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Creio porque absurdo
Amanheci o dia procurando uma edição do livro de Edgar Allan Poe, "Histórias Extraordinárias". Tudo porque queria lembrar o nome de um conto. A história é a de um assassino que, perseguido pelo fantasma de sua vítima, acabava enlouquecido, confessando seu crime ao primeiro policial que via na rua, suplicando para ser preso. Esse é um tropo recorrente na literatura. Shakespeare teve seu MacBeth, de cujas mãos o sangue não saía. Dostoievsiki produziu Raskolnikhov, o mais humano dos assassinos, para defender a tese de que não é possível fugir dos sentimentos morais que nos constituem.
Ana Maria Machado
O site fala de uma das mais importantes escritoras infantis do Brasil e do mundo. São cinco seções: Biografia; Caderno de Notas; Novidades; Correio e Livros. Em Biografia ficamos sabendo de passagens da vida de Ana Maria Machado que, por si sós, dariam uma bela biografia: foi presa durante a ditadura; em 1969 partiu para o exílio junto com o filho pequeno, foi jornalista da revista Elle, de Paris, e lecionou na Sorbonne. Em 1977 ganhou o Prêmio João de Barro, o primeiro de muitos outros. Em 1979, abriu a Livraria Malasartes, com a ideia de ser um espaço para as crianças poderem ler e encontrar bons livros. Depois de tanto sucesso com seus livros, tornou-se hors-concours dos prêmios da Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil. Por fim, em 2000 ganhou o prêmio Hans Christian Andersen, considerado o Nobel da literatura infantil mundial. E, desde 2003, ocupa a cadeira número 1 da Academia Brasileira de Letras, sendo a primeira pessoa com significativa obra voltada para o público infantil a fazer parte da ABL.
Educação pública é coisa séria
Enquanto se vê em todos os estados a atuação brilhante, ampla, total, irrestrita e determinada do Ministério Público, com quase todos os governos sofrendo o crivo de ações investigativas com rigor e transparência, podemos dizer que em São Paulo, por exemplo, falta uma área do Ministério Público afeta aos direitos humanos dos professores públicos.
O carregador e a dançarina: uma fábula extemporânea
Para Deleuze
Guia do estudante
O site Guia do Estudante tem, logo abaixo do título, uma linha com quatro abas de diferentes cores que parecem resumir as questões mais importantes que rondam a vida de quem está se preparando para o vestibular. A primeira aba, em azul, trata de Profissões e Universidades; em seguida aparece a aba sobre Orientação Profissional, em verde; em terceiro, sobre fundo roxo, está Vestibular e Enem; e, por último, vem a aba laranja, com o mais importante tema de todos: Estude.
O Silêncio de Deus
O Papa Bento XVI lançou uma pergunta inquietante em Auschwitz, esse fim de semana. Depois de confessar em público que falar sobre o Holocausto é muito difícil para os cristãos (especialmente ele, sendo alemão), perguntou por que Deus havia se calado diante do mal. Essa é uma pergunta que trás grandes implicações teológicas e nenhum Papa que se preza poderia deixar de fazê-la.
Uma copa global
Imagina só.
Como se dá o voto proporcional
O julgamento jurídico do voto depende das normas constitucionais que o definem, em cada país. E as naturezas jurídicas são variáveis de acordo com a natureza do voto, que podem ser: expressão de uma fração infinitesimal da soberania do Estado; direito natural que compete ao cidadão como membro da coletividade estatal; direito político, a ser exercitado de acordo com a lei positiva; e dever político que corresponde à prática de uma função que emana do Estado.
Dois ouvidos, nenhum fone e eu
Prestes a fazer 35 anos de idade, vejo-me num processo mais intenso de autoanálise e reflexão sobre a minha vida. Se fosse só isso, seria ótimo e eu estaria em ideal evolução como ser humano. Porém em vez de só refletir sobre mim mesma, tenho me deparado com uma considerável intolerância, característica que até então não fazia parte da minha personalidade, não dessa maneira tão exacerbada – assim como os indesejáveis fios de cabelo branco, que nascem fortes como os fios de náilon. Estaria eu me deparando com minha persona ou me livrando dela?
Uma escrita acadêmica gregária
Vergílio Ferreira (1916–1996)