para ouvir a palestra O Brasil no século XX- Pequenas mudanças, grandes negócios, da professora Esther Kuperman, do Colégio Pedro II e uma das participantes do programa SBPC vai à escola.

Tudo Flui

Sempre fico estranho quando vou ao centro da cidade. Como cresci na zona sul de Natal, a sudoeste do Machadão (estádio de futebol da cidade), lembro que ir ao centro da cidade nas manhãs de sábado, com meu pai, era uma romaria. Sabe como é...  cidade minúscula... a zona sul parecia um imenso sítio, uma fazenda iluminada construída às margens do campus universitário. No centro era diferente. Ali havia todo um misterioso mundo de possibilidades. Havia as livrarias, as lojas de brinquedo, as lojas de departamento, as vitrines mais caras e mais coloridas. Sábado pela manhã, a cidade se encontrava no centro. Não havia praça de alimentação, nem banheiros com plaquinhas coloridas, nem ar condicionado, nem chão escorregadio. As pessoas viviam, compravam, comiam, bebiam, conversavam ao ar livre. Embaixo do céu sem fim de uma cidade que morreu. Sim. Fico estranho quando vou ao centro daquela cidade que morreu. Tudo mudou. As lojas sofisticadas sumiram, as vitrines mais caras fecharam, os antigos casarões foram sendo lentamente derrubados para, no lugar, surgirem estacionamentos lajeados que alugam suas vagas a 2,0 reais. Ainda há movimento nas manhãs de sábado, mas não é a mesma coisa.

Vôo sem plumas

Ainda que João Cabral seja bastante citado em tempos mais recentes, tenho sérias dúvidas se realmente sua poesia é tão partilhada assim pelos leitores interessados em poesia. Essa afirmação tem sua base no seguinte argumento: em sua quase totalidade, os poemas cabralinos fogem da tradição lírica derramadamente romântica e autoumbilical de nossos poetas. O poeta demiurgo, o poeta voz-da-nação, o romântico intransferível, toda essa turma está longe da poética do autor de Cão sem Plumas. Mas os românticos de plantão estão aí, sempre avisando que a poesia vem do coração e, o pior, que o poeta é um ser iluminado e que ao leitor cabe o lugar passivo de mero receptor.