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Projeto Portinari: uma reconciliação
Portinari não escolheu um bom momento para morrer. Suas tintas o intoxicaram aos 58 anos, privando precocemente o Brasil do pintor que lhe falava à alma. Cedo demais para perdermos Portinari, e justamente em hora crucial de nossa história. Ele foi-se em 1962. Estivesse vivo durante a ditadura que se implantou em seguida, faria ecoar pelo mundo sua militância de liberdade, dando cores e formas aos terríveis tempos em que era proibido pensar e sentir.
Desconhecida íntima
Certa vez um professor que me deu aulas quando cursava a graduação em Filosofia me encontrou no Centro de Convivência do Campus da UFRN. Era um daqueles poucos dias chuvosos que de vez em quando insistem em quebrar a monotonia da luminosidade e do calor impiedoso, que tornam o clima de Natal tão sedutor para alguns e tão infernal para outros. Por causa da chuva, eu estava parado diante de uns 20 metros de lama que me separavam do meu Ford Fiesta. Pressionava a chave do carro no meu bolso, pensando se seria mais vantajoso atravessar aquela lama debaixo da chuva ou esperar que o céu abrisse um pouco mais. Foi quando o meu antigo professor aproximou-se e me disse: “Olá, Pablo. Como é que vai? Soube que você virou jornalista”. Até aquele dia eu não tinha notado, mas existe algo mal resolvido envolvendo jornalistas e filósofos.
As facetas da desigualdade
A recente divulgação da POF – Pesquisa de Orçamentos Familiares 2008-2009, do IBGE, fornece dados instigantes para uma reflexão mais profunda sobre a injustiça social com que convivemos. De cara, vale a pena ressaltar que a POF confirma o que outras pesquisas vinham apontando e que merece ser festejado com rojões de festa de São João: uma pequena, mas significativa, redução na desigualdade. Comparando dados da POF de 2002-2003 com a atual, a distância média de despesas per capita entre os 40% com menores rendimentos e os 10% com maiores caiu de 10,1 para 9,6 vezes. Ou seja, bastou vontade política (melhora do salário mínimo, transferências de renda, mais emprego e mais escolaridade, entre outros) e em poucos anos começam a aparecer sinais de mudança.
Na Avenida Rio Branco
Durante a bela confraternização provocada pela Copa do Mundo, mostrando que a convivência planetária é possível, pensei que vale a pena chamar a atenção para algo de nossa cidade que é extremamente conhecido, mas invisível ao visitante. Os torcedores-turistas são muitos, de todas as partes do mundo e por todos o cantos de nossa cidade, o Rio de Janeiro. Eles não escondem o quanto estão encantados com as belezas inigualáveis que nossa cidade oferece e com a capacidade de sermos gentis, apesar de todos os problemas que temos, que nem é bom lembrar aqui.
Vida de elétron
Em meio a uma banda proibida em uma nuvem eletrônica, alguns elétrons conversam para passar o tempo.
Multi-trilha
Multi-trilhas é um site educativo que tem como principal objetivo auxiliar crianças surdas na aquisição da segunda língua – o Português escrito. Ao contrário do que se pode pensar, porém, o site não é dirigido exclusivamente a tal público. Para quem tiver interesse em aprender alguns vocábulos em Libras (a língua dos sinais) ou estiver se alfabetizando, ele é de grande serventia.
Arquivo da Cidade põe livros esgotados na internet
O professor que tiver que ensinar para seus alunos as transformações que a cidade do Rio de Janeiro passou ao longo do tempo ou a história das Escolas de Samba, agora, pode ler em casa os livros das coleções Biblioteca Carioca e Memória Carioca. Versões no formato PDF estão na Biblioteca Virtual do Arquivo Geral da Cidade do Rio de Janeiro.
Futurama
Um dos maiores construtores de estradas que o século XX conheceu chamava-se Robert Moses. Ele entrou no cenário da engenharia mundial por intermédio do perfeito de Nova York, La Guardia, um sujeito baixo, careca e hiperativo, filho de judeus e italianos. No período mais obscuro da cidade, após o crash da bolsa, foi uma espécie de ícone que ajudou a reerguer a autoestima da cidade e sua capacidade de reação, amortecida pelas filas de desempregados a mendigar um pedaço de pão e um prato de sopa.
A Copa e os alunos-poetas
Uma mostra de como trabalhar o futebol, por intermédio de poemas, na sala de aula. É isso que nos indica a professora Maria do Carmo R. Procaci Santiago e seus alunos-poetas, da 5ª série do Ensino Fundamental, da Escola Municipal Estados Unidos - 1ª CRE.
Um rei muito bom
Conta-se que um fanático rei mandou construir uma cama de ouro muitíssimo valiosa, adornada com milhares de diamantes e mandou que a colocassem no quarto de hóspedes do palácio. Sempre que havia convidados, o rei elogiava a cama e dizia do prazer que sentia por receber pessoas tão ilustres. Porém existia uma condição: o convidado teria que se encaixar na cama que fora fabricada sob medida. Se fosse gordo, o hóspede deveria ser cortado para caber na cama, com a desculpa do preço e do valor da cama.