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Um continente sem teoria
No século XIX, o pensamento social europeu dedicou pouquíssima atenção ao continente americano. Mesmo os socialistas e marxistas que discutiram a “questão colonial”, no final do século, só estavam preocupados com a Ásia e a África. Nunca tiveram interesse teórico e político nos novos Estados americanos que alcançaram sua independência mas se mantiveram sob a tutela diplomática e financeira da Grã-Bretanha. Foi só no início do século XX que a teoria marxista do imperialismo se dedicou ao estudo específico da internacionalização do capital e seu papel no desenvolvimento capitalista em escala global. Assim mesmo, seu objeto seguiu sendo a competição e a guerra entre os europeus, e a maioria dos autores marxistas ainda compartilhava a visão evolucionista de Marx com relação ao futuro econômico dos países atrasados, seguros de que “os países mais desenvolvidos industrialmente mostram aos menos desenvolvidos a imagem do que será o seu próprio futuro”.
Destino e livre-arbítrio em Frankenstein
Mary Wollstonecraft Shelley (1797 - 1851) era a única filha de dois escritores, na Inglaterra, mas sua mãe morreu poucos dias depois de seu nascimento. Ela se casou com o poeta Percy Shelley e viveu entre os românticos - incluindo seu amigo e poeta, Lord Byron - e outros literatos. Ainda em 1816, ela começou a escrever Frankenstein. A influência do Romantismo sobre esse trabalho pode ser encontrada principalmente no subjetivismo (Victor Frankenstein questionando seus próprios atos; a luta da criatura pela sobrevivência), e no inconformismo (o próprio ato de Victor Frankenstein de criar vida) presentes na texto. Essas características estão resumidas nas ideias de Jean Jacques Rousseau, grande influência no Romantismo. Levando-se em consideração uma de suas frases mais conhecidas - "o homem nasce livre, e em toda parte encontra-se acorrentado" (Contrato Social, 1762) - deve-se admitir o potencial libertário do pensamento romântico. No entanto, deve-se considerar também o lado pessimista desta ideia: se o homem é potencialmente livre em si mesmo, essa liberdade é restrita.
Experiências no estágio curricular em Geografia: desenvolvimento de oficina pedagógica para criação de jogos com alunos do Ensino Médio
Geografia e Vivências de Sala de AulaO presente trabalho tem como objetivo apresentar as experiências oriundas do desenvolvimento de uma oficina pedagógica voltada para a criação de jogos educativos com alunos do Ensino Médio realizada durante o estágio curricular supervisionado em Geografia. A metodologia seguiu as três etapas propostas por Ribeiro e Silva para a construção dessas oficinas; os resultados demonstraram aumento significativo no engajamento dos alunos e na assimilação dos conteúdos geográficos. Conclui-se que a oficina pedagógica facilitou um processo de ensino-aprendizagem mais dinâmico e interativo.
Onde estão os índios do Rio?
Há 104 anos foi feito o último registro sobre um índio natural do estado do Rio de Janeiro. Era o óbito de Joaquina Maria Pury, registrado em 30 de maio de 1902 na paróquia de Santo Antônio de Pádua, no município de mesmo nome. O estado só voltaria a ser habitado por povos indígenas no final da década de 1940, em razão da migração de guaranis para a região de Angra e Parati.
Vem chegando o verão... e com ele o mosquito indesejável
Todo mundo sabe quem é o culpado: um mosquitinho. Qual é a causa: água parada e limpa. E quais os sintomas: corpo mole, febre alta, dor nos ossos e articulações, na cabeça, atrás dos olhos, náuseas, vômitos, perda de apetite, fadiga. Não é preciso ser um virologista renomado para saber que tais características se referem à dengue. Se todo mundo já está cansado, dolorido e nauseado de conhecer a doença, resta a questão: por que de tempos em tempos a epidemia da dengue volta a assombrar? A resposta parece clara: cidadãos e autoridades consideram que o problema vai embora junto com a época das chuvas. Esquecem-se, porém, de que a dengue vai... e volta no próximo verão. Mas enquanto ela não chega, os preparativos para receber os ovos do mosquitinho continuam sendo cultivados em pneus abandonados a céu aberto, calhas cheias de folhas, depósitos d’água destampados, pocinhas nos pratos de plantas, bromélias adornando os jardins...
O professor-pesquisador na Educação Básica: da teoria à pratica, na produção do conhecimento
Formação de ProfessoresA construção do conhecimento se dá de diversas formas, e há algumas que são mais propícias à educação; por isso é preciso levar à escola a metodologia científica de pensar e fazer os processos de ensino e aprendizagem. Para isso, é preciso também desenvolver as características e condições de leitura e escrita, de modo que as informações sejam trabalhadas da melhor forma.
Efeito rizosfera: Simbiose entre raízes de plantas e bactérias
Mirian Araujo Carlos Crapez
Uma exposição sobre Astrobiologia como recurso didático no Ensino Médio
AstronomiaDesde os primórdios, a humanidade tem mostrado o seu fascínio pelo Universo, buscando desvendar os mistérios das estrelas como forma de compreender a sua própria existência. Neste percurso, finalmente o homem conseguiu chegar à Lua e explorar outros planetas. Não se contentando com o que encontrou no sistema solar, pesquisa hoje planetas localizados além deste sistema, os chamados planetas extrassolares.
Cinema e música no Brasil de todos os santos
Muito antes da mágica dos irmãos Lumière em 1895, o significado e a função do que viria a ser a música do cinema já estavam nas obras de música programática, dramas musicados e nas óperas. O cinema é também uma forma de projeção em tela do teatro e seria acompanhado musicalmente de forma brilhante, a dar variados significados às inúmeras ações, cenas e personagens. Mesmo antes de o cinema contar histórias, a música passou a fazer parte do cinema mudo. Em geral, eram mesmo os pianistas ou organistas improvisando sobre as imagens, quando não utilizavam temas já conhecidos, para acentuar-lhes o espírito, o clima, a emoção.
Sorte na Genética: atividade educacional de suporte ao ensino-aprendizagem no Ensino Médio
Biologia e BiociênciasA Genética tem sido apresentada de maneira superficial resultando em aprendizagem deficiente e gerando impacto para a vida dos discentes, uma vez que a Genética é um campo de estudo que permeia questões educacionais, morais, tecnológicas e de saúde. Uma ferramenta bastante útil no processo de ensino-aprendizagem são os jogos didáticos. Este trabalho propõe um jogo didático com base em um jogo clássico, constituindo um material de apoio aos alunos e professores para o aprendizado de conceitos relacionados a Genética no Ensino Médio.